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 Wir Schließen Uns Ein

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dikas

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MensagemAssunto: Re: Wir Schließen Uns Ein   Wir Schließen Uns Ein - Página 7 EmptyDom Mar 29, 2009 5:33 am

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Wir Schließen Uns Ein - Página 7 Sassan9




Tinha combinado almoçar com Andreas a seguir à faculdade. Há uma semana que estava em aulas e a faculdade estava-se a revelar, até então, mais fácil do que julgava, talvez por poder falar inglês em praticamente todas as aulas, o que facilitava em muito a conversação. Por mais facilidade que tivesse em falar português e alemão, o inglês tinha sido desde sempre a sua língua, aquela em qual pensava. Ao contrário dos de Bea, os seus colegas eram incríveis, talvez por terem acabado de entrar agora na faculdade e não conhecerem ninguém, estavam todos em pé de igualdade, sem saber o que os esperava ao certo.

Estava sentada a guardar mesa, enquanto Andreas tinha ido buscar dois menus especiais Jim Block, o restaurante não tinha muita gente, maior parte das pessoas estavam já de regresso à faculdade ou ao seu trabalho, era uma sexta-feira à tarde, e Dreia tinha marcado aquele almoço para mais tarde de modo a não interferir na manhã de sono de Andreas e a evitar encontrar grandes confusões. Da última vez que tinha combinado ir tomar café com Andreas tinha reparado em alguns olhares indiscretos por parte de algumas raparigas. Talvez o tivessem reconhecido. Afinal de contas, Andreas era bastante conhecido no seio dos fãs de Tokio Hotel, não só por ser o melhor amigo dos gémeos, mas por ser presidente do clube de fãs da banda. Dreia olhava à sua volta e as pessoas que estavam no restaurante não pareciam sequer saber quem Andreas era, ou por o menos, não pareciam ter reparado que ele estava ali. Estava mesmo a precisar de uma dose de normalidade. Sentia imensa falta de Bea, de poder falar e conviver com ela, de abrir o seu coração e verbalizar os seus medos. Tinha aprendido a ser verdadeira consigo mesma com Bea, e agora tornava-se inevitável sentir falta não só da amiga mas da pessoa que era quando estava com ela. Felizmente tinha encontrado Andreas, com ele podia ser igualmente verdadeiro, sabia que ele não a julgava, pelo contrário, procurava sempre ajudá-la naquilo que estava ao seu alcance, e fazia-o de uma maneira muito particular. Viu Andreas vir na sua direcção com dois tabuleiros de comida e sorriu-lhe. Andreas sentou-se à sua frente e tirou o boné que trazia sobre a cabeça.

- Estou cheio de fome... – disse Andreas.
- Desculpa ter marcado o almoço para tão tarde! – disse Dreia.
- Não tem problema… - disse Andreas sorrindo – Bon appetit!
- Bon appetit! –
repetiu Dreia sorrindo.

Dreia começou por contar a Andreas aquilo que se tinha passado na noite da Berghain. Como Tom tinha sido absolutamente incrível, e a tinha surpreendido com as suas palavras, como tinha recebido o teu toque de maneira diferente e como parecia ter ficado interessado em pensar na possibilidade de haver um futuro (por mais que pequeno que ele fosse) entre os dois. Andreas mantinha-se atento ao discurso de Dreia.

- Eu disse que ele ia ser capaz de falar contigo a sério! – disse Andreas sorrindo.
- Pois disseste… - disse Dreia sorrindo.
- Então e já falaste com ele desde que ele foi para Magdeburg? – perguntou Andreas.
- Não! Não o quero pressionar, acho que já abusei um bocadinho naquilo que lhe pedi. Se ele pensar realmente no que lhe disse já me dou por satisfeita… – disse Dreia.
- Fazes bem… É melhor levares as coisas com calma! - disse Andreas bebendo um gole da sua bebida.

- E tu? – perguntou Dreia sorrindo – Não gostas de ninguém? Não existe uma menina que te encha as medidas e te ilumine os olhos?
- … -
Andreas ficou estático a olhar para Dreia sem saber o que dizer.
- Desculpa! Eu não tenho nada a ver com isso…. – disse Dreia.
- Não tem problema… - disse Andreas – Não estava à espera dessa pergunta, mas… não, não há ninguém…

- Ninguém? –
perguntou Dreia espantada.
- Sabes que é difícil ser amigo dos gémeos… Se soubesses a quantidade de raparigas que se aproximam de mim por interesse … - disse Andreas.
- Acredito… - disse Dreia sentindo-se triste por Andreas – Mas isso não implica que não gostes de alguém, mesmo que esse alguém não seja o mais adequado…
- Sim… -
concordou Andreas.
- E não há ninguém que faça o teu coração bater com mais força? Ninguém em quem penses mais do que o normal? – perguntou Dreia
- Há… - disse Andreas timidamente – Mas não sei se gosto dela ou não, somos só amigos… Quando estou com ela sinto-me muito bem… Mas não é de todo a pessoa adequada…

- Porquê? –
perguntou Dreia curiosa.
- Porque ela nunca ia olhar para mim… – disse Andreas sorrindo – Ela já tem o coração ocupado e bem ocupado…
- É alguém que eu conheço? –
perguntou Dreia.
- Talvez… - disse Andreas a rir – Preferia não falar disso…
- Claro… -
disse Dreia prontamente – Vamos passear?

- Queres passear? –
perguntou Andreas a rir.
- Sim… tenho saudades de passear ao pé do rio… - disse Dreia sorrindo – Esta cidade fica-nos mesmo no coração…
- Ok… vamos passear! –
disse Andreas sorrindo e levantando-se estendendo a mão para ajudar Dreia a levantar-se também.

Saíram do restaurante e andaram em direcção ao rio. Encaminharam-se ao longo da sua margem, passeando calmamente de forma a aproveitar o bom tempo que se fazia sentir em Berlin.

- Eu sei que não queres falar sobre isso, mas se algum dia precisares de ajuda ou de algum conselho por causa da tal rapariga, podes falar comigo… - disse Dreia sorrindo.
- Eu sei… - disse Andreas sorrindo e passando um braço sobre os ombros de Dreia.

Dreia agarrou na mão de Andreas que estava por cima do seu ombro com a mão esquerda e com a direita rodeou a cintura dele. Era uma pessoa carente, não tinha porquê o negar, gostava de se sentir acarinhada, e Andreas era sem dúvida o seu melhor amigo, a intimidade que tinha com ele permitia que o abraçasse sem se sentir intimidada pelo que ele iria pensar daquele simples gesto de carinho. Continuaram a passear junto do rio abraçados.

- Contaste alguma coisa ao Tom daquele beijo que demos em Frankfurt? – perguntou Dreia curiosa.
- Não! Porquê? – disse Andreas espantado com a pergunta, olhando para Dreia.
- Porque ele acha que eu tenho um novo pretendente e que é alguém que se aproximou de mim em Frankfurt. Pensei que lhe tivesses dito alguma coisa, embora tenha achado esquisito que tu não tivesses comentado nada comigo… - disse Dreia.

- Tínhamos combinado que ficava entre nós… - disse Andreas.
- Sim! E por mim continua assim… - disse Dreia.
- Por mim também… - disse Andreas e fazendo uma ligeira pausa perguntou – Com que então tens um novo pretendente?
- Parece que sim… -
disse Dreia a sorrir.

- E ele ficou com ciúmes? – perguntou Andreas.
- Acho que sim… - disse Dreia sorrindo – Ele disse que não estava preparado para abrir mão de mim…
- Bem… isso nem parece o Tom que nós conhecemos… -
disse Andreas espantado com o que Dreia lhe contava.
- Eu sei… - disse Dreia feliz.

- Então e esse pretendente sou eu? – perguntou Andreas timidamente.
- Eu só estive contigo em Frankfurt, por isso pela lógica só podes ser tu… - disse Dreia a sorrir.
- Então o Tom não tem qualquer hipótese contra mim… - disse Andreas a rir.
- Concordo… - disse Dreia a rir abraçando com mais força o corpo de Andreas para si.


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Sentia-se bem assim, longe das câmaras e dos palcos. Em Magdeburg, na casa da sua mãe, era apenas um rapaz normal, que não precisava de se esconder sobre uma máscara, embora do outro lado da estrada estivessem constantemente raparigas e fotógrafos à espera de uma aparição por parte dele e do irmão, o que eles não sabiam é que quando ali estavam, os gémeos não saiam praticamente de casa, tinham tudo o que necessitavam ali mesmo, e Magdeburg não era uma cidade que lhes oferecesse um grande leque de diversão, e que os aliciasse a fazer algo fora de quatro paredes. Passavam o dia a brincar com Scotty, a ver televisão, a jogar playstation, a compor músicas novas e a conviver com os amigos que passavam lá em casa para matar saudades. De vez em quando saíam à noite para ir beber um copo a um sitio qualquer ou ir até um bar ouvir música ao vivo.

Desde que tinha falado com Bill sobre o que se tinha passado à uma semana atrás na Berghain que andava a evitar pensar naquele assunto, mas naquele dia parecia que ia ser difícil evitar que o seu pensamento caísse sobre as palavras de Dreia. Estava confuso. No seu interior começava a admitir que talvez tivesse medo de se comprometer com alguém, mesmo que esse alguém fosse Dreia, a única rapariga que o conseguia deixar preso aos seus encantos, a única rapariga com quem tinha desenvolvido uma relação de intimidade. Não estava preparado para abdicar da sua vida e liberdade, tinha medo de se sentir preso a alguém, de a magoar e de não ser capaz de corresponder aos ideais que sabia que Dreia tinha daquele novo jogo. Mas ao mesmo tempo, tinha medo de ficar sem ela. Gostava realmente daquilo que Dreia lhe dava, gostava de tudo nela, da sua personalidade, do seu corpo, da sua maneira de ser (que tanto era incrivelmente sexy e provocadora como no minuto a seguir era querida e meiga). Não estava preparado a ficar sem ela, não queria ficar sem ela, principalmente sabendo que isso significava que outro a teria nos braços e desfrutaria daquilo que podia ser seu.

Lembrou-se do beijo que Dreia lhe tinha dado no carro, e do modo como lhe tinha pegado na mão e a acariciara. Tinha gostado daquele momento, embora se sentisse totalmente à parte dele, não sabia o que fazer, nem como reagir, não estava habituado a beijar alguém por beijar, não sabia o que era pegarem-lhe na mão como um simples gesto de carinho, e não sabia se seria capaz de entrar naquele jogo e ser meigo com Dreia daquela forma. Se aceitasse entrar no jogo teria de deixar os gestos carinhosos para ela, e manter-se na sua busca por sexo e satisfação física, isso sabia bem o que era e como fazer para ter, tudo o resto era novo para si, e talvez por isso mesmo o incomodasse e o deixasse de pé atrás. O que fazer quando, nos propõem algo que pode ser um sonho mas também pode ser um pesadelo? Tom teria de abdicar de muito para entrar no jogo de Dreia, e por mais que soubesse que ia compensar estar ao lado dela, não a amava, não sentia aquilo que via espelhado nos seus olhos, ou nos olhos de Bill, sentia-se apenas bem e satisfeito fisicamente do seu lado. Mas e se ela andasse realmente envolvida com outro? Se ele a levasse de si? Se tivesse de passar novamente pelo mesmo, de a ver presa nos braços de outro (como em tempos tinha visto com Tom 2), de saber que ela estava na cama dele e que ele poderia ser melhor e dar-lhe aquilo que ele não era capaz? Se a perdesse para alguém que não a merecia, e que mais dia, menos dia viria atrás de si por a ter feito sofrer no passado? Se não fosse capaz de se manter afastado dela? Já tinha passado por tudo isso uma vez e tinha-a desejado sempre. Agora que a tinha, não queria outro corpo a não ser o dela, não queria outra satisfação a não ser a que ela lhe dava. Estaria preparado para abdicar das outras? A verdade é que elas não pareciam satisfazê-lo como o faziam antigamente, quando Dreia não fazia parte da sua vida. Faltava sempre algo, faltava sempre a entrega dela e a paixão que via nos seus olhos. Talvez devesse experimentar, era apenas um jogo, não era uma relação a sério, talvez tivesse chegado a altura de fazer um sacrifício em nome de si mesmo, talvez valesse a pena abdicar de outras. Tudo seria mais fácil se a tivesse ao seu lado constantemente, se ela lhe desse aquilo que até então lhe dava, assim seria capaz de não pensar em mais ninguém. O corpo de Dreia era o seu vício, e nele seria capaz de navegar sem precisar de nada mais. Mas ao mesmo tempo que a desejava noite e dia, tinha medo de se prender a ela, de vir a gostar dela. Sabia que ela era a única neste momento que seria capaz de o prender a si emocionalmente. E se ficasse preso e perdesse a sua liberdade? Seria isso que realmente o incomodava tanto? Seria esse realmente o seu medo? De se sentir preso a ela? De necessitar de mais do que do seu sexo? De se sentir ligado a ela emocionalmente e sofrer como via Bill sofrer por Bea? Não queria sofrer, não queria sentir-se preso, não queria viver sem ela, mas não queria viver para ela…
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MensagemAssunto: Re: Wir Schließen Uns Ein   Wir Schließen Uns Ein - Página 7 EmptyDom Mar 29, 2009 5:34 am

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Wir Schließen Uns Ein - Página 7 Vanityfair12ek6




O regresso a Berlin estava para breve. Bill fazia as malas entusiasmado com a ideia de voltar a casa e poder partilhar a sua vida com Bea, seria maravilhoso tê-la novamente nos braços e vê-la no seu apartamento, na sua cama, na sua sala, na sua cozinha, no seu chuveiro, em todo o lado. A ideia de ver Bea parecia perfeita, mesmo que não acontecesse absolutamente nada, só o facto de a ter do seu lado fazia-o sentir-se completo novamente. Bea era sem duvida alguma a sua melhor amiga, nela confiava cegamente, era capaz de lhe dizer tudo e abrir o seu coração com ela com uma facilidade incrível, como nunca antes tinha conseguido com ninguém (excepto Tom). No entanto, à praticamente duas semanas que falava diariamente com ela e escondia-lhe algo, algo que não era capaz de verbalizar, algo de que se envergonhava e arrependia, como nunca antes se tinha arrependido de nada, algo que o destruía e tomava conta do seu pensamento de forma avassaladora, que o fazia sentir-se sujo e sem dignidade, que o deixava infeliz e reticente quando falava ao telefone com ela. Sentia-se um traidor, e a ideia de isso colocar em risco a sua relação consumia-o de tal forma que tinha optado por esconder a Bea o que se tinha passado, com medo que as suas suspeitas virassem realidade, e que ele não fosse capaz de enfrentar essa realidade como devia.

Sabia que teria de contar a verdade a Bea, que a teria de confrontar com as palavras envenenadas de Nathalie, que a ia magoar, e que a ia fazer sofrer, mas não queria falar com ela ao telefone, não queria sentir a distância dela, e talvez até certo ponto, estava a ser egoísta, pois não queria sequer colocar a hipótese de não a ver, de ela por algum motivo ficar demasiado magoada consigo ao ponto de não ir a Berlin. Não seria capaz de viver muito mais tempo afastado dela, precisava de recarregar as baterias com uma dose de amor e amizade de Bea, mesmo que isso significasse adiar a bomba que estava prestes a cair nos ombros dela, mesmo que isso significasse omitir-lhe a verdade e esperar por tê-la nos seus braços para se preparar para a perder mais uma vez.

Tinha sido fraco, cobarde, um idiota ao deixar-se levar pelo álcool e pela conversa de Nathalie. Olhava para trás e pensava em quão burro poderia ter sido para se deixar levar em elogios e carícias disfarçadas por uma amizade. Se fosse hoje, tudo seria diferente. Se tivesse aberto os olhos como tantas vezes Bea tinha tentado fazer com que ele abrisse, nada disto teria acontecido, não se veria forçado a perder uma namorada e uma amiga e a ficar reduzido a uma vida vazia e sem sentido. Porque era assim que via a sua vida sem Bea - vazia e sem sentido. Faria de tudo para lutar por ela, para a fazer ver que tinha sido levado por um engano. Se ela realmente não acreditasse na sua palavra e o julgasse um traidor sem coração, afastar-se-ia como lhe tinha prometido que o faria, no dia em que ela quisesse ver-se livre dele, nesse caso reduzir-se-ia à sua insignificância e sofreria em silêncio. Triste e amargurado, sem vontade de viver, sem vontade de amar novamente.

Ouviu o telemóvel tocar e respirou fundo sentindo-se aliviado por poder abandonar os pensamentos que dominavam a sua mente. Pegou no telemóvel que estava sobre a sua mesa-de-cabeceira e sentiu-se abater novamente pelos pensamentos que tinha acabado de repudiar. Era Bea. Sentiu um peso sobre o coração, não queria ter de omitir-lhe nada, não queria sentir que não merecia o seu amor, mas não conseguia evitar. Desligou o telefone e ligou-lhe de seguida para que ela não gastasse dinheiro. Respirou fundo ao ouvir o telefone tocar.

- Leão… - disse Bea numa voz ternurenta.
- Schatzi… - disse Bill numa voz um pouco abatida.

- O que é que se passa? – perguntou Bea denotando algo de estranho no tom da voz de Bill.
- Nada, está tudo bem! – disse Bill tentando disfarçar – Estou a fazer as malas…
- A sério? –
disse Bea contente – Eu também já tenho a minha mala feita. Nem acredito que daqui a dois dias estou aí…
- Vai ser tão bom… -
disse Bill com uma voz feliz mas ao mesmo tempo preocupada.

- O que é que se passa? Estás esquisito… - disse Bea preocupada – A tua voz está diferente. Queres ficar mais uns dias aí? Não queres regressar a Berlin?
- Quero… -
disse Bill – Estou desejoso de te ver e de te abraçar…

- Chateaste-te com o Tom ou com a tua mãe? –
perguntou Bea.
- Não! Está tudo bem, a sério, eu é que estava a pensar em coisas que não devia… - disse Bill
- Em quê? – perguntou Bea curiosa.
- Nada que mereça que gastemos o nosso tempo a preocuparmo-nos com isso… - disse Bill tentando evitar a conversa.
- Mas se te está a incomodar vale a pena… - disse Bea.
- A sério que não é nada! – disse Bill – Então e como é que está a faculdade?
- Uma seca para não variar. Acho que quando regressar vou andar enterrada em livros e trabalhos de grupo, vai ser tão bom… –
disse Bea a ser irónica – Este fim-de-semana vai saber mesmo bem…
- Espero que sim… -
disse Bill em forma de desabafo.
- Tenho a certeza que sim… - disse Bea animada – Então e o teu irmão, já se decidiu quanto à Dreia?
- Não sei… Sempre que falamos no assunto ele evita-o. Acho que ele está aterrorizado com a ideia de voltar a Berlin e ter de a enfrentar, ele ainda não sabe ao certo aquilo que lhe vai dizer… -
disse Bill.

- A sério? – perguntou Bea incrédula – Ele está a considerar a hipótese de deixá-la escapar?
- Ele tem medo… -
disse Bill justificando o irmão.
- Tem medo de ser feliz? – perguntou Bea espantada.
- Muito! – disse Bill.
- Vocês homens às vezes são uns totós! Com uma miúda espectacular como a Dreia, deixar-se ir na cantiga de outras devia ser crime… - disse Bea.
- Eu sei… nós não merecemos o ar que respiramos às vezes… - disse Bill sentindo-se mal com tudo o que tinha acontecido consigo mesmo.
- Tu mereces tudo leão… Mas o teu irmão merecia uma valente pancada na cabeça a ver se acorda e abre os olhos… - disse Bea.

- Não achas que eu sou igual ao meu irmão? – perguntou Bill curioso ao lembrar-se das palavras de Nathalie “Eu disse-lhe que tu serias incapaz de a trair, mas ela parecia estar convencida que o facto de seres famoso e de partilhares o mesmo sangue do Tom tinha alguma influencia, e que mais dia, menos dia ia acabar por acontecer…”
- Acho que sim… és um verdadeiro Sex Gott... – disse Bea com uma voz sedutora.
- Não! A sério… achas que eu sou parecido com ele na maneira de ser? – perguntou Bill.
- Vocês são muito parecidos em algumas coisas, a vossa educação e valores são os mesmos, mas quando se fala no sexo feminino vocês são totalmente diferentes, não têm sequer comparação… - disse Bea

- Não tens medo que eu seja como ele? – perguntou Bill deixando-se levar pelos pensamentos que o assombravam momentos antes de Bea lhe ter telefonado.
- Não… tu não és como ele! És parte dele, mas não és ele… - disse Bea.

- Não te assusta o facto de eu ser famoso e ter imensas raparigas atrás de mim? – perguntou Bill.
- Eu confio em ti e sei que me amas e que não és o tipo de pessoa de te deixares levar por uma one-night stand. Preocupa-me mais o facto de seres amigo e andares em tour com a Nathalie do que de teres milhares de raparigas à espera que estales os dedos para te saltarem para cima… – disse Bea.

Bill sentiu-se atingir por um peso, como se os seus ombros e olhos fossem abatidos pelo mesmo peso que tomava conta do seu coração. Ela confiava em si, Bill conseguia sentir que as suas palavras eram verdadeiras, e que nada daquilo que Nathalie lhe tinha dito era verdade. Sentia-se inquietado por saber que Bea se preocupava mais com Nathalie do que com qualquer groupie ou fã, e que tinha sido com ela que ele tinha violado a sua confiança. Estava triste e desapontado consigo mesmo.

- … Porque é que foste embora? – perguntou Bill directamente.
- O quê? – perguntou Bea sem perceber de onde vinha aquela conversa.
- Porque é que fugiste de Berlin e regressaste a Lisboa? – perguntou Bill.
- A minha vida é em Lisboa neste momento… pensei que percebesses… - disse Bea triste com a pergunta de Bill.
- Eu sei… mas foi só por causa disso? Não foste para aí para fugir de mim? – perguntou Bill.
- Para fugir de ti? Era nisso que estavas a pensar quando te telefonei? Por isso é que estavas triste? … Bill, eu nunca iria embora, se tivesse outra opção… Eu não te queria dizer, mas eu tentei ficar aí, tentei inscrever-me na faculdade e pedir transferência, mas não consegui ser aceite, não me restou outra opção senão voltar para Lisboa. Mas para o ano vou tentar novamente. Eu juro que farei o que for necessário para estar do teu lado… – disse Bea com pesar – O meu lugar é ao teu lado leão… agora e sempre… e não é por estar em Lisboa que vou deixar de gostar de ti. Amo-te tanto quanto te amava quando estávamos juntos, talvez até mais por sentir esta distância e dor de me ver afastada de ti. Por isso não penses por um segundo, que eu quis fugir de ti… Eu vim para dar um seguimento à minha vida. Estar aqui é um sacrifício que faço, acredita… Mas sei que um dia quando voltar para o teu lado será para sempre…

- Tu tentaste ficar? –
perguntou Bill com dificuldade em falar. Bea nunca lhe tinha contado nada. Sentiu uma dor no peito ao saber que ela tinha lutado para estar ao seu lado e que continuava na esperança de o poder fazer. Sentiu ainda mais a culpa e o peso de ter traído a sua confiança com a sua pior inimiga – Não me disseste nada…
- Não queria dar-te esperanças para depois correr tudo mal e ficares triste… -
disse Bea.
- Quando é que soubeste disso? – perguntou Bill.
- Uns dias antes dos meus anos… - disse Bea.
- Mas isso já foi há imenso tempo! – disse Bill espantado – … Sofreste sozinha!
- Não… Tu sofres comigo todos os dias. A distância afecta os dois… -
disse Bea sentindo-se triste – Mas eu seria incapaz de fugir de ti… Só eu sei o sacrifício que é ter de deixar o meu namorado e os meus amigos para trás, para me sentir fechada nesta prisão… Mas tu sabes que eu não posso abandonar a faculdade assim do nada, não sabes Bill? É o meu futuro… Tu sabes que eu faria tudo para estar ao teu lado….
- Eu sei! E é essa uma das razões pela qual eu te amo tanto… por seres como és, e por seres forte! Mais forte do que eu alguma vez serei… –
disse Bill

- Mas porque é que me perguntas isso? – perguntou Bea sem saber de onde vinham aquelas questões.
- Estou à demasiado tempo sem ti, acho que me está a fazer mal! – disse Bill.
- Faz-nos mal aos dois… - disse Bea – Mas eu não acredito que tenhas perguntado isso do nada… Podes dizer-me a verdade… Estás a falar do nosso futuro, e não tens porquê ter medo ou vergonha de dizer seja o que for…
- Não é ter medo ou vergonha… é uma estupidez… -
disse Bill.
- Mesmo que seja uma estupidez, qualquer estupidez tua, ou ao teu lado, é boa… - disse Bea a rir.
- Mas é uma estupidez má… - disse Bill para preveni-la.
- Má ou boa… Tanto faz… - disse Bea a começar a ficar preocupada.

- … Alguma vez fizeste uma aposta - começou Bill por perguntar.
- Eu não faço apostas… - disse Bea imediatamente.
- … Ok – disse Bill mais descansado.
- Mas que género de aposta estavas a falar? – perguntou Bea interessada.
- … Do género pessoal! - disse Bill a medo.
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MensagemAssunto: Re: Wir Schließen Uns Ein   Wir Schließen Uns Ein - Página 7 EmptyDom Mar 29, 2009 5:34 am

- O que é uma aposta do género pessoal? – perguntou Bea confusa.
- Tipo: aposto contigo como o Tom vai recusar o jogo da Dreia… - disse Bill.
- Ahhh, esse tipo de apostas? Sou capaz de já ter feito, mas nada que envolva dinheiro ou algo em troca. Isso são apostas só da boca para fora! – disse Bea mais descansada – Mas achas mesmo que o teu irmão vai recusar o jogo da Dreia?
- Não sei, era só um exemplo… -
disse Bill.
- Então mas de que aposta do género pessoal é que estavas a falar? – perguntou Bea interessada em perceber o que ia na cabeça de Bill.

- Do género… aposto que o Bill vai ser infiel… - disse Bill.
- Aposto que o Bill vai ser infiel??? – perguntou Bea chocada –Tens razão, é mesmo uma estupidez… de onde é que foste buscar isso?
- Não ligues… -
disse Bill – Eu também não pensei que fosse verdade…
- Claro que pensaste, senão não me tinhas perguntado nada! –
disse Bea
- Foi uma coisa que eu ouvi e achei uma estupidez… - disse Bill.
- Que ouviste? – perguntou Bea ainda em choque – Quem é que te disse isso?
- Não ligues… -
disse Bill tentando esquivar-se.
- Bill… - disse Bea com voz autoritária.
- Esquece… - disse Bill.
- Porque é que alguém haveria de dizer uma coisa dessas? Nunca na vida eu iria fazer uma aposta desse tipo, isso é apostar contra nós e o nosso futuro, e eu faço tenções de ficar contigo por muitos e longos anos… - disse Bea.
- Eu sei… - disse Bill – Desculpa…

- Quem é que te disse isso Bill? –
perguntou Bea.
- Tu não vais querer saber… - disse Bill.
- Foi a sanguessuga? – perguntou Bea irritada com a possibilidade de ter Nathalie a envenenar a sua relação – Aquela mulher não tem emenda, basta ver-me pelas costas para fazer de tudo para te afastar de mim…
- Não te preocupes… nada do que ela diga ou faça vai-me afastar de ti… -
disse Bill.
- Até quando? Ela não pára… - disse Bea chateada – Ela não vai descansar enquanto não te tiver para ela…
- Não me interessa o que ela faz ou deixa de fazer… -
disse Bill.

- Mas tu acreditaste nela… - disse Bea de forma frágil ao imaginar que Bill tinha acreditado realmente naquelas mentiras.
- Não foi acreditar, mas… - disse Bill.
- Mas ela sabe o que faz e o que diz, e é a tua melhor amiga à anos, e conhece-la desde sempre e é mais fácil acreditar naquilo que ela diz do que naquilo que eu te digo… - disse Bea.
- Não é nada disso… - disse Bill que tinha perdido toda a confiança que tinha em Nathalie naquela noite na Berghain e que não ousava sequer vê-la tão cedo.

- Se não confias em mim, talvez seja melhor eu ficar em casa da Dreia nestes dias… - disse Bea sentindo o seu coração arder no peito.
- Eu confio em ti schatzi, eu quero estar contigo… – disse Bill.
- Tens a certeza? Eu não quero impor-te a minha presença… - disse Bea.
- Tenho a certeza absoluta! – disse Bill – O teu lugar é ao meu lado…

Bill não sentiu coragem para falar com Bea sobre o beijo. Uma vez mais acobardava-se por detrás da omissão. Não fazia tenções de contar a Bea sobre a aposta ou as dúvidas que tinham ficado instauradas na sua cabeça depois da conversa que tinha tido com Nathalie, mas ficava feliz por saber que tudo aquilo que ela tinha dito não passavam de mentiras e que Bea o amava tanto quanto ele a amava a ela. Mais dia, menos dia, teria de lhe contar a verdade sobre o beijo, e quando esse momento chegasse, esperava que ela compreendesse que ele não fazia tenções que aquele beijo tivesse sequer existido.
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MensagemAssunto: Re: Wir Schließen Uns Ein   Wir Schließen Uns Ein - Página 7 EmptyDom Mar 29, 2009 5:34 am

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Ouviu Scotty ladrar desenfreadamente à porta e a campainha soar imediatamente a seguir. Bill foi a correr atender. Estava nervoso e ansioso pela chegada dela. Abriu a porta e era Andreas. Cumprimentou-o com um aperto de mão e fez-lhe um gesto para entrar.

- Estavas à espera que fosse outra pessoa? – perguntou Andreas a rir-se.
- Não. Ela ficou de me dizer alguma coisa quando aterrasse e até agora nada… - disse Bill fechando a porta.
- O avião atrasou-se, mas a Dreia já foi para o aeroporto, não tarda muito devem estar aí… - disse Andreas batendo com a mão no ombro do amigo – O Tommi?
- Está na sala –
disse Bill.
- Vou falar com ele… - anunciou Andreas.
- Força, eu vou só acabar ali uma coisa e já vou ter convosco – disse Bill dirigindo-se para a zona dos quartos.

Andreas entrou na porta que dava acesso à sala para encontrar Tom deitado no sofá a ver televisão. Aproximou-se do amigo e enterrando-lhe o boné na cabeça disse:

- Então Tommi?
- Andi… -
disse Tom estendendo-lhe a mão para o cumprimentar – Senta aí…
- Então Magdeburg continua no mesmo sítio? –
perguntou Andreas sentando-se.
- Parece que sim… - disse Tom sorrindo.
- E já puseste a cabeça em ordem? - perguntou Andreas.
- Desde quando é que a minha cabeça não está em ordem? – perguntou Tom.
- Desde nascença… - disse Andreas a rir.
- Ah Ah, estás muito engraçadinho hoje… - disse Tom a fingir que se ria.

- Não ias pensar no teu futuro amoroso? Tu e a Dreia… a Dreia e tu… Já sabes o que vais fazer da vida? – perguntou Andreas directamente.
- Já! – disse Tom decidido.
- Então? – perguntou Andreas curioso.
- Vou deixar as coisas como estão – disse Tom.
- Mas as coisas não estão… - objectivou Andreas.
- Pois não… Não vou entrar no jogo dela – disse Tom – Não quero prender-me…

- Estás a gozar? –
perguntou Andreas espantado – Estás assim tão aterrorizado ao ponto de lhe dizeres que não?
- Mas que merda… qual é o mal de não me querer comprometer com alguém? Porque é que toda a gente me vem com a história de ter medo de compromissos? –
disse Tom chateado.
- Ela não te pediu para namorares com ela… e eu não falei em compromissos, tu é que falaste! – disse Andreas – Tu não gostas dela? Nem um bocadinho?
- Gosto mais do que devia gostar, e esse é que é o problema! –
disse Tom.
- Estás a gozar? Desde quando é que isso é um problema? – perguntou Andreas.
- Desde que eu quero ser livre, e não quero pensar se a estou a magoar a cada segundo que olhar para outra rapariga… - disse Tom.

- Então e estás disposto a ficar sem ela? – perguntou Andreas.
- Aí é que está…. Não é preciso ficar sem ela… só não entro no jogo! – disse Tom com um sorriso na cara.
- Não é preciso ficares sem ela? – perguntou Andreas a rir – Tu não fazes mesmo ideia do que se passa, pois não?
- Como assim? –
perguntou Tom.

- Ela não te disse que tinha outro? – perguntou Andreas espantado.
- Ela disse que havia a possibilidade de haver outro… - disse Tom
- Não Tommi… deves ter percebido mal… - disse Andreas com uma cara muito séria – Se tu não quiseres nada com ela, ela vai continuar com a vida dela… não vai ficar à tua espera para sempre.
- Mas ela não me disse isso… -
disse Tom surpreso.

- Lembraste de Frankfurt? - perguntou Andreas.
- Sim… - disse Tom – Foi onde ela conheceu o outro?
- Mais ou menos… -
disse Andreas – Eles já se conheciam, mas foi aí que se começaram a entender melhor…
- Eu sabia! –
disse Tom – Tu sabes quem é?
- Sei… e tu também sabes… -
disse Andreas.
- Não, ela não me disse… Quem é? – perguntou Tom curioso.
- Vá lá Tommi… puxa pela cabeça… - disse Andreas.
- A sério que não sei… - disse Tom ansioso por saber quem era.

- … Sou eu - disse Andreas.
- Desculpa? – perguntou Tom em choque.
- Nós não sabíamos como te dizer… Aconteceu naquela noite… ela estava carente porque tu tinhas ido para a cama com outra, e nós beijámo-nos e… aconteceu… - disse Andreas.
- Tu nunca me disseste nada! – disse Tom chocado.
- Desculpa… - disse Andreas sentindo um peso no coração e uma dificuldade enorme em encarar Tom nos olhos – Não foi nada planeado…

- Tu gostas dela? –
perguntou Tom sentindo-se traído.
- Acho que sim… - disse Andreas.
- Vocês costumam estar juntos? – perguntou Tom.
- De vez em quando… - disse Andreas – Mas ela gosta de ti, ela ainda não te esqueceu…

Tom endireitou-se no sofá e colocou as mãos sobre a cabeça. Nunca pensou que o seu melhor amigo fosse o rapaz pelo qual o coração de Dreia pudesse estar a começar a bater. Sentiu um peso sobre o coração como não se lembrava de alguma vez ter sentido, como se lhe quisessem tirar o chão dos pés e o ar que respirava. Sentia-se traído, confuso, mas principalmente perdido, como se a possibilidade de perder Dreia fosse agora algo palpável e autêntico. Talvez com Andreas ela estivesse melhor, ele seria capaz de a amar e de a fazer sentir-se única como ela merecia, mas a ideia de a perder, de a deixar escapar por entre os dedos era insuportável, e agora que sabia que era para o seu melhor amigo, a dor parecia apoderar-se de si. Sentia inveja, sentia-se egoísta e rancoroso, não queria perdê-la para ele, não queria ficar sem ela, não estava preparado para isso. Tinha chegado à conclusão que não queria entrar no jogo de Dreia porque não se sentia preparado para ele, mas nunca tinha pensado que o facto de recusar o jogo faria com que ela se afastasse de si de vez, pensou que a continuaria a ter como até ali tinha. A ideia de Andreas e Dreia terem partilhado a mesma cama que ele mexia consigo. A ideia de ela ter andado na cama com outro enquanto andava também consigo parecia agora muito mais perceptível aos seus olhos, por isso é que Dreia raramente o procurava à noite… por isso é que não o desejava tanto como o normal. Mas então porque é que Andreas dizia que ela gostava de si? Porque é que Andreas parecia estar a lutar para que Tom aceitasse a proposta de Dreia? Porque é que tudo parecia errado, inclusive a dor que julgava não sentir por ninguém?

- O que é que queres? Namorar com ela? Vieste pedir-me autorização para ma roubares? – perguntou Tom de forma agressiva.
- Eu só quero saber o que vais fazer em relação a ela, porque ela não merece sofrer mais do que já sofreu… - disse Andreas.
- Vieste até aqui… à espera que eu te dissesse que podias ficar com ela? Com os meus restos? – perguntou Tom de forma agressiva.
- Com os teus restos? – perguntou Andreas incrédulo com o que ouvia – Caso não te lembres a Dreia é uma pessoa, não é um prato de comida! E ela não merece ser tratada assim!

- Vais pôr-te a defendê-la enquanto andavas a comê-la nas minhas costas? Vocês deviam rir-se muito às minhas custas… -
disse Tom.
- Estás maluco Tom? – perguntou Andreas – Ninguém se riu às custas de ninguém… ela chorou bastante por causa de ti…
- E claro que tu estavas lá para acalmar a menina… -
disse Tom ironicamente.
- Sempre! Estive sempre ao lado dela… - disse Andreas.
- Ao lado, em cima, em baixo… deve ter sido uma festa às custas do Tommi – disse Tom levantando-se do sofá de forma hostil.

- Tu ainda não percebeste nada do que se está a passar, pois não Tom? – perguntou Andreas levantando-se indo ao encontro de Tom.
- Já percebi tudo muito bem… Tu queres que eu abra mão da Dreia para ti… - disse Tom afastando-se de Andreas. Sentia uma raiva pulsar no seu interior. Era capaz de cometer uma loucura para afastar Andreas de si.
- Não percebeste nada! – disse Andreas.
- Então explica-me lá melhor… - disse Tom de forma agressiva.
- Nunca aconteceu nada entre nós… Nós nunca fomos para a cama… - disse Andreas.
- Mas pensas que estás a enganar quem? Eu sempre desconfiei que se tinha passado alguma coisa entre vocês, só não pensei que tivesses a coragem de vir a minha casa dizer-me isso na cara… – perguntou Tom aproximando-se de Andreas – Vocês dormiram juntos duas semanas Andi, eu não sou estúpido!
- Nós dormimos no mesmo quarto durante duas semanas… -
corrigiu Andreas – Beijámo-nos… abraçámo-nos… e falámos. Falámos noites inteiras acerca de ti, noites em que ela chorava por te amar e sentir que tu não querias nada com ela a não ser sexo… que não lhe davas valor, que não gostavas da pessoa que ela é… - disse Andreas.
- Pois… e tu sempre lá, ao lado, para a consolar… - disse Tom raivoso.

- Ainda não percebeste o que se está a passar Tom? – perguntou Andreas.
- Já percebi, já… aproveitaste que ela estava carente e aproximaste-te… - disse Tom esfregando as mãos uma na outra compulsivamente.
- Não… - disse Andreas – O que se está a passar, é que tu estás a ter a crise de ciúmes do século…
- Estás a gozar comigo? –
perguntou Tom fitando os olhos azuis de Andreas.
- Não… - disse Andreas enfrentando o olhar perturbado de Tom – Eu nunca te vi assim por causa de ninguém… e se tu me voltas a dizer que estás assim porque não sentes nada por ela, porque não te queres prender a ela ou porque bla bla bla… Não sei o que te faço!

- Cala-te! –
disse Tom virando-lhe costas.

- Olha para ti! – disse Andreas gritando com Tom – A ideia de a perderes deixou-te assim…
- O que é que queres que eu faça? Não estava à espera que o meu melhor amigo viesse até minha casa para se declarar à minha miúda! –
disse Tom virando-se novamente para Andreas enfrentando-o com o olhar.
- À tua miúda? Vês… tu já a chamas de tua… porque é que não a deixas ser tua realmente? O que é que te impede de perderes a fobia ao compromisso? – perguntou Andreas em clima de guerra.
- Neste momento… TU! – disse Tom gritando.

Bill apareceu a correr vindo do seu quarto. Tinha acabado de receber uma mensagem de Bea a avisar que tinha chegado e que já estava com Dreia, em breve estaria a caminho de casa dos gémeos. Quando entrou na sala e se deparou com Tom e Andreas aos berros ficou alarmado, mas não queria interferir sem saber o porquê da discussão. Deixou-se ficar imóvel à porta a assistir durante uns segundos até perceber que eles estavam os dois realmente alterados e que era preferível meter-se no meio deles antes que pudesse acontecer algo do qual se arrependeriam no futuro.

- O que é que se passa? Estão malucos? –
perguntou Bill colocando-se no meio dos dois.
- O nosso amiguinho veio cá a casa pedir autorização para comer a Dreia! – disse Tom sorrindo de forma irónica.
- Não é nada disso… - disse Andreas – Eu vim cá para te mostrar que tu gostas da Dreia…
- Tu vieste cá a casa, dizer-me que andaste a curtir com ela durante dois meses, e que te aproveitaste dela enquanto eu não estava por perto… -
disse Tom enraivecido – E agora estás a fazer um joguinho para ver se eu não fico ofendido… assim ficas com a miúda e com o amigo…
- Eu não quero a miúda… e nunca trocaria miúda nenhuma por amigo nenhum! –
disse Andreas aos berros.

- Acalmem-se lá… - disse Bill – Tom, o Andreas nunca teve nada com a Dreia…
- Pensavas tu! –
perguntou Tom – Conta-lhe lá Andi… o que é que andavas a fazer com ela na tour
- Nada… tu sabes como eu e a Dreia nos damos bem –
disse Andreas a Bill – Beijámo-nos uma vez, mas não foi nada de mais, foi um beijo entre dois amigos carentes…

- Um beijo? –
perguntou Bill.
- Um beijo… - repetiu Andreas.
- Qual é o mal de um beijo Tom? Tu mesmo disseste que um beijo não era mais do que um beijo… e que entre amigos não tinha problema… foi isso que me disseste quando te falei do beijo da Nathalie! – disse Bill.
- É diferente! – disse Tom alterado.
- Porquê? – perguntou Bill de forma pacifica.
- Porque é com ele, agora sente na pele! E ele gosta dela! – disse Andreas

- E se gostar? – perguntou Tom bem alto.
- Se gostares? – perguntou Andreas espantado – Não é lógico que gostas? Não tem mal nenhum gostares dela!
- Tu gostas dela Tom… tu nunca ficaste assim por ninguém… -
disse Bill – Tu sempre te estiveste a cagar para se as tuas curtes iam para a cama com quem quer que fosse, agora a Dreia deu um beijo ao Andreas e tu entras em histeria?
- Quem é que está em histeria? –
perguntou Tom histérico.
- TU! – disseram Bill e Andreas em conjunto.

- O que é que querem? – perguntou Tom.
- Admite de uma vez por todas… - disse Andreas.

- Mas tu gostas dela… tu queres andar com ela… - disse Tom sentando-se no sofá exausto de discutir – Se eu sair do teu caminho ela fica contigo, e eu sei que tu vais tratá-la bem e dar-lhe o que eu nunca serei capaz de lhe dar…
- Seu estúpido! De que é que me vale estar ao lado dela se eu não gosto dela, e se ela te ama perdidamente? –
perguntou Andreas aproximando-se de Tom – Não vês o que estás a fazer Tom? Estás a abdicar de ti para a ver feliz… sabes quem é que faz isso? As pessoas que gostam realmente de alguém… Tu gostas dela!
- Tu gostas dela Tommi! –
disse Bill sentando-se ao lado do irmão – O Andi tem razão…

- Mas tu gostas dela… Eu não vou interferir com a tua felicidade –
disse Tom abanando a cabeça de forma negativa.
- Tu ouviste alguma coisa do que eu te disse? – perguntou Andreas – Eu não gosto dela! Deixa de ser estúpido e enfrenta de uma vez por todas os teus receios…

- Porquê? –
perguntou Tom com um olhar triste.
- Porque já é altura maninho… - disse Bill colocando uma mão sobre os ombros de Tom.
- E se…- começou Tom por dizer.
- E se nada! Tu não ias ficar assim por alguém que não significasse nada para ti… – disse Andreas – É tão claro que gostas dela… não a percas! Ela é uma rapariga como há poucas…
- É a tua Bea Tommi… -
disse Bill.
- Agora que percebes que não a tens para sempre… dá-lhe valor! – disse Andreas.

- Então é tudo mentira? – perguntou Tom olhando para Andreas – Tu nunca tiveste nada com ela? Nunca dormiram juntos? Não gostas dela?
- Nunca dormi com ela… Não gosto dela… Nunca tivemos nada para além daquele beijo em Frankfurt, e foi só isso… um beijo entre dois amigos! –
disse Andreas.
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MensagemAssunto: Re: Wir Schließen Uns Ein   Wir Schließen Uns Ein - Página 7 EmptyDom Mar 29, 2009 5:35 am

[Flashback]

- Então o Tom não tem qualquer hipótese contra mim… - disse Andreas a rir.
- Concordo… - disse Dreia a rir abraçando com mais força o corpo de Andreas para si.

Andreas e Dreia continuaram a passear abraçados ao longo da margem do rio. Dreia suspirou e parou a caminhada. Andreas viu-se obrigado a parar também e olhando para ela percebeu que algo se passava, ela não parecia estar bem.

- O que é que se passa? – perguntou Andreas alarmado.
- Quem não tem hipóteses com o Tom sou eu… Ele tem milhares de raparigas atrás dele, todas elas muito mais bonitas que eu. Porque é que ele haveria de escolher ficar ao meu lado? – perguntou Dreia sentando-se num banco que estava à beira-rio, enquanto olhava a corrente.
- Porque tu és especial! – disse Andreas sentando-se ao lado de Dreia – E não deixes que ninguém te diga o contrário! Tu é que não mereces o Tom… mas não se escolhe a pessoa de quem se gosta…
- Eu sei… -
disse Dreia suspirando fundo – Se eu pudesse escolher…
- Mas não podes… -
disse Andreas abraçando Dreia – Vamos fazer assim… deixa-me falar com o Tom, ok?
- O que é que lhe vais dizer? –
perguntou Dreia.
- Nada de mais… Mas quando ele regressar deixa-me falar primeiro com ele antes de se encontrarem… - disse Andreas – Ele não acha que tu tens um pretendente? Então… deixa-me assustá-lo…


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MensagemAssunto: Re: Wir Schließen Uns Ein   Wir Schließen Uns Ein - Página 7 EmptyDom Mar 29, 2009 5:36 am

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Olhou para aquelas íris castanhas, para a expressão brilhante e cativante que estava contida nelas, e sentiu uma lufada de ar fresco tomar conta dos seus pulmões de forma alarmante, como se nada mais existisse naquele momento, como se precisasse daquele ar e daqueles olhos para ser alguém. Sentia-se novamente no paraíso, tinha regressado à sua origem, ao seu recanto, de onde nunca devia ter saído. O local onde o seu coração morava e habitava. Queria saltar-lhe para os braços, dizer que o amava, levá-lo para o quarto e dar-lhe a noite da sua vida, fazê-lo sentir-se seu, fazê-lo ver como ela era feliz nos seus braços, como nunca duvidara de si, como o amava louca e desesperadamente. Como tinha ansiado pelo seu toque, pelos seus braços, pelo seu cheiro, pelo seu piercing, pelas suas mãos perfeitas e pela expressão daquele olhar em êxtase. Não era só desejo, nem luxúria, era muito mais que isso, era sentir-se unida a ele por um elo e uma ligação tão forte que nada nem ninguém seria capaz de desfazer. Sentia-se assim, presa àquele sentimento e àquele corpo que se aproximava de si de forma impulsiva e que tomava a sua cara com as mãos firmes e ávidas. Sentiu a testa de Bill encostar-se à sua, e o nariz dele roçar suavemente de encontro ao seu, à medida que um sorriso absolutamente encantador se esboçava nos lábios que Bea tanto amava beijar. Abraçou o corpo de Bill apertando-o para junto de si, queria senti-lo, queria acreditar que estava ali, nos seus braços, e que o mundo podia parar para sempre naquele segundo. Sentiu os lábios de Bill procurarem os seus, e fechou os olhos, queria apenas senti-lo. Bill tomava os seus lábios de forma doce e carinhosa, como se neles estivesse contido um segredo, que ele procurava desvendar e roubar suavemente, tirando todo o partido dos seus lábios carnudos, fazendo-se acompanhar pela língua que ágil e destemida percorria os recantos da sua boca, proporcionando a Bea uma satisfação imensa ao beber daqueles lábios a essência de Bill, e o amor que ele sentia por si.

Não se queria afastar dele por um segundo que fosse. Cada minuto do seu lado era vivido intensamente, como se de um tesouro se tratasse, um tesouro que guardava com todo o afecto e dedicação, de tão valioso que era para si. Aqueles momentos iam tornar-se cada vez mais raros e Bea sabia que tinha de usufruir deles, tornando-os únicos e mágicos, embora no seu consciente soubesse que estando nos braços de Bill nem a magia conseguia competir com ele, era um desejo e um sonho tornado realidade, uma fantasia que encontrava a sua satisfação. Abraçou o corpo de Bill com força à medida que o sentiu levantá-la levemente do chão e beijar o seu pescoço. Sentiu-se arrepiar com o toque dos lábios deles e quando sentiu os pés tocarem novamente no chão beijou-o novamente, para comprovar que Bill era real. Soltou-se dos seus braços para cumprimentar Tom e entrar em casa, sentindo os olhos de Bill o tempo todo sobre si. Sorriu ao vê-lo olhá-la de forma tão atenta e intensa à medida que cumprimentava Dreia, não lhe prestando muita atenção. Bill estava hipnotizado, tinha desejado tê-la contida nos seus braços. Não conseguia tirar os olhos de cima dela, era perfeita, era a mulher da sua vida, uma luz com a qual se tinha cruzado e que enchia o seu coração de vida.

- O Andreas ainda não chegou? – perguntou Bea surpresa por não ver o amigo em casa dos gémeos.
- Já foi embora! – disse Tom num tom formal.
- Mas ele disse que ia jantar connosco… - disse Dreia a estranhar a ausência de Andreas.
- Surgiu um imprevisto qualquer, ele teve um problema e teve de ir embora… – disse Tom.
- Ohhh! – exclamou Bea de forma triste e preocupada – Mas será que está tudo bem?
- Sim… não te preocupes schatzi… -
disse Bill aproximando-se novamente de Bea sem conseguir tirar os olhos da sua semblante perfeita – Deixa-me mostrar-te o quarto onde vais ficar… - disse Bill mordendo o lábio inferior e puxando Bea por uma mão para a zona dos quartos.

Bill sentiu Bea deixar-se levar. A sua mão puxava-a com determinção ao mesmo tempo que acariciava a mão de Bea com o polegar. Entrou no seu quarto e esperou que Bea entrasse para fechar a porta à chave. Tirou a chave da fechadura e colocou-a no bolso. Aproximou-se de Bea sentindo o seu coração bater a uma velocidade esfusiante e o seu corpo estremecer com a presença dela no interior do seu quarto. Parecia um sonho, ela estava ali, dentro daquelas quatro paredes.

- Não consigo esperar mais… - disse Bill entranhando as suas mãos nos cabelos loiros de Bea massajando a sua cabeça ao mesmo tempo que os seus lábios procuravam os dela.
- Não precisas de esperar… eu estou aqui… - disse Bea tirando a t-shirt que Bill tinha sobre o corpo.
- Quero-te tanto… - disse Bill fazendo deslizar sobre os ombros de Bea o casaco que ela trazia vestido.
- E eu sou tua… - disse Bea passando as mãos sobre o corpo de Bill, sentindo uma vez mais a estrela que habitava na sua barriga, e baixando os seus lábios ao encontro dela, beijou-a acabando por passar com um leve toque com a sua língua sobre a mesma – Já tinha saudades da tua estrela e dos teus vincos… – disse Bea à medida que sentia Bill tirar-lhe o top que trazia vestido e via nos olhos dele uma expressão de desejo.

Bea passou ambas as mãos sobre os vincos da barriga de Bill e sentiu os lábios dele apoderarem-se do seu pescoço, em mordidelas e beijos que a faziam arrepiar-se e sentir-se tomar por um calor muito característico que se lembrava de sentir sempre que estava nos braços dele, e o sentia adquirir controlo do seu corpo. Abraçou o corpo dele, procurando os seus lábios e beijando-os de forma mais calorosa, andou em direcção à cama enquanto sentia as suas unhas de Bill cravarem-se na pele das suas costas, provocando em Bea um leve gemido e um arquear das costas que deu azo a que Bill se sentisse impulsionado a procurar o fecho do soutien de Bea e se desfizesse dele com uma agilidade de quem já conhecia bem todos os truques para o fazer. Deixou que Bea o empurrasse sobre a cama e sentiu o corpo dela cair como uma tábua sobre o seu. Afagou os cabelos loiros dela e apoderou-se dos seus lábios, procurando de imediato o botão que mantinha as pernas de Bea presas dentro de umas calças de ganga. Desabotoou-o e vendo que Bea procurava tirar as suas calças e cuecas com agilidade e rapidez, saiu de debaixo dela e desapertou as suas calças deixando à mostra os boxers que Andreas lhe tinha dado nos anos, onde figuravam dois leões. Bea sorriu ao ver os boxers e levantou uma sobrancelha, ao mesmo tempo que mordia o lábio inferior.

- O rei da selva… - disse Bea passando a mão sobre os vincos que se perdiam nos boxers de Bill.
- Perigoso e destemido… - disse Bill colocando-se sobre o corpo nu de Bea.
- … O meu rei! - disse Bea assaltando os lábios de Bill de forma mais fugaz fazendo com que as mãos de Bill acariciassem o seu corpo de forma exasperante.
- Um servo aos pés da sua rainha… - disse Bill momentos antes de empenhar a sua língua a lamber o peito e pescoço de Bea, prolongando-se no seu pescoço em sugá-lo avidamente deixando a sua marca, anunciando de seguida – És minha…

Bea sorriu, lembrava-se de ter sido marcado no passado pelo beijo do amor de Bill, lembrava-se de se sentir sua e idolatrar a marca que a ligava aos lábios de Bill, que a prendia de alma e coração à pressão exercida por ele sobre o seu corpo. Suspirou sonoramente fazendo com que Bill levantasse a cabeça que mantinha enterrada no seu pescoço e humedecesse os lábios por entre um sorriso que denotava o gosto que Bill tinha ao ouvir todos os sons e gemidos que Bea soltava na sua companhia, e sem mais demoras colocou uma mão sobre os boxers que ainda mantinha sobre o seu corpo e tirou-os, mandando-os para longe e sentindo Bea procurar uma posição de controlo sobre o que estava prestes a acontecer. Virou-se de barriga para cima, e deixou que Bea se sentasse sobre si e passasse as suas mãos sobre o seu tronco nu, vendo uma expressão feliz e realizada nos seus olhos. Sentiu as mãos dela passarem sobre a estrela e os vincos e procurarem a inscrição que tinha no seu tronco no lado esquerdo. Bea passou a mão ao de leve sobre a tatuagem que preenchia o corpo de Bill, sentindo o corpo de Bill contorcer-se em leves cócegas. Olhou para ele sentindo-se repleta por um sentimento abrasador e disse numa voz que mais parecia um sussurro:

- Voltamos às origens…

Bill sentiu-se tomar por aquelas palavras que tanto significado tinham para si, e segurando-a pela cintura virou-a para a esquerda, colocando-se novamente sobre o corpo dela, desviou os cabelos que tinha à frente da cara e colocando a mão direita sobre a face de Bea beijou-a lenta e demoradamente para a sentir bem e sem pressas. Sentiu Bea estremecer colada ao seu corpo e tentar desprender-se dos seus lábios, mas antes que conseguisse ceder à tentação de continuar preso àqueles lábios carnudos, sentiu o corpo dela ceder e escorregar da cama, agarrando-se a si, enterrando as unhas nele para se segurar, acabando apenas por arranhar Bill, e levá-lo atrás na sua queda. Bill caiu sobre o corpo de Bea que já se encontrava sobre o chão, fazendo com que ela soltasse um grito de dor.

- Desculpa… não me apercebi que estavas a cair… - disse Bill saindo de cima de Bea, preocupado com o facto de a poder ter aleijado ao ter provocado a queda dos dois no chão e ter caído sobre o seu corpo.

Bea olhou para Bill e desatou-se a rir, de forma descontrolada. Colocou uma mão sobre a cabeça e outra sobre a barriga para tentar controlar-se. Bill olhava para ela divertido ao vê-la dar uma gargalhada tão pura e sentida, e sem conseguir controlar-se deixou-se contagiar por aquele riso que o apaixonava perdidamente. Deitou-se sobre o chão, fitando o tecto, rindo do que acabara de acontecer. Bea abraçou o tronco de Bill, deitando a sua cabeça sobre o ombro dele, sentindo a mão de Bill procurar o seu cabelo e o peito dele subir e descer a uma velocidade considerável devido à risada que dava. Levantou a cabeça do peito de Bill e fitou-o nos olhos de forma doce à medida que controlava o seu próprio riso.

- Perigoso… - disse Bea a rir lembrando-se das palavras que Bill tinha dito momentos antes.
- Desastrado… - disse Bill a rir-se.
- Selvagem e feroz… - disse Bea parando de rir com dificuldade.
- Por ti! - concluiu Bill as palavras de Bea, colocando-se novamente sobre o corpo dela, forçando a que as pernas dela se abrissem – Do chão já não passamos…
- Quem é que quer estar no chão quando pode estar no céu contigo? –
perguntou Bea colocando uma perna sobre o tronco de Bill abraçando o seu corpo e procurando os seus lábios.

Bill passou uma mão sobre o corpo de Bea, à medida que a beijava de forma mais destemida e ousada, deixou a sua mão pousar na perna de Bea que estava enrolada no seu corpo e apertando-a contra si fez-se sentir no seu interior, desbravando os caminhos que sonhava desbravar desde o dia em que se tinha despedido daquele corpo que completava o seu. Viu-a fechar os olhos e desfrutar de cada investida que o seu corpo fazia sobre o dela. Adorava ver a sua expressão de deleite quando estavam juntos, na intimidade. Adorava sentir-se em poder do seu corpo, e sentir-se perder controlo do seu, deixar que ele ganhasse vida sozinho e se impulsionasse sobre ela com a fome de a ter e de a sentir em si. Sentiu as mãos dela procurarem acariciar o seu corpo e enterrou os lábios nos dela, inundando-os com o seu amor e carinho, à medida que persistia em se submergir nela com a força de quem tinha esperado por aquele momento e sonhado com ele noites seguidas, com a força de quem desejava matar a saudade, mas ao mesmo tempo buscava a sua existência, completando-se nela. Sentia-se demasiado excitado para conseguir controlar o pensamento, para conseguir controlar os seus movimentos. Queria esperar por ela, mas o simples toque do seu corpo estava a deixá-lo encerrado numa onda de prazer incomparável com tudo o que já tinha sentido. Parou por breves instantes o ritmo a que exercia pressão sobre o corpo de Bea, para se conter e retardar o clímax que sentia estar para breve, para que também ela pudesse desfrutar daquele momento. Queria que fosse a dois. Queria dar-lhe todo o prazer que sabia ser capaz de dar, fazê-la feliz e sentir-se unida e contida nele. Bea largou o corpo de Bill e ajoelhou-se fazendo com que Bill se sentasse encostado de encontro à cama, e observando o corpo suado e ofegante dele, beijou o seu peito, e mordeu o pescoço de Bill como ele lhe costumava morder, deixando que os seus lábios se demorassem a sugar a pele suada que emanava o cheiro dele, deixando nele também a sua marca. Afastou-se do pescoço de Bill para ver uma mancha vermelha arroxeada, fruto dos seus lábios e do seu amor, e olhando para o sorriso encantador que Bill exibia nos lábios disse em forma de sussurro:

- És meu…

Bill mordeu o lábio inferior sentindo-se atingir e contaminar por aquelas palavras que ecoavam na sua cabeça com um peso gutural e sem demoras puxou o corpo de Bea sobre o seu e deixou uma vez mais que o seu instinto animal e humano se unisse com o corpo dela e comandasse a sua vontade de a ter nos braços e de a sentir novamente em si. Bea agarrou a cara de Bill com ambas as mãos e beijou-o de forma débil e fragilizada, à medida que sentia o seu corpo começar a ceder ao prazer que Bill lhe avivava, e que sentia agora de forma mais intensa e enérgica que o habitual. Deixou a cabeça cair levemente para trás ao sentir que não aguentava mais a pressão que sentia no seu interior, e sentiu uma mão de Bill rodear a sua cintura suada, apertando-a com força contra si e a outra passar os dedos sobre os lábios entreabertos de Bea, sem nunca parar de se fazer sentir de forma possante dentro dela. Ouviu Bea gemer, sem conseguir controlar o prazer que ele lhe conferia, e sentiu-se impelido para verbalizar a sua contenção, soltando uns sons que denotavam o prazer profundo que sentia ao reunir-se com ela. Bea procurou uma vez mais a face de Bill e abraçou-o mantendo o ritmo compassado a que procurava o corpo de Bill e abraçando o seu tronco ofegante deixou-se levar pela vaga orgásmica que sentia trespassar o seu corpo como se tivesse sido atingida por uma seta que transportava o amor de Bill.
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MensagemAssunto: Re: Wir Schließen Uns Ein   Wir Schließen Uns Ein - Página 7 EmptyDom Mar 29, 2009 5:37 am

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- O Andreas ainda não chegou? – perguntou Bea surpresa por não ver o amigo em casa dos gémeos.
- Já foi embora! – disse Tom num tom formal.
- Mas ele disse que ia jantar connosco… - disse Dreia a estranhar a ausência de Andreas.
- Surgiu um imprevisto qualquer, ele teve um problema e teve de ir embora… – disse Tom.
- Ohhh! – exclamou Bea de forma triste e preocupada – Mas será que está tudo bem?
- Sim… não te preocupes schatzi… -
disse Bill aproximando-se novamente de Bea sem conseguir tirar os olhos da sua semblante perfeita – Deixa-me mostrar-te o quarto onde vais ficar… - disse Bill mordendo o lábio inferior e puxando Bea por uma mão para a zona dos quartos.



- Ok… - disse Dreia levantando as sobrancelhas e entrando em direcção à sala tentando não imaginar o porquê de Bea ter sido raptada aquando da sua chegada.

Tom fechou a porta de casa e dirigiu-se para a sala atrás de Dreia. Sentia-se nervoso. Estranhamente nervoso. Deparava-se com algo sério - com o bater do seu coração. Nunca o tinha sentido bater assim, estava levemente descontrolado, sentia um peso dobre o estômago, característico de quando estava prestes a entrar para um concerto. Sentia-se nervoso por estar na presença dela, por ter de conversar com ela, por ver-se obrigado a aceitar o jogo que ela lhe tinha proposto. A conversa que tinha tido com Andreas minutos antes de ela chegar tinha esclarecido muito coisa. Tinha deixado assente o facto de estar aterrorizado de pela primeira vez se sentir com vontade de abandonar a sua vida de playboy e dedicar-se a alguém, de não saber o que fazer, sentia-se inexperiente e inocente ao lado dela, como se tivesse de aprender novamente como se comportar ao lado de uma rapariga. Agora que estava perante ela sentia o desejo pulsar nas veias, mas sentia um nervosismo que o petrificava e incapacitava de fazer fosse o que fosse, sentia-se incapaz do seu lado, como se aquele sentimento que tinha descoberto no seu interior o tornasse inferior e vulnerável a ela. Desejava-a, mas sentia-se capaz de ficar apenas do seu lado, a observá-la, a absorver a sua presença e a sua maneira de ser. Viu Scotty rondar o corpo de Dreia e saltar para cima do sofá quando ela se sentou nele, atacando o corpo dela com lambidelas frutíferas, enquanto abanava freneticamente a cauda. Tom sorriu. Parece que todos os Kaulitz se sentiam felizes por receberem visitas. Ouviu Dreia rir e reparou que o seu corpo deitava-se sobre o sofá à medida que Scotty parecia ganhar forma sobre ela e precipitou-se até Dreia e Scotty pegando nele pela coleira, tirando-o de cima dela.

- Para baixo! – disse Tom em voz de comando e virando-se para Dreia, estendeu-lhe a mão para a ajudar a sentar-se novamente e disse – Desculpa… Acho que o Scotty estava cheio de saudades tuas!
- Não tem problema… -
disse Dreia sorrindo e aceitando a mão de Tom para se voltar a sentar direita no sofá – Adoro as recepções calorosas dele…
- Os Kaulitz são assim… -
disse Tom sorrindo de forma tímida e sedutora.
- Sim, basta ver a recepção do Bill à Bea… - disse Dreia a rir.

Tom sorriu de forma mais tímida que o habitual. Seria possível sentir-se intimidado pelas palavras dela e pelo seu sorriso? Não podia ser! Estava a ceder ao sentimento que o torturava, e que sabia que ameaçava ligá-lo de forma vinculativa e emocional a ela. Ao mesmo tempo que retirava prazer da sua companhia, sentia-se apavorado e amedrontado, como se de um dia para o outro tivesse descoberto algo que temia desde sempre e do qual fugia e se escondia em relações superficiais e fugazes com desconhecidas. Mas com Dreia era diferente, ela estava ao seu lado à um ano, e gostava de tudo nela, sabia que ela o amava e que não poderia sair magoado de qualquer relação que tivesse com ela, e a prova estava que num ano de envolvimentos momentâneos e passageiros só tinha momentos bons ao seu lado, mas nem eles o impediam de sentir-se assustado, e com medo de dar aquele passo, de pensar vinte vezes antes de aceitar mandar-se de cabeça para o desconhecido.

- Estou cheia de fome… - disse Dreia para meter conversa, visto que Tom parecia estar petrificado à sua frente.
- A comida deve estar quase pronta… - disse Tom voltando à realidade – Gostas de lasanha?
- Adoro lasanha! –
disse Dreia sorrindo – Será que eles se demoram muito?
- Acho que é melhor não esperarmos por eles… -
disse Tom a rir – A fome deles é outra…

Dreia sorriu sentindo-se corar. Olhou para Tom e reparou que ele estava diferente. Desde a última vez que tinha estado com ele que notava nele uma mudança na sua atitude. Parecia mais calmo e ao mesmo tempo mais nervoso. Estava desejosa de poder saber se a conversa de Andreas tinha sortido efeito. Não sabia ao certo qual era o plano de Andreas, mas esperava que qualquer que fosse, tivesse servido para ajudar Tom na sua decisão. Dreia levantou-se do sofá.

- Precisas de ajuda na cozinha? É preciso que eu faça alguma coisa? – disse Dreia fitando Tom nos olhos.
- Não sei… o Bill é que estava encarregue do jantar. Vou ver… - disse Tom encaminhando-se para a cozinha sendo seguido de perto por Dreia.

- Estou preocupada com o Andi… - disse Dreia em forma de desabafo para fazer conversa e ver se Tom dizia alguma coisa sobre o que se tinha passado.
- Gostas de salada? – perguntou Tom evitando a conversa sobre Andreas.
- …Gosto – disse Dreia percebendo pelo tom da voz de Tom que ele não queria falar no assunto. Dreia sentiu-se mal ao imaginar que Tom e Andreas podiam-se ter chateado por sua culpa.
- Então podíamos fazer uma salada… - disse Tom abrindo a porta do forno e espreitando para o seu interior – A lasanha deve estar quase, é o tempo de fazermos a salada.
- Ok… -
disse Dreia arregaçando as mangas.

Tom foi buscar alface e tomate ao frigorífico e colocou sobre a bancada da cozinha para juntos iniciarem aquilo que seria o acompanhamento da lasanha. Olhou para Dreia e não conseguiu deixar de a achar extremamente sensual. Nunca tinha achado piada nenhuma a cozinhar, pelo contrário, fugia da cozinha a sete pés, mas com uma companhia agradável, era capaz de achar a ideia de estar na cozinha mais aliciante. Pegou na alface e começou a lavá-la. Ouviu Dreia rir e olhou para ela, sorrindo ao sentir-se contagiado pelo sorriso dela.

- Porque é que te estás a rir? – perguntou Tom.
- Tu nunca lavaste uma alface, pois não? – perguntou Dreia a rir.
- Há alguma ciência específica para lavar alfaces? – perguntou Tom sorrindo.
- Não, mas é preciso lavar bem, não é assim… - disse Dreia a rir – Fica tu com o tomate que eu trato da alface… - disse Dreia largando a faca e o tomate que tinha na mão e pegando na alface que estava nas mãos de Tom.

Tom passou para a zona da bancada onde Dreia estava anteriormente deixando o seu corpo roçar propositadamente no dela, ao trocar de lugar. Estava garantidamente conquistado pela ideia de cozinhar a dois. Pegou na faca para começar a cortar o tomate mas deu consigo parado a olhar para Dreia, enquanto ela lavava a alface com uma agilidade incrível. Dreia apercebeu-se de que Tom a fitava e olhou para ele perguntando:

- O que foi?
- Estou a aprender como se faz… -
disse Tom olhando para os olhos de Dreia e reparando pela primeira vez que eles estavam esverdeados.
- Não te esqueças de ir cortando o tomate também… - disse Dreia a rir – E tem cuidado, não cortes um dedo…
- Está tudo sobre controlo… -
disse Tom empenhando-se na sua tarefa.

- Devíamos telefonar ao Andi para saber se está tudo bem… – disse Dreia após um curto silêncio.
- Ele está bem… - disse Tom de forma seca – Porque é que estás tão preocupada com ele?
- Porque ele disse que jantava connosco… –
disse Dreia.
- Os Bs também iam jantar connosco… - disse Tom diminuindo a ausência de Andreas naquela noite.
- Sim, mas ele não ia embora do nada sem sequer ver a Bea… - disse Dreia a achar esquisito a ausência de Andreas.

- O que é que se passa entre ti e o Andreas? – perguntou Tom directamente largando o tomate para olhar atentamente para Dreia.
- Nada… - disse Dreia espantada com a pergunta.

- Mas tu e ele em Frankfurt curtiram… - disse Tom examinando bem a expressão do olhar de Dreia.
- Como é que sabes? – perguntou Dreia surpresa – … Não foi curtir, foi só um beijo…
- Ele contou-me tudo… -
disse Tom - … Gostas dele?
- Muito, ele é um dos meus melhores amigos, mas não passa disso… –
disse Dreia espantada com a pergunta de Tom.

- Vocês nunca foram para a cama? – perguntou Tom.
- Claro que não… - disse Dreia largando a alface e olhando para Tom – Eu não sei o que é que o Andi te andou a dizer, mas nós nunca tivemos nada a não ser aquele beijo em Frankfurt!
- Foi o que ele disse… -
disse Tom retomando a sua tarefa de cortar o tomate.
- Devias acreditar mais naquilo que te dizem… - disse Dreia cortando as folhas de alface – Vocês chatearam-se? É por isso que o Andi foi embora?
- Mais ou menos… -
disse Tom – Não estou zangado com ele, mas tivemos umas chatices, e ele preferiu ir embora…
- Não fiques chateado com ele… -
disse Dreia sentindo que de alguma forma a culpa era sua.
- Isto passa… - disse Tom não querendo tocar muito no assunto.

- … E pensaste na minha proposta? – perguntou Dreia timidamente.

Tom respirou fundo. Tinha chegado o momento que esperava não ter de enfrentar tão cedo. Não sabia como lhe dizer o que tinha para dizer, não estava habituado aquele tipo de interacção com raparigas, nem a ter e se expressar por palavras. Estava disposto a aceitar a sua proposta, mas não sabia se era capaz de entrar no seu jogo e de se dar contrariando o medo que sentia no seu interior apoderar-se de si.

- Pensei… - disse Tom sem saber como abordar aquele tema – Eu disse-te que o jogo que me propuseste era difícil de jogar, e é um tipo de jogo que não me alicia…
– Eu disse que só jogavas se quisesses, não és obrigado a nada… … -
disse Dreia sentindo-se triste
- Eu não tenho jeito para jogar… - começou Tom por dizer.
- Já percebi… - disse Dreia encarando pela primeira vez a possibilidade de perder Tom.
- Eu não sei ser meigo e carinhoso… Não dou a mão, não beijo por beijar, não te vou fazer festinhas, nem afagar o teu cabelo, ou dizer-te que és linda e que te amo… - disse Tom deixando bem claro que não sabia como jogar – Eu não sou assim…
- Deixa estar… -
disse Dreia sentindo-se abater pelas palavras de Tom e desejar poder sair dali.

- Mas mesmo assim… - disse Tom sentindo-se nervoso - … Sou capaz de aceitar!

Dreia olhou para Tom sentindo o seu corpo estremecer. Estava absolutamente convencida que Tom estava a negar o seu convite, e mesmo depois de ele lhe dizer aquelas coisas que a faziam sentir-se pequena e frágil ao pensar que o seu futuro podia passar por ser longe dele, ele surpreendia-a com o reverso da medalha. Não sabia quem era aquele Tom, mas cada dia que passava ele surpreendia-a mais, e fazia com que o seu coração batesse mais forte por ele. Olhou para Tom e viu nos seus olhos uma expressão assustada que agora compreendia bem, devia ser difícil para ele aceitar uma proposta que acarretava um compromisso. Franziu a testa e não se conseguiu conter em perguntar:

- Tu percebeste as regras do jogo?
- … Sim –
disse Tom evitando olhar para Dreia.
- E mesmo assim queres jogar? – perguntou Dreia emocionada com Tom.
- É um jogo, e quem joga arrisca sempre alguma coisa… Eu não sei se consigo ser a pessoa que tu queres que eu seja… - começou Tom por dizer.
- Eu só quero que sejas tu mesmo… - disse Dreia – Eu gosto de ti como és…

- Não… o que me pediste foi para ser diferente… -
disse Tom muito sério.
- Então não me fiz perceber bem, eu não quero que mudes em nada! Só quero sentir-me mais próxima de ti e saber que posso confiar em ti… - disse Dreia baixando o olhar na direcção do chão.
- Mas… eu estou disposto a tentar ser essa pessoa, mesmo que ela seja diferente! Não te vou mentir e dizer que vou conseguir, mas, vou tentar… - disse Tom encolhendo os ombros – Pode demorar algum tempo… Eu não sei ser de outra forma que daquela que sou, e vais ter de ter muita paciência comigo… mas eu quero arriscar…

Dreia sentiu-se arremeter por um arrepio, algo que parecia tomar a sua existência de forma pura e sentida. Aquilo que Tom lhe dizia só podia ser um sonho. O seu sonho tornado realidade. Não era uma relação, não era um namoro, mas era um vínculo que os unia num acordo que deixava claro que eles seriam apenas um do outro, como sempre tinha imaginado e desejado. Talvez Tom não fosse capaz de cumprir esse acordo, talvez as coisas não funcionassem, mas já tinha tentado de tudo, e ver Tom a colocar a hipótese de ser única e exclusivamente seu, arrebatava o seu coração, deixando-a praticamente sem fôlego e emocionada.

- Também não te vou esconder que estou aterrorizado… - disse Tom a rir
- Então porque é que aceitas? – perguntou Dreia emocionada.
– Se o teu jogo vale a pena com alguém… É contigo! Por isso… vamos ver no que dá… - disse Tom sorrindo de forma tímida – Vês? Agora fiquei sem graça, não sei o que hei-de fazer quando estou ao pé de ti…
- Segundo as regras do jogo, deves fazer aquilo que te apetecer realmente fazer… -
disse Dreia sorrindo de forma nervosa.
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MensagemAssunto: Re: Wir Schließen Uns Ein   Wir Schließen Uns Ein - Página 7 EmptyDom Mar 29, 2009 5:37 am

- Isso inclui sair daqui a fugir? – perguntou Tom sorrindo.
- Sim… - disse Dreia a rir.
- Então… acho que vais jantar sozinha… - disse Tom a rir.
- Eu acho que não… porque o que me apetece fazer agora é impedir-te de fugir… - disse Dreia aproximando-se de Tom.

Tom olhou para Dreia com um ar assustado, não sabia realmente o que fazer naquela situação, mas via-a vir na sua direcção com um olhar felino que o deixava preso, e sentiu o seu coração apertar no peito e o nervosismo que tinha sentido ao vê-la entrar na porta de sua casa regressar. Deu consigo paralisado à mercê de Dreia. Dreia aproximou-se de Tom e vendo que ele não fugia, e parecia estar petrificado com a sua aproximação sorriu. Como é que Tom, um rapaz tão experiente, parecia um menino com olhar perdido pelo facto de ela se aproximar dele? Já o tinha beijado inúmeras vezes, já tinha partilhado a sua cama com ele inúmeras vezes também, e mesmo assim ele estava defronte de si com uma expressão de quem nunca sequer lhe tinha tocado e não sabia como o fazer. Abraçou o corpo de Tom de forma suave, e vendo que ele não tinha qualquer reacção, pegou nos braços dele e colocou-os à volta da sua própria cintura, para que ele não tivesse medo de lhe tocar ou de se aproximar.

- Vês? Não custa nada… - disse Dreia – Não é a primeira vez que me abraças… Não precisas de estar assim… não mudou nada entre nós!
- Nunca me tinhas abraçado assim… -
disse Tom perplexo.

Dreia afastou-se do corpo de Tom e olhou para ele. Ele estava deveras intimidado por aquele abraço. Sorriu. Gostava de ver Tom assim, acanhado e atento a todos os seus movimentos, mas não desejava que ele deixasse de ser quem era, o seu Sex Gott. Voltou a abraçar o corpo dele, desta vez com mais força e depositou um beijo no pescoço dele, junto da orelha. Desta vez os braços de Tom pareciam mais destemidos, e abraçaram o seu corpo de forma intensa e segura. Dreia roçou a sua bochecha esquerda sobre a face de Tom e procurou os lábios dele, entrelaçando-os com os seus à medida que sentia o piercing de Tom ganhar vida e conquistar os seus lábios de forma cuidada e estudada. Deixou-se ficar imersa naquele beijo que a fazia sentir-se a pessoa mais feliz à face da Terra e ao afastar-se de Tom soltou um suspiro de olhos fechados, para de seguida abri-los devagarinho e ver Tom envergonhado a escassos centímetros da sua cara.

- Para quem não tem jeito para jogar este jogo… pareces profissional… – disse Dreia sorrindo.
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MensagemAssunto: Re: Wir Schließen Uns Ein   Wir Schließen Uns Ein - Página 7 EmptyDom Mar 29, 2009 5:37 am

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Tom sorria. Estava ligeiramente embaraçado, mas ao mesmo tempo feliz pelo que tinha acabado de acontecer. Aquele beijo tinha sido realmente diferente dos que estava habituado, e o modo como ela se tinha separado de si imediatamente a seguir procurando continuar a sua tarefa de arranjar a alface para o jantar tinha-o deixado ainda mais surpreso. Tudo parecia tão natural. Era um beijo, um simples beijo sem segundas intenções. Mordeu o lábio inferior à medida que pegou novamente na faca e cortava o resto dos tomates que ainda faltavam. Humedeceu os lábios e olhou timidamente para ela, para a ver sorrir. Tinha um sorriso tentador que parecia vir do fundo do seu ser e encher aquela cozinha com uma vivacidade e felicidade que o contagiava.

- Beijas bem… - disse Tom olhando para ela à medida que passava a língua sobre o piercing de forma nervosa.
- Nunca tinhas reparado? - perguntou Dreia olhando para ele timidamente com um sorriso na cara, procurando provocá-lo.
- Já… - disse Tom sorrindo – Mas gostei particularmente deste beijo…

Dreia sorriu e baixou a cabeça ao sentir-se corar. Ouviu Tom rir de si e levantou ligeiramente os olhos para ver o riso mais sedutor e tentador que conhecia em alguém. Aproximou a sua cara da dele e depositou-lhe um beijo leve e rápido nos lábios, só um toque. Apetecia-lhe sentir os lábios de Tom e sabia que o ia deixar ainda mais encavacado e sem graça, o que o estava a tornar absolutamente atraente. Tom não estava à espera daquele beijo, e ficou parado a ver os lábios dela procurarem os seus novamente. Olhou para Dreia e sorriu de forma acanhada e retraída, ela estava realmente a conseguir conquistá-lo, e aqueles lábios carnudos pareciam cada vez mais ter uma ligação directa ao bater do seu coração.

- Tomate arranjado… - disse Tom largando a faca, colocando o tomate cortado dentro de uma saladeira.
- A alface também já está quase pronta! – disse Dreia sorrindo. Estava feliz.
- Vou ver a lasanha… - disse Tom dirigindo-se para o forno e abrindo a porta do mesmo para espreitar – Mesmo a tempo! Acho que está boa! É só temperar a salada…
- Com o jeitinho que tens para lavar alface e cortar tomate, algo me diz que é melhor ser eu a temperar a salada, se quisermos comer salada hoje… -
disse Dreia a rir.
- É melhor! – disse Tom a rir – Nós não costumamos comer salada cá em casa, o Bill é que quis comprar para a Bea. Vocês mulheres têm uma cena com as saladas e a comida saudável... Eu não conseguia sobreviver só de tomate ou alface!

- Eu conseguia… -
disse Dreia sorrindo e olhando de forma sensual para Tom.

Tom sentiu-se atingir por aquelas palavras e imaginou que Dreia estivesse a fazer um trocadilho de teor sexual com elas. Sorriu e passou a língua sobre o piercing que espreitava no seu lábio. Dreia conseguia provocá-lo de tantas formas, que achava esquisito manter-se há tanto tempo longe do seu corpo, não percebia como é que se estava a controlar tanto quando tudo o que desejava era senti-la como era costume. Sentia-se demasiado excitado por estar naquela cozinha a sós com ela, e pelo beijo que ela lhe tinha dado, e agora, aquele jogo de palavras parecia ser o culminar da sua tentação. Pensou no jogo, e em como era suposto fazer aquilo que realmente lhe apetecia fazer e aproximou-se de Dreia rodeando a cintura dela com uma mão.

- Vês o que me fazes? – disse Tom juntando os seus lábios ao ouvido de Dreia – Até numa simples conversa sobre comida me deixas a pensar noutra coisa…
- Quem te disse que eu não quero que penses noutras coisas? –
perguntou Dreia sentindo-se estremecer pelo vento que a boca dele fazia ao mexer-se junto da sua orelha.
- Mesmo que não quisesses, era impossível… Quando estou contigo não consigo evitar pensar noutra coisa… - disse Tom roçando os seus lábios e piercing ao longo do pescoço de Dreia.
- Quando eu disse que não queria que mudasses era a sério… - disse Dreia largando de vez a alface que tinha nas mãos e rodando o corpo para trás, ficando de frente para Tom, abraçando o corpo dele pelo pescoço – Eu gosto de ti assim…

- Este jogo eu sei jogar… -
disse Tom fazendo as suas mãos deslizarem para o rabo de Dreia e os seus lábios procurarem os lábios dela com garra.
- E eu quero jogá-lo contigo… - disse Dreia tirando o boné que Tom tinha na cabeça e a banda que estava debaixo dele, de modo a acarinhar a cabeça e as rastas de Tom.
- Espera… - disse Tom largando o corpo de Dreia.

Tom saiu da cozinha a correr, fazendo com que Dreia suspirasse e se sentisse tomada por um fogo que ardia no seu interior. Só podia ser realmente um sonho, estar nos braços de Tom, saber que ele a desejava e que era somente seu dali por diante.

Tom correu num instante até ao seu quarto e foi directo à sua mesa-de-cabeceira. Abriu a primeira gaveta e tirou de lá de dentro um preservativo. Segurou-o com força na mão e mordeu o lábio inferior sentindo o coração pulsar no seu interior de forma exaltada. Saiu do quarto e não resistiu em aproximar-se da porta do quarto do seu irmão e encostar o ouvido a ela. Não conseguiu ouvir nada, mas Bill e Bea já estavam lá fechados há tanto tempo que deviam estar bem ocupados e não deviam tencionar sair de lá de dentro tão cedo. Não tinha com que se preocupar. Correu de volta para a cozinha e ao entrar viu que Dreia o olhava de forma curiosa. Olhou para ela, mordendo o lábio inferior e abanando a embalagem do preservativo, que tinha ido buscar, no ar, fazendo com que Dreia se risse. Fechou a porta da cozinha e a porta que dava acesso ao escritório, e foi até Dreia abraçando o seu corpo e beijando-a com vontade de satisfazer e dar voz ao que sentia no seu interior. Desta vez ia jogar o novo jogo dela à risca e fazer exactamente aquilo que lhe apetecia fazer, ia tomá-la ali mesmo, naquela cozinha.

- E se o teu irmão e a Bea entrarem? – perguntou Dreia nervosa com a situação e com medo de ser descoberta pelos amigos.
- Eles estão entretidos… - disse Tom voltando a colocar as mãos sobre o rabo de Dreia e enterrar os seus lábios nos dela.

- A recepção dos Kaulitz hoje está realmente calorosa… - disse Dreia sorrindo ao sentir-se arrepiar com os beijos que Tom lhe dava no pescoço.
- A culpa não é nossa… - disse Tom colocando as mãos sobre o botão e o fecho das calças de Dreia para se ver livre delas – Ninguém vos manda ser assim…
- Eu gosto de ser assim, se receber sempre as boas-vindas desta maneira… -
disse Dreia seguindo o exemplo de Tom e desapertando o cinto dele.
- Eu gosto de ti assim… - disse Tom puxando as calças e cuecas de Dreia para baixo sentindo-se dominado por uma força animal.

- Gostas? – perguntou Dreia olhando-o nos olhos e sentindo-se hipnotizada pelo desejo que via espelhado neles, à medida que continuava a despir Tom das suas calças.
- …Gosto – disse Tom segurando em Dreia pelas nádegas, levantando-a e pousando-a em cima da bancada da cozinha.

Dreia tirou a embalagem que continha o preservativo das mãos de Tom e rasgou o seu invólucro com uma rapidez experiente, procurando colocar-lhe o preservativo sem demoras. Sentia-se possuída pelo amor que sentia no seu interior, pelas saudades que tinha do corpo dele, pelo eco das palavras de Tom na sua cabeça, e pelos seus gestos. Sentia-se feliz e completa nos braços dele, e desejosa de o sentir novamente, sabendo que era sua, e que ele era realmente seu. Segurou nas t-shirts que Tom tinha vestidas, levantando-as ligeiramente de forma a deixar caminho livre para que Tom se apoderasse de si e a corrompesse com o seu calor. Tom colocou uma mão sobre o peito de Dreia acariciando-o, enquanto a outra mão se segurava na bancada da cozinha e os seus lábios procuravam os de Dreia de forma selvagem e bravia. Desejava-a, queria que ela sentisse que ele estava ali e que a desejava mais que nunca. Sentia-se mais calmo, sabia exactamente aquilo que estava prestes a fazer, e não o queria fazer com mais ninguém, sabia que tinha tomado a decisão certa, porque ela estava nos seus braços. E era ali mesmo que ele queria que ela estivesse, não queria, nem podia imaginá-la com mais ninguém, como não queria, nem podia imaginar-se sem aquilo que ela lhe dava e sem aquele peso que sentia no coração esvanecer com a aproximação do corpo dela. Conhecia aquele corpo tão bem que não se sentiu minimamente retraído na hora de entrar bem fundo nela e sentir o seu corpo acolhe-lo com todo aquele sentimento e poder que sentia quando estava contido no seu interior. Era a expressão dos olhos dela que voltava a assombrá-lo e a protege-lo dos seus medos. Via-se perdido nos olhos felinos de Dreia e naquilo que eles lhe davam e gostava daquela sensação. Sentiu os braços de Dreia abraçarem o seu tronco à medida que a sua pélvis a domava contra a bancada da cozinha onde ela estava sentada. Colocou as mãos à volta da cintura de Dreia e com elas ajudava no movimento que efectuava sobre Dreia, como se se tratasse da sua guitarra branca que tantas noites compelia contra o seu corpo. Dreia segurava nas t-shirts de Tom com uma mão à medida que a outra procurava agora as rastas da cabeça dele, afagando-as à medida que se sentia cada vez mais possuída pelo corpo de Tom que a tomava sem medos, nem preconceitos. Passou a mão sobre a face de Tom e aproximou os seus lábios, que mordia freneticamente numa tentativa de conter o prazer que sentia apossar-se de si, dos lábios de Tom e quando o piercing dele ameaçou descolar os seus lábios e tomar posse deles, Dreia viu-se forçada a entreabrir os lábios e a soltar um grito contido com a velocidade a que Tom bebia do seu corpo o desejo que ela sentia no seu interior. Beijou os lábios dele com força e devoção sentindo-os ficarem pisados com as bolas metálicas que Tom exibia no lábio inferior. Tom mordeu os lábios carnudos de Dreia e continuou a entrar dentro dela sem parar, introduzindo a mão direita por debaixo da t-shirt de Dreia, acariciando as suas costas de forma agressiva e selvagem, como o seu corpo parecia querer tomar Dreia naquele noite. Sentiu-se dominar pelo desejo e colocou a outra mão sobre uma perna de Dreia obrigando a que ela se entrançasse nas suas costas, e apertando-a com força aumentou a força com que entrava dentro dela, ouvindo Dreia soltar gemidos que continha ao cerrar os seus lábios. Olhou para a expressão dos olhos de Dreia quando sentiu que o seu corpo estava prestes a ceder à união deles e viu neles novamente a expressão que adorava, sentindo o seu ego sair aumentado daquele encontro. Tudo o que desejava era poder tê-la vezes sem conta de agora em diante e sentir aquilo que sentia perto dela, vendo nos seus olhos felinos aquele amor que não era igualável a nada que alguma vez tinha visto e sentido. Reparou então que os olhos de Dreia estavam com um tom amarelado, que se assemelhava realmente a uma felina, voraz e sedenta por ele. Contorceu a cara ao sentir-se atingir pelo orgasmo e saiu do interior de Dreia colocando ambas as mãos sobre a bancada da cozinha, uma de cada lado do corpo de Dreia, enterrando a cabeça sobre o seu peito, deixando recuperar o fôlego que tinha perdido nos seus braços. Dreia colocou ambas as mãos na cabeça de Tom acariciando-o e deixou-se ficar assim recuperando também ela do desejo que Tom a tinha feito sentir. Quando viu Tom levantar a cabeça que mantinha no seu peito, tomou a cara dele com as mãos e limpou o suor que escorria da sua testa e pescoço, segurando a cara de Tom pelo maxilar, beijando a testa dele num acto de ternura. Tom olhou para Dreia e sorriu cansado com o que tinha acabado de acontecer, mas feliz e satisfeito. Procurou os lábios de Dreia e beijou-os de livre vontade. Segurou em Dreia pela cintura e fê-la descer de cima da bancada da cozinha. Afastou-se dela, retirou o preservativo e puxou as calças para cima com um sorriso na cara. Dreia puxou também as calças para cima à medida que observava Tom a fazer o mesmo. Como é que ele era tão perfeito? Apanhou a banda de tecido e o chapéu de Tom do chão e foi ter com ele colocando com delicadeza as duas coisas sobre a cabeça de Tom, ajudando-o a recompor-se. Sentiu as mãos de Tom abraçarem o seu corpo e os lábios dele procurarem os seus. Sentiu-se tomar por uma onda de felicidade. Tom estava diferente, procurava-a mais que o habitual. Estaria a perder o medo de estar nos seus braços? Ou a aproveitar o facto de estar neles para se permitir a tocar e desejar alguém de forma diferente da habitual? Qualquer que fosse a razão que o levava a procurar os seus lábios, Dreia adorava e desejava que ela nunca se esgotasse. Queria-o assim para sempre, preso aos seus lábios e ao seu corpo, com desejo e feliz. Queria que Tom se sentisse principalmente, e acima de qualquer outra coisa feliz, que soubesse que para ela, ele era único e ninguém chegava aos seus pés.

- Agora quem tem fome sou eu… - disse Tom ajeitando o boné à sua maneira por detrás de um sorriso sedutor.
- Não és o único… - disse Dreia sorrindo de forma tímida e recatada.
- Abres-me o apetite de diversas formas… - disse Tom piscando-lhe o olho e dirigindo-se para o forno para tirar a lasanha do seu interior – Hmm… isto não me parece com bom aspecto…
- Então? –
perguntou Dreia sorrindo.
- Está tudo queimado… - disse Tom a rir.
- Como é que é possível queimar uma lasanha? – perguntou Dreia a rir, andando em direcção de Tom para espreitar para dentro do forno e chegar à mesma conclusão que ele – Nunca tinha visto uma lasanha com tão mau aspecto…

- A culpa é tua… -
disse Tom dando um encontrão amistoso em Dreia ao mesmo tempo que sorria.
- Minha? – disse Dreia fingindo uma voz muito ofendida ao mesmo tempo que se ria.
- Fazes-me perder a cabeça, depois dá nisto… - disse Tom desligando o forno e tirando para fora o que antigamente era uma lasanha.
- Não tenho culpa que te deixes levar tão facilmente… - disse Dreia a rir.
- Tens, tens… Acredita que tens muita culpa… - disse Tom passando a língua sobre o piercing.

- Sempre temos a salada… - disse Dreia a rir sentindo-se lisonjeada pelas palavras de Tom.
- Que bom! – disse Tom sendo irónico – Vou encomendar uma pizza… – disse Tom abrindo a porta que dava acesso ao escritório.
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Bea mantinha-se abraçada ao corpo de Bill enquanto deixava os dedos da sua mão direita passarem numa dança sobre o tronco desnudado dele. Bill abraçava o corpo de Bea com uma mão e com a outra acariciava de forma terna a sua face e os seus cabelos. Sentiu os lábios de Bea procurarem o seu peito e beijarem-no, e com a mão que passava sobre a face de Bea levantou a cara dela pelo queixo de modo a conseguir alcançar os seus lábios e beijá-los de forma enamorada. Beijou-os inúmeras vezes até cessar a sua demonstração de carinho e abraçar o corpo dela com força contra o seu, fechando os olhos e deixando-se estar assim durante uns minutos a aproveitar somente o facto de a ter junto de si.

- O Tom e a Dreia já devem pensar que nos aconteceu alguma coisa… - acabou Bea por dizer.
- Eles nem se devem lembrar que nós existimos schatzi… - disse Bill a rir.

- O teu irmão chegou a alguma conclusão sobre a proposta da Dreia? – perguntou Bea curiosa.
- O Andi hoje quando esteve cá em casa fê-lo chegar a uma conclusão… - disse Bill – Foi de génio… Chegou aqui a dizer que gostava da Dreia e que ia ficar com ela assim que o Tom lhe desse com os pés… Se visses o Tom! Nunca o tinha visto assim! Estava passado… Ele gosta dela, não vale a pena negar! Tem é medo de se envolver com alguém mais a sério… Mas ele vai acabar por aceitar a proposta dela…
- A sério? –
perguntou Bea olhando para Bill, contente com a noticia – Já não era sem tempo de ele abrir os olhos! Agora… se ele fizer alguma coisa à Dreia eu arranco-lhe o Tommizinho em três tempos!
- Uhhh… -
disse Bill contorcendo a cara como se a antecipar a dor que Tom sentiria – Má e implacável… Gosto! – disse Bill dando um beijo na boca de Bea ao mesmo tempo que sorria e levantava a sobrancelha direita.

- E se fossemos tomar um banho e comer qualquer coisa? – perguntou Bea fazendo olhinhos a Bill – Depois tenho uma surpresa para ti…
- Tu hoje não sais deste quarto… o teu jantar sou eu! –
disse Bill sorrindo e fazendo cócegas a Bea vendo-a contorcer-se e esboçar uma gargalhada.
- Pára! – disse Bea a rir.
- Só se ficares aqui comigo… - disse Bill a rir-se vendo-a contorcer-se no chão.
- Nãooooo! – disse Bea a rir e a tentar fugir das mãos de Bill que continuavam a atacar a sua cintura.
- Então vou ter de continuar… - disse Bill saltando para cima dela intensificando as cócegas.
- Ok… – disse Bea rendendo-se ao sentir os seus abdominais doridos de tanto se rir – Mas tens de me deixar despedir da Dreia…
- Logo se vê… -
disse Bill com um ar altivo – Talvez estejas demasiado cansada e cheia do jantar para te quereres mexer…

- O jantar é assim tão bom? –
perguntou Bea mordendo o lábio inferior.
- Não gostaste da entrada? – perguntou Bill beijando os lábios de Bea perscrutando com a sua língua todos os recantos dela.
- Pareceu-me boa… Para começo! - disse Bea provocando Bill.
- Então vais adorar o prato principal… - disse Bill saindo de cima de Bea.

Bill levantou-se e estendeu as mãos a Bea para que ela as tomasse e se sentisse amparada para se levantar. Bea agarrou-se às mãos de Bill e levantou-se com a sua ajuda, abraçando o corpo de Bill de seguida. A noite prometia, e nos braços de Bill ela estava disposta a passar uma noite em branco e a jantar e cear diversas vezes.

- Agora a sério… estou a ficar com fome e ainda queria estar um bocadinho com a Dreia hoje – disse Bea – Mas… por mim, podíamos jantar, ver um filmezinho na sala todos juntos e regressar aos nossos aposentos…
- Nossos? –
perguntou Bill.
- Pensei que me tinhas vindo dar a conhecer o quarto onde vou ficar a dormir… - disse Bea sorrindo de forma sedutora.
- Sim… Mas gostei da forma como disseste nossos… - disse Bill abraçando o corpo de Bea e levantando-a um pouquinho do chão beijando ao mesmo tempo os seus lábios – Gosto de partilhar tudo contigo… Tornaste-me uma pessoa menos egoísta! Já estava cheio de saudades de dividir um quarto contigo…
- E eu de acordar ao teu lado! Mas ainda tenho saudades, ainda não me dou por satisfeita… -
disse Bea.
- Nem te vais dar, porque se depender de mim não vais dormir muito… - disse Bill beijando os lábios de Bea arrastando-a num abraço para a casa de banho.

- O meu leão vai-se tornar num autêntico Sex Gott neste fim-de-semana? – perguntou Bea interessada.
- Pensei que o Sex Gott tinha a fama e o leão o dom… - disse Bill sorrindo e esticando a mão para dentro do chuveiro ligando a água quente.
- Sem duvida… - disse Bea beijando o peito de Bill à medida que passava as mãos sobre aqueles vincos que a deixavam rendida.

Bill entrou dentro do chuveiro e puxou Bea para entrar consigo. Levantou a cabeça em direcção ao tecto e sentiu um número vasto de gotas de água caírem-lhe directamente sobre a cara, deixou-se ficar assim até sentir as mãos de Bill passarem-lhe sobre a cara, e os lábios dele procurarem uma vez mais os seus, sedentos de os beijar e matar todas as saudades que tinha. Abraçou o corpo de Bill e encostou-o de encontro à parede para o beijar melhor. Bill pegou no gel de banho e colocando uma porção grande na sua mão começou a lavar o corpo de Bea, sentindo e acariciando cada centímetro da sua pele. Bea sorriu. Bill era tão meigo e carinhoso que o seu toque mesmo quando não tinha intenção de ser estimulante, era. Pegou numa porção de gel de banho e seguiu o exemplo de Bill, passando as suas mãos por todo o corpo dele retribuindo-lhe o carinho e o estímulo que ele a fazia sentir. Estava a tirar partido daquele momento intimo e doce com Bill quando se lembrou da conversa que tinha tido com ele ao telefone à dois dias atrás. Bill tinha acreditado na palavra de Nathalie sobre a sua, tinha acreditado nas teorias de conspiração de uma pessoa que era capaz de fazer tudo para a ver pelas costas. Abanou a cabeça da direita para a esquerda em forma de desaprovação, sem dizer absolutamente nada, mas pensando em como era triste que Bill tivesse sequer ponderado que as acusações de Nathalie fossem verdade e como Nathalie se haveria de roer de inveja se soubesse que ela estava ali naquele momento nos braços de Bill a viver algo que ela nunca viveria, mas que de certeza desejava viver. Sorriu. Bill viu Bea abanar a cabeça e sorrir de seguida, e sorriu para ela perguntando:

- Em que é que estás a pensar?
- Em nós… e em como és um totó ao supor que as coisas que a Nathalie te diz podem ser verdade –
disse Bea sorrindo – … E em como ela se devia roer de inveja se nos visse neste momento…

Bill sentiu-se atingir por um peso. O peso de Nathalie e da sua consciência. Não pensava em Nathalie e no que se tinha passado desde o momento em que tinha tido conhecimento que Bea estava prestes a chegar a Berlin. Antes disso ainda se perguntara e torturara em como ia contar a verdade a Bea, mas depois de receber a noticia de que Bea chegara, de assistir à discussão de Andreas e Tom e de ver Bea à porta de sua casa, tudo tinha desaparecido da sua cabeça, o seu pensamento era única e exclusivamente de Bea, a ela pertencia e com ela ficaria até voltar a ser incomodado pelos acontecimentos daquela noite fatídica. Engoliu a seco o comentário de Bea. Não estava à espera dele. A sua cara que se encontrava feliz e com uma expressão descontraída, petrificou e assumiu um ar triste e pesaroso ao voltar a pensar no problema que tinha de enfrentar. Respirou fundo.

- Eu sei que não gostes que fale assim da Nathalie e que ela é tua amiga mas eu não a suporto, e acho incrível que tu te dês tão bem com ela, depois de ela nos fazer a vida negra… - disse Bea ao ver a cara de Bill mudar tão drasticamente.
- Não tem nada a ver com isso… - disse Bill aclarando a voz ao mesmo tempo que pensava numa maneira de lhe dizer o que realmente se passava – Eu não falo com a Nathalie à duas semanas… e não sinto sequer falta dela, nem a quero ver tão cedo…
- Porquê? –
perguntou Bea estranhando o modo como Bill falava de Nathalie, sem a desculpar ou proteger como sempre fazia.
- Eu fiquei muito chateado com o que ela me disse. Ela não tinha o direito de me fazer duvidar de ti e mentir de forma tão baixa para tentar-nos afectar… – disse Bill com uma cara séria, evitando olhar nos olhos de Bea.

- Mas não funcionou… - disse Bea abraçando o corpo de Bill e beijando os lábios dele, sem receber qualquer reacção por parte de Bill – Não fiques assim leão, eu sei que pode ser difícil para ti, mas não perdeste uma amiga assim tão boa…
- Eu sei… -
disse Bill com um ar pesado, sem saber como continuar a conversa – Promete que não te zangas comigo?
- Porque é que me estás a pedir isso? –
perguntou Bea confusa.
- Promete… - pediu Bill com uma expressão no olhar que parecia implorar a Bea.
- Prometo! – disse Bea a medo. Sempre que alguém pedia para se fazer uma promessa daquelas era porque tinha feito algo de mal ou algo que podia realmente danificar aquilo que existia entre eles – O que é que aconteceu? O que é que ela fez?

- Eu não te queria contar por telefone, nem estando afastado de ti, porque não sabia como ias reagir e não queria que sofresses com o que te vou contar, ou que desistisses da viagem por causa disso… -
disse Bill de cabeça baixa.
- Estás-me a deixar assustada… - disse Bea ao ver o modo como Bill se comportava – O que é que aconteceu?
- No dia em que a Nathalie me disse essas coisas todas, eu estava bêbado… muito bêbado… -
disse Bill – E eu sei que isto não é justificação para nada, mas…

- Foste para a cama com ela? –
perguntou Bea afastando-se de Bill como se tivesse nojo do corpo dele.
- Não! – disse Bill de imediato segurando Bea pelos ombros e puxando-a de encontro a si com medo de a perder com aquilo que lhe ia dizer.

- Estás-me a assustar… - disse Bea evitando tocar em Bill.
- Era preciso estar muito drogado para ir para a cama com ela… E mesmo assim, seria incapaz. Tu sabes que eu não gosto dela, ela é só minha amiga… ou era! Eu só tenho olhos para ti, seria incapaz de fazer fosse o que fosse que te magoasse… - disse Bill.
- Eu sei… - disse Bea assustada com a conversa – Mas então o que é que aconteceu? Estavas bêbado e ela disse-te aquilo tudo... E o que é que aconteceu?

- Eu acho que ela me disse aquilo porque eu não fui na conversa dela… -
disse Bill encolhendo os ombros – Talvez por raiva…
- Não foste na conversa dela? –
repetiu Bea devagarinho a assimilar as palavras de Bill – … Ela queria levar-te para a cama?
- … Sim! –
disse Bill timidamente – Ela tentou embebedar-me e ter alguma coisa comigo…

Bea afastou-se novamente de Bill, mas desta vez não com uma expressão de nojo, mas com uma expressão magoada e pensativa, de quem se sentia de alguma forma traída e triste. Sabia que Nathalie era um perigo ao pé de Bill. Sabia que assim que estivesse pelas costas ela iria tentar de tudo para os separar, que se aproveitaria de Bill e da proximidade que tinham para o fazer traí-la, mas Bill não lhe tinha contado nada até então, e Bea acreditava nele, e confiava na sua palavra. Sabia que ele lhe diria se alguma coisa acontecesse, tal como lhe tinha contado das coisas horríveis que Nathalie tinha dito sobre ela na tentativa de envenenar a sua relação. O que não contava é que houvesse mais a ser contado naquela história, e que Bill lhe tivesse escondido. Sentia-se triste, mas ao mesmo tempo feliz por Bill lhe contar que já não era amigo de Nathalie, que lhe tinha deixado de falar naquele dia e que não tinha passado de uma tentativa por parte dela, ou seja, nada tinha realmente acontecido e estava finalmente livre das conspirações de Nathalie. Mas porque é que Bill tinha uma cara tão triste e preocupada? Porque é que escolhia tão bem as palavras que utilizava? O que é que ele lhe estava ainda a esconder? Se não se tinha passado nada não havia razão para ele estar assim, devia estar orgulhoso de si, como Bea estava orgulhosa dele por ter resistido à tentação mesmo estando bêbado.

- Tentou… mas não conseguiu? – perguntou Bea.
- Não conseguiu aquilo que queria… - afirmou Bill – Mas…
- Mas? É esse mas que me vai fazer sofrer? –
perguntou Bea.

Bill acenou afirmativamente com a cabeça, e colocou ambas as mãos sobre a cabeça, empurrando o cabelo para trás das orelhas e ganhando coragem para encarar Bea no momento em que lhe dissesse a verdade.

- Depois de me embebedar, ela beijou-me… - disse Bill humedecendo os lábios.

Bea olhou para os lábios de Bill e sentiu um peso maior do que o que já sentia apoderar-se de si. Então era isso… um beijo. A sua maior inimiga à face da Terra tinha conseguido roubar um beijo do seu namorado num momento de fraqueza. Desviou o olhar de Bill e virou-se de costas para ele, sentindo uma raiva transbordar do seu interior. Era capaz de matar Nathalie naquele instante, mesmo que isso significasse ficar presa para todo o sempre. Sentiu os olhos encherem-se de lágrimas. Não eram lágrimas de dor, eram lágrimas de raiva, de pura cólera.

- Depois eu afastei-a, e zanguei-me com ela, e ela começou com essa história de vocês terem apostado que eu te seria infiel, e de teres fugido de Berlin porque eu era igual ao Tom… - disse Bill sentindo uma vontade imensa de abraçar Bea e afagar a sua cabeça de encontro ao seu peito.

- Retribuíste o beijo? – perguntou Bea virando-se de frente para Bill.
- Não… - disse Bill sentindo uma dor imensa no seu peito ao ver os olhos de Bea cheios de lágrimas – Nunca! Os meus lábios são só teus, tal como é teu o meu coração… nem bêbado eu seria capaz de te trair…

- Eu avisei-te tantas vezes… -
disse Bea repleta de ira – Tu viste a maneira como ela me tratava, ela só estava à espera que eu virasse as costas para te saltar para cima…
- Eu sei… mas eu pensei que fosse uma coisa pessoal e especifica contra ti! –
disse Bill justificando-se – Ela nunca tinha feito nada…
- E é pessoal… pessoal e transmissível a qualquer rapariga que se aproximar de ti! –
disse Bea.

- Desculpa… - disse Bill com pesar.

- Vocês homens são tão estúpidos às vezes…. – disse Bea colocando as mãos sobre a face tapando os olhos – Apetece-me bater-te!
- Bate-me… -
disse Bill sentindo-se mal com a dor que lhe provocava – Eu mereço… bate-me à vontade!
- Não vale de nada… Não é a ti que eu queria bater na realidade… -
disse Bea olhando Bill nos olhos – Tu ainda a afastaste e resististe à tentação mesmo estando bêbado, só e carente…
- Não foi tentação nenhuma para mim… -
disse Bill olhando Bea nos olhos.
- Claro que foi… tu és homem… - disse Bea abanando a cabeça de forma negativa, condenando todos os seres daquele género irracional.
- Mas eu não sou igual ao Tom… - afirmou Bill muito seguro de si mesmo – Eu só te desejo a ti!

- Porque é que não me contaste antes? –
perguntou Bea.
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MensagemAssunto: Re: Wir Schließen Uns Ein   Wir Schließen Uns Ein - Página 7 EmptyDom Mar 29, 2009 5:38 am

- Porque não significou nada… Porque não queria que ficasses chateada comigo, não sabia como ias reagir e não é uma coisa que se conte por telefone. Queria olhar-te nos olhos e assegurar-te que não aconteceu absolutamente nada para além daquilo que te acabei de contar. Para que olhasses para mim e visses que te amo, e que desde aquele dia que a detesto por tudo aquilo que ela nos fez passar. Porque tenho pena de não ter aberto os olhos mais cedo, e de nos ter feito passar por tudo isto… Porque fui fraco… Porque preciso que acredites em mim ou não vou conseguir viver comigo mesmo… - disse Bill colocando as mãos sobre o coração sentindo cada palavra que dizia sair do seu intimo – Porque te amo e não há nada neste mundo que eu valorize mais do que a relação que temos, e não a quero perder, e não há nada que ela possa fazer que mude isso... Preciso de saber que acreditas em mim e que me perdoas…

Bea sentiu-se tocar e emocionar pelas palavras de Bill. Sentia cada palavra dele. Sabia que era tudo verdade, não precisava que ele lhe dissesse, bastava olhar para os seus olhos que nunca lhe mentiam, bastava ter vivido tudo o que tinha vivido até àquele dia do lado dele, ter sentido o seu toque e o seu beijo quando chegara, ou quando se tinha dado a ele no quarto, ou mesmo quando ele a tinha acariciado e lavado debaixo daquele mesmo chuveiro onde estavam.

- Eu quero falar com ela… - disse Bea.
- Não vale a pena… - disse Bill – Não quero que percas o teu tempo, que já é pouco, com ela… Ela morreu!
- Lembraste quando ao início da noite disse que tinha uma surpresa para ti? –
perguntou Bea – A surpresa é que vou ficar cá até segunda feira, não tenho de ir embora no domingo, por isso tenho mais tempo do que julgas e vai valer a pena falar com ela… Ela para mim já tinha morrido há muito tempo, mas pelos vistos ficou-me a faltar fazer-lhe o enterro, e faço questão de aproveitar a visita para a deixar bem enterrada!

- Faz como quiseres! –
disse Bill resignando-se – Mas não o faças por mim, eu não quero mais nada a ver com ela…
- Por ti? –
perguntou Bea espantada – Não vai ser por ti Bill… vai ser por mim mesma! Ela ainda não percebeu bem com quem é que se meteu. Eu não tenho medo dela, nem vou ficar calada a vê-la tentar destruir aquilo que de melhor me aconteceu nos últimos anos!

- E nós? –
perguntou Bill a medo – Como é que ficamos?

- Nós ficamos assim, como sempre. Eu disse-te que nada do que ela fizesse ia conseguir separar-me de ti! Tu foste a melhor coisa que me aconteceu, e mesmo sentindo uma raiva enorme dentro de mim, e uma vontade imensa de a matar… são contas que tenho a ajustar com ela, e tu não tens nada a ver com isso! –
disse Bea - Tu não foste fraco… Foste muito forte! Lutaste por nós quando podias ter cedido ou podias ter optado por nunca me contar nada… Isso só prova que me respeitas e me amas verdadeiramente!
- Muito… -
disse Bill sentindo uma vontade imensa de a beijar e abraçar mas contendo-se para não estragar o momento.
- Eu confio em ti… e sei que nunca farias nada para me magoar! Tu não és o Tom, o teu nome é Bill, e és a pessoa mais maravilhosa à face da Terra… - disse Bea abraçando Bill com força – Obrigada por seres como és…

Bill sentiu-se tocado pelas palavras de Bea. Segurou na face dela de forma gentil e cavalheiresca e beijou os seus lábios de forma ternurenta como se o mundo fosse acabar ali, naquele momento, e quisesse levar consigo a recordação daquele beijo. Havia uma razão pela qual gostava de Bea. Havia uma razão pela qual ela era a sua melhor amiga e a sua alma gémea, e naquele dia, ao som da água que escorria naquele chuveiro Bill tinha a certeza que nada, nem ninguém seria capaz de o afastar dela, da única que conseguia fazer o seu coração bater.
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MensagemAssunto: Re: Wir Schließen Uns Ein   Wir Schließen Uns Ein - Página 7 EmptyDom Mar 29, 2009 5:39 am

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- Posso? – perguntou Bill batendo à porta da cozinha ao ver que ela estava fechada.

Dreia abriu a porta e sorriu envergonhada e corada ao imaginar a possibilidade de Bill ter entrado momentos antes e deparar-se com uma cena menos própria na sua cozinha. Bill olhou para ela com estranheza. Porque é que Dreia estava trancada na cozinha se Tom nem sequer estava ali? Mas algo na maneira como Dreia lhe abriu a porta, parecia querer dizer que Tom tinha estado lá. Bill foi directo até ao forno para ir buscar a lasanha, mas para seu espanto a lasanha já lá não estava.

- Nós deixámos queimar a lasanha… - disse Dreia timidamente ao mesmo tempo que apontava para a lasanha esturricada dentro do lava-loiças – Mas fizemos uma salada… - disse Dreia como se fosse uma grande salvação.
- Hmmm… - disse Bill torcendo o nariz – Vou encomendar uma pizza…
- O Tom já foi… -
disse Dreia.

Bill sorriu. O jantar estava queimado e Tom tinha estado trancado com Dreia naquela divisão. A noite parecia estar a correr bem para o seu irmão. Entrou na porta que dava acesso ao escritório através da cozinha e deparou-se com Tom sentado à secretária a falar ao telefone.

- Podem ser duas dessas… - disse Tom levantando ambas as sobrancelhas, à medida que via Bill entrar no escritório com um sorriso na cara – Quanto tempo é que vai demorar? Ok… Boa noite – disse Tom desligando o telefone e virando-se para Bill reparando que ele trazia o cabelo molhado, sorriu e disse – Estiveste a tomar banho maninho?
- Estive a refrescar-me… -
disse Bill sorrindo.
- Estavas com os calores? - disse Tom sorrindo à medida que se levantava e dava uma pancada com a mão no ombro de Bill.

- A Bea já sabe da Nath… - disse Bill com um ar sério.
- E então? – perguntou Tom com um ar preocupado.
- Reagiu bem demais… - disse Bill a medo – Mas quer ir falar com ela…
- É normal! –
disse Tom levantando as sobrancelhas – Mas está tudo bem entre vocês?
- Sim! -
disse Bill sorrindo de forma apaixonada.
- Ela tem uma maneira de ver as coisas tão simples e directa… - disse Tom espantado.
- É a Bea! - disse Bill encolhendo os ombros ao mesmo tempo que sorria - … É impressão minha ou cheira-me que se passou alguma coisa na cozinha?
- Passou-se muita coisa na cozinha maninho… -
disse Tom sorrindo ao mesmo tempo que fazia olhinhos a Bill.
- Estou a ver que deixaram a lasanha queimar porque estavam entretidos com outras coisas… - disse Bill sorrindo.
- Eu até diria mais… Provavelmente a lasanha pegou fogo com o calor que estava naquela cozinha… - disse Tom a rir.
- Uhhhh… - disse Bill a rir batendo no ombro do irmão.

- Estava a pensar convidar a Dreia para passar cá a noite amanhã para estar mais tempo com a Bea. O que é que achas? – perguntou Tom.
- Para estar mais tempo com a Bea??? – perguntou Bill arregalando os olhos espantado com o que Tom lhe dizia – Tu estás a ficar afectado psicologicamente…
- Não comeces com coisas…. –
disse Tom a não achar piada.
- Eu não digo mais nada! - disse Bill levantando as mãos no ar. Achava óptimo que Tom se estivesse a libertar dos seus medos e preconceitos – Acho uma óptima ideia, mesmo boa, e a Bea vai adorar! Até podíamos ir à Veranstaltung, não vamos lá há imenso tempo…
- Ok… -
disse Tom não querendo dar muita importância ao assunto para que Bill não fizesse piadas acerca do seu convite inesperado a Dreia – Então se não há problema por ti, vou convidá-la…
- Problema nenhum! –
disse Bill feliz pelo irmão – Mas ela vai ficar no quarto de hospedes, não é? Não quero sem vergonhices cá em casa!
- Querias!!! –
disse Tom a rir.

Bill riu-se de Tom. Gostava de ver o irmão assim animado e interessado em passar mais tempo com Dreia, ela era uma cunhada perfeita, e fazia muito bem a Tom, era uma rapariga que tinha a cabeça no sitio, era simples, querida, divertida, amiga e que sabia domar a fera (Tom) como ninguém. Voltou a entrar na cozinha e viu que Bea já lá estava com Dreia e que conversavam em português. Sorriu timidamente para Bea. Mesmo depois de Bea lhe ter dito que confiava em si, que o admirava pela coragem que tinha tido ao revelar-lhe tudo e ter resistido a Nathalie, sabia que as coisas não podiam estar a 100%, era impossível ela não se sentir tocada por aquilo que tinha acontecido e não estar de alguma forma magoada, mesmo que tentasse esconder isso de si. Bea sorriu na direcção de Bill e percebendo que ele se retraía, estendeu-lhe a mão chamando-o até si. Bill esticou a mão até à de Bea e deixou-se ser puxado por ela. Bea abraçou o corpo de Bill e depositando-lhe um beijo na face entrelaçou os dedos da sua mão com os da mão de Bill e colocou os braços dele à volta do seu corpo, ficando unida a ele num abraço e no entrelaçar das suas mãos. Bill apertou Bea de encontro ao seu corpo e beijou o pescoço dela com toda a paixão que sentia por ela. Tom entrou atrás de Bill, olhou para Dreia de forma nervosa e sem saber o que fazer. Via Bill e Bea num gesto tão carinhoso e não se imaginou assim com Dreia, ia demorar algum tempo até ter coragem e à vontade para dar aquele passo, embora se sentisse bem e feliz nos braços dela. Deixou-se ficar a olhar para ela à distância até ver Dreia olhar para si com um sorriso tímido e encantador nos lábios e Tom não resistir em sorrir-lhe de volta.

- Eu e o Bill estávamos a falar, e o que é que achas se amanhã viesses dormir cá a casa para estares mais tempo com a Bea? – perguntou Tom a Dreia.

Dreia olhou para Tom com uma expressão espantada. Seria possível que Tom a estivesse a convidar para ir dormir a casa dele? No quarto dele? Na cama dele? Dreia sentiu o coração acelerar de forma considerável e por momentos ficou sem reacção. A única vez que tinha dormido com Tom na sua cama, tinha sido na primeira noite em que tinham dormido juntos. Tinha sido uma noite mágica e inesquecível. A noite em que tinha perdido a sua virgindade com o homem dos seus sonhos. O seu pensamento corria à velocidade da luz e Dreia queria dizer que sim de forma entusiástica expressando toda a felicidade que sentia no seu interior, mas ao mesmo tempo não queria parecer excessiva nem assustar Tom. Tom olhava agora para ela com uma expressão amedrontada de quem esperava uma resposta, mas tinha medo do que vinha por aí.

- Eu e o Bill é como quem diz… - disse Bill – A ideia foi do Tom! Mas eu acho uma óptima ideia…
- Era óptimo! –
disse Bea sorrindo de felicidade ao imaginar-se a passar um dia inteiro com a amiga – Pergunta aos teus pais… diz que é por mim!
- Eu acho que eles deixam na boa… -
disse Tom.
- Sim, para quem já passou o verão inteiro longe… agora até estás pertinho de casa… - disse Bea.
- Deixem a rapariga falar… - disse Bill ao ver que Tom e Bea não se calavam.

- Adorava… - disse Dreia sentindo todos os olhos sobre si – Vou falar com os meus pais, mas em principio, podem contar comigo!
- Vai ser lindo! –
disse Bea contente.
- Obrigada! – disse Dreia olhando para Tom de forma tímida sem saber o que pensar do convite de Tom.

Tom sorriu ao mesmo tempo que humedecia os lábios e fazia um ligeiro aceno com a cabeça a Dreia, fazendo entender que ela não tinha que agradecer e que o prazer iria ser todo dele.

- Estive a falar com o Andi e ele amanhã diz que vai passar por cá… - disse Dreia olhando para Tom para ver qual era a reacção dele - … Para estar com a Bea também! – acrescentou Dreia justificando-se.
- Nós estávamos a pensar ir sair amanhã à noite! – disse Tom evitando a conversa – Não vamos à Veranstaltung há imenso tempo…
- Ele podia vir connosco! –
disse Bea.
- Sim! – disse Bill beijando Bea na face.
- Por mim… - disse Tom como se não fosse nada consigo.


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- Hmmm… - disse Bill torcendo o nariz – Vou encomendar uma pizza…
- O Tom já foi… -
disse Dreia.


Dreia viu Bill dirigir-se para o escritório para ir ter com Tom e respirou fundo. Que vergonha ter sido apanhada trancada na cozinha com Tom. Ao menos não estavam a fazer nada. Pensou que Bill se fosse demorar no escritório com Tom e resolveu tomar uma atitude para resolver o único problema que agora assombrava a sua cabeça: Andreas e Tom. Era notório que o que quer que Andreas tivesse feito em relação a Tom tinha funcionado porque Tom parecia estar decidido e dedicado em aceitar o compromisso que tinha agora consigo, mas não queria sequer imaginar que em troca da sua felicidade Andreas tinha perdido a amizade de Tom ou ficado chateado com o seu melhor amigo. Precisava de fazer alguma coisa para emendar o que se tinha passado. Pegou no seu telemóvel e telefonou a Andreas.

- Estou? – atendeu Andreas.
- Andi! – disse Dreia feliz por ouvir a voz do amigo – Pensei que te fosse encontrar em casa dos gémeos…
- Tive de me vir embora… -
disse Andreas não querendo entrar em grandes detalhes.
- Eu sei que te chateaste com o Tom… - disse Dreia sentindo um peso no coração e respirando fundo sem saber como ajudar o amigo – Foi por minha causa, não foi?
- Não… foi por minha causa! -
disse Andreas – Mas não te preocupes sequer com isso! Não vale a pena…
- Claro que vale… eu não quero que fiquem chateados por minha culpa! –
disse Dreia triste.
- A sério que não tens culpa de nada, eu é que me excedi com o Tom… Mas era a única maneira de o fazer abrir os olhos… Já agora, funcionou? – perguntou Andreas interessado.
- Funcionou… - disse Dreia sorrindo – Não faço ideia o que fizeste mas, já o devias ter feito à mais tempo!
- Ao menos isso! –
disse Andreas contente.

- Andi… eu não quero que fiques chateado com o Tom! Vocês são tão amigos… resolve as coisas com ele… o que quer que tenhas dito ou feito não pode ser assim tão mau para se deixarem de falar! – disse Dreia vendo Bea entrar pela porta da cozinha.
- Mas nós não deixámos de falar! – disse Andreas – Estávamos era de cabeça quente e achei melhor vir embora, até porque tu e a Bea já deviam estar quase a chegar e eu estava a mais…
- Tu nunca estás a mais! –
disse Dreia fazendo chantagem emocional com Andreas – Amanhã vem cá… fala com o Tom e resolve as coisas, sim? Por mim?
- Ok! Eu passo aí à tarde… -
disse Andreas.
- Obrigada…. – disse Dreia sorrindo.
- Não tens de agradecer… aproveita para matares saudades do Tom e fá-lo ver que quem tem uma Dreia tem tudo! – disse Andreas a rir.
- Ele vai acabar por perceber isso… - disse Dreia a rir – Obrigada! Beijos!
- Beijinhos portuguesinha! –
disse Andreas desligando o telefone.

- Estavas a falar com o Andi? – perguntou Bea.
- Sim… Ele e o Tom chatearam-se! – disse Dreia de forma triste – Mas ele diz que amanhã passa cá para resolver as coisas com o Tom.

- Chatearam-se? –
perguntou Bea espantada – O que é que aconteceu?
- Não sei… mas o que quer que o Andi tenha dito, atingiu o Tom mesmo em cheio… -
disse Dreia sorrindo de forma tímida – … O Tom aceitou o jogo!
- Oh Meu Deus! –
disse Bea de boca aberta colocando uma mão sobre a boca – Eu não acredito… Tu e o Tom? Fico tão contente por ti querida! – disse Bea abraçando a amiga – Se ele se portar mal eu dou-lhe uma lição… nunca mais olha para nenhuma gaja. Garanto-te!
- Fogo… ainda agora acertámos as coisas já me estás a falar de correr mal? –
disse Dreia assustada.
- Desculpa! Tens razão… vai correr tudo bem! Vou ficar a torcer por vocês… - disse Bea – Agora podemos fazer programas os quatro, e o Tom já não precisa de fazer de vela!
- Com calma… -
disse Dreia sorrindo, embora tudo o que desejasse era poder sentir-se totalmente dele. Oficialmente dele – Ele está assustado com isto tudo, vamos dar tempo ao tempo… Mas sim… acho que com calma podemos fazer um programinha os quatro! Ia ser tão giro!

- Lembraste de te ter falado no destino? –
perguntou Bea olhando para Dreia.
- Sim… - disse Dreia – Eu acredito no destino! O Tom estava destinado a ser meu...
- Parece que sim… -
disse Bea sorrindo feliz com a felicidade da amiga – Afinal o Andi é que te levou o Tom até aos braços e não o contrário…
- Eu disse-te que eu e o Andi nunca passaríamos de amigos… -
disse Dreia abrindo muito os olhos – Já eu e o Tom… - disse Dreia fazendo olhinhos.
- Sim… o Andi é que estava destinado a ser o cupido e a levar o Tom até ti… - disse Bea feliz.

- Mas não falemos nisso… Não estou habituada a ter tanta sorte, nem a sentir-me tão feliz! Tenho medo que seja um sonho ou que acabe tão facilmente como começou… - disse Dreia com medo.
- Para o Tom dar um passo destes é porque pensou muito no assunto… - disse Bea – Não tenhas medo! Aproveita e sê feliz nos braços dele porque tu mereces! – disse Bea pensando em si e em Bill e em como gostaria que Dreia fosse tão feliz como ela era nos braços do irmão de Tom. Lembrou-se de Nathalie e ficou triste.
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MensagemAssunto: Re: Wir Schließen Uns Ein   Wir Schließen Uns Ein - Página 7 EmptyDom Mar 29, 2009 5:40 am

- O que é que foi? – perguntou Dreia ao perceber uma melancolia no olhar de Bea.

- A Nathalie beijou o Bill e tentou levá-lo para a cama… - disse Bea directamente.
- O QUÊ? – disse Dreia em choque, não esperava receber uma noticias daquela assim do nada.
- Embebedou-o e depois tentou aproveitar-se dele… - disse Bea abanando a cabeça da direita para a esquerda em forma de desaprovação – Eu juro que mato aquela gaja se a vir à minha frente!
- Mas não a matas sozinha, porque eu ajudo! –
disse Dreia chocada e enraivecida pela atitude de Nathalie.
- Aquela gaja deve gostar de comida de hospital, porque está mesmo a pedi-las… Deve gostar de ser alimentada a soro! – disse Bea enraivecida.
- Tu não te ponhas com ideias!!! – disse Dreia assustada com a raiva que via espelhada em Bea – Aproveita para estar com o Bill e esquece que ela existe…
- Depois de falar com ela eu esqueço tudo… -
disse Bea.

- Ficaste chateada com o Bill? – perguntou Dreia.
- Não… eu já conheço aquela sanguessuga muito bem! Eu sabia que ela ia tentar aproveitar-se de me ver pelas costas para tentar alguma coisa! – disse Bea enfurecida – E o Bill mesmo bêbado portou-se como o homem que é… foi fiel a ele e a mim… Não podia ter tido mais sorte em apaixonar-me por ele…
- Se fosse o Tom tinha cedido logo… -
disse Dreia – A Nathalie nem precisava de lhe dar um beijo, antes que ela pensasse atacar, o Tom já estava em cima dela…

Dreia e Bea viraram a cabeça para a porta que dava acesso da cozinha para o escritório e viram Bill entrar como uma expressão tímida e retraída. Bea sentiu-se impelida em puxá-lo para si. Amava-o muito, e não fazia tenções de se ver separada dele, nem de desperdiçar um minuto que fosse da sua curta viagem da Berlin para estar longe dele, principalmente por causa de pessoas que não mereciam sequer o ar que respiravam. Bea sorriu na direcção de Bill e percebendo que ele se retraía, estendeu-lhe a mão chamando-o até si….
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MensagemAssunto: Re: Wir Schließen Uns Ein   Wir Schließen Uns Ein - Página 7 EmptySeg maio 31, 2010 7:32 am

 140 


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Estava deitada no sofá em formato de L com Bill colado a si. Gostava de o sentir assim, tão próximo e rente ao seu corpo que era incapaz de se desassociar dele. Porque é que quereria estar longe daquele corpo estrelado que lhe pertencia? Seria insana se pensasse por dois segundos afastar-se dele com o pouco tempo que tinha para estar do seu lado. Assistiam a um filme que Tom tinha escolhido. Tom estava sentado no outro sofá da sala dos gémeos vidrado no ecrã da televisão. Bea estava prestes a cair num sono profundo, o filme não conseguia competir com o conforto que sentia nos braços de Bill, parecia que estar aninhada nele proporcionava que se sentisse segura e se deixasse adormecer nos seus braços. O som da campainha a soar, fez com que Bea abrisse os olhos e procurasse os olhos de Bill, olhando para ele com uma expressão que parecia implorar que Bill não se levantasse e se deixasse ficar ali junto a si. Bill sorriu e beijou os lábios de Bea de forma doce.

- Podias ir abrir? – pediu Bill a Tom.
- Que remédio… - disse Tom incomodado com o facto de ter de parar o filme para ir abrir a porta.

Pegou no comando da televisão e parou o filme, vendo que Bill e Bea estavam enroscados um no outro entre beijos e abraços capaz de o fazerem ficar enjoado. Foi até à porta e abriu-a sem espreitar quem era. Deu de caras com Andreas.

- Olá… – disse Andreas acanhado.
- Olá… – disse Tom estendendo a mão ao amigo para o cumprimentar.

Andreas cumprimentou o amigo e entrou, vendo Tom fechar a porta atrás dele.

- O Bill está? – perguntou Andreas com o intuito de ir cumprimentar o gémeo de Tom.
- Sim, está na sala com a Bea… - disse Tom.

Andreas encaminhou-se para a sala e deu de caras com Bill e Bea a namorarem deitados no sofá, sentiu-se um pouco a mais, mas não hesitou em aproximar-se para cumprimentar a amiga. Ao ver Andreas entrar pela porta Bea pôs-se de pé num instante e foi ter com ele dando-lhe dois beijinhos e um abraço.

- Que saudades! – disse Andreas.
- Mesmo! – disse Bea – Vamos à Veranstaltung logo, tens de vir connosco para metermos a conversa em dia!
- Ok! –
disse Andreas prontamente ao mesmo tempo que esticava a mão a Bill para o cumprimentar.
- Senta aí… - disse Bill endireitando-se no sofá.
- Eu gostava só de dar uma palavrinha ao Tommi… - disse Andreas olhando para Tom que já estava sentado no sofá onde anteriormente via o filme.
- Ok… - disse Tom levantando-se do sofá – Podemos ir falar lá para dentro…

Tom encaminhou-se para o escritório, seguido de Andreas. Quando chegou sentou-se sobre um amplificador, e viu Andreas sentar-se na cadeira da secretária.

- Desculpa a cena de ontem… - disse Andreas – Eu sei que me excedi um bocadinho nas coisas que disse, mas eu sabia que era a única maneira de te fazer abrir os olhos! Estavas a desperdiçar uma oportunidade de ser feliz e sinceramente já me começavas a enervar… Nunca pensei que fosses dizer que não ias aceitar a proposta da Dreia… Quer dizer, pensar até pensei, mas não pensei que tivesses coragem para isso… A Dreia é uma rapariga espectacular, que já sofreu muito por ti e que merece que tu a trates bem… E tu gostas dela… porque é que haveriam de estar separados? A coisa revoltou-me…

- Já acabaste? –
perguntou o Tom de forma seca.
- …Sim – disse Andreas sentido com o modo como Tom lhe falava.
- Só me interessa uma coisa… - disse Tom olhando de forma intensa para os olhos azuis de Andreas – Não gostas mesmo dela, ou só disseste que não gostavas para me fazeres aceitar a proposta da Dreia?

- Tom, tu sabes de quem é que eu gosto… -
disse Andreas timidamente – Infelizmente continuo a gostar da mesma pessoa… não mudou nada! Mas a Dreia era uma pessoa pela qual eu me apaixonaria facilmente. Damo-nos lindamente e temos uma amizade forte… Mas mesmo assim eu não gosto dela!
- E nunca dormiste com ela, nem nunca tiveste nada a não ser aquele beijo? –
perguntou Tom.
- Nada! – disse Andreas – Era só para te abrir os olhos…

- Du kranke sau… -
disse Tom respirando fundo – Fizeste-me bater mal… Estava mesmo a ponderar ir à luta…
- E é bom que vás… ela merece! –
disse Andreas sorrindo – Mas já ouvi dizer vocês já se acertaram… e que as coisas estão a correr bem…
- Andas bem informado… -
disse Tom a rir.
- Eu sou assim… - disse Andreas a rir – Tenho a certeza que não te vais arrepender da decisão que tomaste…
- Até agora não me arrependo… -
disse Tom a sorrir.
- Só passou um dia! - disse Andreas a rir.
- Um dia pode mudar muita coisa… - disse Tom num tom sério.

A campainha soou. Tom levantou-se do amplificador e foi até à porta atender. Quando abriu a porta deparou-se com Dreia. Estava absolutamente linda. Vestia um vestido preto pela altura do joelho, mangas compridas e um decote que mostrava os seus atributos. Calçava uns collants pretos e umas botas de cano alto da mesma cor, que faziam com que ela ganhasse mais uns centímetros e ficasse praticamente da sua altura. Vinha com um casaco cinzento e uma mala preta nas mãos, e nas costas uma mochila verde tropa que possivelmente carregava uma muda de roupa. Sorriu ao vê-la e fez-lhe um gesto com a mão convidando-a para entrar. Dreia sorriu de forma tímida e sem pudor entrou no apartamento dos gémeos segurando na cara de Tom com a mão que tinha livre depositando-lhe um beijo leve nos lábios. Tom ficou sem reacção, não estava habituado a receber Dreia daquela maneira. Fechou a porta e sorriu-lhe. Dreia percebeu que o tinha deixado levemente incomodado.

- Onde é que posso pousar a mochila? – perguntou para se desenvencilhar do momento que tinha criado.
- No meu quarto… - disse Tom sorrindo – A não ser que prefiras ficar no quarto de hóspedes…
- Sabes que eu adorava ficar no quarto de hóspedes, mas começa a ficar frio e eu sou muito friorenta… -
disse Dreia com um brilho nos olhos.
- Então o melhor quarto é sem dúvida alguma o meu… - disse Tom passando a língua sobre o piercing - É o quarto mais quente da casa, e onde as coisas aquecem com maior facilidade…
- Foi o que me pareceu… -
disse Dreia sorrindo.

Tom observou Dreia andar em direcção ao corredor, com destino ao seu quarto e sorriu. Aquela noite prometia, ia tê-la só para ele, sem o perigo de ela sair e abandoná-lo a meio como tinha feito durante a tour. Gostava da ideia, só de pensar que iria ter uma noite de puro prazer garantida já se sentia excitado, e o vestido que Dreia trazia sobre o corpo ficava-lhe a matar, embora fosse ter um gozo enorme em se ver livre dele naquela noite, e estava desejoso por o fazer.

Dreia voltou à entrada e Tom já lá não estava, ouviu vozes vindas da sala e entrou para encontrar, Tom, Andreas, Bill e Bea a conviverem. Cumprimentou os amigos entusiasticamente. Estava feliz. Estava em casa de Tom, ia passar o dia com ele, e dormir na sua cama. Como é que podia não estar imensamente feliz? Reparou na atitude de Tom com Andreas e percebeu que o que quer que tivesse acontecido entre eles estava resolvido, pois não paravam de se meter um com o outro na brincadeira.

- E quem é que me vai dar o número da Nathalie para eu lhe telefonar? – perguntou Bea depois de estarem entretidos a recordar momentos engraçados da tour.
- Para que é que queres o numero da Nath? – perguntou Andreas a estranhar.
- Quero ter uma conversinha com ela… - disse Bea olhando para Bill e vendo nele uma expressão triste e preocupada que procurou imediatamente compensar com um beijo demorado nos lábios dele.
- Ela já sabe do que se passou… - informou Tom.
- E o que é que estás a pensar fazer? – perguntou Andreas.
- Falar com ela… esclarecer-lhe umas coisinhas… - disse Bea.

- Podias convidá-la para sair connosco… - sugeriu Dreia.
- Ela não ia acreditar que eu queria ir sair com ela… – disse Bea – Não falo com ela desde o concerto do Chile! Mas um de vocês podia telefonar a convidá-la para vir! Ela sabe que eu estou cá?
- Acho que não… -
disse Bill.
- Sabe! – disse Andreas – Eu ontem estive com ela e comentei…

- Então podias convidá-la para vir? –
pediu Bea.
- Depende… se for para assistir à cena que assisti no Chile não quero ter nada a ver com isso! Se for para falares com ela civilizadamente não me importo nada de lhe telefonar… - avisou Andreas.
- Vai ser civilizado… - garantiu Bea – Alguma coisa, podes levá-la embora… não faz falta… aliás é bom que depois da conversa ela desapareça porque eu não vim para Berlin para a ter de aturar…

- Ai ai… não me metas em confusão Bea! –
pediu Andreas.
- Não te preocupes, eu não deixo. Vou estar de olho nelas as duas o tempo todo! - disse Bill.
- Não preciso que estejas de olho em mim… Eu sei-me defender muito bem sozinha! – disse Bea.
- Bem demais… - disse Bill a rir ao lembrar-se da cena que tinha presenciado ao entrar no camarim no final do concerto no Chile.

- Ok… eu vou telefonar… - disse Andreas levantando-se – Vens comigo Dreia?
- Claro! –
disse Dreia levantando-se prontamente.

Andreas e Dreia saíram da sala em direcção ao escritório para Andreas telefonar a Nathalie a combinar as coisas para aquela noite. Demoraram-se cerca de quinze minutos. Nenhum dos dois dava sinal de vida, e Tom já começava a ficar inquieto e a estranhar a demora. Sabia que Dreia gostava de si. Confiava em Andreas que era seu amigo desde os tempos de escola, mas mesmo assim sentia um nervosismo na barriga que não conseguia controlar. Não estava habituado a sentir-se assim, e isso estava a incomodá-lo.

- Calma… eles já voltam! – disse Bill a rir ao perceber aquilo que Tom sentia.
- Quem é que está preocupado com isso? – disse Tom disfarçando – Só estou curioso para saber o que é que a Nath vai dizer…
- Já alguém te disse que és um péssimo actor? –
perguntou Bea a rir.
- Não é preciso dizer-lhe, porque nem ele acredita nele mesmo! – disse Bill a rir.
- Ohhhh! – exclamou Tom aos comentários de Bill e Bea.

Dreia entrou pela porta da sala com uma cara alarmada, o que espantou Tom, Bill e Bea.

- O que é que aconteceu? – perguntou Tom de imediato.
- O que é que ela disse? – perguntou Bill curioso.
- Ainda não lhe telefonámos… - disse Dreia meia aluada.
- Vocês estão há quinze minutos lá dentro e ainda não lhe telefonaram? – perguntou Tom espantado.
- Não… mas já vamos telefonar. Podias chegar aqui só num instante Bea? – pediu Dreia com uma expressão inquietada.
- Claro… - disse Bea estranhando aquele convite inesperado.

Bea e Dreia saíram da sala em direcção ao escritório onde estava Andreas. Na sala o clima ficou tenso. Mas no escritório o ambiente prometia ficar pior. Quando Bea entrou no escritório, Andreas estava sentado na secretária, com uma cara compenetrada nos seus pensamentos. Levantou a cabeça para fitar Bea nos olhos e começou por dizer:

- Estive a falar com a Dreia, e achei por bem contar-te a ti também… O Tom e o Bill sabem, mas eu prefiro contar-vos a vocês sem os meter ao barulho, porque é mais fácil para mim… - disse Andreas com uma expressão retraída de quem não gostava daquilo que tinha para dizer – Como é que eu digo isto… Eu sempre tive um … encanto, por mulheres mais velha… E passei os meus anos da adolescência a conviver com a Nathalie e a olhar para ela como uma mulher interessante e bonita e… mais velha… e há qualquer coisa nela que me fascina…
- Ohhh Andi… -
disse Bea colocando ambas as mãos na cintura e rodando o corpo para evitar olhar para ele. Como é que era possível alguém como Andreas gostar de uma sanguessuga venenosa? – A Nathalie?
- Sim… -
disse Andreas triste com a reacção de Bea.
- Tu já sabias? – perguntou Bea a Dreia.
- Ele contou-me agora também… - disse Dreia ainda incrédula com a noticia.

- Mas vocês alguma vez tiveram alguma coisa? – perguntou Bea por curiosidade.
- Sim… - disse Andreas – À uns anos atrás nós chegámos a estar juntos numa noite… e acho que foi a partir daí que fiquei a gostar mais dela. Mas nós hoje em dia somos só bons amigos, e nem sei se gosto mesmo dela, mas há qualquer coisa que me deixa um bocadinho preso a ela… é tipo um assunto mal resolvido que me ficou na cabeça! Mas como já devem ter reparado as minhas hipóteses são mínimas porque ela está claramente interessada no Bill…
- Claramente! –
disse Bea repudiando Nathalie.

- Ela desenvolveu uma atracção por ele à medida que ele cresceu e eu fui ficando para trás… - disse Andreas triste, e virando-se para Dreia acrescentou – Percebes agora porque é que te disse que não era a pessoa mais adequada para se gostar?
- Eu percebo! Perfeitamente! –
disse Bea num tom recriminatório.
- Bea! – disse Dreia num tom autoritário para a chamar à razão.
- É verdade! – disse Bea como se a condenassem sem razão – Pior do que gostar do Tom, é gostar da Nathalie…
- Mas não se escolhe de quem se gosta… -
disse Dreia protegendo-se a si e a Andreas das palavras de Bea.
- Pois não… - disse Bea – Eu tive muita sorte com o Bill…
- Mas também passaste pelo Gonçalo! –
lembrou-lhe Dreia.
- Passei… - disse Bea feliz por se ter livre dele e ter encontrado alguém como Bill para estar do seu lado.

- A razão pela qual eu te estou a contar isto agora é porque eu estou com medo do que possa acontecer logo à noite Bea… - disse Andreas triste – Eu não queria nada que acontecesse alguma coisa menos bonita…
- Não te posso prometer que vai correr tudo bem, porque tu sabes como ela me provoca e me mexe com o sistema nervoso… -
disse Bea – Mas posso prometer controlar-me e não me importo que estejas por perto e intervenhas quando achares que o deves fazer e a leves embora…

- Isso já era bom! –
disse Andreas mais descansado.
- Mas eu preciso mesmo de falar com ela para resolver as coisas de uma vez por todas, porque eu não quero e não admito que ela se faça ao Bill, muito menos usando os golpes baixos que usou! – disse Bea zangada.
- Eu sei… ela excedeu-se! – disse Andreas triste pelas coisas que Nathalie tinha feito – Mas ela já percebeu que perdeu todas as hipóteses que tinha com o Bill…
- Ela nunca teve hipóteses com o Bill!!! -
disse Bea.
- Agora ela sabe isso… - disse Andreas.

- Telefonas-lhe? – perguntou Bea para se certificar.
- Sim… - disse Andreas pegando no telefone à medida que respirava fundo para se preparar para a sua tarefa.
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MensagemAssunto: Re: Wir Schließen Uns Ein   Wir Schließen Uns Ein - Página 7 EmptySeg maio 31, 2010 7:33 am

আ 141 আ



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Já estavam na Veranstaltung há praticamente duas horas. O ambiente estava pesado, por mais que não falassem nisso, estavam todos à espera do momento em que Nathalie entrasse pela porta. Bill e Andreas eram sem dúvida alguma os que estavam mais preocupados com o destino daquela noite. Bill temia pelo confronto da namorada com a sua ex-melhor amiga, sentia-se nervoso por de certa forma ter sido responsável por as colocar naquela situação. Andreas estava exaltado com o facto de ver Nathalie ser colocada numa posição ofensiva sem estar preparada para tal. Andreas tinha convidado Nathalie a ir ter com ele sem dar detalhes de quem ia. Só esperava que ela não ficasse chateada consigo. Ficaria com o coração partido se por causa daquela confusão toda perdesse uma das suas melhores amigas e a mulher que impulsionava o seu coração.

Bea mantinha-se sentada entre os amigos. Bebia e convivia com Tom e Dreia que estavam descontraídos e trocavam olhares íntimos que espelhavam a cumplicidade que crescia a olhos vistos entre eles os dois, quando viu Nathalie entrar pela porta da sala Vip onde costumavam estar. Nathalie sorriu ao ver Andreas e Bill juntos a conversarem, parecia realmente feliz por os ter encontrado aos dois, mas pouco depois, os seus olhos percorreram a sala para encontrar, Tom, Dreia e Bea sentados no sofá, e Bea conseguiu perceber pelo olhar de Nathalie que a alegria se tinha desvanecido em meros segundos. Bea olhou para Nathalie semicerrando os olhos numa expressão que procurava demonstrar a clara raiva que sentia brotar do seu interior e a sede de vingança. Não sabia ao certo o que lhe queria dizer, sabia que como leoa, queria proteger o seu leão com unhas e dentes, e estava disposta a tudo para o fazer. Nathalie foi ter com Andreas e Bill e cumprimentou os dois com dois beijinhos. Bea observou o modo incomodado como Bill dava a cara para Nathalie beijar, sem retribuir os beijos dela e sorriu. Aquele era o seu Bill, cordial e simpático, mas distante, ao mostrar ignorar a presença de Nathalie recusando-se a olhar para ela, mostrando o claro constrangimento que sentia com a sua presença no mesmo espaço partilhado. Estava erguida a barreira que separava Bill de Nathalie, agora restava erguer a barreira que separava Nathalie de Bill.

- Não me disseste que vinha mais gente… - disse Nathalie a sorrir, feliz por ver Bill.
- Pois… a Bea está cá e viemos todos sair… - disse Andreas sentindo-se mal por mentir a Nathalie.
- Isso é que era dispensável… - disse Nathalie com desdém.
- Bem… Vou para ao pé da minha namorada! – disse Bill que não tinha qualquer intenção de estar um segundo que fosse com Nathalie. Ainda se lembrava daquilo que ela lhe tinha dito e feito, e tão cedo não ia esquecer.

- Não sejas assim… - pediu Andreas a Nathalie à medida que Bill voltava para os braços de Bea.
- Eles ainda vão acabar… - disse Nathalie.
- Pára! – disse Andreas triste com a atitude de Nathalie – O que é que aconteceu à rapariga divertida e amiga que eu conhecia? Tu nunca foste assim…
- As pessoas mudam! A necessidade encarrega-se disso… -
disse Nathalie.
- Tu não precisavas de ter mudado nada… - disse Andreas abanando a cabeça da direita para a esquerda em forma de desaprovação – O Bill só te faz mal… Tu estás a ficar obcecada…
- Andi… -
disse Nathalie com um sorriso na cara de quem se preparava para negar aquilo que ele dizia.
- É verdade Nath! Já nem te reconheço… - disse Andreas passando uma mão sobre a face de Nathalie – Volta ao que eras… éramos todos felizes nessa altura!

- Importaste que te roube a companhia? –
perguntou Bea de forma educada a Andreas aparecendo ao lado dele e de Nathalie.
- … Não… - disse Andreas a medo.

Andreas foi até Bill e avisou o amigo que a luta estava prestes a começar. Bill e Andreas trocaram um olhar preocupado e sustendo a respiração como se assistissem a um filme de terror, no qual qualquer movimento podia despontar algo assustador, observaram com muita atenção a conversa que se começava agora a desenrolar entre Bea e Nathalie. Bea sorria de forma irónica para Nathalie, não gostava dela, não tencionava ser sua amiga, mas desejava falar com ela e dizer-lhe muitas coisas, coisas que mantinha entaladas na garganta há muito tempo. Não sabia como começar, nem por onde, mas dali não iria sair sem libertar o peso que sentia sobre si, nem que para isso precisasse de recorrer à força.

- Então a vida vai bem? – perguntou Bea como se nada fosse.
- Sim… - disse Nathalie – E a tua também deve estar, já te conseguiste enfiar aqui de novo…
- Já viste… parece que a coisa está a demorar mais tempo do que tu previas… -
disse Bea sorrindo de forma maliciosa – Ou do que nós apostámos…

- Ahhhh… então é isso! –
disse Nathalie sorrindo como se tivesse percebido algo – Já tiveste conhecimento da aposta!
- E do resto também! –
disse Bea mudando a sua face para uma expressão agressiva e raivosa.
- De certeza? – perguntou Nathalie – Será que o teu leão te contou tudo o que se passou naquela noite?
- Absoluta… -
disse Bea levantando uma sobrancelha – Quando se confia numa pessoa não se esconde nada!

- O teu namorado beija muito bem… -
disse Nathalie sorrindo.
- É, não é? – perguntou Bea sorrindo de forma provocadora – Aprendeu comigo. Por isso é que ele não quer mais ninguém. Comigo tem tudo o que precisa…
- Não foi isso que ele me disse… -
disse Nathalie.
- Nem vale a pena tentares envenenar a minha cabeça também… – disse Bea muito séria – O Bill pode julgar que tu és muito querida e amiga, mas eu conheço muito bem o teu tipo. És daquelas santinhas que à frente é um amor, e nas costas é capaz de tudo para ter o que quer…
- Perseverança… -
disse Nathalie – Com um bocadinho de esforço tudo vai lá!
- Sim… de facto tu conseguiste estragar a tua amizade com o Bill num abrir e fechar de olhos, nem foi preciso fazer nada… -
disse Bea – A tua perseverança funcionou a meu favor.

- Sabes… melhor que o beijo… -
disse Nathalie para provocar Bea – Foi o que ele me fez a seguir… Aquele piercing e aquele corpo são muito melhores do que eu tinha imaginado…
- E continuas a imaginar… –
disse Bea furiosa mas a tentar manter a postura.

- Ohhhh… o Bill não te contou? – perguntou Nathalie a fingir-se de surpresa – Não te disse como o fizemos? Onde, nem quantas vezes? Pensei que ele te tivesse contado tudo…
- Como te estava a dizer… –
disse Bea mantendo a postura e ignorando as palavras de Nathalie – Não vale a pena esforçares-te tanto. Eu sei a verdade e nada do que tu digas vai valer a pena, por isso podes poupar o esforço. Guarda o veneno para ti! Eu sei exactamente o que se passou, e é muito triste ver quão baixo o ser humano pode chegar. A única coisa boa no meio disto tudo é que tu, sozinha, conseguiste fazer com que toda a gente se afastasse de ti…

- A cama dele é macia… Mas ele preferiu quando o fizemos na minha… -
disse Nathalie sorrindo.
- Deve ser realmente frustrante desejar uma pessoa e ser ignorada desta maneira… - disse Bea abanando a cabeça de forma negativa fingindo sentir pena de Nathalie – Pior… ver que ela está feliz com outra e que nem nos olha na cara…

- As mãos dele sabem o que fazem… E as tatuagens… -
disse Nathalie mordendo o lábio inferior expressando desejo - Aquela estrela, naquele sitio…
- Sabes o que é que eu acho? Muito sinceramente? Tu estás doente, precisas de procurar ajuda, porque estás a virar uma psicopata maníaca que já nem sabe distinguir o que é real do imaginário… -
disse Bea – … Dás-me pena!
- Não tenhas pena de mim… quando fores embora nós vamos compensar estes diasinhos em que estiveste cá… -
disse Nathalie sorrindo.

- Agora a sério… onde é que queres chegar com as tuas atitudes? Porque digo-te sinceramente… a amizade do Bill já perdeste! Se achas que com estas mentiras vais recuperá-la estás muito enganada. Ninguém quer ser amigo de alguém que lhe mente e maltrata… - disse Bea sinceramente.
- Continuas a achar que o Bill é um santo? – perguntou Nathalie a rir – Nós andamos juntos em tours à anos! Achas mesmo que nunca aconteceu nada entre nós? Com a atracção que existe? Com a energia e excitação dos concertos? Estamos juntos noite e dia, é normal que partilhemos mais do que a nossa boa companhia…

- Não quero que te falte nada… -
disse Bea ironicamente – Temos uma maneira fácil e eficaz de comprovar aquilo que dizes… – Bea virou-se para trás e olhou para o sofá onde Bill estava sentado e chamou-o com a mão – Tiramos já a tua mais recente invenção a limpo… Mas digo-te já que de santo o Bill não tem nada… E eu não gosto de santinhos!

Bill aproximou-se com medo do que se passava entre as duas. À distância parecia estar tudo bem, mas o riso falso de Nathalie não deixava duvidas de que a conversa não lhe estava a agradar, e o ar enfurecido e altivo de Bea só o comprovava. Quando se aproximou delas, Bill quis marcar a sua posição. Estava ao lado de Bea para o desse e viesse. Abraçou o corpo de Bea por trás entrelaçando os seus dedos sobre a barriga de Bea, e beijou Bea na bochecha esquerda de forma nervosa mas sentida. Bea não conseguiu evitar de sorrir ao ver que Nathalie assistia àquela cena controlando-se.

- Surgiu aqui uma dúvida… - disse Bea colocando as mãos sobre as mãos de Bill que estavam sobre a sua barriga – É que a Nathalie estava-me aqui a dizer que vocês têm uma relação já à muito tempo e que se têm divertido muito quando eu não estou por perto…

Bill largou o corpo de Bea e endireitou-se adoptando uma posição ofensiva, como se se preparasse para um duelo. Bill parecia ter ganho uns centímetros a mais, e o seu corpo alto e esguio parecia agora impor respeito. No seu olhar via-se uma chama que ardia, uma chama de indignação e injustiça, sentia-se magoado com Nathalie, mas mais que isso sentia-se enojado com as atitudes dela. Não compreendia como é que tinha sido capaz de ser seu amigo durante tantos anos e ter confiado nela cegamente.

- Diz isso na minha cara… - pediu Bill cerrando o maxilar.
- Não é novidade nenhuma… - disse Nathalie com uma expressão de combate nos olhos, mas aterrorizada por se ver frente a frente com Bill e com as suas mentiras.
- Pois… também me parecia! – disse Bea cruzando os braços – Como na noite do beijo… vocês também foram para a cama… não é Nathalie?
- Sim… -
confirmou ela evitando olhar para Bill.
- Que desilusão! – disse Bill abanando a cabeça da direita para a esquerda.

- Tu estavas bêbado… podes não te lembrar. Mas o que nós vivemos foi lindo… – disse Nathalie olhando para ele com um olhar que suplicava atenção.
- Eu saí da Berghain com o meu irmão! Por isso não vale a pena inventares histórias… Lembro-me perfeitamente do que aconteceu. Podia estar bêbado mas não estava inconsciente, embora fosse preferível estar… Preferia esquecer-me do que se passou naquela noite! – disse Bill.
- Não digas isso! – disse Nathalie suplicante.
- Então Nathalie? Continuas a insistir que foste para a cama com o Bill e que adoraste? – disse Bea pondo-a em xeque-mate em frente a Bill.

- Se tu dizes que sim… - disse Bill num tom ameaçador.
- Então, agora não dizes nada? – perguntou Bea sorrindo – Tantas noites de amor… Não percebo é porque é que me falaste que o Bill beija bem, se já o beijas à tantos anos… devia ser algo normal para ti!
- Como é que és capaz de dizer essas coisas? –
perguntou Bill colocando uma mão sobre a testa incrédulo – Que decepção!

- Bill…. –
disse Nathalie estendendo as mãos até ao peito de Bill.
- Não me toques! – disse Bill afastando as mãos de Nathalie de si com violência.
- Foste tu que fizeste isto tudo a ti mesma… - disse Bea – A mentira tem sempre um preço! Tu precisas de ajuda… Tenta perceber que o Bill é feliz! E tu devias querer vê-lo feliz se gostas dele… e devias procurar ser feliz também! Vive a tua vida e pára de viver a dos outros…

- Bill… -
disse Nathalie com os olhos cheios de lágrimas como se implorasse perdão a Bill.
- Tu és má! – disse Bill triste e desiludido com Nathalie – As coisas que tu nos fizeste, não se fazem! Tu não gostas de mim Nath, nem nunca gostaste… Trata-te!

- Desculpa… -
disse Nathalie limpando as lágrimas que lhe escorriam do rosto.
- Desculpa? – perguntou Bill enraivecido – Desculpa pelo quê? Pelas mentiras? Por me teres feito sofrer? Por me teres tentado ver infeliz e miserável? Por me teres feito acreditar que eras minha amiga e que podia confiar em ti? Ou por teres ofendido a Bea? Tu comportaste como uma miúda de dez anos, quando devias ser uma mulher!

- Eu só queria que gostasses de mim… -
disse Nathalie escondendo a cara nas mãos.
- Eu gostava de ti… - disse Bill com pena – Agora só me dás repulsa…

- Tu não te vais ficar a rir… -
disse Nathalie enfurecida olhando para Bea.

Bill sentiu uma onda de raiva percorrer o seu corpo e olhando para Nathalie com uma expressão que seria capaz de a matar, pegou-lhe no braço esquerdo com força, tanta quanto conseguia, com a força que expressava a raiva que sentia dentro de si, uma força capaz de deixar marca no braço de Nathalie, uma marca que a recordasse e relembrasse daquilo que Bill tinha para lhe dizer naquele momento.

- Se tu fizeres seja o que for contra a Bea ou contra alguém que eu conheça, eu juro que não me responsabilizo pelo que te acontecer a seguir… - disse Bill puxando Nathalie para si de modo a tornar as suas palavras mais audíveis e assustadoras – Por isso pensa bem antes de fazeres alguma coisa…

Ao ver a atitude de Bill com Nathalie, Andreas levantou-se num pulo do sofá e correu até eles, soltando Nathalie da mão de Bill.

- Estás-te a passar??? – perguntou Andreas a Bill.
- É melhor levá-la daqui… - disse Bill.
- Anda… - disse Andreas passando um braço sobre os ombros de Nathalie para ampará-la enquanto chorava.
- Eu não estou a brincar Nath… Qualquer coisa que aconteça… Vais ser tu a responsável! – disse Bill enquanto Andreas a levava.

Bill e Bea mantiveram-se imóveis a ver Andreas sair da sala com Nathalie num pranto. Bea olhou para Bill e pôde ver na expressão dos seus olhos a fúria que ele sentia, mas ao mesmo tempo a desilusão que tinha em perder uma amiga daquela forma, principalmente uma das pessoas em quem mais confiava, alguém que o conhecia à anos e o tinha visto crescer. Bea abraçou Bill encostando a cabeça ao peito dele. Depois da fúria de Bill, Nathalie só podia ter percebido a mensagem. Bill afagou a cabeça de Bea contra o seu peito abraçando o seu corpo. Bea sentiu o corpo de Bill tremer e olhou-o nos seus olhos vendo a fúria dar lugar a uma tristeza e desamparo que lhe despedaçava o coração. Passou uma mão sobre a face de Bill e aproximou os seus lábios dos dele, dando-lhe um beijo doce. Bill continuava a tremer e Bea sentiu parte da tristeza que via espelhada nos olhos de Bill.

- Estás a tremer… - disse Bea abraçando Bill com força contra si como quem procurava protege-lo nos seus braços.
- Ela era minha amiga… - disse Bill triste – Como é que ela me pôde fazer isto?
- Ela não era tua amiga… -
disse Bea procurando acalmar Bill – Talvez em tempos tenha sido, mas já não era! Ela precisa de ajuda…
- Eu confiava nela… -
disse Bill sentindo lágrimas humedecerem os seus olhos.
- Eu sei… - disse Bea acariciando a cara de Bill com ambas as mãos.
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MensagemAssunto: Re: Wir Schließen Uns Ein   Wir Schließen Uns Ein - Página 7 EmptySeg maio 31, 2010 7:34 am

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Acordou com a sensação de que tinha dormido no céu, longe de qualquer problema. Sentia-se verdadeiramente feliz, como se tudo na sua vida estivesse finalmente a procurar um sentido, uma razão de ser, e se sentisse cada vez mais certa daquilo que era enquanto pessoa, daquilo que queria e procurava. Observava Tom a dormir pacificamente do seu lado, e aquela visão fazia-a lembrar-se das noites em que tinha desejado acordar uma vez mais assim, na sua cama, do seu lado. Sorriu ao recordar-se da noite anterior, de como dois corpos eram capazes de fazer tamanha magia e gerar prazer ilimitado. Olhou para cima e viu a guitarra de estimação de Tom pendurada na parede da cabeceira da cama sobre o fundo verde e lembrou-se da noite em que Tom lhe tentara ensinar uns acordes, como se sentia possuída por um fogo e um nervosismo que tinha sido extinto por Tom, naquela mesma noite, naquele mesmo quarto. Olhou uma vez mais para o corpo que estava do seu lado e admirou a fisionomia perfeita de Tom, os seus traços finos e delicados que tornavam a sua feição divina, como se tivesse sido esculpida com detalhe e perfeição. Sentiu uma vontade imensa de lhe tocar, sentir a pele dele em contacto com a sua uma vez mais. Levou a mão direita às rastas de Tom e brincou com uma, fazendo-a deslizar entre os dedos. Precisava de mais, queria a pele dele, o calor que emanava dela e que gerava em si. Tocou levemente com um dedo sobre o ombro nu de Tom, e ao ver que ele não tinha qualquer reacção sentiu-se impelida para colocar a sua mão toda sobre o ombro de Tom e acariciá-lo. Tom não acordou, mas parecia sentir-se incomodado e procurar uma nova posição na cama, deitando-se de barriga para cima. Dreia tirou a mão e deixou-se ficar a olhar para ele um pouco mais, encantada com o tronco nu que surgia agora à sua frente. Tudo nele a encantava. Olhava-o com atenção e minúcia aproveitando o facto de ninguém a ver, e não conseguia encontrar nada nele que não gostasse, mesmo aquela pequena cicatriz que ele tinha na face dava-lhe um ar mais duro, mais másculo e sensual. Respirou fundo e sentiu vontade de o abraçar, mas ao mesmo tempo queria apenas aproveitar aquele instante para o ver dormir e gravar na sua memória aquele momento que esperava poder repetir-se várias vezes no futuro. Pensou em fingir-se adormecida e ver qual a reacção dele se ela se abraçasse ao seu corpo, mas abandonou a ideia. Queria realmente estar junto a ele, sem se retrair nos seus movimentos, de certa forma já tinha ganho esse estatuto, e fazia tenções de gozar dele. Deitou a sua cabeça sobre o peito de Tom, colocando a mão sobre o ombro dele.

Tom acordou com o peso da cabeça de Dreia sobre o seu peito e a mão dela a abraçá-lo. Levou uma mão aos olhos e esfregou-os para acordar e inteirar-se daquilo que se estava realmente a passar. Levantou ligeiramente a cabeça e reparou que Dreia estava com os olhos abertos. Colocou uma mão sobre as costas nuas dela, sentindo a mão de Dreia que estava sobre o seu ombro abraçá-lo com força como se lhe desse os bons dias. Sentia-se bem. Estranhamente bem. Estava calmo. Não se importava de dividir a sua cama com ela, principalmente depois da noite que tinham passado juntos. Começava a gostar da ideia de a ter por perto. Ela compreendia-o como ninguém, vivia e alimentava as suas fantasias de forma peculiar. Puxou o corpo suavemente para cima, para não incomodar Dreia, e encostou as suas costas sobre a cabeceira da cama. Dreia levantou a cabeça do tronco de Tom ao pensar que ele se queria levantar, ou que o gesto de Tom se tratava de uma indirecta para que ela saísse de cima dele, mas não era de todo essa a intenção de Tom.

- Deixa-te estar… - disse Tom pegando na cabeça de Dreia, encostando-a ao seu peito.
- Obrigada… – disse Dreia agradecendo o gesto de Tom e sorrindo. Sentia-se bem ali, junto do seu peito, a ouvir o coração dele bater, o seu respirar e a sua pele arder – Dormiste bem?
- Sim… -
disse Tom sorrindo ao recordar-se da noite anterior – Mas pouco…
- Se quiseres dormir mais um bocadinho… -
começou Dreia por dizer.
- Não… eu gosto de estar assim! – disse Tom envergonhado - … E tu dormiste bem?
- Muito bem! –
disse Dreia sorrindo ao mesmo tempo que abraçava com força o tronco de Tom, depositando um beijo no seu peito nu – A tua magia funciona mesmo…


[Flashback]

Bill e Bea tinham ido directos para o quarto. A noite tinha sido complicada, a discussão com Nathalie tinha deixado Bill fragilizado e Bea queria estar do seu lado para o ajudar naquele momento. Por mais que não gostasse de Nathalie, Bea compreendia que era difícil sentir a confiança em alguém ser tão severamente destruída, tinha-o sentido em tempos com Gonçalo.

Tom e Dreia permaneciam imóveis na entrada de casa sem saber o que fazer. Já era tarde e ambos estavam cansados, no entanto, cada um deles individualmente tinha fantasiado aquela noite, e esperava algo dela. Ambos se desejavam e esperavam terminar a noite nos braços um do outro, mas não sabiam como. Dreia sentia-se estranha. No fundo não estava em sua casa, e não tinha passado a noite muito próxima de Tom devido à confusão com Nathalie, tinha-lhe dado o espaço que sentia que ele precisava ter para estar com o irmão e ajudá-lo naquele momento, e tinha ficado um pouco mais à parte. Não sabia se devia propor fazer algo, ou se deveria anunciar que estava com sono e esperar que Tom lhe propusesse ir para a cama descansar. Tom estava perante uma situação nova. Geralmente quando levava alguém para casa, entrava nela meio despido e com alguém já colado ao seu corpo, entrava em êxtase e o caminho até ao seu quarto era feito sem ele dar conta. Nunca lhe tinha acontecido ter planeado dormir com alguém e estar naquela situação de não saber como iniciar a aproximação, não que não a desejasse (só ele sabia como a desejava), desejava-a sempre, e naquela noite, aquele vestido estava realmente a provocá-lo, mas tinha passado a noite com Bill e tinha negligenciado a presença de Dreia, não se tinha sequer aproximado dela, e só agora reparava nisso, não a tinha beijado, nem tocado, e ela também não tinha tentado nada. Por isso agora estava ali, à entrada de sua casa, sem saber como lhe dizer que queria levá-la para a cama sem demoras, embora soubesse que a melhor maneira de o dizer era por gestos.

Tom olhou para Dreia e viu que ela suspirava perdida em pensamentos. Preparava-se para se aproximar dela e provocá-la com as suas mãos, quando Dreia falou e quebrou o momento.

- Espero que o Bill fique bem… - disse Dreia suspirando.
- Ele vai ficar bem… - disse Tom esfregando uma mão na outra ao mesmo tempo que humedecia os lábios – Não é a primeira vez que nos traem… e não há-de ser a última!

- Eu seria incapaz de fazer aquilo que ela fez… -
disse Dreia sentindo pena de Bill e querendo mostrar a Tom que podia confiar nela.
- Não sabes… - disse Tom que já tinha sofrido bastante com traições ao longo da vida e não acreditava que alguém não fosse corruptível – Um dia que nos chateemos a sério, falamos!
- Não. Nem nesse dia! –
disse Dreia – Eu respeito-te, e se me tiver de afastar, afasto-me… não vou rastejar aos teus pés nem infernizar a vida da pessoa com quem estiveres! Até porque ia ter muito trabalho… tu não és um rapaz que se contente facilmente…
- É verdade… -
disse Tom a sorrir.
- Ia deixar de ter vida para perseguir as tuas amantes todas… – disse Dreia a brincar.
- Mas acho que agora não te tens de preocupar… - disse Tom humedecendo os lábios – Corre um boato de que eu só tenho uma amante e que ela vale por muitas…

- Tom… -
disse Dreia de forma sedutora sabendo que teria toda a atenção dele.

Dreia aproximou-se do corpo de Tom que estava à sua frente. Não era capaz de resistir muito mais, não fazia sentido estarem ali, quando era claro que ambos desejavam estar fechados num quarto. Olhou intensamente para os olhos de Tom mantendo uma distância curta entre o seu corpo e o dele e numa voz lânguida e sensual solicitou:

- Vamos para a cama?

Tom ficou parvo a olhar para Dreia. Ele estava a pensar numa maneira de propor o mesmo à já algum tempo, mas Dreia tinha-o feito de uma maneira perfeita. Ouvi-la com aquela voz sensual pedir que se juntasse a ela e fosse para a cama, tinha feito o seu coração dar sinais de vida no seu interior e o seu corpo estremecer ao pensar naquilo que se seguia, naquilo que desejava fazer-lhe.

- Tu queres matar-me do coração? – perguntou Tom olhando fixamente para os lábios carnudos dela.
- Não precisas de ficar assim… - disse Dreia sorrindo ao ver que tinha sido bem sucedida na sua missão.

Dreia pegou na mão de Tom e puxou-o pelo corredor até à porta do seu quarto. Abriu a porta do quarto e entrou, largando a mão de Tom, ouvindo-o fechar a porta atrás dele e segui-la a par e passo.

- É suposto este ser o sitio onde te sentes melhor… - disse Dreia apontando para a cama dele olhando-o com um olhar felino.

Tom sorriu, e mordeu o lábio inferior de forma incrédula. Ela sabia deixá-lo aos seus pés. Se o jogo de Dreia fosse ser assim, como naqueles dois dias, não precisaria de procurar outra pessoa com quem partilhar a sua cama. Ela tinha tudo aquilo que o deixava louco numa mulher. O seu coração independente, começava agora a sentir-se ligado a ela, mais do que somente ao seu corpo.

- Faz a tua magia funcionar Sex Gott… - disse Dreia provocando Tom.


[Flashback]


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- Estás pronta? – perguntou Bill entusiasmado.
- Sim! – disse Bea sorrindo de forma entusiástica.
- Mesmo pronta? – perguntou Bill para fazer a tenção aumentar.
- Simmmmm! – disse Bea impaciente com a surpresa que Bill lhe tinha preparado.
- Podes abrir os olhos! – disse Bill feliz por finalmente poder revelar a Bea a surpresa que lhe tinha preparado para aquele fim-de-semana.

Bea abriu os olhos e de imediato a sua boca abriu também. Os seus olhos deviam brilhar, pois Bea sentia-se maravilhada e estarrecida. Estava num ringue de patinagem no gelo, deserto, e à sua frente estavam todos os seus amigos: Dreia, Tom, Gustav, Georg, Andreas, Jost, Heinz, Herman, Dunja, Tobi…. Todos! Bea olhou para Bill mordendo o lábio inferior e abraçou-o com a emoção à flor da pele.

- Gostaste? – perguntou Bill afagando a cabeça de Bea e levantando-a ligeiramente do chão.
- Eu sempre quis experimentar patinar no gelo… - disse Bea não contendo a alegria – Como é que conseguiste?
- O Jost arranja sempre maneira de satisfazer os nossos caprichos… e hoje é domingo, eles fecham a pista mais cedo, mas com um pedido especial dele, não foram capazes de dizer que não… por isso hoje ficam abertos até mais tarde por ti… -
disse Bill sorrindo e beijando suavemente os lábios de Bea.

- Por mim não… por ti! – disse Bea a rir – Sr vocalista dos Tokio Hotel!
- Não… por ti! Sra. Betrrix, porque só tu é que me consegues pôr a fazer estas coisas! –
disse Bill beijando Bea novamente.

Bea abraçou Bill com força e beijou-o uma última vez, até sair disparada dos braços dele directa para o ringue para cumprimentar os amigos. Tinha imensas saudades deles, já não os via à cerca de um mês e as saudades apertavam. Nunca tinha pensado conseguir mudar tanto num ano da sua vida. Se soubesse que acabar com Gonçalo lhe traria uma felicidade tão grande, já teria acabado com ele à muito tempo, mas sabia que se o fizesse noutra altura talvez o resultado fosse diferente, e gostava daquele resultado, o resultado que vivia, não o trocava por nada. Falou a todos os seus amigos e precipitou-se para calçar os patins e aventurar-se no ringue. Bill já estava no ringue acompanhado de Georg. Ao ver que Bea se preparava para entrar foi ter com ela e deu-lhe a mão para que ela entrasse e se sentisse segura pela sua mão. Bea observou o modo como Bill patinava sem dificuldade e pensou que não ia ter qualquer obstáculo em fazer o mesmo, mas estava enganada. Assim que entrou no ringue sentiu os pés a querem escapar-lhe do controlo e não se conseguia manter muito tempo equilibrada. Bill olhava para ela a rir. Com o tempo Bea começou também a rir e a sentir-se mais segura para andar sobre o gelo. A estabilidade de Bill dava-lhe força para cair e se levantar. Os seus amigos pareciam profissionais a andar de patins, apenas Dreia estava mais retraída (mas mesmo assim mostrava uma perícia fora do vulgar). Mas fazia sentido, Bea vinha de um país de sol e praia, e na Alemanha eles estavam habituados ao frio e gelo, provavelmente patinavam desde criança e já sabiam domar os patins através da experiência que ela não tinha, mas que gostaria de um dia vir a ter.

Bill conseguiu evitar que Bea caísse pela milésima vez. Reparou que ela se começava a desequilibrar e abraçou o seu corpo com tal firmeza capaz de segurar e manter contido nos seus braços qualquer pessoa ou coisa. Bea aproveitou para se abraçar a ele e beijá-lo de forma ternurenta. Estava a adorar a surpresa. Nunca tinha patinado no gelo, e tinha pensado que para o fazer teria de ser em Portugal, porque na Alemanha era difícil sair com Bill à rua e ir para um ringue de patinagem cheio de gente, era um risco que não valia a pena correr, mas assim, com o ringue só para eles, parecia perfeito, um autêntico sonho, como só Bill conseguia tornar os seus sonhos realidade. Bill era por si só um sonho. Soltou-se dos lábios e braços de Bill e reparou que Tom que se gabava dos seus dotes de patinador caía estatelado no chão. Bea riu descontroladamente. Tom trazia as suas típicas calças largas e embora as tivesse enrolado um pouco para cima elas continuavam a interferir na sua demonstração artística, e sem querer tinham tornado a sua aventura numa comédia. Dreia que se mantinha ao lado dele ria chamando a atenção de Andreas. Tom permanecia no chão, bem disposto, e começava a rir da situação.

- És o pior Tom… - disse Andreas aproximando-se do amigo, estendendo-lhe uma mão para o ajudar a levantar-se.
- Se eu tirasse as calças ias ver quem é que era o pior! – disse Tom aceitando a mão de Andreas, levantando-se.
- Não vais tirar as calças aqui, pois não? Não nos faças passar essa vergonha! – disse Andreas a gozar com Tom.
- A vergonha ia ser só tua. Eu só ia sair favorecido, quando vissem como sou duplamente dotado! – disse Tom levantando uma sobrancelha e rindo de forma atrevida.

- Duplamente? – perguntou Andreas confuso – Não estou a perceber…
- É preciso explicar tudo? –
perguntou Tom franzindo a testa e virando-se para Dreia – Dreia… explica lá aqui ao teu amigo Andi como é que o Tom é duplamente dotado…
- Queres mesmo que explique? –
perguntou Dreia corando.
- Força… - disse Tom sorrindo.
- Ok… já estou a perceber… - disse Andreas contorcendo a cara – Poupa-me Tom! Mantém as calças e o Tommizinho quietinho que é o melhor que fazes!
- Não é bem o melhor que eu faço, sabes que quando o Tommizinho entra em… -
começou Tom por dizer.
- Não estou a ouvir nada! – disse Andreas colocando as mãos sobre os ouvidos patinando para longe.

- Não percebo, ele sempre gostou de ouvir as minhas piadas… - disse Tom para Dreia a rir.
- O Andi hoje está um bocado em baixo… - disse Dreia.
- Porquê? – perguntou Tom olhando para Andreas para reparar que ele estava de facto ligeiramente diferente.
- Por causa da cena toda com a Nathalie ontem à noite… - disse Dreia.
- Tu já sabes….?
- Sim… -
disse Dreia acenando com a cabeça afirmativamente – Ele contou-me a mim e à Bea ontem… Nunca pensei… A Nathalie?!?!… Ela não merece que ele goste dela…

- Também te devem ter dito isso muitas vezes de mim… e aqui estamos… -
disse Tom timidamente.
- Sim… - disse Dreia sorrindo timidamente, como era bom ouvir Tom falar deles como um só - …Aqui estamos!

Dreia suspirou olhando para os olhos de Tom. Adorava os olhos dele, de certa forma faziam-na lembrar-se de um felino, a intensidade e sensualidade do seu olhar, aliada àquelas pestanas grandes que adornavam e davam vida e forma aos seus olhos deixavam-na hipnotizada. Dreia aproximou-se do corpo de Tom reparando que ele se sentia pouco à vontade (talvez por estar no meio dos amigos e não estar habituado a demonstrações de afecto) e pegou-lhe na mão com doçura. Depositou-lhe um beijo no queixo e disse:

- Vamos patinar?
- De mãos dadas? –
perguntou Tom assustado.
- Para não caíres mais… - disse Dreia a rir esperando que a desculpa pegasse.

- Dreia… - disse Tom largando a mão de Dreia – Eu não dou as mãos…

Dreia olhou para Tom preocupada. Teria passado o risco? O gesto de Tom de lhe largar a mão parecia dizer que sim. Teria acabado de estragar o sonho que vivia ao seu lado?

- Eu não sou assim… Eu disse-te… - disse Tom afastando-se de Dreia.
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MensagemAssunto: Re: Wir Schließen Uns Ein   Wir Schließen Uns Ein - Página 7 EmptySeg maio 31, 2010 7:35 am

 143 


Wir Schließen Uns Ein - Página 7 277806670150eaa788e1ar9



Tinha chegado o dia da despedida. Uma vez mais o seu coração chorava e sangrava por um amor que sobrevivia e se alimentava à distância. Dentro de um mês e meio teria férias de Natal e Bea via-se obrigada a voltar a Berlin, não era capaz de estar afastada daquela terra. Não por aquilo que ela era ou representava, mas por ser ali que residia a sua felicidade e a luz dos seus olhos. Se Bill estivesse no Vietnam, era para lá que rumaria com a felicidade estampada no rosto. O local não importava, desde que ele lá estivesse, ela estaria bem.

Acordou pela última vês nos braços do seu leão. Abraçou-o e beijou cada centímetro do seu tronco nu, demorando-se na estrela e vincos que tanto amava, enquanto observava os lábios de Bill esboçarem um sorriso sensual e prazeiroso. Gostava de o ver sorrir, e de saber que aquele sorriso era seu, que lhe pertencia e se devia ao seu toque. Gostava de o ver satisfeito nos seus braços e de sentir o toque delicado da pele macia dele nos seus dedos. Desejava que aquele momento não acabasse nunca, que pudesse ficar deitada naquela cama a vê-lo sorrir para sempre. Não queria voltar para Portugal, não tinha porquê voltar, não era feliz lá. Tinha a sua família, Bettler, Gonçalo, Íris, a faculdade, e um coração vazio com sentimentos a transbordarem e a acumular. Deitou-se sobre o corpo de Bill e deixou-se ficar colada a ele, sentindo as mãos dele abraçarem o seu corpo, e os lábios dele procurarem a sua nuca para a beijar de forma carinhosa. Bea encostou a cabeça ao peito de Bill e ouviu o seu coração bater lenta e pausadamente. Era capaz de jurar que o seu próprio coração batia ao ritmo do de Bill, perfazendo uma música sonora que enchia a alma de cada um deles. Levantou a cabeça do peito de Bill e olhou-o nos olhos, a luz que entrava no quarto deixava-a ver o tom castanho daqueles olhos que amava perdidamente. Bill olhava-a sorrindo de forma cúmplice. Gostava de a sentir em si, de a ter entre braços, e adorava os momentos íntimos que tinha com ela, em que nenhum dos dois precisava de falar e o silêncio não era constrangedor, pelo contrário, era um silêncio que parecia completar aquilo que eles viviam. Ouviu Bea suspirar e reparou que ela colocava ambas as mãos em forma de concha sobre o seu peito na zona do coração. Bea fechou os olhos e acarinhou aquela parte do corpo de Bill, para de seguida abrir os olhos e ver uma expressão feliz na cara de Bill alterar e transformar-se numa expressão séria e pesada. Bea sentia os olhos aguados. Não ia chorar. Não podia chorar. Por mais que fosse regressar para o seu pesadelo e fugir novamente de um sonho não podia ceder às lágrimas. Já tinha chorado demais, e sabia que uma vez que regressasse a Portugal o voltaria a fazer. Sabia que as suas lágrimas magoariam Bill, e não queria que ele se sentisse triste, ou por o menos, mais triste do que ia ficar ao vê-la partir. Conteve as lágrimas olhando para cima, impedindo que elas caíssem e sentiu a mão de Bill passar na sua face e acariciá-la com o polegar. Sentia que Bill tinha dado início à sua metamorfose de jovem adolescente para mulher, do seu lado já tinha crescido e evoluído tanto (mesmo que isso a tivesse tornado lamechas, e que detestasse tudo o que fosse lamechas, mas ao lado de Bill ser lamechas era um privilégio e uma necessidade. Sentia o seu coração derreter somente com a sua presença, como é que poderia não ter a emoção e o sentimento tão desperto em si?). Voltou a acarinhar a zona do coração de Bill e numa voz praticamente inaudível por ainda não ter sido usada desde que despertara disse:

- És lindo…

- Dizes isso porque não te vês a ti! –
disse Bill passando a mão sobre a cabeça de Bea com um sorriso na cara.
- Não… és lindo por dentro… - disse Bea dando um beijo no peito de Bill sobre o seu coração.
- Sou assim porque tu me fazes assim… - disse Bill abraçando o corpo dela.
- Não… é a tua maneira de ser. O modo como te preocupas com o teu irmão, como me amas, como és o melhor amigo que alguém pode ter, como aproveitas a vida ao máximo sempre com um sorriso na cara, como cantas e danças e és apaixonado por aquilo que fazes, como me fazes feliz… como o teu coração bate ao ritmo do meu… - disse Bea emocionada com a doçura com que Bill a olhava.

- Isso é uma declaração de amor schatzi? – perguntou Bill sorrindo à medida que humedecia os lábios.
- É… - disse Bea sorrindo e alcançando os lábios dele com os seus, beijando-os de forma apaixonada – Amo-te – disse Bea em português.
- E eu amute a ti! – disse Bill pegando na face de Bea com ambas as mãos, beijando-a de forma mais atrevida, utilizando a sua língua – … Tenho de aprender a falar português. Quero perceber aquilo que dizes. Falar a tua língua… A tua língua sexy…
- O português não é sexy! –
disse Bea a rir de Bill.
- É sim… - disse Bill rodando na cama levando Bea atrás presa nos seus braços, ficando sobre ela – … Sexy sexy - disse Bill levantando uma sobrancelha e colocando aquele sorriso que Bea tão bem conhecia abarcando-se dos lábios de Bea com sede de os beijar.

- Não me apetece nada ir embora… - disse Bea suspirando.
- Eu até te dizia para não ires, mas isso ainda te ia dificultar mais a ida não era? – disse Bill deitando-se ao lado de Bea virado de lado para ela acarinhando o seu corpo.
- Muito… - disse Bea – Ainda me fazias cometer uma loucura…
- Não! –
disse Bill de forma séria olhando Bea nos olhos – Não quero que deixes nada por mim! Eu amo-te schatzi, não é a distancia que vai mudar isso, e nós vamos conseguindo estar juntos! Por isso estuda…

- Tão responsável o meu leão… -
disse Bea beijando a testa de Bill, acariciando ao mesmo tempo o seu ombro desnudado.
- Eu gosto de ti como és… O facto de teres continuado com a tua vida e não viveres às minhas custas cativa-me imenso, só complementa e justifica o porquê de eu gostar tanto de ti. Tu és única! Maior parte das raparigas eram capazes de largar tudo e viver como parasitas atrás de mim, tu não… tu és única, lutas pelo teu futuro independente, e ao mesmo tempo lutas pelo nosso futuro em conjunto… Admiro-te imenso! - disse Bill.

- Pois… mas é preciso muita coragem… - disse Bea sentindo-se tocada pelas palavras de Bill.
- Mas tu és uma mulher de armas… - disse Bill beijando Bea – Tu consegues tudo o que quiseres!
- Eu quero-te a ti! –
disse Bea sorrindo de forma marota.

Bill abraçou o corpo de Bea e beijou os seus lábios e pescoço de forma sensual e provocadora, ouvindo Bea soltar ligeiros gemidos à medida que se arrepiava.

- Queres-me? Sou teu… – disse Bill sorrindo-lhe - Consegues tudo… é só quereres….

Bea abraçou o corpo de Bill e beijou-o de forma arrojada e demorada, ia sentir tanta falta do seu namorado. De acordar assim nos seus braços e sentir-se a pessoa mais feliz do mundo.

- Eu volto! – disse Bea entre beijos e carícias apaixonadas.
- Claro que voltas… - disse Bill parando e olhando para ela – Esta casa também é um bocadinho tua agora…
- Nas férias, a seguir ao Natal, eu volto! Para passarmos a nossa primeira passagem de ano juntos… -
disse Bea prometendo com o olhar o seu regresso.

- Afinal talvez sejas capaz de não voltar… - disse Bill colocando um ar misterioso – Estava a pensar fazer-te uma surpresa e raptar-te…
- Hmmm… parece-me uma óptima ideia! –
disse Bea arqueando as sobrancelhas.
- E se fossemos passar a passagem de ano a um sítio paradisíaco? – desafiou Bill.
- …Cancun? – perguntou Bea entusiasmada.
- Quem sabe… Quem sabe…. Eu não digo nada! – disse Bill de forma misteriosa.

Bea abraçou Bill e continuou aquilo que estava a fazer e que tão bem lhe fazia à alma: namorar com Bill.

- Mas eu não vou aguentar estar quase dois meses sem te ver… – disse Bill.
- Nem eu…. – disse Bea de forma triste.
- Ainda não sei quando vamos para o Japão e Austrália… - disse Bill pensando em voz alta – Mas antes de irmos eu vou ter contigo a Portugal para estarmos juntos…

Bea olhou para Bill sentindo o seu coração encher-se de esperança. Mais uma vez a ideia de se afastar dos braços de Bill sem uma data concreta para o reencontro deixava-a desesperada, mas saber que estaria com ele na passagem de ano já lhe dava alento. Saber que ia estar com ela ainda antes, enchia o seu peito de um ar renovado e de uma esperança duradoura. Agora com Nathalie afastada do seu caminho podia simplesmente viver a sua relação em paz. Só ela e Bill. Duas pessoas apaixonadas e unidas por um amor tão forte que por mais que tentasse ser destruído, não era possível.

- Ia adorar… - disse Bea – Quero mostrar-te tantas coisas em Lisboa… Nem acredito que vou poder mostrar-te a minha cidade…
- Vais… e eu tenho a certeza que vou adorá-la! Eu já gosto do que conheço, mas contigo do meu lado e sabendo que é a tua cidade, onde nasceste e estiveste escondida de mim dezanove anos, algo me diz que vai-se tornar na minha cidade preferida… -
disse Bill beijando Bea de seguida.
- É a minha cidade preferida… - disse Bea.
- De todas as que já visitaste? – perguntou Bill impressionado. Sabia que Bea já tinha visto grande parte da América e Alemanha do seu lado.
- Sim… Lisboa é diferente… - disse Bea orgulhosa da sua cidade com um brilho nos olhos – E contigo lá, vai estar perfeita. Vai ser o sítio a estar!

- Prometo que vou ter contigo e que vou tornar a viagem inesquecível e especial… Talvez lá possamos passear juntos sem sermos reconhecidos… - disse Bill entusiasmado com a ideia de poder passar por uma pessoa comum.
- Hmmm… - disse Bea torcendo o nariz àquela possibilidade – Acho difícil. Vocês são bastante famosos e têm muitas fãs em Portugal… mas acho que por o menos será mais pacífico, as pessoas não te vão tentar comer vivo se te virem na rua. Somos um povo muito hospitaleiro e acolhedor…

- Eu sei, tenho o exemplo perfeito debaixo dos meus lençóis… -
disse Bill sorrindo de forma atrevida sorrindo ao mesmo tempo.
- Sexy sexy…. – disse Bea imitando Bill.

Bill desatou-se a rir com a expressão de Bea e abraçou o seu corpo demorando-se em beijos sentidos e enamorados.

- E se me mostrasses o quão hospitaleiras e acolhedoras são as mulheres portuguesas? – sugeriu Bill passando a língua sobre os seus dentes deixando a descoberto o piercing que nela habitava e que tanto tentava Bea.
- Estás esquecido? – perguntou Bea para se meter com ele.
- … Às vezes tenho umas amnésias…. – disse Bill fazendo-se de coitadinho.
- Não pode ser… - disse Bea deitando-se sobre o corpo de Bill – Vou ter de te relembrar tudo… Aproveito para te dar umas lições de português… Por onde queres começar?

- Pela palavra liebe… -
disse Bill esticado a sua língua de encontro aos lábios de Bea, sendo devorado por um beijo dela.
- Amor… - disse Bea roçando os seus lábios sobre a linha do maxilar de Bill até ao seu pescoço.
- Amorre… - repetiu Bill Meine amorre…
- Meu amor… - disse Bea em português descendo os seus lábios até aos ombros de Bill.

- …Liebe machen - disse Bill fechando os olhos desfrutando do toque dos lábios carnudos de Bea.
- … Fazer amor! – disse Bea sorrindo à medida que sentia o tronco nu de Bill com as mãos e os seus lábios.

- Möchten Sie die Liebe? – disse Bill pegando na cara de Bea com ambas as mãos olhando directamente para os seus olhos vendo o desejo que estava espelhado neles.
- Sim… - disse Bea sorrindo entorpecida com os olhos de Bill que lhe liam a alma.
- Sim… - repetiu Bill em português - Uma pergunta tão grande para uma tradução tão curta?

- Perguntaste-me se queria fazer amor contigo… Só precisas de saber a tradução da palavra ja em português… Sim! –
disse Bea alcançando os lábios de Bill com os seus.


Twisted Evil Twisted Evil Twisted Evil Twisted Evil Twisted Evil Twisted Evil Twisted Evil Twisted Evil Twisted Evil Twisted Evil Twisted Evil Twisted Evil Twisted Evil Twisted Evil Twisted Evil Twisted Evil Twisted Evil Twisted Evil Twisted Evil Twisted Evil Twisted Evil


Viu as hospedeiras passarem por si para se certificarem que levava o cinto de segurança apertado. Respirou fundo e deitou a cabeça para trás, fechando os olhos. Começava a sentir um aperto no coração que a consumia novamente com o vazio de estar afastada dele. Sentiu os olhos encherem-se de lágrimas e o coração acelerar com o peso de iniciar o regresso a casa. Era duro estar afastada dele. Bill chamava-lhe coragem, determinação, personalidade… Bea chamava-lhe pesadelo. Encheu-se de coragem ao lembrar-se que tinha passado o dia todo nos braços de Bill e tentou apagar da memória os momentos maus que tinha passado naquele fim-de-semana, para dar valor aos bons, que tinham sido tantos e realmente muito bons. Cada vez mais tinha a certeza que Bill era a pessoa certa e indicada para si. A sua alma gémea. Era tão feliz do seu lado. Mesmo que a tentassem afastar de forma vil e maldosa, ele pertencia-lhe, e ela era sua, nada a afastaria do seu corpo estrelado.

Sentiu o avião começar a descolar na pista, e pouco depois sentiu-o levantar voo, como um pássaro. Sentiu o chão fugir-lhes dos pés e um nervosismo na barriga de quem partia contrariada. Observou a cidade ficar para trás pela janela do avião e deixou que uma lágrima indiscreta escorregasse dos seus olhos. Limpou-a com rapidez, não queria chorar. Não podia chorar. Era feliz nos braços dele, e enquanto o tivesse só tinha razões para ser feliz. Virou-se ligeiramente para o lado da janela e encostou a cabeça ao banco, ignorando por completo a presença da pessoa que ia ao seu lado. Deixou-se ficar assim, a observar o país dos seus sonhos, o país dele desaparecer. Sentia-se consumida por uma tristeza. Estavam a tirar-lhe os pés do chão. Tentou ocupar a cabeça com pensamentos positivos e sorriu ao imaginar-se em Lisboa a passear pelo Parque das Nações ou em Belém com Bill pela mão…
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MensagemAssunto: Re: Wir Schließen Uns Ein   Wir Schließen Uns Ein - Página 7 EmptySeg maio 31, 2010 7:36 am

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Estava à uma semana de regresso a Portugal. Os dias pareciam mais frios e húmidos, mas o seu coração estava quente com o toque de Bill. Ainda conseguia senti-lo em si e desejava que essa sensação permanecesse por muito tempo, de preferência até ele a ir visitar em Lisboa. Sentia-se bem, estranhamente bem, parecia que finalmente tinha arranjado uma maneira de viver a separação do corpo de Bill. Alimentava-se da sua voz, da sua escrita, da sua música e imagem, e absorvia cada momento que tinha em contacto com ele. Agora conseguia gerir melhor a falta física de Bill com o amor que sentia por ele, com os trabalhos da faculdade que lhe ocupavam bastante tempo, bem como, com as aulas e as saídas em conjunto com Gonçalo e Íris. A verdade é que se sentia em paz consigo mesma, como se Nathalie fosse um peso que lhe tinha saído definitivamente de cima. Sentia-se livre para viver a sua paixão e estava preparada para se dedicar ainda mais a ela, de corpo, coração e alma.


Very Happy Very Happy Very Happy Very Happy Very Happy Very Happy Very Happy Very Happy Very Happy Very Happy Very Happy Very Happy Very Happy Very Happy Very Happy Very Happy Very Happy Very Happy Very Happy Very Happy Very Happy Very Happy Very Happy


Uma semana sem ela. Sem o seu cheiro e o seu sorriso, sem o corpo dela do seu lado e sem acordar com vontade para encarar o dia com um sorriso nos lábios. Bill sentia-se impelido a escrever e compor, tinha passado a última semana em casa fechado no escritório. Tinha tantos sentimentos e sensações à flor da pele que seria impossível não tentar passar tudo o que sentia para uma folha de papel, mesmo que a missão estivesse complicada. Por mais que escrevesse, aquilo que sentia era tão maior e mais sensorial que não conseguia passar por palavras a alegria de partilhar a vida com alguém como Bea, e a tristeza de se ver afastado dela. Tom passava grande parte do tempo com ele no escritório. Faziam noitadas fechados entre quatro paredes. O som da guitarra de Tom ajudava Bill a concentrar-se e a deixar a caneta deslizar sobre a folha de papel que tinha à sua frente sem precisar de se concentrar naquilo que fazia. Mas naquele dia, Bill não estava inspirado, sentia falta dela, mais do que num dia normal. Às vezes era assim, acordava mais triste e abatido com a distância e só desejava poder adormecer novamente para ser um novo dia, e estar mais perto dos braços de Bea.

Estava sentado no escritório em frente ao computador, mas não lhe apetecia fazer nada especifico, não tinha vontade de escrever, de ler e-mails, de navegar na internet ou nos blogs que os elogiavam e difamavam. Estava apenas pensativo. Sentado na cadeira com os pés para cima, cruzados sobre a secretária, observava Tom sentado sobre o seu amplificador, de guitarra acústica na mão a dedilhar uns acordes. Pensou em Bea e em como gostaria de a ter ali. Seria ideal tê-la sentada sobre o seu colo, abraçada ao seu corpo, de olhos fechados e cabeça encostada ao seu peito, a desfrutarem apenas do som que Tom fazia ecoar dentro daquela sala. Era capaz de se imaginar assim a tarde inteira e sabia que seria feliz. Estava perdido nos seus pensamentos quando lhe ocorreu que não via Dreia à algum tempo. Tinha saudades dela. Dreia era uma rapariga incrível, uma das suas melhores amigas, sem dúvida. Agora com Bea afastada não a veria tantas vezes como antigamente. Tinha de lhe telefonar, queria que ela continuasse a ser presença frequente de sua casa e que saísse com eles sempre que a oportunidade surgisse. Tom deveria assegurar a presença de Dreia, mas desde que Bea tinha ido embora que não a via. Tom não tinha comentado nada com ele sobre o desaparecimento de Dreia por isso não devia ter acontecido nada de grave entre eles, mas o facto de também não acontecer nada durante uma semana quando era suposto eles estarem mais próximos, era por si só de estranhar.

- Nunca mais vi a Dreia… - comentou Bill.
- Nem eu – disse Tom com naturalidade levantando a cabeça que se mantinha pendida para baixo a olhar para a sua guitarra, dirigindo o seu olhar para Bill.
- Vocês não andam a jogar? – perguntou Bill de forma suave para não assustar o irmão e não lhe dar a entender que poderia haver um relacionamento implícito no jogo.
- Andamos… - disse Tom continuando a dedilhar acordes.
- Não era suposto vocês estarem juntos mais vezes? – perguntou Bill.
- Talvez… - disse Tom de forma evasiva.

- Lá porque a Bea não está cá não quer dizer que não possas fazer alguma coisa com a Dreia… - disse Bill tirando os pés de cima da secretária – Aproveita… telefona-lhe, marca qualquer coisa… Estou com saudades dela.
- Então porque é que não lhe telefonas tu? –
perguntou Tom pousando gentilmente a menina dos seus olhos num suporte para o efeito.

- Talvez o faça… - disse Bill pensativo – Mas vocês chatearam-se?
- Não… -
disse Tom levantando-se.
- Então porque é que nunca mais falaste com ela? – perguntou Bill.
- Este jogo irrita-me… - disse Tom ajeitando o boné – Não sei o que é que hei-de fazer… Tanto gosto de estar com ela, como sinto que tenho de pensar para onde olho, para onde me viro, o que faço e o que deixo de fazer…
- Estás a gozar? –
perguntou Bill apoiando o corpo para a frente sobre a secretária, incrédulo com o que Tom dizia – Mas tu estavas a gostar de estar com ela…
- E gosto! Mas…. –
disse Tom parando a meio.
- Mas? – perguntou Bill.

- Mas ela queria patinar de mãos dadas comigo… - disse Tom como se acabasse de dizer algo pecaminoso.
- E…? – perguntou Bill levantando ambas as sobrancelhas espantado com o irmão.
- E eu não sou assim… - disse Tom.
- Então não lhe dês a mão… - disse Bill com naturalidade ao mesmo tempo que se levantava – Não és obrigado a dar-lhe a mão. Não sejas menina Tom… Não te vais afastar da Dreia por causa de uma coisa tão estúpida, pois não?
- Não… -
disse Tom reticente.
- Então, telefona-lhe, desafia-a para fazer alguma coisa… - disse Bill estimulando a acção de Tom.

- E digo o quê? – perguntou Tom – Ela deve estar chateada comigo. Não me telefona há imenso tempo…
- Tu também não lhe telefonas e não estás chateado com ela! –
disse Bill – Estão os dois a ser casmurros e à espera que seja o outro a dar o passo… Telefona-lhe e resolve logo o assunto!

- Mas eu larguei-lhe a mão e virei costas… -
disse Tom timidamente, contando toda a verdade a Bill.
- Mais uma razão para seres tu a telefonar. Aproveitas e pedes desculpa! – disse Bill levantando-se – Eu sempre imaginei que te tinha de dar uns conselhos em como lidar com raparigas, mas nunca pensei que tu fosses tão atadinho Tommi…
- Não gozes! –
disse Tom a não achar piada ao que Bill dizia.
- A sério, estás aí sem saber o que fazer… - disse Bill a rir saindo pela porta que dava acesso ao corredor, acrescentando num tom de voz mais alto para que Tom ouvisse bem – Telefona-lhe!

Tom deixou-se ficar no escritório. Devia mesmo telefonar a Dreia? Talvez fosse melhor. A verdade é que sentia falta dela, e por mais que se escondesse no escritório com o seu irmão e fosse feliz a compor e a dedicar-se à sua música, preferia poder intercalar aqueles momentos com momentos a sós e mais íntimos com Dreia. Ou por o menos tê-la ali, do seu lado a ouvir e a inspirar a sua música. Sabia que ela era uma fã da sua banda, e que teria uma boa opinião para dar daquilo que nascia dentro daquelas paredes. Mas porque é que aqueles pensamentos lhe passavam pela cabeça? Não podiam… Tom “Sex Gott” Kaulitz queria-a só na sua cama, não podia querer que ela fosse ter consigo somente para o ver tocar ou dar a sua opinião sobre as músicas que ia compondo. Estava a ficar doente, e isso preocupava-o. Ele não costumava ser assim. Porque é que pensava mais vezes nela do que queria? Não estava com ela à uma semana e todos os dias esperava pelo seu telefonema e sentia um friozinho na barriga no final do dia quando somava mais um aos outros em que ela não tinha dado sinais de vida. Não estava a gostar daquilo, mas tinha por o menos de fazer algo para remediar a situação e o que tinha acontecido no ringue de patinagem. Sentou-se à secretária e tirou do bolso das calças o telemóvel, ganhando coragem para telefonar a Dreia. Ouviu o telefone tocar e sentiu um arrepio, como se estivesse nervoso apenas com o tocar do telemóvel dela. Já não se reconhecia.

- Estou? – perguntou Dreia de forma contida.
- Estou Dreia… - disse Tom sem saber ao certo o que lhe dizer – É o Tom…
- Eu sei… -
disse Dreia – Tudo bem?
- Sim… E contigo? Estou-te a incomodar? –
perguntou Tom cauteloso. Desejava que ela dissesse que sim e que precisasse de desligar o telefone para não ter de passar por aquele nervosismo e aquela incapacidade de pensar e dizer alguma coisa de jeito que sabia estar-se a apoderar de si naquele momento.
- Não… Tenho aulas daqui a meia hora por isso tenho tempo… - disse Dreia intrigada com o telefonema de Tom e a voz dele.

- Estava-te a telefonar para te pedir desculpas… - disse Tom timidamente fechando os olhos com força numa expressão de medo.
- Desculpas de quê? – perguntou Dreia intrigada.
- Da cena do outro dia no ringue de patinagem… - disse Tom.
- Hmm… - exclamou Dreia como se já nem se lembrasse do que se tinha passado (mas recordando-se muito bem).

- Não foi por mal… - disse Tom arranjando desculpas ao ver que Dreia não dizia nada – Nunca andei de mãos dadas, e acho que não estava pronto para isso… Percebes? É um passo muito grande… Eu disse-te que não conseguia…. Eu não sou assim!
- O que é que queres dizer com isso Tom? –
perguntou Dreia directamente – Não queres estar mais comigo, ou não queres mais jogar o jogo?
- Não é isso… Eu não estou habituado a que me peguem assim na mão e estávamos ali com tanta gente à volta… -
disse Tom sem conseguir raciocinar bem. Sentia-se mesmo nervoso.

- Estou a ver… - disse Dreia - Queres estar comigo, mas em privado, não queres que os teus amigos saibam de nada…
- Não é isso… -
disse Tom colocando uma mão sobre a cabeça. Não sabia mesmo o que estava a dizer, sentia-se limitado cerebralmente – Eu é que não estou habituado àquelas demonstrações de afecto, nem em privado nem em publico… Mas isso não quer dizer que eu não quero estar contigo…

- Então ligaste-me porque queres estar comigo? –
perguntou Dreia.
- Sim… E porque te queria pedir desculpa… - disse Tom.
- Hoje e amanhã não posso… - disse Dreia impondo a sua vontade – Já estou ocupada…
- Pode ser depois de amanhã… -
disse Tom – Queres vir cá almoçar?
- Tenho aulas à tarde… -
disse Dreia.
- Não tem problema, é só para estarmos um bocadinho juntos… - disse Tom não acreditando naquilo que acabava de dizer.

- … Pode ser! – disse Dreia sorrindo, feliz pelo telefonema de Tom e pelo convite dele. Parecia um sonho. Tom a pedir-lhe desculpa e a convidá-la para ir almoçar a sua casa. Algo lhe dizia que ia faltar ás aulas da parte da tarde, e que não teria qualquer arrependimento disso.
- Ok… Então por mim está combinado… - disse Tom sorrindo.
- Por mim também! – disse Dreia controlando a sua felicidade para que Tom não percebesse que ela estava absolutamente rendida ao seu convite.

- Ok… então até depois de amanhã… - disse Tom.
- Até depois de amanhã… - respondeu Dreia mordendo o lábio inferior começando já a fazer contas de cabeça das horas que faltavam para se encontrar novamente perto de Tom.

- Ahhh… já agora… - disse Tom antes de desligar o telefone.
- Diz… - disse Dreia curiosa com o que vinha por aí.
- … Tu não foste atrás de mim, nem me telefonaste entretanto... - disse Tom sentindo o seu orgulho ferido.
- Querias que fosse atrás de ti e que te tivesse telefonado? – perguntou Dreia sentindo naquele momento um desejo apoderar-se de si.
- Pensei que o fosses fazer… - disse Tom timidamente.
- Mas querias que o fizesse? – insistiu Dreia. Queria ouvi-lo da boca de Tom.
- … Acho que sim! – disse Tom. Já não se reconhecia, não sabia o que sentia e o que queria para si mesmo. Dreia tinha alterado a sua vida completamente.

- Eu disse-te que no dia que te quisesses afastar de mim eu não ia rastejar aos teus pés… - disse Dreia feliz com a noticia de que Tom desejava que ela não se afastasse de si.
- Parece que sim… - disse Tom – Mas eu não me quero afastar de ti…
- Então eu vou continuar por aí… -
disse Dreia sorrindo.

- Depois de amanhã então… - disse Tom tentando evitar o desejo e felicidade que aquelas palavras provocavam em si.
- Depois de amanhã Tom… - disse Dreia feliz – Beijinhos.
- Beijos –
disse Tom desligando o telefone.
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MensagemAssunto: Re: Wir Schließen Uns Ein   Wir Schließen Uns Ein - Página 7 EmptySeg maio 31, 2010 7:39 am

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Tinha sido convocada uma reunião no escritório de Jost para definir a nova tour dos Tokio Hotel, aquela que levaria os quatro rapazes de Magdeburg finalmente a pisarem solo Asiático e Australiano. Tal como Jost, os rapazes estavam entusiasmadíssimos. Era um sonho tornado realidade poder ir ao Japão. Por alguma razão tinham escolhido o nome Tokio. Já tinham viajado pelo mundo praticamente todo e Tokio era a capital que mais curiosidade tinham de conhecer e aquela com a qual se identificavam mais. Estavam os quatro sentados numa grande mesa oval, com Jost e Dunja numa ponta. A reunião decorria à cerca de meia hora, mas ainda não tinham dito nada realmente interessante para o futuro da banda, uma vez que eram todo amigos e sempre que se juntavam perdiam algum tempo em conversas pessoais em vez de arrancar logo para o trabalho.

- Mas vamos tratar de negócios… - disse Jost aclarando a voz para se fazer ouvir melhor – Nova tour… Japão e Austrália. Estávamos a pensar irem lá antes do Natal.
- Sim –
reforçou Dunja – Mais especificamente nas três semanas antes do Natal.
- Três semanas! –
exclamou Gustav impressionado.
- Então não vai dar para ir aos Estados Unidos de novo este ano? – perguntou Georg que sabia que o mercado americano precisava de especial atenção.
- Não, mas no inicio do próximo ano, em Janeiro têm de voltar lá, dar mais uns concertos e entrevistas, só para recordar que continuam por aí… - disse Jost.

- E um novo cd? – perguntou Bill sorrindo.
- Tens material novo? – perguntou Jost entusiasmado.
- Eu e o Tommi temos andado a trabalhar nisso… - disse Bill.
- Óptimo… - disse Jost feliz – Talvez a meio do próximo ano possam voltar a estúdio. Vão trabalhando nisso… Era bom! Entretanto vamos apostar nesta nova tour e no regresso à América…
- Parece-me bem! –
disse Tom entusiasmado.
- Uma semana no Japão e duas na Austrália para terem tempo de visitar vários estados… - disse Dunja.
- Mas isso então quer dizer que vamos embora quando? – perguntou Bill interessado em fazer contas para saber quando é que regressava para os braços de Bea. Tinha-lhe prometido estar com ela antes de ir em tour e fazia questão de manter a sua promessa.
- No final da semana que vem… - disse Jost entusiasmado.
- JÁ? – pergunto Bill em pânico – Daqui a uma semana?
- Uma semana e meia… -
corrigiu Jost – Porquê? Algum problema? Alguém se opõe?
- Não… -
disse Gustav.
- Por mim não tem problema… – disse Georg.
- Por mim também é na boa… - disse Tom.
- Por mim também, mas eu tinha prometido à Bea que ia a Lisboa antes de irmos e estou a ver que já não vou ter muito tempo… - disse Bill.

- Tiveste com ela à uma semana! – disse Jost.
- Exacto… não estou com ela à uma semana! – disse Bill que via o tempo como algo negativo que os separava e não como algo que os tinha juntado recentemente – Vou ter de ir para Lisboa esta sexta… - disse Bill pensando em voz alta.
- Já? – perguntou Tom.
- Tem de ser, a ver se estou por o menos uma semana com ela… - disse Bill – Queres vir?
- Não sei… O que é que eu vou lá fazer? –
perguntou o Tom.
- Podias vir com a Dreia, nem que fosse passar o fim-de-semana connosco. Ia ser giro! – disse Bill entusiasmado.
- Não sei… Tenho de falar com a Dreia e ela com os pais… - disse Tom que não tinha vontade de ir para Lisboa fazer de vela aos Bs, mas também não queria convidar Dreia e dar a entender que iam num passeio romântico a quatro.

- Tu e a Dreia, isso é a sério? – perguntou Dunja.
- Não! Porquê? – perguntou Tom.
- Porque talvez seja melhor seguir os passos do Bill e oficializar a relação… – disse Dunja – As fãs responderam bem à notícia de que o Bill andava com a Bea. Acho preferível admitires em público que estás com ela que esconder e virem a descobrir por uma fotografia de paparazzi.
- Não tens com que te preocupar –
disse Tom sorrindo e ajeitando o boné – O Tommi está livre…
- Mais ou menos… –
disse Bill tossindo de seguida para disfarçar o que tinha acabado de dizer, fazendo com que os amigos se rissem.
- Não inventes! – disse Tom de forma agressiva para Bill.
- Não inventes tu! – disse Bill a rir para Tom.
- Nós não somos namorados… - disse Tom para Dunja – É isso que interessa… Se nos virem juntos vão pensar que é uma curte, como todas as outras… E se algum dia tiver de oficializar alguma coisa oficializo, mas esse dia ainda vai demorar.
- Ok, ok! –
disse Dunja a rir-se do ar de Tom.

- Então tu vais para Lisboa, não é? – perguntou Jost a Bill.
- Sim… - disse Bill feliz por se imaginar com Bea já no final daquela semana.
- Mas tens de estar de volta até dia 1 de Dezembro para dia 2 seguirem caminho… - disse Jost.
- Não te preocupes! – disse Bill.
- Estou a ver que ainda temos de ir a Lisboa buscar o Bill… - disse Georg a rir.
- Admira-te! – disse Gustav.
- Não se preocupem… eu nunca faltei a nenhum compromisso da banda e não é agora que vou faltar… - disse Bill assegurando a sua responsabilidade aos compromissos da banda.

- Vais levar seguranças? – perguntou Jost por curiosidade.
- Não sei… - disse Bill – Acho que lá ando melhor se não for com ninguém…
- Acho que é melhor levares alguém nem que seja disfarçado que mantenha uma distância de segurança. Só para o caso de acontecer alguma coisa. Mas eu falo com o Tobi e depois digo-te qualquer coisa… -
disse Jost.
- Mais alguma coisa que queiram ver esclarecida? – perguntou Dunja.
- Não… - disseram Tom, Gustav e Georg em conjunto preparando-se para se levantarem das cadeiras e sair.

- Bill? – disse Dunja reparando que ele não tinha dito nada.
- Esperem aí que ainda não acabou a reunião… - disse Jost ao ver que Tom, Gustav e Georg se preparavam para levantar – Ainda tenho um assunto delicado que gostava de discutir convosco. Alguma questão Bill?
- Bem… na verdade não é uma questão, mas tenho um pedido que gostava de fazer… -
disse Bill.
- Diz… - disse Jost ouvindo atentamente aquilo que Bill lhe dizia.

- Eu gostava de mudar de maquilhadora… - disse Bill sentindo todos os olhos sobre si – Tenha as consequências que tiver… Eu sei que a Nathalie nos conhece à muito tempo e trabalha connosco desde sempre, mas eu tive uns problemas com ela recentemente e não me sinto bem em trabalhar com ela. Gostava de saber se não há possibilidade de arranjar uma pessoa nova. Se precisar de acordar às quatro da manhã para me maquilharem, não me importo… Se precisar de ser eu mesmo a maquilhar-me também não me importo… Que seja! Desde que a Nathalie seja afastada, por o menos durante os próximos tempos porque não a quero ver à frente…

- Bill… -
disse Dunja começando a falar mas sendo interrompida por Bill.

- Eu sei… é difícil…falta uma semana para irmos embora, mas eu não a quero por perto… - disse Bill – Se tiver de ir sem maquilhagem e com o cabelo para baixo também vou… Não tenho problemas!
- Não podes ir assim… é a tua imagem de marca que está em causa e é a primeira vez que vamos ao Japão e à Austrália, tens de estar no teu melhor! –
disse Tom.
- E o que é que sugeres? Que conviva com a Nathalie? Deves estar maluco… Sabes bem que me estou a cagar para as imagens de marca, eu sou o que sou… Com o cabelo para cima, para baixo ou para o lado, vou lá pela música não é por mais nada! – disse Bill irritado com o comentário de Tom.
- Não… arranja-se outra solução! – disse Tom – Uma pessoa nova, nem que eu mesmo tenha de ir à procura.
- Que sacrifico… O Tom a ir à procura de uma maquilhadora. Já te estou a imaginar a experimentares todas só para ver qual a melhor… -
disse Georg a rir, fazendo com que todos se rissem.
- Olha… grande ideia! – disse Tom sorrindo de forma atrevida e humedecendo os lábios.
- Por mim também podemos mudar – disse Gustav, dando a sua opinião – Depois do que ela fez ao Bill não tenho vontade de a ter por perto…
- Então? Podemos mudar? –
perguntou Bill colocando Jost e Dunja contra a parede.

- Isso leva-nos ao assunto delicado que o Jost disse que tínhamos para falar convosco antes que se fossem embora… - disse Dunja.
- Chegou-nos recentemente aos ouvidos, mais especificamente ontem ao final da tarde, que a Nathalie esteve envolvida nas informações que foram divulgadas à uns meses atrás sobre a Bea na comunicação social… - disse Jost.

- Sohn einer Hündin… - disse Bill transtornado cerrando os pulsos e o maxilar.
- A Nathalie? De certeza? – perguntou Gustav.
- Absoluta… - disse Dunja.
- Grandessíssima…. – disse Tom contento para si o seu pensamento.
- Eu juro que a matava se ela me aparecesse agora à frente… - disse Bill sentindo uma raiva imensa apoderar-se de si.

- E mais… - disse Jost – As fotos de Helsínquia parece que foram combinadas…
- Aiiiiiii…… -
exclamou Bill levantando-se bruscamente da cadeira em que estava sentado fazendo com que ela caísse para trás. Sentia-se tão cheio de raiva que lhe apetecia libertar a energia que tinha no seu interior com algo ou alguém – Eu juro que a mato….
- Calma! –
disse Dunja – Como devem calcular não podemos colaborar com este tipo de comportamento dentro do nosso núcleo interno. Temos de ser capazes de confiar nas pessoas que estão ao nosso lado e que trabalham connosco.
- Por isso, mesmo que seja a muito custo e sabendo que vai ser difícil encontrar alguém assim tão de repente para ocupar o lugar dela na próxima tour, nós já estamos à procura de alguém que a substitua e que vá convosco para o Japão e Austrália, mesmo que seja só temporariamente até encontrarmos alguém de confiança –
disse Jost.

- E a Nathalie? – perguntou Tom.
- A Nathalie foi despedida ontem mesmo, a seguir a recebermos a informação! – disse Jost – Não se precisam mais de preocupar com ela. Falei com o Tobi e ele já está autorizado para dar instruções aos seguranças para não a deixarem chegar perto de vocês.
- Que cena… -
disse Georg espantado com a reviravolta que o mundo às vezes dá.
- Mesmo… - disse Gustav.
- Ainda bem! – disse Tom – Ela merecia ser despedida pelo que fez ao Bill, e a juntar a isso tudo devíamos pô-la em tribunal… ela é uma ameaça, é obcecada!
- Pois mas o que ela fez não dá para levá-la a tribunal… -
disse Jost – Mas também vai ter a vida dificultada para chegar até vocês.
- E se chegar, vai-se arrepender… -
disse Bill tentando controlar a sua raiva andando de um lado para o outro da sala de reuniões.

- Calma… Pior do que tudo o que ela fez era o escândalo de tu fazeres algo contra ela, por isso mantém-te sossegado, vai para Lisboa que nós resolvemos o assunto… Há maneiras de lhe passar a mensagem de se manter afastada de vocês sem ser pelas tuas mãos… Não te preocupes! – disse Dunja.
- Parecias a máfia a falar! – disse Georg a rir-se.
- O mundo da música é uma máfia, ou ainda não sabias? – perguntou Dunja a rir.
- Estou a ver que sim… - disse Georg a rir.


Rolling Eyes Rolling Eyes Rolling Eyes Rolling Eyes Rolling Eyes Rolling Eyes Rolling Eyes Rolling Eyes Rolling Eyes Rolling Eyes Rolling Eyes Rolling Eyes Rolling Eyes Rolling Eyes Rolling Eyes Rolling Eyes Rolling Eyes Rolling Eyes Rolling Eyes Rolling Eyes Rolling Eyes Rolling Eyes Rolling Eyes


De regresso a casa Bill deitou-se sobre a sua cama contando por telefone a Bea as novidades da reunião com Jost e Dunja. Estava totalmente fora de si. Nunca tinha esperado que Nathalie se pudesse revelar ainda mais mau carácter do que até então. De facto não a conhecia. Nunca tinha desconfiado de Nathalie, e agora que começava a juntar atitudes a pistas, tudo fazia tanto sentido. Esperava realmente que Nathalie nunca mais se cruzasse consigo, que apodrece-se algures e arruinasse somente a sua vida. Estava ainda a falar com Bea quando o seu telemóvel começou a tocar com uma nova chamada. Era Andreas. Bill pediu desculpa a Bea e prometeu telefonar-lhe de seguida. Despediu-se de Bea e atendeu Andreas.

- Conta… - disse Bill.
- Olá… - disse Andreas – Olha, estive agora a falar com a Nathalie. Vocês despediram-na?
- O Jost despediu-a sim, porquê? –
perguntou Bill.
- Ela está de rastos… - disse Andreas com pena de Nathalie.
- O que é que queres que eu faça? Ela mereceu, ninguém foi injusto com ela… - disse Bill – Sabes que era ela quem andava a dar fugas de informação? E que andava acordada com os paparazzi?
- Sei… Ela contou-me! –
disse Andreas – Ela está tão arrependida…
- E tem razões para estar! –
disse Bill – Mas agora é tarde…

- É que isto vai-lhe dar má reputação… Vai ser difícil arranjar um trabalho depois disto tudo… -
disse Andreas.
- Andi… estás a queixar-te a mim, mas estás-te a esquecer que a maior vitima de isto tudo fui eu! Por isso não há nada que possas dizer que me vá convencer a ir falar com o Jost para a ter de volta… Eu não a quero ver sequer à frente! – disse Bill.
- Eu sei… Mas fico com pena dela! Tu sabes que se ela estivesse bem não tinha feito isto! – disse Andreas justificando Nathalie.

- Não sei… não a conheço! – disse Bill de forma rancorosa.
- Claro que conheces! – disse Andreas.
- Não… A pessoa que eu conhecia não existe… - disse Bill friamente – Quero distância dela… Ela que seja feliz, que faça o que quiser da vida dela, não tenho nada a ver com isso… e tu também devias ter cuidado…
- Ohhh… -
exclamou Andreas.
- É verdade… Eu sei que vocês sempre foram muito amigos, mas eu também era… e se ela fez o que fez comigo, pode muito bem fazer-te a ti o mesmo… - disse Bill.
- Eu sei… - disse Andreas admitindo com pena aquilo que parecia claro – Mas eu não consigo deixá-la assim… Prefiro sofrer a vê-la neste estado…

- Tu é que sabes coração mole! –
disse Bill – Mas não me peças para te ajudar porque não o vou fazer…
- Já percebi que não… -
disse Andreas triste – Mas estou-te a telefonar também, porque achei que devias saber que ela está mesmo arrependida e que diz que se vai afastar e que promete não interferir mais com a tua vida. Ela diz que gosta muito de ti e que só te quer ver feliz e pede desculpas por ter feito exactamente o contrário este tempo todo.

- Desculpas não aceites! –
disse Bill.
- Bill…vá lá… não te custa nada! – disse Andreas.
- Não te vou dizer que desculpo só por dizer… - disse Bill – Neste momento não sou capaz de a perdoar, no futuro logo se vê… Neste momento quero distância…
- Ela vai-ta dar… -
disse Andreas.
- Então estamos conversados… - disse Bill – Agora nós os dois… Passas cá em casa mais logo para fazermos uma partida de matraquilhos?
- Pode ser… -
disse Andreas
- Então vá… Até logo… - disse Bill desejoso de desligar o telefone para falar com Bea novamente.
- Até logo… - disse Andreas desligando o telefone sentindo-se triste por tudo ter ficado na mesma, mas compreendendo perfeitamente a posição do amigo. Ele faria o mesmo se não se sentisse tão ligado a Nathalie e se fosse capaz de lhe virar as costas. Mas não era.
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MensagemAssunto: Re: Wir Schließen Uns Ein   Wir Schließen Uns Ein - Página 7 EmptySeg maio 31, 2010 7:40 am

! PeNuLtiMo ! PeNuLtiMo ! PeNuLtiMo !

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Wir Schließen Uns Ein - Página 7 113zu9


- Preparei uma salada para nós… - disse Tom olhando para Dreia pousar as suas coisas no escritório à medida que Scotty saltava efusivamente à sua volta a pedir atenção – Mas deixei-a por temperar, é melhor seres tu a tratar dessa parte!
- É melhor… -
disse Dreia a rir metendo-se com Scotty.
- E para o nosso almoço temos lasanha! – disse Tom orgulhoso – Para compensar a do outro dia…
- Parece-me óptimo! –
disse Dreia sorrindo à medida que fazia festinhas a Scotty e ignorava totalmente a presença de Tom no escritório – O Bill está em casa?
- Não, foi tratar dumas coisas que tinha a tratar antes de ir para Lisboa. A que horas tens aulas? –
perguntou Tom.
- Às 3h – disse Dreia largando Scotty olhando pela primeira vez para Tom com olhos de ver.
- Então ainda temos muito tempo… - disse Tom sorrindo.

- Precisas de ajuda na cozinha? – perguntou Dreia prontificando-se para ajudar.
- Depende do tipo de ajuda que me quiseres dar… - disse Tom passando a língua sobre o piercing – A que me deste no outro dia é sempre bem-vinda…
- Para depois ficar sem almoço também? –
perguntou Dreia a rir – Vou temperar a salada… - disse Dreia passando por Tom a caminho da cozinha para pôr mãos à obra.

Tom sentou-se numa cadeira da cozinha e deixou-se ficar a observar Dreia a temperar a salada. Sentia-se bem ao lado dela. Estavam sozinhos em sua casa, naquela cozinha que já tinha sido testemunha daquilo que unia Tom a Dreia e para seu espanto sentia-se relaxado e ao mesmo tempo nervoso. Estava consciente da proximidade e do significado daquele almoço. Estava assustado com o facto de pensar nele há dois dias, e de ter planeado tudo ao mais ínfimo pormenor. Sentia um reboliço dentro de si, que o impedia de ter qualquer fome.

- Então e puseste em prática as técnicas de lavar alface que aprendeste comigo? – perguntou Dreia sorrindo para quebrar o momento de silêncio.
- Sim… Não deve estar tão bem lavada como a tua, mas anda lá perto! – disse Tom orgulhoso de si.

Dreia acabou de temperar a salada e Tom foi espreitar o forno anunciando que a lasanha estava pronta. Pediu a Dreia para se sentar à mesa. E quando ela o fez, levou a lasanha, a salada e a bebida para a mesa e sentou-se à sua frente, desejando um bom almoço a Dreia. O silêncio que estava na sala era constrangedor, nunca tinham estado os dois juntos numa situação daquelas, geralmente quando estavam juntos acabavam sempre na cama, não conseguiam manter-se afastados por muito tempo, mas Tom estava a apreciar o almoço e por incrível que parecesse e por mais que a desejasse, estava a adorar aquele momento a dois e a tirar partido dele. Olhava atentamente para o modo como Dreia comia e como os seus lábios carnudos se mexiam ao mastigar a comida. Era tão sensual e bonita. Os seus olhos de gata pareciam amarelados naquele dia, mas ao mesmo tempo pareciam ter um toque de cor de avelã.

- Desculpa aquela cena do outro dia… do ringue… - disse Tom timidamente para meter conversa com Dreia. Os seus pratos já estavam a começar a ficar vazios e nenhum deles falava.
- Não tem problema… - disse Dreia.

- Mas está tudo bem entre nós? – perguntou Tom – O jogo continua?
- Queres que continue? –
perguntou Dreia olhando para ele com medo.
- Sim… Ainda agora começámos a jogar… - disse Tom fixando o olhar no seu prato de comida para evitar ter de olhar para os olhos de Dreia que naquele dia pareciam ter despertado algo no seu interior.
- Então está tudo bem… - disse Dreia com simplicidade sorrindo.

- Para a semana vamos para o Japão… - disse Tom.
- Ouvi dizer… - disse Dreia bebendo um gole da sua bebida – E também ouvi dizer que a Nathalie estava envolvida nas noticias que andavam a sair da Bea…
- Sim… -
disse Tom – Mas já foi despedida e ao que parece agora está a fazer-se de arrependida e de vitima da sociedade…
- O Andi está com imensa pena dela… -
disse Dreia.
- É normal… Ele gosta dela… - disse Tom – Mas ele também sabe que ela não é nenhuma santa e ao menos já está de olho e preparado para se algum dia ela se resolver virar contra ele.
- Pois… -
disse Dreia cruzando os talheres.

- Não comes mais? – perguntou Tom.
- Estou cheia… - disse Dreia – Mas estava muito bom!
- Não me digas que estás a fazer dieta? –
disse Tom – Tu não precisas de fazer dieta… És perfeita assim…
- Não é isso… -
disse Dreia sentindo-se a corar com as palavras de Tom – Já estou mesmo cheia…

- Estás a corar… -
disse Tom sorrindo – Adoro quando coras…
- Pára que assim ainda fazes pior! –
disse Dreia envergonhada colocando as mãos sobre a face para esconder a cor avermelhada.
- Não escondas a cara… - pediu Tom – Eu gosto de te ver corar por minha causa…
- Que vergonha… -
disse Dreia atrapalhada.
- Estás com vergonha de mim? – perguntou Tom a rir – Até parece que já não estiveste em situações onde podias ter mais vergonha que agora…
- Eu sei, mas eu sou assim… -
disse Dreia olhando timidamente para Tom.

- E eu gosto de ti assim… - disse Tom sentindo o coração acelerar no seu interior.
- Gostas? – perguntou Dreia timidamente. Precisava de ouvi-lo dizer aquelas palavras novamente. Seria possível que ele estivesse a admitir algo?
- Gosto… - disse Tom evitando olhar para os olhos de Dreia que o estavam a perturbar significativamente naquele dia – Gosto muito de ti…

- À tua maneira? –
perguntou Dreia a medo.
- Sim… - disse Tom sorrindo.
- Suponho que é melhor que nada… - disse Dreia retribuindo o sorriso de Tom.

- … E à maneira convencional - acrescentou Tom admitindo pela primeira aquele sentimento que se tinha apoderado dele recentemente. O sentimento que o ligava a ela, que o fazia pensar nela noite e dia e torturar-se por não ter patinado com Dreia de mãos dadas, e de não a ter beijado e abraçado quando podia.

Dreia olhou para Tom com medo de ter percebido mal. Tinha a certeza daquilo que tinha ouvido? Tom tinha-se declarado a ela ali, naquele instante? Tom Kaulitz, o Sex Gott incapaz de amar ou de sentir algo por alguma rapariga estava a admitir gostar de si, não só como um objecto de luxúria, mas como algo mais? Dreia sentiu o coração acelerar e o seu corpo estremecer com esse pensamento. O que mais desejava no mundo inteiro era ver o ser amor ser correspondido por Tom. Mesmo que Tom não estivesse a referir-se a amor, mesmo que fosse apenas um interesse ou uma paixão. Tom gostava de si?

- Qual é a maneira convencional? – perguntou Dreia para se certificar que aquelas palavras significavam aquilo que ela queria que significassem.
- … Aquela em que não consegues pensar noutra pessoa, em que o teu coração acelera e perdes a vontade de comer – disse Tom timidamente olhando para todo o lado menos para os olhos dela – Em que se conta os dias e os minutos até veres a pessoa de quem gostas, em que as horas parecem não querer passar, em que me sinto nervoso ao pé de ti e em que tudo me faz lembrar um momento que passámos juntos…

- … Tu sentes isso tudo por mim? –
perguntou Dreia sentindo o seu corpo descontrolado pelas palavras que Tom tinha acabado de proferir.
- Sinto… - disse Tom envergonhado por admitir o que sentia - … Acho que estou apaixonado por ti…

- Mas ainda a semana passada te afastaste de mim?! –
disse Dreia sem compreender de onde vinha aquele sentimento, mas sentindo-se preenchida por uma força e vitalidade interior como até então nunca tinha experimentado. Estava a sentir cada palavra de Tom no seu interior. Estava a sentir o alento da esperança e da felicidade nascer e trazer uma luz para o seu caminho, como se o seu sonho estivesse finalmente a encontrar um porto de abrigo onde podia simplesmente descansar, aproveitar e ser feliz nos braços daquele que tinha sido ,desde o momento em que o vira pela primeira vez, destinado para si.
- Eu sei… - disse Tom baixando a cabeça – Assustei-me quando me deste a mão… Mas depois não consegui pensar em mais nada, nem ninguém… E tu não me telefonavas… O que é que me fizeste?
- O mesmo que me fizeste a mim… -
disse Dreia emocionada.

- … Dói? – perguntou Tom sensível àquele momento.
- … Às vezes! – disse Dreia emocionada com o olhar doce e frágil de Tom – Mas depois quando estou contigo, estou bem… E a dor é esquecida e o meu coração enche-se de felicidade…
- Sinto um peso aqui dentro… -
disse Tom colocando a mão sobre o seu peito.
- É normal… - disse Dreia sorrindo ao ver que Tom era totalmente novo no que tocava ao amor. Sentia-se feliz por ser ela a desbravar aqueles caminhos do seu lado.
- Também sentes? – perguntou Tom.
- De vez em quanto… - disse Dreia – Já não sinto tantas vezes como antigamente… Com o tempo passa…

- Eu gosto de ti…. –
repetiu Tom tentando convencer-se a si próprio das suas palavras e a aprender a dizê-las em voz alta admitindo ao mesmo tempo no seu interior que elas eram verdade – Gosto mesmo de ti… Os teus olhos hoje estão tão bonitos…

- Estão iguais ao de sempre… -
disse Dreia tocada pelas palavras de Tom.
- Não… têm uma expressão e uma cor diferente… - disse Tom levantando-se e encaminhando-se para Dreia, sentando-se na cadeira ao lado dela que estava vazia, olhando para os seus olhos – Estão diferentes…
- Não serás tu que os vês de maneira diferente hoje? –
perguntou Dreia.
- Será? – perguntou Tom olhando-a atentamente.
- Acontece… - disse Dreia – Por isso é que aos meus olhos tu és lindo… Porque gosto de ti! Na realidade tu és feio e disforme…
- Nem que eu quisesse ser feio conseguia… -
disse Tom a rir.
- Isso é que é ter ego! - disse Dreia a rir.

Tom respirou fundo sorrindo enquanto via Dreia rir de forma feliz e cativante. Sim, gostava mesmo dela, e a prova disso é que hoje aos seus olhos tudo em Dreia lhe parecia absolutamente perfeito, e não estava com ela na cama, estava sentado à mesa, a falar, e esperava poder continuar a aproveitar aquele momento ao máximo. Encheu-se de coragem e pegou na mão de Dreia que estava pousada sobre a sua perna. Pegou nela com cuidado como se se tratasse de um objecto precioso que se podia partir a qualquer momento. Com a mão esquerda segurou na mão dela, e com a direita passou-a sobre as costas da mãos de Dreia, acariciando-a. Dreia estava estática a olhar para o cuidado e dedicação com que Tom pegava na sua mão, o modo como a acariciava, e como não tirava os olhos dela. Tom desviou o olhar para os olhos de Dreia e viu neles uma expressão enternecida. Sorriu timidamente. Não sabia o que fazer, como jogar aquele jogo, mas sabia que o seu corpo e o seu coração o preparavam cada vez mais para o jogar de forma justa e eficiente. Sentia-se preparado para aquele risco, como nunca antes tinha estado, talvez pelo que sentia no seu interior, talvez por saber que ela já tinha lutado muito por si, e tinha passado pelo mesmo que ele passava, com a agravante de ter sofrido muito nas suas mãos, mas continuava ali, do seu lado, com uma coragem, determinação e um amor que lhe enchiam a alma com uma capacidade de amar ainda maior. Era impossível não gostar dela. Acariciou uma vez mais a mão de Dreia e ergueu-a no ar colocando a palma da sua mão contra a da mão dela, comparando o tamanho das duas mãos e chegando à conclusão que a sua era bem maior que a dela. Sorriu desviando os olhos para o olhar de Dreia que se mantinha emocionado e preso àquele momento que viviam, e entrelaçou os seus dedos com os da mão dela, dando-lhe a mão. Olhou para Dreia humedecendo os lábios e aproximou a sua cara da cara dela que impressionada não se mexeu um centímetro na direcção de Tom. Tom fechou os olhos e procurou os lábios de Dreia que tão bem conhecia às escuras, e ao sentir o toque dos lábios dela sentiu o seu corpo estremecer com uma arrepio ao logo da sua espinha. Colocou a mão que tinha livre na face de Dreia e continuou a beijá-la de forma doce e sentida como sentia no seu interior que devia ser aquele beijo. Sentiu a mão que estava solta de Dreia abraçá-lo pelo pescoço e o seu corpo chegar-se ao dele para ficarem mais juntos. Os lábios de Dreia correspondiam àquele beijo de forma tão natural, como se aquele momento lhes estivesse destinado à muito. Soltou-se dos lábios dela e voltou a olhá-la nos olhos para os ver com uma expressão realmente feliz. Tom sorriu, e viu um sorriso formar-se nos lábios de Dreia. Tinha-a procurado, sem medo, tinha sentido que aqueles lábios e aquela mão lhe pertenciam e queria desfrutar deles pelo simples prazer de os ter colados a si, sem segundas intenções.

- Não te quero largar a mão… - disse Tom acariciando a mão de Dreia com o polegar à medida que sorria e olhava para as suas mãos juntas – Quero tê-la assim…
- Eu também não quero que a largues, por isso… -
disse Dreia sorrindo feliz.

- Para a semana vou para o Japão… - disse Tom retomando a conversa que tinha iniciado anteriormente e que tinha sido interrompida pelo fantasma de Nathalie – E quero que saibas que tenciono levar o nosso jogo a sério… Gostava que viesses connosco…
- Não posso… Tenho a faculdade… -
disse Dreia sentindo-se emocionada com aquele convite e sentindo imensa pena de o ter de recusar.
- Eu sei… - disse Tom com pena – Mas mesmo que não vás, eu quero que saibas que te vou ser fiel…

- Falamos quando regressares… -
disse Dreia que não queria sequer pensar na possibilidade de ter esperanças que Tom lhe fosse fiel.
- Não… - disse Tom largando a mão de Dreia e colocando ambas as mãos sobre a face dela segurando-a em direcção da sua cara para que ela o fitasse nos olhos – Eu estou decidido a jogar o teu jogo… Eu gosto de ti e quero estar contigo!

- E se não conseguires? –
perguntou Dreia pensando no pior.
- Eu consigo… - disse Tom confiante – Prometo!
- Eu quero acreditar… -
disse Dreia sentindo-se fragilizada pela intensidade do olhar e palavras de Tom.
- Acredita… - disse Tom beijando os lábios de Dreia de seguida.

- Três semanas? – perguntou Dreia.
- Três, quatro, cinco… As que forem preciso… - disse Tom confiante – Sabes o que vou fazer? Vou propor ao Bill partilharmos o quarto…
- Eras capaz de fazer isso por mim? –
perguntou Dreia emocionada.
- Isto não é nada… - disse Tom a sorrir – Além disso é da maneira que passo mais tempo com o Bill e nos apoiamos um ao outro. Ele fica sempre triste depois de se afastar da Bea, assim dou-lhe força e ele ajuda-me a tentar não pensar em ti o tempo todo, que isto faz mal para quem não está habituado!

Dreia riu e sentiu os lábios de Tom procurarem os seus novamente. Sentia-se ligada a ele por um elo que até então faltava naquela relação. Sentia-se importante e valorizada.

- Então devias pensar menos e aproveitar mais… - disse Dreia sorrindo de forma atrevida.

- Eu estou a tentar ter um momento querido e carinhoso contigo e tu dizes-me uma coisa dessas? – disse Tom revirando os olhos mordendo o lábio inferior com o desejo que sentia por ela – Tu tens noção do esforço que eu estou a fazer?

- Não precisas de te esforçar para ser quem não és… Eu gosto de ti ao natural… –
disse Dreia pegando numa rasta de Tom com a mão acarinhando-a. Amava aqueles rastas, tanto como amava o dono delas.
- Ao natural? – perguntou Tom fazendo olhinhos a Dreia.
- Sem tirar nem pôr… - disse Dreia sorrindo e provocando ao mesmo tempo os lábios de Tom com os seus, vendo-o procurá-los e evitando os lábios de Tom para que ele sentisse ainda mais desejo e vontade de a beijar.

- Queres mesmo ir às aulas? – perguntou Tom com um ar desencaminhador.
- Não… - disse Dreia sorrindo e beijando Tom de forma mais atrevida.
- … E tens de ir às aulas? – perguntou Tom procurando os lábios dela, pousando as suas mãos sobre as pernas de Dreia acariciando-as.
- Tenho… - disse Dreia suspirando – Mas não me apetece ir…
- Ficas comigo? –
perguntou Tom olhando-a nos olhos que agora pareciam mais esverdeados que amarelos.
- Até me quereres ao teu lado… - disse Dreia levantando-se da cadeira estendendo a mão a Tom para que fossem para o quarto.

Tom levantou-se e em vez de tomar a mão de Dreia como ela esperava que ele fizesse, abraçou o seu corpo pela cintura e atacou os seus lábios arrastando-a para o sofá do sala.

- Quero fazer amor contigo em todas as divisões desta casa… - disse Tom apoderando-se do corpo de Dreia com as suas mãos fortes.
- No sofá não… - disse Dreia começando a desfazer-se do boné e fita que prendia o cabelo de Tom para o ver solto, como ela gostava.

Tom sorriu. Dreia tinha espírito aventureiro, e ele gostava disso nela. Eram iguais. Tirou-lhe a camisola e a camisa que trazia vestidas e desfez-se das suas duas t-shirts, abraçando o tronco nu dela, arrastando-a de volta para a grande mesa onde tinham almoçado.


- Já alguma vez o fizeste em cima de uma mesa? – perguntou Tom beijando o pescoço e peito de Dreia de forma empenhada.
- Sabes tão bem quanto eu que não… - disse Dreia sentando-se em cima da mesa, deitando o seu corpo para trás.
- Comigo nunca o fizeste, mas com o outro não sei… - disse Tom passando as mãos sobre a barriga dela, acariciando-a, parando as mãos sobre o fecho das calças de Dreia, desapertando-o.
- O outro não conta… - disse Dreia.
- Claro que conta… Conta tudo! – disse Tom puxando as calças de Dreia para baixo tirando-as do seu corpo deixando-as cair no chão.

- Tom… - disse Dreia sentando-se na mesa frente a frente com o corpo de Tom que estava em pé à sua frente - … Eu nunca fui para a cama com o ele…

Tom olhou para Dreia franzindo a testa. Era impossível. Eles tinham andado juntos durante meses, ela tinha-se fartado de gabar as suas qualidades na cama, como é que nunca tinha feito nada com ele? Era impossível!

- Eu tentei… Mas não consegui… - disse Dreia olhando-o nos olhos – Tu não me saías da cabeça…
- Mas tu disseste que ele era bom… -
disse Tom franzindo a testa.
- Era péssimo… Era pior que mau… Não me dava sequer vontade de estar com ele… - disse Dreia – Depois de te ter… tudo o resto é mau…

- Foi por isso que acabaste com ele? –
perguntou Tom curioso.
- Por tua causa? Foi… - disse Dreia puxando o corpo de Tom até si pela cintura – Porque não conseguia estar com ninguém que não fosses tu…

- Então nunca chegaste a vias de facto com ele? –
perguntou Tom só para ter a certeza.
- Nunca… - disse Dreia abraçando o corpo de Tom com as mãos percorrendo as costas dele com elas e beijando ao mesmo tempo o seu peito definido.

- Eu fui a única pessoa com quem estiveste? – perguntou Tom acariciando o corpo de Dreia com as mãos.
- O meu único homem… - disse Dreia olhando para ele.
- Tiveste com alguma mulher? – disse Tom piscando o olho a Dreia ao mesmo tempo que sorria de forma atrevida e passava a língua sobre o piercing.
- Não sejas estúpido… - disse Dreia a rir – Nunca tive ninguém na minha vida sem seres tu… Só tu me dás o que eu procuro…

- O que é que procuras? –
perguntou Tom alcançando o fecho do soutien de Dreia desapertando-o.

- Felicidade… - disse Dreia passando ambas as mãos sobre o tronco nu de Tom até à sua cara, puxando–a até si para o poder beijar.

- E quando pensava que não me podias deixar mais excitado e desejoso de te ter, surpreendes-me… - disse Tom mordendo o lábio inferior.

Tom apoderou-se dos lábios de Dreia com uma vitalidade e força que lhe eram características quando desejava alguém tanto quanto desejava Dreia naquele momento. De alguma forma sentia que ela lhe era destinada, mesmo que fosse por um curto período de tempo, mesmo que fosse somente para aprender a amar. Os seus caminhos teriam de se cruzar, estavam destinados a isso, para que do seu lado sentisse o que era ser amado, e se libertasse das amarras que o prendiam psicologicamente àquele medo irracional de amar. Nos braços dela sentia-se verdadeiramente especial, descobria um novo ritmo para o bater do seu coração e uma nova forma de olhar para alguém, como se redescobrisse o significado de usar os seus cinco sentidos. Desejava-a, queria-a, adorava-a e quem sabe um dia fosse capaz de a vir a amar sem medo, e confiante de que a queria do seu lado no futuro. Por agora, sabia apenas que era feliz do seu lado, que ela era sua na totalidade, que nunca tinha sido de mais ninguém e que do seu lado esperava poder alcançar aquilo que nunca tinha conseguido nos braços de nenhuma outra rapariga. Esperava poder alcançar aquele estado de felicidade e plenitude que via espelhados nos olhos de Dreia. E sabia que ia conseguir, por tempo indeterminado, mas feliz.
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MensagemAssunto: Re: Wir Schließen Uns Ein   Wir Schließen Uns Ein - Página 7 EmptySeg maio 31, 2010 7:42 am

:*.*: ! ÚLtiMo !! ÚLtiMo !! ÚLtiMo ! :*.*:


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Faltava um dia. Vinte e quatro horas para a poder ver novamente e completar o seu coração com a metade que lhe faltava. Não estava com ela há duas semanas, mas parecia que tinham estado separados uma eternidade a avaliar pelo peso que sentia no seu peito. Sempre que estava longe dela sentia aquele peso, às vezes parecia disfarçado de um nervosismo, mas era dor. Como é que era possível não doer, quando metade do seu coração era tão cruelmente arrancado a sangue frio do interior do seu corpo e a metade que sobrava tinha de o fazer funcionar? Impulsionar o sangue para todo o corpo e esperar que ele reagisse aos estímulos e tivesse força para viver. Como é que era suposto viver feliz, se era um homem que se guiava pelo coração e o seu estava despedaçado pela distância? Restava-lhe o cérebro, mas nunca tinha sido racional a esse ponto. Estava reduzido a um nada, a uma ínfima partícula de nada.

Vinte e quatro horas que antecipavam a sua felicidade. Cada segundo parecia durar um minuto, cada minuto uma hora, cada hora uma semana. Queria poder comandar o tempo, avançar as horas que os separavam e congelar os segundos que passaria do seu lado. Queria viver de forma intemporal do seu lado e saber que não se precisavam de separar. Nunca ninguém o tinha feito sentir-se assim, perdido no espaço e tempo, mas Bea tinha esse poder sobre si. Quando estava com ela, o lugar tornava-se secundário, perdia a noção de onde estava e daqueles que o rodeavam. Ao lado dela, o tempo deixava de fazer sentido, parecia voar, contradizendo as leis estipuladas pelo homem. Da mesma maneira que quando se via afastado dela, o tempo parecia estagnar, como naquele exacto momento. Estava a apenas vinte e quatro horas, e o seu coração preenchia-se de um nervosismo que anunciava um acontecimento importante, o tempo parecia parar, e o seu corpo estar a guardar energia para o reencontro com a sua outra metade.

Se lhe fosse oferecida a hipótese de alterar algo na sua vida, não mudava nada. Era feliz, mesmo com a distância, mesmo com a dor. Era feliz por estar ao lado dela, por olhar para trás e não se conseguir lembrar de como era a sua vida antes de Bea ter aparecido. A presença de Bea era tão forte e tão marcante que tudo o que tinha vivido até então parecia não ter significado. Lembrava-se perfeitamente de a ver no consultório do veterinário pela primeira vez. Lembrava-se perfeitamente de ficar encantado com a doçura dela para com Bettler e a sua simpatia com Scotty. Não sabia como não tinha percebido naquele mesmo instante que era ela. Sempre tinha pensado que bastaria uma simples troca de olhares e saberia que tinha encontrado a sua alma gémea e que com ela quereria passar o resto da vida. Mas Bea tinha aparecido sem aviso, e tinha preenchido o vazio do seu coração de forma suave e avassaladora, sem que Bill desse por isso. Era capaz de jurar que sem ela nunca seria metade daquilo que era. Era capaz de jurar que lhe era destinado, como sentia que ela lhe pertencia a ele desde sempre, talvez mesmo desde uma vida passada. Aquilo que sentia no seu interior era forte demais para poder ser sentido por alguém no curto espaço de uma vida.

Ouviu o telemóvel tocar. Não tinha forças para o atender. Tinha acabado de preparar a mala para a viagem que ia fazer no dia seguinte. A viagem de regresso ao seu porto de abrigo. Não tinha vontade de falar com ninguém, a não ser que fosse ela. Gostava de ouvir a sua voz, de fechar os olhos e imaginar o corpo dela deitado ao lado do seu. Em breve poderia manter os olhos abertos e absorver toda a sua beleza, e deixar-se arrebatar pelo desejo de tocar na sua pele e sentir os seus lábios. Tinha de ver quem era. Podia ser ela. Desejava que fosse ela. Levantou-se da cama onde tinha deixado o seu corpo cair momentos antes daquele som ter invadido as paredes do seu quarto, e alcançou o telemóvel que estava nos pés da cama. Olhou para o visor e mordeu o lábio inferior com um sorriso de quem esperava por aquele telefonema desde sempre. Era ela. O seu tesouro mais valioso. Desligou o telefone e ligou-lhe de seguida, como costumava fazer. Deitou-se novamente na cama e fechou os olhos para a imaginar ali. Estendeu a mão para o lugar da cama que pertencia a Bea, apalpando o vazio.

- Estou? – atendeu Bea.
- Schatzi… - disse Bill sentindo o peso do seu coração desaparecer como que por artes mágicas – Estava a pensar em ti…
- E eu em ti… -
disse Bea com uma voz doce.
- Coisas boas espero… - disse Bill sorrindo.
- São sempre boas… - disse Bea sorrindo – Estava a pensar no momento em que te vir novamente…
- Hmmm… -
exclamou Bill – De forma romântica ou mais apaixonada?
- De todas as maneiras possíveis e imaginárias… -
disse Bea com desejo.
- Acho que quando desligar o telefone também vou querer pensar nisso… - disse Bill sorrindo.

- E tu? Estavas a pensar em quê? – perguntou Bea suspirando.
- Em como te amo…. – disse Bill.
- E chegaste a alguma conclusão? – perguntou Bea a rir.
- Sim… - disse Bill a rir contagiado pelo riso de Bea – Desenvolvi uma teoria bastante interessante até!
- Conta… -
pediu Bea a rir.
- A razão pela qual te amo tanto é porque estamos destinados um ao outro de vidas anteriores. O meu amor por ti veio acumulando até esta encarnação… - disse Bill orgulhoso da sua teoria.

- Achas? – perguntou Bea que acreditava no destino e colocava a hipótese de aquilo que Bill dizia ser verdade.
- Acho… - disse Bill percebendo que Bea levava a conversa a sério – Tenho a certeza… Senão como é que seria possível amar-te mais do que me amo a mim próprio?

- Gosto da tua teoria… Gosto de pensar que sempre fui tua… -
disse Bea sorrindo – Achas que no futuro continuaremos juntos?
- Não sei… -
disse Bill de forma séria sentindo o peso que tinha anteriormente no coração voltar. A ideia de a perder assustava-o – … Mas sei que se não estivermos juntos não vou ser feliz, e viverei quantas mais vidas forem necessárias até te ter de volta para mim…
- E eu vou estar à tua espera… -
disse Bea sentindo-se emocionar por aquilo que Bill lhe dizia - … Só espero reconhecer-te mais rápido na próxima vida. Não quero perder mais tempo afastada de ti, já chega a distância que temos de suportar nesta vida…
- Acho que o destino fica-nos a dever uma… -
disse Bill colocando o braço que tinha na cama sobre os olhos fechados, tapando-os.
- Bem grande… - disse Bea de forma triste.

- Já só falta um dia… - disse Bill mentalizando-se que a falta que Bea lhe fazia estava a chegar ao fim.
- Um dia afastada de ti é muito tempo…. – disse Bea suspirando – Podia estar contigo agora…
- Eu sei… -
disse Bill com uma voz triste – Mas estamos condenados a estas vinte e quatro horas...
- Porquê? –
perguntou Bea.
- Não me faças perguntas difíceis para as quais não tenho resposta… - disse Bill sentindo-se incapaz de continuar aquela conversa. Não queria pensar no tempo que teimava em não passar, queria pensar no tempo que iria voar quando estivesse nos braços de Bea.

- Está frio… - constatou Bea.
- … Aqui também – disse Bill feliz por ter mudado de conversa, mesmo que fosse para algo insignificante. Só precisava de ouvir a voz dela.

- Onde é que estás? – perguntou Bea.
- Estou em casa… Acabei de fazer a mala… Estou deitado na cama, a imaginar-te aqui ao meu lado… - disse Bill saudosista.
- Eu estou ao teu lado… - disse Bea – Estou sempre ao teu lado…
- E no meu coração… -
disse Bill – E na minha cabeça…
- E no teu pulso! –
acrescentou Bea olhando para a pulseira que Bill lhe oferecera nos seus anos.

Bill tirou o braço de cima dos olhos e abriu-os, sentindo dificuldade em ver devido à luz que entrava no quarto. Deixou que os seus olhos se habituassem à claridade e olhou para o pulso. Sim. Bea estava no seu pulso também. Olhou para as paredes vazias do seu quarto e suspirou.

- E no meu pulso… - confirmou Bill – … E na minha cama, na minha casa de banho… Estás em todos os cantos desta casa… E sempre que saio à rua, estás em todas as pessoas que se cruzam comigo. Pela maneira de andar, de sorrir, de observar o que as rodeia, de mexerem as mãos, de vestir… Estás em todas elas… E não estás em nenhuma….

Bea fez silêncio. Não sabia o que dizer a Bill. A dor que a consumia ao ouvir aquelas palavras vindas dele, e saber que ele as sentia tão profundamente como a sua voz amargurada indicava as estar a sentir, deixava o seu coração reduzido a cinzas, coração que outrora pulsava cheio de vida. Tentou inspirar com força e pensar que em breve toda aquele sofrimento e dor dariam lugar à felicidade que ia sentir em ver Bill novamente.

- E tu? Onde é que estás? – perguntou Bill.
- Estou sentada no chão… - disse Bea sentindo o coração acelerar – Está frio…
- Levanta-te… Não fiques a apanhar frio! –
disse Bill com o intuito de proteger Bea.
- Tem de ser… - disse Bea conformada – Não tenho as chaves de casa…
- Mas vai para um café ou entra para dentro do prédio e fica à espera no interior… –
disse Bill preocupado com Bea.
- Já estou dentro do prédio. Mas o chão é frio… - disse Bea suspirando - … E tu não me abres a porta para entrar…

Bill sentiu um aperto no coração que parecia querer esmagar-lhe o seu interior e consumir toda a força que tinha acumulado para o momento em que reencontraria Bea novamente. Não foi capaz de dizer nada. Mesmo que fosse um sonho, mesmo que tivesse percebido mal, precisava de ir até à porta e ver com os seus próprios olhos, precisava de acreditar nos seus sentidos, eles não o trairiam de forma tão cruel. Levantou-se num pulo da cama e correu até à porta de casa, desejando com todas as suas forças que ela estivesse ali, à sua frente no momento em que abrisse a porta. Deteve-se um segundo. O segundo necessário para conseguir ganhar força e coragem para se deparar com um sonho ou com o choque de uma desilusão. Abriu a porta e lá estava ela. Sentada no chão, mesmo em frente da porta de sua casa, de telemóvel ao ouvido, à espera das suas palavras e do seu calor. Ao seu lado duas grandes malas de viagem. Era tão perfeita quanto se lembrava. Sentiu um misto de confusão e alegria desmedida dentro de si. Viu uma lágrima escorrer dos olhos de Bea, e respondendo ao que de mais puro havia em si, largou o telemóvel que ainda trazia na mão, deixando-o cair no chão, e correu até ela, ajoelhando-se entre as pernas de Bea que se encontravam flectidas, e sem demora tomou a face dela com ambas as mãos e acariciou-a com os polegares ao mesmo tempo que uniu os seus lábios com os dela num beijo apaixonado. Sentia o seu corpo tremer da emoção de a ver ali à sua frente. E sentando-se ali mesmo junto a ela abraçou o seu corpo com força deixando uma lágrima quente escorrer sobre a sua face delicada. Bea abraçou o corpo de Bill com força e sentiu-o estremecer. Encostou a cabeça ao peito de Bill e ouviu o seu coração bater de forma acelerada. Sentiu-se conquistada por aquele sentimento de se reunir uma vez mais com Bill e sem receio deixou que a dor do seu interior fosse sarada pelo corpo de Bill, e os seus olhos expulsassem lágrimas de sofrimento que brotavam do seu íntimo.

[Flashback]

Bill tinha acabado de voltar da reunião com Jost e Dunja. Contava-lhe as novidades sobre a tour no Japão e Austrália e o despedimento de Nathalie. Bea não conseguia evitar de estar contente, finalmente Nathalie tinha sido afastada do caminho. O bem prevalecia sobre o mal.

- Schatzi desculpa… O Andreas está a telefonar-me… – disse Bill – Importas-te que te ligue daqui a um bocadinho?
- Não… -
disse Bea feliz pelas novidades que tinha acabado de receber. Nada seria capaz de estragar o seu dia.
- Telefono-te já já… - disse Bill – Beijos.
- Beijos leão –
disse Bea desligando o telefone.

Não julgava ficar feliz por descobrir que alguém era capaz de ser tão mau, mas as novidades que Bill lhe acabava de contar vinham apoiar a sua ideia de que Nathalie era de facto uma ameaça. Talvez não devesse ficar contente por saber que ela tinha divulgado informações a seu respeito e que tinha ligações a paparazzis, mas agora sabia que ela estava fora do seu caminho de vês.

Ouviu o telefone tocar e atendeu de forma efusiva e animada, pensando que era Bill e que o telefonema de Andreas tinha sido algo rápido.

- Guten Tag! Frau Betrrix Marrtins? – perguntou uma voz do outro lado.
- Sim… - disse Bea mudando imediatamente o seu tom de voz e a postura com que falava ao telefone ao reparar que não conhecia aquela voz.
- Daqui fala Sophie Nimitz da Humboldt University of Berlin. Como está? – perguntou Sophie.
- Bem obrigada… – respondeu Bea preocupada com Dreia. Teria acontecido alguma coisa?
- Estou a telefonar-lhe porque a Betrrix tinha efectuado um pedido de transferência no final do ano lectivo passado, correcto? – disse Sophie.
- … Sim - disse Bea sentindo o coração acelerar de forma assustadora no seu peito. Quereria aquele telefonema dizer aquilo que ela desejava e ansiava?

- Bom Betrrix, é o seguinte… Um dos nossos alunos que tinha pedido transferência, teve um contratempo e viu-se forçado a abandonar a instituição, e como o ano lectivo ainda está no começo e a Betrrix já foi nossa aluna, os professores já a conhecem, os colegas também, teria maior facilidade em adaptar-se…Caso ainda esteja interessada em vir estudar para a Humboldt University of Berlin – disse Sophie – Que me diz?

Bea não queria acreditar naquilo que ouvia. Voltar para a Humboldt? Para Berlin? Para Bill? Para Dreia? Para a cidade que a tinha acolhido e transformado, de uma pequena rapariga assustada e determinada, a uma mulher sensível e batalhadora? Seria um sonho? Estariam a gozar consigo? Bastava dizer que sim e todo o sofrimento desapareceria…

- Sim… - disse Bea em choque.
- Que bom! – disse Sophie contente – Então segunda-feira pode passar na secretaria da parte da manhã para efectuar a sua matricula e nesse mesmo dia pode começar a frequentar as aulas.
- E não é preciso mais nada? –
perguntou Bea ainda em choque.
- Mais nada… - disse Sophie com uma voz simpática.
- Obrigada – disse Bea meia adormecida com aquela notícia.
- Não precisa de agradecer. Será um prazer tê-la novamente entre nós… – disse Sophie.
- Obrigada – disse Bea sem conseguir dizer outra palavra.
- Então o resto de uma boa tarde… – disse Sophie desligando o telefone

Desligou o telefone e levando as mãos à boca. Soltou um grito que espelhava a euforia que sentia no seu interior. Tinha de ligar imediatamente a Bill para lhe contar a novidade. Não valia a pena Bill ir a Lisboa… Ia regressar a Berlin! Tentou ligar a Bill mas o telemóvel dele estava ocupado, devia estar a falar com Andreas. Precisava de contar a alguém. Tinha dois dias para preparar tudo e ir ao encontro do seu leão. Ocorreu-lhe a ideia de lhe fazer uma surpresa. Queria que a sua chegada fosse inesperada. Ia precisar de um cúmplice. Lembrou-se de Tom. Ligou imediatamente para ele. Ouviu o telemóvel a tocar e a chamada a ser rejeitada. Esperou breves segundo (que pareciam uma eternidade) e Tom estava a telefonar-lhe de volta.

- Cunhadinha, cheia de saudades minhas? – perguntou Tom sorrindo.
- Muitas… Mais que possas imaginar! – disse Bea feliz por ouvir a voz de Tom e saber que em breve estaria junto dele.
- Bem, isso é que é alegria por falar comigo ao telefone! – disse Tom a rir.


- Sabes uma coisa Tommi? – perguntou Bea rindo e sorrindo como se fosse desequilibrada mentalmente.
- … Chamaste-me Tommi! - constatou Tom – Tu nunca me chamaste Tommi… O que é que se passa?... Estás grávida?
- Não sejas totó!!! –
disse Bea a rir. Nada do que Tom lhe dissesse podia estragar a sua felicidade – Adoro-te Tommi!

- …. Obrigado –
disse Tom de forma reticente, não sabia se devia achar aquela manifestação tão clara de afecto má ou boa. Será que agora que estava a tentar ser mais meigo com as raparigas elas não lhe resistiam? – Eu também gosto muito de ti…
- Muito, muito? -
perguntou Bea efusiva.
- Ai ai…. – exclamou Tom com medo – Sim… muito, muito! O que é que queres? Queres pedir-me um favor?
- Não! –
disse Bea respirando fundo.

- Descobriste que gostas de mim em vez do Bill? – disse Tom levantando uma sobrancelha – Não posso fazer isso ao meu irmão Bea… Eu sei que queres dar umas voltinhas no Tommi, mas… O Bill gosta muito de ti e eu não podia fazer-lhe uma coisa dessas, é uma cena entre irmãos, percebes?

- Tommi…. – disse Bea chamando atenção a Tom para a sua voz de comando – Fui aceite na Humboldt…
- Só agora? –
perguntou Tom espantado. Não sabia que se podia entrar na faculdade depois das aulas já terem começado à cerca de um mês e meio.
- À dois minutos atrás! – disse Bea entusiasmada – És a primeira pessoa a quem conto…
- Wow… -
disse Tom impressionado com o que Bea lhe dizia, mas sem perceber porque é que Bea lhe tinha telefonado a ele em vez de telefonar a Bill.

- Preciso da tua ajuda… - disse Bea entusiasmada.

Bea contou a Tom tudo sobre o telefonema que tinha acabado de receber e pediu-lhe descrição total, mesmo de Dreia. Queria que o seu regresso a Berlin fosse surpresa. Ninguém podia saber de nada. Precisava da ajuda de Tom para garantir que Bill ia estar em casa no momento em que chegasse, e para que levasse Scotty a passear. Se Bea se aproximasse sequer da porta do apartamento dos gémeos, Scotty seria o primeiro a aperceber-se, e daria sinal de imediato, estragando a surpresa que preparava a Bill. Tom alinhou com Bea. Ia adorar ver a reacção do seu irmão quando visse Bea à sua frente. Bea era uma rapariga extraordinária. O seu irmão tinha muita sorte. Um amor daqueles valia mesmo a pena ser vivido. Por um amor daqueles talvez fosse capaz de ser fiel e não ter medo de viver com barreiras.


[Flashback]


- És mesmo tu! – disse Bill abraçando-a com força contra o seu peito como se a quisesse anexar ao seu corpo.
- Eu disse que estava ao teu lado… - disse Bea procurando os lábios de Bill, beijando-os de forma doce, à medida que sentia Bill inclinar o seu corpo ligeiramente para a direita beijando-a de forma terna.

Deixaram-se ficar naquele beijo, que entrelaçava mais do que os lábios apaixonados um do outro, entrelaçava os seus corações, os seus braços, as suas almas, a sua existência e o seu futuro, até Bill ter força para segurar no tronco de Bea que sustinha entre os braços. Ao separar-se dela passou as mãos sobre o seu cabelo e face, como se procurasse ainda uma prova de que ela estava realmente ali. Bea sorriu e tirou o cabelo de Bill da frente dos seus olhos, que aguados tinham uma expressão incrédula de uma felicidade capaz de acalentar o coração do pior ser humano que existisse à face da Terra. Passou a sua mão direita sobre o tronco de Bill e viu-o deixar uma lágrima cair novamente sobre a sua face harmoniosa e escorregar até à manga do casaco que trazia vestido. Olhou para o formato da gota que Bill tinha deixado cair no seu casaco e viu nela uma nuvem. A nuvem que marcava o inicio de um sonho. A nuvem que marcava o inicio do cumprimento do seu destino. Não precisava mais de se trancar no seu mundo, podia respirar fundo, estava a salvo nas mãos do seu leão.

- Estou aqui… Sou real… - disse Bea para que Bill acreditasse que era mesmo ela.

Bill preparava-se para dizer algo a Bea quando ouviu um leve miar, escondido entre as malas que Bea trazia. Olhou para o seu lado esquerdo espantado.

- Bettler! – exclamou Bill olhando para Bea a sorrir.

Bea acenou com a cabeça de forma afirmativa e sorriu a Bill. Afastou as duas grandes malas que trazia consigo e por trás delas, uma transportadora, carregava o pequeno Bettler. Bill abriu a porta que impedia a fuga de Bettler e tirou-o de lá de dentro, acolhendo-o no seu colo, afagando a sua cabecinha branca, à medida que o ouvia ronronar, feliz por estar ao colo de Bill a receber o seu afecto. Bea olhava para o modo como Bill pegava em Bettler, no seu ar afectuoso e feliz. Reparou na forma como aquelas mãos perfeitas acarinhavam o seu amigo de quatro patas e sentiu-se derreter por dentro. Sim, estava a cumprir o seu destino, e estava desejosa de saber o que o dia-a-dia ao lado de Bill lhe ia trazer. De uma coisa tinha a certeza: ia ser muito feliz.

- Voltamos às origens… - disse Bea emocionada ao ver Bill com Bettler ao colo num manifesto tão explicito de carinho.

Bill olhou para Bea e viu nela uma expressão emocionada e sensibilizada, e sorriu-lhe. Amava-a. Aproximou o seu corpo do de Bea e com Bettler no meio beijou-a uma vez mais, sentindo as mãos dela acariciarem a sua nuca. Deixaram-se ficar sentados no chão, entre beijos e mimos explícitos de quem se ama e só passado algum tempo é que Bill propôs entrarem. Largou Bettler no chão e ajudou Bea com as malas, levando-as para o seu quarto, enquanto ouvia da boca de Bea a explicação de como ela tinha ido ali parar.

- Foi a melhor surpresa que alguma vez me fizeram na vida… - disse Bill abraçando o corpo de Bea pela cintura.

- Dizes sempre o mesmo… - disse Bea sorrindo à medida que abraçava Bill pelo pescoço.
- Porque é verdade! - disse Bill – Tu superas-te a ti e aos outros com uma facilidade que me deixa sem palavras… És a melhor coisa que me podia ter acontecido! Deixares a tua casa e o teu país por mim… - disse Bill impressionado.

- Por ti… - disse Bea aproximando os seus lábios dos dele - …Tudo!

Bill tomou os lábios de Bea como se neles vivesse a poção mágica que ia garantir a sua felicidade para sempre, e com a perícia que dominava, relembrou uma vez mais a Bea a razão pela qual ela gostava do piercing que habitava no interior da sua boca.

- Eu quero envelhecer contigo… - disse Bill soltando-se dos lábios de Bea procurando-os novamente de seguida, só para os poder tocar uma vez mais – Quero aproveitar ao máximo todo o tempo que tivermos juntos nesta vida, para se na próxima nos separarem levar comigo a lembrança da tua existência e procurar-te… Só descanso enquanto te encontrar… Enquanto fores minha de novo…
- Eu não me vou embora… -
disse Bea tocada pelas palavras de Bill – Vim para ficar… Nesta vida e nas próximas…

Bill abraçou-a com força e inspirou o odor que emanava dos cabelos loiros de Bea. Adorava o seu cheiro, seria capaz de o reconhecer em qualquer lugar. Passou a sua mão grande e firme sobre os cabelos dela e segurando na face de Bea beijou-a uma vez mais. Não conseguia manter os seus lábios muito tempo afastados dos dela. Desejava-a com todas as suas forças.

- Sê minha… - pediu Bill.
- Para sempre… - disse Bea sorrindo.
- Para sempre é pouco… - disse Bill acarinhando a face de Bea com a mão direita – … Eternamente...
- Em todas as nossas vidas… -
disse Bea beijando Bill.

Bill abraçou Bea com força suspirando e sentindo que naquele momento a promessa que faziam um ao outro nunca seria quebrada. O amor que os unia nunca seria destruído, por mais percalços que o destino tentasse impor sobre o seu caminho. Olhou para as malas de Bea e humedecendo os lábios não teve duvidas de que o lugar dela era naquela casa, ao seu lado.

- Já tens sítio para ficar? – perguntou Bill acariciando as costas de Bea com as suas mãos firmes e seguras.
- Não. O sótão já foi alugado… - disse Bea aproveitando para acariciar o corpo de Bill também – Mas devo ficar em casa da Dreia por uns tempos e depois quando encontrar uma casa mudo-me!

- E se ficasses aqui comigo? –
perguntou Bill roçando o seu nariz de forma ternurenta no nariz de Bea.
- Ia adorar… - disse Bea sorrindo ao mesmo tempo que encostava a sua face ao peito de Bill.
- … Queres morar comigo? – perguntou Bill passando a mão esquerda pelo cabeço de Bea que pendia sobre as suas costas.

Bea desencostou a sua face do peito de Bill e olhou-o nos olhos. A expressão do olhar dele era séria, mas ao mesmo tempo meiga e afectuosa. Pensou que Bill se estivesse a referir a um ficar temporário até encontrar uma casa para onde se mudar, mas a expressão que Bill tinha usado e os seus olhos diziam-lhe o contrário. Falavam-lhe de um compromisso sério que os unia ainda mais do que até então tinham estado alguma vez unidos. Já tinham vivido juntos durante os dois meses que Bea tinha andado em tour com os Tokio Hotel, e os seus hábitos eram muito similares. Tinham sido feitos um para o outro, para viverem associados e agregados num só. Bea sabia que era capaz de viver com ele, mas talvez devesse procurar independência.

- E o teu irmão? – perguntou Bea lembrando-se que Tom também era dono daquela casa e vivia nela.
- Expulsamo-lo… - disse Bill a rir – Ele não se importa… Diz que sim…

Bea riu-se do comentário de Bill. Seria capaz de viver com Tom na mesma casa? Se Bill conseguia, talvez também fosse capaz de o fazer, e mesmo que não fosse, não valeria o sacrifício para ter Bill ao pé de si? Porquê pensar em independência quando tudo o que queria naquele momento era ser dependente dele e dar-lhe todas as razões para que numa próxima vida ele a procurasse?

- Se ele não se importar mesmo… - disse Bea - …SIM!
- Disseste sim? –
perguntou Bill feliz – Tu disseste que sim??? Ahhhhhh …. – gritou Bill pegando em Bea pela cintura, levantando-a do chão e andando com ela à roda à medida que procurava os lábios dela com os seus para a beijar.

Sentia-se a flutuar, como se uma multidão pegasse no seu corpo e o fizesse passar de mão em mão, sobre as suas cabeças. Sentia-se acima da natureza e do homem. Sentia que aquele dia marcava a sua história de forma significativa. Nunca mais seria o mesmo. Nunca mais a sua vida seria vazia. Nunca mais a dor se iria apoderar da sua alma pela distância que o corroía. Os olhos dela transmitiam-lhe a esperança, a felicidade e a paz que procurava. Com ela do seu lado seria capaz de tudo. O amor que sentia através do toque quente da sua pele transmitia-lhe a certeza que o seu futuro era ao lado dela, nos braços dela. Viesse quem viesse. Acontecesse o que acontecesse.
Ela era única, especial e sua. Eternamente sua.
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