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 Wir Schließen Uns Ein

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dikas

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MensagemAssunto: Re: Wir Schließen Uns Ein   Wir Schließen Uns Ein - Página 4 EmptySex Jan 30, 2009 4:19 pm

Tom ficou surpreso. Não sabia exactamente o que dizer a alguém numa situação daquelas. Ele já não tinha namoradas há muito tempo, e as que tinha tido, nunca lhes tinha prestado muita atenção, se acabava com uma, arranjava maneira de ter outra na semana a seguir, não ficava a remoer. Quantas mais melhor, mais variedade e menos monotonia. Olhou para Dreia e viu que ela não estava propriamente destroçada, mas reparou que ela não estava feliz de todo. Pensou no que dizer e só lhe saiu um:

- Que pena…

Dreia olhou para ele com um ar irónico como se tivesse levado aquele comentário de forma maléfica e com segundas intenções, e Tom ao perceber o que se passava pela expressão de Dreia, prontificou-se a emendar o comentário.

- Não, a sério… é pena! Tu gostavas dele, vocês davam-se bem… - disse Tom
- Sim… - disse Dreia ainda desconfiada daquele comentário.

- Porque é que acabaram? – perguntou Tom directamente.
- Incompatibilidades… – disse Dreia. O que era a mesma coisa que dizer tudo e nada.

- Na cama? – perguntou Tom interessado.
- Tom! – disse Dreia chamando-lhe a atenção, como se lhe dizendo que isso não lhe dizia respeito.
- Tu dizias que ele era tão bom… pode ter-te decepcionado… - disse Tom sorrindo maliciosamente.

Dreia olhou para os olhos de Tom, e viu o Tom que tão bem conhecia a começar a vir ao de cima. Tudo o que pudesse ser minimamente relacionado com sexo fazia despertar em Tom a sua personalidade egoísta e provocadora.

- Ninguém me decepcionou… - disse Dreia.
- Então? – perguntou Tom – Foi por causa do beijo?
- Não… -
disse Dreia

- Contaste-lhe do beijo? – perguntou Tom
- Contei… - disse Dreia - Ele sabe tudo sobre nós!
- Nunca pensei… ele sempre me tratou tão bem…
- disse Tom
- Pois… - disse Dreia pensando que o que Tom não sabia é que o 2 só sabia tudo sobre eles à poucas horas.

- Já percebi que não queres falar sobre isso… - disse Tom
- Preferia não falar… - disse Dreia que não se imaginava de todo a falar da sua vida pessoal com Tom. Não tinha qualquer intuito de lhe mentir, mas se ele fizesse muitas perguntas eventualmente isso teria de acontecer porque não estava disposta a assumir perante ele os seus sentimentos, não quando estava a aprender a lidar com eles e a tentar criar um relacionamento baseado na amizade com ele.
- Ok… - disse Tom compreendendo que ela precisava de espaço para si mesma.
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MensagemAssunto: Re: Wir Schließen Uns Ein   Wir Schließen Uns Ein - Página 4 EmptySex Jan 30, 2009 4:20 pm

 74 



Wir Schließen Uns Ein - Página 4 Billuc9





Tinha ficado dois dias seguidos em casa de Bill. A ideia de se afastar dele era agora mais fácil de aceitar, tinha matado parte das saudades que tinha enraizadas dentro de si. Mas a sua vida continuava, tinha a faculdade, os trabalhos de grupo e o pequeno Bettler em casa à sua espera. O mundo continuava a girar, e as suas obrigações esperavam-na. Saiu de casa dos gémeos passava pouco das 6 da manhã, tinha de ir a casa tomar um banho, trocar de roupa, alimentar Bettler e seguir caminho para a faculdade, já tinha faltado um dia e não podia ausentar-se mais numa fase tão critica dos seus estudos. Na cabeça corriam-lhe pensamentos sobre as emoções que tinha vivido nos últimos dois dias: o regresso de Bill, a decepção com Tom, o desaparecimento de Dreia e aquela conversa que lhe tinha custado imenso…


[Flashback]

Bill arrastava-a para fora da sala. Queria falar com ela, tinha ficado transtornado com a noticia de que estaria quatro meses afastado de Bea, e não conseguiria suportar a separação, precisava de falar com ela, o quanto antes para poderem delinear um plano para estarem juntos. Só tinha duas semanas até ele partir, e muitos assuntos para tratar. Levou-a até à sala de jogos e sobre o olhar atento de Bea sentou-se no sofá.

- Eu não acredito que me tiraste da sala para isto!
- Depende do que entenderes por isto…
- disse Bill levantando uma sobrancelha e mordendo o lábio inferior, naquela expressão de desejo que Bea tão bem conhecia.
- Eu estava a falar com a Dreia! – disse Bea a rir-se da fome que Bill tinha.
- Eu sei, mas eu também preciso de falar contigo… - disse Bill fazendo sinal para ela se sentar ao seu lado no sofá.

Bea sentou-se no sofá, deixando um espaço em vazio entre ela e Bill. Não queria que acontecesse nada. Dreia tinha ido até casa dos gémeos para falar com ela, precisava de estar na sala para apoiar a amiga, e não ali a ceder aos desejos de Bill.

- Tão longe de mim schatzi… - disse Bill fazendo cara de menino abandonado.
- Não queres falar? – disse Bea a sorrir – Se estiver muito perto de ti não vamos conseguir falar…
- Claro que vamos… -
disse Bill aproximando-se dela – Vamos comunicar melhor com a ajuda do corpo…

- A Dreia veio até cá para falar comigo. Ela está na sala… –
disse Bea afastou-se um pouco para trás – Eu quero estar com ela também… Se for só para isto, acho que podes esperar um bocadinho até estarmos sozinhos!
- Não…eu quero mesmo falar contigo –
disse Bill adoptando uma postura mais séria a ver que Bea não cedia às suas investidas.

- Força… - disse Bea que esperava que fosse algo muito importante para ele ter interrompido a sua conversa com Dreia.
- Recebemos agora um mail a confirmar as datas da tour… - disse Bill – E… ao todo vamos estar quatro meses fora do país.

Bea sentiu um peso cair sobre si. Quatro meses? Quatro meses sem o ver? Quatro meses a ouvir a voz dele ao telefone e a viver presa a todas as novidades que saiam em revistas e no YouTube? Era quase três vezes mais do que aquilo pelo que tinha acabado de passar. Ia ser insuportável, ainda por cima durante as férias de Verão, em que não tinha os trabalhos da faculdade e os exames para se refugiar. A sua reacção foi nula. Não sabia o que dizer, não sabia o que pensar.

- Depois ainda temos mais umas três semanas de tour pela Alemanha, temos oito concertos marcados para cá… - disse Bill vendo que Bea estava em choque.

- E isso tudo daqui a duas semanas? – perguntou Bea
- …Sim – disse Bill sentindo o coração diminuir dentro do seu peito ao imaginar que as saudades que começava agora a matar já começavam a crescer dentro de si com a ideia de se ver longe dela em duas semanas.

Bea estava sem reacção, não conseguia imaginar a dor que sentiria daquela distância. O desejo de estar com ele e não poder. Ia andar aluada durante quatro meses, isto se conseguisse pedir transferência para a Humboldt University of Berlin, porque caso tal não acontecesse ia sentir saudades dele para o resto da vida. Sabia que a sua relação não teria futuro com a distância. Com Gonçalo não tinha resultado, e ele era apenas um rapaz que levava uma vida normal como qualquer jovem da sua idade. A mente e o corpo pediam uma atenção que a fonte amada não podia dar, e alguém acabaria por ceder. Mas mesmo que não fosse pela distância, era pela vida atarefada de Bill, pela correria sempre de um lado para o outro, de pais em pais, de cidade em cidade, de entrevista em entrevista, já para não falar dos concertos, sessões fotográficas, entregas de prémios, presenças em programas de televisão e rádio. Ia ser esgotante para a relação deles. Quase que era preferível acabar aquele relacionamento ali e evitar o sofrimento que se avizinhava. Sentiu o coração esmorecer. Amava Bill, amava-o como nunca tinha amado Gonçalo. A ideia de viver sem ele era insuportável, mas a ideia de o querer e não poder ter era pior. Nunca iria ser a mesma sem ele, mas a música estava em primeiro lugar, seria incapaz de pedir a Bill para ficar consigo, ou para ceder em algo por si. Abanou a cabeça da direita para a esquerda como que a convidar os pensamentos malucos que lhe passavam pela mente naquele momento a irem embora e olhou para Bill com um olhar triste, de quem não percebia o rumo da conversa, nem o rumo que a sua vida ia levar…

- Queres acabar comigo? – perguntou Bea sinceramente. Queria o melhor para ele, e se o melhor fosse ficarem um sem o outro, ela estava disposta a aceitar e a sofrer as consequências.

Bill olhou para Bea com indignação. Como é que ela era capaz sequer de pensar que ele alguma vez iria querer acabar com ela? Era o contrário, ele queria-a dia e noite, aqui ou em qualquer outro lado do mundo.

- Nem que passasse um ano inteiro em tour eu iria acabar contigo… - disse Bill aproximando-se dela e abraçando-a nos seus braços fortes e seguros.
- Mas vais estar tanto tempo fora… Vais-te sentir preso a mim, e se calhar não queres… - disse Bea triste por sentir aquele abraço tão sentido e saber que em breve estaria longe dele por muito tempo.
- Não quero? Olha para mim… – Bill pegou no queixo de Bea com a mão e fê-la olhá-lo directamente nos olhos – Estás-me a ver bem? – Bea assentiu afirmativamente com a cabeça – Não há nada, mas nada neste mundo que me faça querer estar longe de ti. Acredita que mesmo a música, que é a minha vida, se torna mais triste quando estou longe de ti…
Bea apertou o corpo de Bill contra o seu e deixou a cabeça repousar no seu peito. Bill afagou os longos cabelos loiros da namorada com a sua mão, acalmando a dor que Bea sentia no seu interior. Deixaram-se ficar assim, unidos naquele abraço por breves instantes.

- Eu quero que venhas comigo… - disse Bill beijando-lhe a testa ternamente.

Bea levantou a cabeça e olhou para Bill com uma expressão triste. Desejava poder largar tudo e segui-lo até ao fim do mundo, mas não podia, tinha a sua vida ali e em Portugal, não podia simplesmente desaparecer durante quatro meses. Sentiu-se emocionada com o pedido de Bill, era uma das maiores provas de amor que ele lhe podia dar, convidá-la para ir com ele viajar pelo mundo fora e viverem juntos durante aqueles quatro meses. Seria um sonho. Mas não passava disso, de um sonho… na vida real não podia. Tinha família, amigos, Bettler, faculdade…

- Não posso… - disse Bea.

Bill ficou espantado com aquela resposta. Ela não parecia sequer ter pensado no assunto, nem numa possibilidade de estarem juntos. Tinha negado logo a proposta. Será que era ela que queria acabar tudo? Não estaria disposta a esperar por ele quatro meses? A Bea que conhecia não era assim, a sua Bea amava-o, e faria o possível e o impossível para o ter do seu lado.

- Não? – perguntou Bill largando o corpo dela olhando-a muito sério.
- Infelizmente não… Quem me dera poder ir contigo até ao fim do mundo… Amo-te Bill… tu sabes disso… mas tenho a faculdade… não posso deixar os trabalhos a meio, nem faltar aos exames, senão chumbo! – disse Bea
- Mas depois podias ir ter comigo… - disse Bill que se sentia mais aliviado por ser um não temporário.

- Depois tenho de ir a Portugal…. Já não vou lá desde o Natal… Os meus pais estão a morrer de saudades! Eu estou a morrer de saudades… Falo com eles por telefone e e-mail mas isso não chega, preciso de estar com eles… – disse Bea
- Eu percebo… - disse Bill sentindo o coração dormente pelo rumo da conversa.

- Mas eu quero estar contigo… - disse Bea abraçando novamente o corpo de Bill que estava rígido e estático à sua frente – Se ainda quiseres que vá… depois de estar com os meus pais, vou ter contigo!

- Se ainda quiser? –
perguntou Bill franzindo a testa a estranhar aquela afirmação – Ainda não percebeste que é tudo o que quero? Só quero ter-te do meu lado, se não for pelos quatro meses, que seja por três, ou dois, ou mesmo um. Mesmo que só possas estar comigo durante um dia, vai valer a pena, vai ser o dia mais feliz dos próximos quatro meses da minha vida!

Bea alcançou os lábios de Bill e beijou-o de forma apaixonada e sentida. Levava nos seus lábios todo o amor e sentimento que Bill tinha despertado em si, mesmo aquele que nunca tinha pensado sentir. Sentiu os braços de Bill envolverem o seu corpo e a chama do amor que sentia por ele despertar no seu interior. Era feliz nos seus braços, unida com os seus lábios. Não podia, nem iria ceder aquele amor. Ele era seu, tão seu como ela se sentia dele.


[Flashback]


Tinha sentido um peso imenso no coração ao ter de negar o convite de Bill, ao ver Bill ficar triste e decepcionado consigo. Mas não podia largar tudo para o seguir, e sabia que ele percebia isso.

Aproximava-se de sua casa. As ruas estavam desertas, o frio era ainda forte e inanimado pelo sol que tinha nascido há pouco tempo. Bea seguia pelas ruas da cidade que a tinha acolhido de forma tão amistosa. Andava decidida e desligada do que a rodeava. Pensava nos últimos dois dias com carinho e achava incrível que continuava uma lamechas incurável. Bill estava a estragar a sua reputação. Sorriu com os seus pensamentos, e meteu a chave à porta do prédio. Apanhou o elevador até ao 3º andar e subiu as escadas até ao sótão. Ao abrir a porta deparou-se com Bettler. Largou a mala no chão e pegou em Bettler ao colo, apertou-o contra o seu corpo e beijou a cabeça peluda e macia do seu amigo de quatro patas.

Tomou banho, vestiu-se, alimentou Bettler e seguiu rumo para a faculdade. Estava cansada. Tinha acordado muito cedo para ter tempo de fazer tudo, não tinha vontade nenhuma de ir às aulas, mas precisava de ir, já tinha avisado os colegas que ficaria a tarde toda na faculdade para fazer os trabalhos de grupo. Ia aproveitar o rumo da conversa do dia anterior para passar na secretaria a perguntar o que era necessário para ser transferida para aquela faculdade. Esperava que fosse possível… Lembrou-se que ainda não tinha falado a Bill na possibilidade de se transferir para Berlin, mas talvez fosse melhor não falar, se não pudesse ser transferida, ou se não fosse aceite era menos um desgosto que poupava a Bill.
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MensagemAssunto: Re: Wir Schließen Uns Ein   Wir Schließen Uns Ein - Página 4 EmptyDom Fev 01, 2009 9:56 am

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Wir Schließen Uns Ein - Página 4 Semttuloda8




Deixou-se cair no sofá exausta. A semana tinha passado a correr. Já era quinta-feira e Bea esperava ansiosamente pelo fim-de-semana. Tinha cominado ir sair com os amigos. Estava mesmo a precisar de relaxar e beber um copo, a semana tinha sido atarefada mas os trabalhos da faculdade estavam já no final, só precisava de terminar um e apresentá-lo em conjunto com os seus colegas e estaria livre para se dedicar ao estudo e aos exames que não se avizinhavam fáceis.

Abriu o portátil que tinha ficado esquecido na mesinha de café em frente ao sofá e ligou-o. Estava sem vontade de fazer nada. Ainda bem que tinha combinado com Bill ele trazer comida, para o jantar de ambos. Ligou-se à internet wireless do vizinho e foi ver os seus e-mails. Ficou espantada ao constatar que tinha um mail de Gonçalo, há muito tempo que não falava com ele, abriu-o para encontrar a seguinte mensagem:


[E-mail de Gonçalo]

…és mesmo tu!

[E-mail de Gonçalo]


Bea colocou uma mão sobre a boca, abrindo muito os olhos. Sabia o que Gonçalo queria dizer com aquele e-mail. Sabia que o facto de o e-mail não ter mais que aquelas três palavras era mau sinal. Ligou imediatamente o Messenger e procurou Gonçalo online. Ao ver que ele estava ausente, decidiu deixar-lhe uma mensagem.

B34
Vi agora o teu mail, não percebi nada. Deves ter-te enganado!

Bea ia optar por fazer-se de inocente. Se ele estava a insinuar aquilo que ela prensava que ele estava a insinuar ia dificultar-lhe a vida.

(B) Gonçalo (ip) - I refuse to let you think you can play with my mind
Tou aqui!

Bea não estava à espera que Gonçalo estivesse online, mas pelos vistos não ia conseguir adiar a conversa que pensava estar adiada quando se tinha deparado com a ideia de Gonçalo estar ausente do Menssenger. Mas se era para falar, era melhor ser já. Ver o que ele sabia na realidade.

(B) Gonçalo (ip) - I refuse to let you think you can play with my mind
Percebeste mto bem o meu mail!
B34
Não, não percebi!
(B) Gonçalo (ip) - I refuse to let you think you can play with my mind
Já td a gente sabe! Pq é q achas q me vais enganar?
B34
Toda a gente sabe o quê?
(B) Gonçalo (ip) - I refuse to let you think you can play with my mind
Q andas com o outro!
B34
Com o Bill?
(B) Gonçalo (ip) - I refuse to let you think you can play with my mind
Claro!
B34
Como é que tens tanta certeza que sou eu?
(B) Gonçalo (ip) - I refuse to let you think you can play with my mind
Eu vi as fotos Bi, n vale a pena tentares dizer q n és tu, pq conheço-te desde q nasci e sei perfeitamente reconhecer uma foto tua qd a vejo!!!

Bea piscou os olhos e voltou a ler a frase que Gonçalo tinha escrito “sei perfeitamente reconhecer uma foto tua qd a vejo”. Que foto? Não tinha saído à rua com Bill, não tinha regressado a casa dele, Bill ia ter com ela todas as noites discretamente, tinha inclusive dormido lá numa noite, para evitar sair e entrar no prédio muitas vezes e chamar a atenção de olhares indiscretos.

B34
Que foto?
(B) Gonçalo (ip) - I refuse to let you think you can play with my mind
Ainda n viste? Já andam fotos tuas a circular na net…
B34
Como é que é possível?
(B) Gonçalo (ip) - I refuse to let you think you can play with my mind
Sei lá, tu é q deves saber o q andas a fazer com a tua vida... Eu já te disse q tás a cometer um grd erro em envolveres-te com ele. Mais dia, menos dia, vais sofrer as consequências disso na pele!
B34
Dá-me o site onde viste as fotos
(B) Gonçalo (ip) - I refuse to let you think you can play with my mind
www.bild.de
(B) Gonçalo (ip) - I refuse to let you think you can play with my mind
E és primeira página…parabéns!

Bea acedeu ao site e viu, uma fotografia de Bill, com a legenda “Namorada à vista” e ao lado uma fotografia sua a sair de casa de Bill na terça-feira passada, quando saíra de casa dele às 6 da manhã. Colocou ambas as mãos sobre os olhos à medida que abanava a cabeça da direita para a esquerda de forma constante. Como é que alguém a tinha apanhado aquela hora a sair de casa de Bill? Os paparazzi andavam mesmo sedentos de ter notícias sobre eles. Continuou a ver o site e viu fotos suas a entrar na faculdade e a tomar o pequeno-almoço no bar da faculdade com alguns colegas. Ficou petrificada. Andava a ser seguida e nem tinha dado por isso. Era assustador. Até que ponto sabiam quem ela era e tinham certezas daquilo que diziam? A verdade é que não havia nenhuma fotografia dela com Bill para provar que ela era namorada dele. Só via fotografias de uma rapariga normal a ir para a faculdade e comer com os colegas. A fotografia dela a sair do prédio do Bill não significava nada. Qualquer pessoa podia estar a sair daquele prédio. Podia muito bem viver lá, ser amiga de alguém, trabalhar no prédio, ser familiar de alguém, porque é que tinha de ser namorada de Bill Kaulitz? Como é que tinham chegado até ela se Andreia tinha saído mais vezes da casa deles que ela na última semana? Ficou assustada, e começou a ler o texto que acompanhava as fotos à procura de uma resposta às suas perguntas, mas não ficou esclarecida, pelo contrário, ficou ainda mais impressionada. No texto podia-se ler claramente que ela era uma estudante de nacionalidade portuguesa de Erasmus que vivia em Berlin. Bea enterrou a cabeça nas mãos. Como é que era possível saberem aquela informação? Quem é que no seu círculo de amigos, a estava a denunciar aos media?

B34
Isto não quer dizer nada…
(B) Gonçalo (ip) - I refuse to let you think you can play with my mind
Continuas a negar?
B34
São fotografias minhas! Não são fotografias de mim com o Bill!
(B) Gonçalo (ip) - I refuse to let you think you can play with my mind
Tu nc vais dizer q és tu, pois n? N és capaz de admitir?
B34
Eu não tenho que admitir nada! Já te disse que se me envolvesse só a mim dizia-te mas como não é o caso, não posso, nem vou dizer nada!
(B) Gonçalo (ip) - I refuse to let you think you can play with my mind
Tu n percebes q só com isso já estás a rspder à pergunta???
B34
Não! Eu não te estou a responder a nada!
(B) Gonçalo (ip) - I refuse to let you think you can play with my mind
Está bem! Queres continuar a dizer q n, força! Mas eu sei!
B34
Por acaso não foste tu que andaste a dizer aos jornais quem eu era, pois não?
(B) Gonçalo (ip) - I refuse to let you think you can play with my mind
Fogo…duvidas de mim? Eu confronto-te na cara, n preciso q os jornais investiguem por mim!
B34
Espero bem que sim…
(B) Gonçalo (ip) - I refuse to let you think you can play with my mind
Bi… eu tou aqui pa qd precisares de mim! N deixes q ele te magoe!
B34
Se soubesses o quão ridículo é isso que estás a dizer, pensavas 2 vezes antes de abrir a boca
(B) Gonçalo (ip) - I refuse to let you think you can play with my mind
Ridiculo???? Já n basta duvidares de mim, ainda chamas à minha preocupação ridícula??? Alguém tem de te proteger, tu tás-te a envolver com uma pessoa perigosa, mas n percebes pq gostas dele. Mas qd o tempo passar e precisares de apoio, vais vir chorar para o meu ombro.
B34
Não te preocupes!
(B) Gonçalo (ip) - I refuse to let you think you can play with my mind
É dificil! Tu és como uma irmã para mim… Se eu sei q esse gajo te toca com um dedo q seja vou aí e desfaço-lhe a boca toda!
B34
Como disse… não tens com que te preocupar!
(B) Gonçalo (ip) - I refuse to let you think you can play with my mind
Tou pa ver isso…
B34
Olha tenho de ir… Posso pedir-te que não contes a ninguém nada sobre este assunto?
(B) Gonçalo (ip) - I refuse to let you think you can play with my mind
Mas ainda duvidas de mim??? Fogo…tás com a mania da perseguição!
B34
E pelas fotografias que acabei de ver parece que tenho razões para estar assim…
(B) Gonçalo (ip) - I refuse to let you think you can play with my mind
Eu n contei, nem vou contra nd a nng, pq nng tem nd a ver com isso. Tu é q sabes o q queres fazer da tua vida, se te queres deixar iludir por um menino rico e bonitinho, q mais parece uma menina tu é q sabes!
B34
Assim é impossível falar contigo! Vou sair…
(B) Gonçalo (ip) - I refuse to let you think you can play with my mind
Continuas a fugir da conversa… Mas eu sei q és tu, tenho a certeza absoluta, e hj só vim confirmar o q já sabia!
B34
Se te procurarem a perguntar cenas sobre mim não contes nada!
(B) Gonçalo (ip) - I refuse to let you think you can play with my mind
Fogo, esta conversa já mete nojo… N confias em mim pa nd já!
B34
Desculpa, mas acho que é normal…
(B) Gonçalo (ip) - I refuse to let you think you can play with my mind
Nem por isso, mas tu e q sabes! Preferes confiar em pessoas q conheces há meses do q nos q te conhecem a vida td…B34
Não tornes isto uma cena sobre ti! Não tem nada a ver.
B34
Vou sair…Porta-te bem!

Bea saiu do Messenger, não deu tempo sequer a Gonçalo para se despedir. Não estava interessada naquilo que ele lhe tinha para dizer, estava farta de discutir um assunto daqueles que ia dar sempre ao mesmo. Voltou ao site da bild e leu uma vez mais o texto que acompanhava as suas fotografias incrédula. Como é que tinham descoberto coisas sobre ela e tinham tantas certezas que era ela a namorada de Bill se nunca os tinham visto juntos? Deu um pulo no sofá ao ouvir a campainha tocar, estava tão concentrada naquela notícia que se assustara com o som da campainha. Levantou-se a correr e perguntou pelo intercomunicador quem era, ao reconhecer a voz de Bill abriu a porta sem demoras, não fosse um fotografo estar lá em baixo e reconhecer Bill a entrar no seu prédio (embora se isso estivesse para acontecer já tinha acontecido).

Pegou no telemóvel e ligou imediatamente à mãe. Tinha começado a falar ao telefone quando Bill chegou ao sótão com dois sacos do McDonalds, para o jantar deles, Bea deu-lhe um beijo ao de leve nos lábios e fechou a porta. Enquanto Bill pousava as coisas sobre a ilha e preparava a refeição de cada um, Bea contava à sua mãe que tinham começado a aparecer fotografias suas nos meios de comunicação social e pedia para que a mãe avisasse o pai para ambos terem cuidado com o que contavam ou diziam sobre ela, pois agora sim é que as coisas iam começar a apertar. A mãe de Bea sabia do relacionamento de Bea com Bill desde sempre. Como pessoa conservadora que era e muito amiga da família de Gonçalo não achava graça nenhuma em ver a sua filha nos braços de outro rapaz que não Gonçalo, principalmente quando esse rapaz tinha um aspecto que não era de todo o convencial, e exibia piercings e tatuagens no corpo. Mas pela felicidade da filha, estava disposta a vê-la do seu lado, embora no fundo tivesse esperança que fosse algo passageiro e que em breve a filha voltasse a Portugal e aos braços de Gonçalo. Desligou o telemóvel e foi ter com Bill à ilha. Estava cheia de fome. Sentou-se à mesa e não abriu a boca durante um bom bocado, para grande espanto de Bill que não aguentou muito sem ouvir a voz dela e perguntou:

- O dia correu bem?
- Sim… -
disse Bea que ainda pensava nas fotos e em como falar com Bill.

- O jantar está bom? – perguntou ao ver Bea comer batatas de forma praticamente maquinal, sem saborear ou pensar naquilo que fazia.
- Hm Hm… - disse Bea assentindo com a cabeça de forma afirmativa.

- E não me perguntas como foi o meu dia? – disse Bill
- Desculpa…claro que sim! Como é que foi o teu dia? – perguntou Bea meia aluada.
- Bom… recebi um telefonema do Jost a dizer que andam fotos tuas a circular na net e que amanhã vamos ser primeira página de uns quantos jornais e revistas… - disse Bill

Bea engasgou-se com uma batata frita e começou a tossir compulsivamente, adoptando um tom vermelho de quem estava a sufocar por não conseguir respirar. Bill levantou-se num ápice e foi buscar um copo de água a Bea para ela beber, enquanto esta continuava a tossir e a tentar recuperar o fôlego. Esticou-lhe o copo de água e enquanto ela bebia ele passava-lhe a mão gentilmente em movimentos circulatórios pelas costas para a ajudar a acalmar.
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MensagemAssunto: Re: Wir Schließen Uns Ein   Wir Schließen Uns Ein - Página 4 EmptyDom Fev 01, 2009 9:57 am

- Desculpa schatzi! – disse Bill que nem tinha pensado que o timing podia não ser o melhor para falar de coisas tão sérias.
- Eu sei… - disse Bea ainda um pouco aflita mas já a voltar à normalidade – Estive a ver a bild!

- Desculpa ter de te fazer passar por isto. Adorava poder viver uma vida normal e em paz contigo, sem me ter de preocupar com as pessoas que nos andam a seguir. Tu não tens nada a ver com isto… foi a vida que escolhi, tu não tens de levar por tabela por… -
disse Bill falando muito rápido e sendo parado por Bea.
- Calma… não é o fim do mundo! Já tínhamos falado sobre isto! Eu estou preparada… - disse Bea sorrindo ligeiramente mas demasiadamente nervosa com aquela situação principalmente pela fuga de informação.
- Mesmo que penses que estás, não estás. Vai ser vinte vezes pior do que possas imaginar, vai ser esgotante e frustrante… - disse Bill abanado a cabeça.

Bea levantou-se da cadeira e foi até Bill, posicionou-se no meio das suas pernas e alcançou o pescoço dele com os seus braços olhando-o com firmeza e confiança nos olhos.

- E…e….e… e vou ter de me habituar! – disse Bea beijando Bill.

- E acho que agora é a altura ideal para falarmos novamente de teres um guarda-costas… - disse Bill acariciando a cintura de Bea com as suas mãos.
- Não, não é! – disse Bea.
- Enquanto estás cá, é melhor teres alguém que te proteja, depois quando regressares a Portugal logo vemos… - disse Bill.
- Não há nada para ver… já te disse que não quero sombras atrás de mim a não ser a tua. Eu não sou nenhuma figura pública, não preciso de guarda-costas, era ridículo andar com um brutamontes atrás! – disse Bea.
- Bea… - começou Bill por dizer sendo impedido de continuar pelos lábios de Bea que passavam sobre os seus roçando levemente e provocando nele um calafrio e um desejo de os sentir.

Bill puxou o corpo de Bea contra o seu, abraçando-a pela cintura e tomou os seus lábios como se fossem água para matar a sua sede. Bebeu deles, fazendo a sua língua instaurar no interior da boca dela uma exploração e brincadeira, em movimentos circulares e lentos, procurando saborear até ao último instante o prazer que tinha em estar nos seus braços e unido naquele beijo que não partia dos seus lábios, mas do seu coração. Ao afastar-se ainda procurou uma vez mais os lábios dela para um toque leve que como um beliscão o veio trazer à realidade.

- Desculpa…. Já me arrependo de ter dito fosse o que fosse… – disse Bill passando uma mão pelos cabelos dela.
- Isto ia acontecer mais dia, menos dia… - disse Bea que não se lamentava de ter sido descoberta, mas de saber que alguém estava por trás dessa descoberta.
- Sim… porque eu não tenciono deixar-te escapar… - disse Bill apertando o corpo dela com força para que não houvesse possibilidade sequer de ela sair dos seus braços.
- E eu não tenciono escapar… - disse Bea introduzindo os seus dedos nos cabelos de Bill e acariciando a sua nuca – A única coisa que eu acho esquisita, é como é que, é como é que sabem coisas sobre mim! – disse Bea intrigada.
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MensagemAssunto: Re: Wir Schließen Uns Ein   Wir Schließen Uns Ein - Página 4 EmptyDom Fev 01, 2009 9:57 am

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A música estava alta. Bea tinha uma ligeira dor de cabeça, o que não ajudava a desfrutar da Berghain ao máximo. Mas mesmo sentindo-se pior que o habitual, sabia bem poder estar fora de casa com os amigos. Principalmente, quando conseguiam juntar todos novamente. Gustav e Georg tinham ido sair também, Andreas, Nathalie e Jost. Estavam todos reunidos uma vez mais para descontrair e divertirem-se um bocado. Bea estava sentada num sofá da Berghain com Gustav, falavam sobre o que cada um andava a fazer ultimamente, enquanto Bill e Tom estavam sentados noutro sofá com Jost, Nathalie, Georg e Andreas a conversarem animadamente. O que preocupava realmente Bea, para além da sua dor de cabeça, era o facto de estarem na Berghain, o que implicava estar no mesmo espaço físico que Tom 2. Ainda tinha tentado convencê-los a irem para outro sítio, mas a Berghain naquela noite estava ao rubro com um DJ convidado e não conseguira demovê-los dessa ideia. Pior… Dreia estava no bar com Tom 2, ainda tinha ficado lá um bocadinho com ela para lhe fazer companhia, mas sentia o coração pulsar na cabeça, e não aguentava a música, por isso tinha decidido recolher-se para a sala privada, e Gustav como um perfeito cavalheiro que era decidira fazer-lhe um pouco de companhia.

- Devias tomar qualquer coisa para a cabeça – disse Gustav
- Não vale a pena… ela já é assim há muitos anos, já não tem cura… – disse Bea a rir.
- Acredito… - disse Gustav a rir.
- Talvez seja melhor tomar alguma coisa mesmo, senão não me vou divertir nada hoje! – disse Bea colocando uma mão na cabeça.
- Vou buscar-te uma garrafa de água para tomares um comprimido… - disse Gustav levantando-se e saindo da sala em direcção ao bar de Tom 2.

Bea ficou sozinha sentada no sofá. A impressão que tinha na cabeça persistia, e parecia ter tendência para aumentar, e só podia, porque a música alta e as luzes psicadélicas, estavam a deixá-la cada vez pior. Olhou para Bill e viu que ele estava a divertir-se com os amigos, parecia que não estavam juntos há imenso tempo. Era bom poder ter amigos assim, gostava de poder juntar-se a eles, mas não lhe apetecia muito forçar um sorriso estando a sentir-se mal. Talvez fosse da sua imaginação, mas reparou que Nathalie parecia demasiadamente interessada naquilo que Bill tinha para dizer, estava colada a ele, aproveitava todas as oportunidades para pousar a mão sobre a perna de Bill, ou para simplesmente lhe tocar. E Bill convivia com aqueles gestos com uma naturalidade incrível, como se fosse o normal do dia a dia. Bea não se lembrava de alguma vez ter reparado nesta intimidade entre os dois, talvez porque antigamente não gostava dele por amor, não o via sem ser como um amigo, e já não via Nathalie à muito tempo, mas agora que os via novamente juntos, não gostava da proximidade entre eles, principalmente por pensar que Nathalie o via mais do que ela. Nathalie passava meses em tour com os rapazes, a viver dia e noite com eles. Para qualquer lado onde eles fossem, ela ia atrás. E Bill era a sua obra de arte, porque os outros membros da banda não precisavam de tantos cuidados como Bill, que tinha uma maquilhagem elaborada, um penteado que requeria tempo todos os dias, as unhas sempre impecavelmente bem tratadas. Ela vivia na sombra de Bill, dia e noite. E mesmo quando estavam em casa, ele precisava muitas vezes dos serviços dela, e quando não era para trabalhar, estavam juntos por lazer, por serem amigos próximos. Bea sentiu a dor de cabeça intensificar, não era uma pessoa muito ciumenta, mas também nunca tinha sentido na pele uma ameaça daquelas.

Gustav regressava com uma garrafa de água. Sentou-se novamente ao lado de Bea e esticou-a a ela com um sorriso na cara. Bea agradeceu e procurou na sua mala um comprimido para as dores de cabeça, mas para azar não tinha.

- Não tenho um comprimido… - disse Bea.
- Pode ser que a Nathalie tenha, eu vou perguntar-lhe… – disse Gustav
- Espera Gusti… - disse Bea segurando-o pelo braço para o impedir de ir embora – Posso fazer-te uma pergunta?
- Sim… -
disse Gustav a estranhar aquela pergunta.
- A Nathalie anda sempre convosco para todo o lado, não é? – perguntou Bea.
- Sim… - disse Gustav – Porquê?
- Por nada. Ela parece muito íntima convosco. Parecem mais amigos do que gente que trabalha junto… –
disse Nathalie
- Nós somos todos amigos, por isso é que temos uma equipa tão forte e unida! – disse Gustav
- Pois… e ela com o Bill bem precisa de ter paciência. Só para pôr-lhe aquele cabelo para cima deve demorar uma eternidade… - disse Bea.
- Ela já está habituada. Assim que o Bill sai do banho já está a Nathalie de malas e bagagens no quarto dele pronta para o pentear e maquilhar – disse Gustav.

Bea sentiu um baque dentro em si “assim que o Bill sai do banho”??? Sentiu uma pontada de ciúmes. No seu interior esperava ser a única a ver Bill sair do banho, não queria, nem admitia que mais nenhuma mulher o visse em trajes menores. Bea respirou fundo, eram tudo macaquinhos da sua cabeça, eles eram colegas, trabalhavam juntos à anos, eram amigos, não se passava mais nada, até porque confiava a 100% naquilo que Bill dizia sentir por si. Ele tinha-a convidado para ir em tour com a banda, se tivesse alguma coisa com Nathalie nunca a convidaria para ir de viagem com a amante. Mas o ciúme era irracional, e por mais que quisesse acreditar que ali não havia nada, a dúvida estava instaurada, e mesmo que não correspondida por Bill, Nathalie podia sentir algo por ele e aproveitar-se num momento de fraqueza e de distância entre eles.

- Pois… ela passa muito tempo com o Bill! – disse Bea sentindo uma ligeira raiva dentro de si.
- Ela é a sombra do Bill – disse Gustav a sorrir – É graças a ela que ele está sempre perfeito!
- Não, não é!
– disse Bea que remoía em si sentimentos que não a agradavam – Ele é perfeito por natureza, está-lhe nos genes! Ela nunca poderia torná-lo melhor do que ele já é!
- Bemmm… isso é que é amor! –
disse Gustav impressionado com Bea.
- Que lamechas… eu sei… - disse Bea sorrindo timidamente e colocando uma mão na cabeça – O teu amigo deu cabo de mim…
- Ele é assim… -
disse Gustav encolhendo os ombros – Bem... vou ver se ela tem o comprimido…


Wink Wink Wink Wink Wink Wink Wink Wink Wink Wink Wink Wink Wink Wink Wink Wink Wink Wink Wink Wink Wink Wink Wink Wink


- Não me estou a sentir lá muito bem, vou lá para dentro, não te importas? – perguntou Bea para Andreia.
- Claro que não! Eu vou contigo… - disse Dreia.
- Não, deixa estar! Fica aí um bocadinho. Acho que o 2 precisa mais de ti do que eu… – disse Bea que via Tom 2 andar de um lado para o outro atrás do bar a servir bebidas com um ar triste e aluado.
- Ok… Já lá vou ter contigo! – disse Dreia despedindo-se da amiga.

Bea saiu do bar em direcção à sala privada onde estavam os seus amigos. Dreia deixou-se ficar no bar. Ao ver que ela tinha ficado sozinha, Tom pediu ao gerente para fazer uma pausa, saiu do bar e foi ter com ela para conversarem um bocadinho.

- Que bom ver-te aqui! – disse Tom sorrindo.
- A sério? Não estás chateado comigo? – perguntou Dreia timidamente.
- Claro que não! É sempre bom ver-te… mesmo que não tenhas vindo sozinha… - disse Tom adoptando uma expressão fria.

- Estás a falar do Tom? – perguntou Dreia.
- Sim… - disse Tom – Viste a cara com que ele me cumprimentou quando chegou? Não tem noção do perigo… Fez de mim otário variadíssimas vezes, beijou a minha namorada e ainda tem coragem de vir para aqui com um sorriso na cara como se nada fosse… – disse Tom

- Não arranjes confusão! Não vale a pena. Nós já não temos nada, ele é meu amigo… e nós também somos só amigos… – disse Dreia.
- Eu sei! Mas tu és muito especial para mim, e não vou deixar que ele te magoe novamente! – disse Tom pegando na mão de Dreia, fazendo-lhe festinhas com o polegar.
- Tom… se tu fizeres alguma coisa, vou mesmo ficar chateada contigo! Se não for por mim, pensa em ti, vais perder o trabalho e depois não tens como pagar a faculdade e a casa… - disse Dreia olhando para Tom e sentindo medo por ver nele uma expressão fria como nunca antes tinha visto.
- Eu não vou fazer nada, mas irrita-me… - disse Tom
- Não te precisas de preocupar com ele… - disse Dreia colocando uma mão sobre o ombro de Tom e olhando-o com doçura.

- Tenho saudades tuas… - disse Tom adoptando uma postura mais parecida com aquela que Dreia conhecia.
- Tom… - disse Dreia afastando-se um pouco dele. Não queria dar-lhe esperanças, nem ouvir o que ele tinha para dizer sobre aquele assunto.
- Eu gosto de ti… continuo à tua espera. O tempo que for necessário! – disse Tom aproximando-se dela
- Não faças isso… eu não estou preparada para uma relação! – disse Dreia
- Não tem problema – disse Tom passando uma mão pelo braço dela de forma terna – Quando te sentires melhor e preparada, eu estou aqui. A tua amizade já me deixa feliz!

Dreia olhou para Tom 2 e percebeu que a amizade que ele queria, não correspondia ao seu conceito de amizade. Se ele fosse tocar sempre no passado deles juntos, não ia conseguir sentir-se bem ao lado dele, e isso ia fazer com que ela se tivesse de afastar e causar-lhe ainda mais sofrimento do que já tinha causado. Mas não seria capaz de estar do lado de alguém que a pressionasse, nem conseguiria olhar para ele como um amigo, porque nunca lhe poderia contar nada relacionado com a sua vida intima, porque sabia que o ia magoar ou causar nele uma frieza e raiva tamanha que o pudessem levar a cometer um acto de loucura instantâneo.


Wink Wink Wink Wink Wink Wink Wink Wink Wink Wink Wink Wink Wink Wink Wink Wink Wink Wink Wink Wink Wink Wink Wink Wink


- Nathalie tens algum comprimido para as dores de cabeça? – perguntou Gustav.
- Acho que sim…espera… - disse Nathalie procurando na sua mala.
- O que é que se passa Gusti? Já estás farto de aturar a Bea? – perguntou Tom a rir, sendo atingido pela mão de Bill que quase acertava em Andreas que estava no meio dos gémeos.
- Hey… não tenho nada a ver com isso… – disse Andreas chegando-se para trás.
- Não. Ela é que não se está a sentir lá muito bem! Dói-lhe a cabeça – disse Gustav.
- Ohhh…e não diziam nada? – disse Bill com um ar triste.

Bill olhou para Bea e reparou que ela estava com um ar abatido e cansado. Sentiu-se mal por a não a ter chamado para junto dele quando tinha regressado do bar. Estava a ser um namorado negligente. Já só tinha uma semana nos seus braços, e ela estava a sentir-se mal e em vez de a ajudar, estava ali com o amigos que o iam acompanhar durante os próximos quatro meses dia e noite.

- Olha que sorte! É o último… – disse Nathalie estendendo o comprimido a Gustav.
- Deixa estar, eu vou lá… - disse Bill interceptando o comprimido que passava das mãos de Nathalie para Gustav.
- Oh… porque é que não a chamas para vir para aqui? – perguntou Nathalie que não queria que Bill fosse embora.
- Sim… eu vou chamá-la! – disse Bill levantando-se.
- É melhor não Bill – disse Gustav – Deixa o comprimido fazer efeito primeiro!
- Logo vejo… vou fazer-lhe companhia… -
disse Bill desaparecendo em direcção ao sofá onde Bea estava sentada.

Aproximou-se dela, e reparou que ela estava distante. Sentou-se ao seu lado e abraçou-a colocando uma mão na testa dela num gesto de preocupação para com Bea, e para ver se ela tinha febre. Ao ver que estava tudo aparentemente bem, beijou-a na testa ternamente.

- Então schatzi? Estás-te a sentir mal? – perguntou Bill com uma voz doce e preocupada.
- Dói-me a cabeça… - disse Bea aconchegando-se no peito de Bill.
- Trouxe-te um comprimido… – disse Bill abrindo uma mão e exibindo o comprimido que tinha trazido.

Bill largou Bea, e chegou-se à frente abrindo-lhe a garrafa de água que Gustav tinha trazido. Tirou o comprimido da embalagem e esticou a Bea ambos para que ela o pudesse tomar. Bea pegou no comprimido e na garrafa de água e engoliu-o, bebendo bastante água de seguida. Pousou a garrafa na mesa, e olhou para Bill com um ar meigo. Ele era incrível, tomava conta de si. Era amigo, amante, médico, cantor, era tudo para ela. Sabia que não precisava de mais ninguém, Bill era tudo o que precisava e sonhava.

- Obrigada! – disse Bea procurando os lábios de Bill com os seus.

Bill abraçou o corpo de Bea e sugou o seu lábio inferior de forma ternurenta mordiscando ao de leve o mesmo. Bea sentiu-se momentaneamente melhor. Voltou a preencher os lábios dele com os seus e a procurar no interior da sua boca aquele piercing que a deixava rendida ao seu leão. Afastou-se dos lábios dele para procurar o conforto do seu peito. Bill apertou-a contra si e deitou a sua cabeça sobre a dela, deixando-se repousar encostado a ela. Amava-a, agora, e para sempre. Não queria ver os olhos de Bea tristes, nem saber que ela se sentia mal. Preferia sentir-se ele mal e sofrer pelos dois, a ver que ela podia não se estar a sentir bem.

- Se quiseres ir ter com os teus amigos… - disse Bea.
- Tenho tempo… - disse Bill beijando a cabeça dela.
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MensagemAssunto: Re: Wir Schließen Uns Ein   Wir Schließen Uns Ein - Página 4 EmptySeg Fev 02, 2009 4:18 pm

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Dreia regressou à sala privada onde estavam os amigos. Reparou que Bea estava de olhos fechados a descansar sobre o peito de Bill, e que ambos estavam ligeiramente afastados do resto do grupo. Ficava mais descansada com a amiga, sabia que estava no seu lugar preferido – nos braços do Bill e que neles ia ser tratada como uma rainha. Não tinha com que se preocupar. Foi ter com o grupo de amigos que estava a conversar animadamente, e sentou-se ao lado de Georg. Não demorou muito para perceber qual era o tema da conversa. Sexo. Aliás… Tom Kaulitz e as suas aventuras sexuais.

- Conta-lhes aquela da gaja que te fez um bico e queria guardar o esperma para engravidar… - disse Andreas a rir.
- O quê??? – perguntou Jost – Nunca me tinhas contado essa…
- Xiiiiiii…. Essa era mesmo maluquinha! –
disse Georg rindo ao recordar-se da história que Tom lhe tinha contado.
- Fogo…. Não me digas nada! – disse Tom relembrando aquela aventura.

Dreia olhava para eles com um ar incrédulo. Era mesmo a típica conversa de rapazes, e mais que típica de Tom. Sexo, o que faziam e deixavam de fazer. Coitadas das raparigas que viam a sua intimidade exposta assim em frente de toda a gente, embora, as raparigas com quem Tom se envolvia normalmente não merecessem o respeito que uma rapariga normal mereceria, já que partia delas desrespeitarem-se e rebaixarem-se a níveis incrivelmente baixos. E aquela história parecia prometer baixar o nível da conversa à grande.

- A miúda insistiu que queria fazer-me um bico sem preservativo, e eu disse-lhe que não entrava nesses esquemas… - contou Tom como se tivesse a contar uma história perfeitamente normal de como tinha ido ao supermercado comprar M&Ms e não havia.

Dreia olhava impressionada para ele, como é que ele falava daqueles assuntos assim com tanta frieza e normalidade. Ela seria incapaz. Nunca tinha sequer conseguido contar a Bea pormenores mais íntimos do seu relacionamento com Tom, e Bea era a sua melhor amiga, seria incapaz de contar fosse o que fosse em público e perante uma audiência de várias pessoas. Começou a pensar no que Tom não devia ter contado sobre ela… e não gostou da ideia…

- … E lá lhe consegui arrancar quase à força a razão daquele pedido especial… queria guardar o meu elixir para no futuro ser mãe de gémeos… – disse Tom a rir perante a história e o riso contagiante dos que o ouviam – Juro… foi literalmente o que ela disse! Queria ter gémeos com os genes dos Kaulitz.

- E ris-te?
– perguntou Dreia que parecia ser a única horrorizada com aquela história.
- Agora riu-me! Na altura não achei graça nenhuma… - disse Tom

- E depois? – perguntou Jost interessado em saber o desenrolar da história.
- Depois, apresentei-lhe a vasta gama de sabores que tinha à escolha e a porta do quarto, e ela preferiu optar por sabor a amora e dedicar-se ao trabalho… – disse Tom sorrindo maliciosamente.

- Que nojo… - disse Dreia abanando a cabeça de forma negativa da esquerda para a direita.
- Isto já foi há imenso tempo… – disse Andreas a tentar controlar o riso que recordar aquela história lhe trazia – Imagina o Tom a ouvir isto… dava tudo para ver a tua cara naquele momento! – disse Andreas dirigindo-se a Tom.
- Fogo, não tens noção! Perdi logo a vontade de fosse o que fosse… Eu nem quero ter filhos… - disse Tom
- Não? – perguntou Dreia espantada.
- Achas??? Claro que não! Quero divertir-me… - disse Tom
- Nem daqui a uns anos? – perguntou Dreia.
- Eu não quero ter filhos. Nem agora, nem nunca! – disse Tom abrindo muito os olhos.

Dreia não conhecia esta faceta de Tom, nunca pensou que ele não quisesse ter filhos. Via-se mesmo que nunca tinha estado apaixonado a sério por ninguém. Não havia prova maior de amor que um filho, não havia maior união e perfeição que ver uma criança nascer fruto de um amor, e olhar para ela identificando-se a si mesma e à pessoa amada naquele ser pequeno e puro. Dreia queria ter filhos, em tempos tinha desejado ter muitos filhos com Tom, uma equipa de futebol se fosse possível, mas pelos vistos bem podia sonhar. Era incrível como sempre que julgava que já o conhecia, ele aparecia com revelações novas que a deixavam impressionada e desiludida.

- E ao menos foi bom? – perguntou Jost voltando à história que Tom contava.
- Ouve… muito bom! A gaja sabia perfeitamente o que estava a fazer… - disse Tom passando a língua sobre o piercing e recordando aquele momento.

- Que nojo… - voltou Dreia a dizer incomodada com aquela conversa.
- Estás com ciúmes? Se quiseres provar que és melhor, eu continuo a ter uma vasta gama de sabores na minha carteira, é só escolheres… - disse Tom piscando-lhe o olho.

Dreia olhou para Tom com desprezo e nojo. Como é que ele conseguia num momento parecer tão atencioso e preocupado e no momento a seguir voltar a ser indecente. Devia sofrer de uma doença bipolar, porque não era normal uma pessoa ser assim. Parecia que se tinha de armar sempre em engraçadinho quando estava à frente dos outros. Levantou-se do seu lugar e sentiu Georg segurar-lhe no braço.

- Não vás embora, ele está a gozar! – disse Georg que já conhecia bem o amigo.
- Mas eu não estou para isto… - disse Andreia que queria paz e sossego.

Soltou-se do braço de Georg e saiu da sala privada. Quando estava a fechar a porta sentiu alguém do outro lado a abrir a maçaneta. Largou-a e viu que era Tom. Virou-lhe costas e dirigiu-se para a casa de banho num passo apreçado. Tom seguiu-a e antes que ela conseguisse chegar à casa de banho, tomou a cintura dela com as mãos e empurrou-a para um canto da grande pista de dança do 5º piso da Berghain. Dreia sentiu-se estremecer ao sentir as mãos dele segurarem-na pela cintura. Era incrível como o simples toque das mãos dele a faziam sentir-se viva por dentro. Mas estava realmente magoada com aquela boca, principalmente agora que pensava que ele a via com outros olhos, que pensava que podia cultivar uma amizade com ele e ver-se livre do seu passado de uma vez por todas, mas não… ele insistia em provocá-la.

- Era preciso ficares assim? – perguntou Tom – Estava a brincar…
- Claro que estavas… -
disse Dreia com um ar ofendido e incomodado.
- A sério! – disse Tom sorrindo e mordendo sedutoramente a zona onde tinha o piercing – Mas não deixo de ter curiosidade… se quiseres experimentar… agora que não tens namorado e és livre de fazer o que queres…

- Tu não mudas!
– disse Dreia abanado a cabeça de forma negativa e depreciativa.
- Nunca… sou sempre o mesmo…. Qualidade garantida! – disse Tom passando uma mão pela cintura de Dreia e acariciando-a.
- Tudo se resumo a sexo, não é? – perguntou Dreia.
- Praticamente… - disse Tom aproximando-se ligeiramente do corpo dela.

- Então continuamos na mesma…. Amigo! – disse Dreia afastando-se de Tom.
- Mas achas que eu vou deixar de ser teu amigo por ir para a cama contigo? – perguntou Tom – Uma coisa não tem nada a ver com outra!
- Eu não quero ir para a cama com um amigo
– disse Dreia – Já tive a minha dose, não preciso, nem quero mais!

- Então foi isso que aconteceu?
– perguntou Tom interessado – Ele era muito bom mas não passava de sexo? É isso que tu não gostas? Que seja só sexo?

- Não tens nada a ver com isso… -
disse Dreia sentindo-se a corar. Não queria ter tocado naquele assunto.
- Mas tu comigo sempre gostaste…. Se ele era melhor que eu, devias ter gostado… - disse Tom a sorrir.
- E continuo a dizer que ele é bem melhor que tu! Mas é meu amigo, e chega a um ponto em que as coisas não funcionam, é só isso! – disse Dreia tentando esquivar-se.

- Estou a ver… ele tem ar de ser atadinho, nunca te ia conquistar só pela cama… - disse Tom.
- Tu nem sabes o que estás a dizer! Tu nem me conheces! – disse Dreia.
- Não te conheço? – perguntou Tom a rir – Querida… conheço o teu corpo melhor que o meu… todos os pormenores e de todos os ângulos – disse Tom voltando a colocar a sua mão forte na cintura de Dreia e puxando-a para ele. Ficando a escassos centímetros dos seus lábios.

Dreia colocou ambas as mãos sobre o peito de Tom afastando-o de si. Como é que se podia ter enganado tanto em relação a ele. Tinha mesmo pensado que ele estava mudado.

- E foi isso que contaste aos teus amigos? – perguntou Dreia.
- O quê? – perguntou Tom sem perceber.
- O que fazíamos, quantas vezes fazíamos, onde o fazíamos, de que ângulo… contaste esses pormenores todos, como contas os das outras? – perguntou Dreia ofendida.
- Não! Só ao Bill… - disse Tom
- Que vergonha! – disse Dreia colocando as mãos sobre a cara e corando bastante.
- Não te precisas de preocupar porque o Bill nunca quis ouvir, tentei contar-lhe uma vez mas ele pôs os dedos nos ouvidos e começou a cantar para não ouvir nada… - disse Tom a rir – E não ia telefonar aos outros a contar o que o tinha acontecido entre nós, eu não sou assim! Estas histórias são das tours. Ao pequeno-almoço acabo sempre por partilhar as mais engraçadas…

- Rica maneira de começar o dia… -
disse Dreia.
- …. E de acabar a noite! – disse Tom levantando a sobrancelha direita.
- Isso é contigo – disse Dreia – Não preciso de as ouvir…
- Tu é que foste ter connosco, quando te sentaste já estávamos a falar no assunto…
– disse Tom
- Para a próxima tenho mais cuidado… - disse Dreia.

- Vais ficar chateada comigo? – perguntou Tom olhando-a com um ar sério.
- Vou Tom… porque estou farta, já te disse que não queria que me mandasses essas bocas e não paras! – disse Dreia
- Eu sou assim… já me devias conhecer… – disse Tom
- E se ainda fossem só as bocas, mas agora começas a agarrar-me… - disse Dreia
- Desculpa… é mais forte que eu! – disse Tom – Apetece-me…. – começou Tom sendo interrompido por Dreia.
- O que quer que te apeteça, guarda para ti mesmo! E faz-me o favor de não me tocares, porque eu não quero que me toques! – disse Dreia.

- Oh Dreia… - começou Tom ao mesmo tempo que se aproximava um pouco dela.
- Pára! Não digas nada… não faças nada! Estou farta! Eu até aceito as piadinhas de vez em quando, se não te esticares, mas não quero que me toques nem que andes atrás de mim, percebes? Assim não aguento… – disse Dreia dando um passo atrás.

- Ok… Vou fazer por isso… - disse Tom.
- Dizes sempre a mesma coisa… - disse Dreia não acreditando nele.
- Mas desta vez é a sério! – disse Tom.
- O que vale é que é sempre “desta vez”… mas ainda não vi nada! – disse Dreia – Como é que alguém consegue ser tão ofensivo e encantador ao mesmo tempo? Consegues fazer sempre com que as pessoas acreditem em ti…
- É um dom… -
disse Tom piscando-lhe o olho.
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MensagemAssunto: Re: Wir Schließen Uns Ein   Wir Schließen Uns Ein - Página 4 EmptySeg Fev 02, 2009 4:19 pm

আ 78 আ



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Entrou na casa de banho num passo decidido para passar lá dentro o mínimo de tempo possível. Achava aquelas casas de banho horrendas, e sem qualquer sentido, era a única coisa que detestava na Berghain. Queria entrar, fazer o que tinha a fazer e sair o mais rápido possível para voltar para os braços de Bea que precisava dele, embora começasse agora a dar sinais de se estar a sentir melhor. Para seu espanto, não ouvia os ruídos habituais vindo das cabines da casa de banho, e isso já era um ponto positivo, talvez tal acontecesse por já ser tarde e não estar muita gente na discoteca. Quando estava mais ou menos a meio da casa de banho sentiu os pés embaterem contra algo. Bill não estava à espera de sentir algo no caminho e deu um pulo para trás. Tirou o telemóvel do bolso e apontou-o com a luz ligada em direcção ao caminho, para ver o que estava ali. Ao ver um corpo caído ficou imóvel, ao reconhecer nesse corpo as características físicas do seu irmão gémeo ficou petrificado, e foi imediatamente de encontro a ele, sentando-se no chão e virando-o de barriga para cima. Viu que Tom estava ligeiramente adormecido, e a sangrar do lábio e do sobrolho, abanou-o gritando pelo seu nome:

- TOM!!! TOM!!!

Bill não se estava a sentir muito bem à algum tempo, sentia uma impressão no peito, como se algo não estivesse bem. Mas como Bea precisava dele naquele momento tinha optado por ignorar esse aviso e ficar do seu lado, acreditando que estava tudo bem e que não passava de uma impressão sem qualquer tipo de fundamento. Afinal estava enganado. Era a ligação forte que tinha com Tom a chamar por si, era por sentir o irmão mal que tinha aquela dor no peito.

Tom abriu ligeiramente os olhos e contorceu a cara com a dor que sentia pulsar sobre o seu lábio e sobrolho. Levou uma mão à cabeça e outra ao braço de Bill que o segurava.

- Bill… - disse Tom num tom baixo e abafado.
- Estou aqui… - disse Bill abraçando o corpo inerte do irmão.
- Bill…
- O que é que aconteceu? –
perguntou Bill.


[Flashback]

Não se estava a sentir bem… sentia o estômago às voltas. Devia ter comido ou bebido alguma coisa que não lhe tinha feito bem. Entrou na casa de banho direito aos lavatórios e abriu a água, lavando a cara com água fria a ver se o ajudava. Ouviu uns passos a entrarem na casa de banho e a porta a fechar, olhou para o lado e não conseguia ver nada, sabia apenas que alguém tinha entrado na casa de banho pelo som dos seus sapatos e da porta. Até ouvir a voz dele…

- Ainda não te divertiste o suficiente? – perguntou Tom 2 num tom agressivo.
- Tom? És tu? – perguntou Tom

Tom 2 acendeu a luz do telemóvel, para que Tom o pudesse ver.

- Não me estou a sentir lá muito bem… podes chamar o meu irmão? – perguntou Tom limpando a água que tinha na cara com as mangas do seu casaco extra large.
- Não! – disse Tom 2 friamente – Sabes… não devias confiar em tudo o que te dão para beber…

Tom achou esquisita aquela afirmação. O que é que isso tinha a ver com o facto de ele se estar a sentir mal? Claro… tinha tudo a ver. Tom 2 tinha passado a noite a dar-lhe bebidas, como aliás sempre tinha feito, mas pelos vistos hoje as bebidas pareciam ter sido envenenadas. Mas porquê? Ele nunca lhe tinha feito nada, se Tom 2 já sabia do passado dele com a Dreia não tinha porquê só agora ser assim para si, a não ser que a razão deles terem acabo fosse ele…

- O que é que fizeste? – perguntou Tom – O que é que me puseste na bebida?
- Não é nada de mais… foi só uma coisinha para ficares zonzo e mal disposto! Para veres o que é que fazes às pessoas e pensares duas vezes antes de te meteres com ela novamente…
– disse Tom 2
- Com a Dreia? – perguntou Tom que começava a sentir-se a andar à roda e a precisar de se sentar.
- Sim… com a Andreia! Eu vi-te a fazeres-te a ela à bocado… Deixa-a em paz Kaulitz… eu não vou admitir que te faças mais à minha namorada. Percebes? – disse Tom 2 irritado.

- Mas vocês acabaram… - disse Tom apoiando-se no lavatório da casa de banho.
- Graças a ti! O que tu fizeste não se faz a ninguém, deixaste-a arrasada… e agora estás a tentar ver se a espezinhas mais… - disse Tom 2 – Mas não te vais divertir mais às custas dela… Garanto-te!

- Eu não quero espezinhar ninguém meu… ela é minha amiga… – disse Tom com dificuldade – … vai chamar o Bill, não me estou mesmo a sentir bem…

- Já te disse que não chamo ninguém… aprende a sofrer…aprende a sentires-te mal… a precisares dos outros e eles virarem-te as costas quando mais precisas. Considera esta a tua lição… Porque acredita que a meu ver precisavas de uma lição bem maior, mas prometi à Dreia que não te tocava… -
disse Tom 2 enraivecido e com uma vontade imensa de esmurrar Tom Kaulitz.

Tom voltou novamente a ouvir passos dirigirem-se para a porta. Pouco mais se lembrava, apenas de começar a ouvir um zumbido e de sentir a cabeça demasiadamente pesada, as pernas demasiadamente fracas e os braços sem força suficiente para o aguentarem muito mais tempo em pé. Desmaiou, batendo com a cabeça na torneira, abrindo-a num golpe, e embatendo com o queixo contra o lavatório fazendo com que os seus dentes encontrassem a pele sensível dos seus lábios e os rasgassem.


[Flashback]


- Desmaiei… – disse Tom.
- Sentes-te bem? – disse Bill preocupado
- Dói-me a cabeça… e o lábio… - disse Tom
- Pois…estás a sangrar… – disse Bill preocupado – É melhor irmos ao hospital ou assim…
- Não é preciso… -
disse Tom – Ajuda-me só a levantar…

Bill levantou-se do chão e puxou o irmão para cima. Tom ainda estava fraco e sentia-se dorido. Colocou um braço à volta do pescoço de Bill, enquanto Bill o segurava pela cintura e com a ajuda da luz do telemóvel limpou o sangue do lábio, e colocou um pedaço de papel sobre a cabeça para estancar o sangue que lhe saia da zona do sobrolho. Saiu da casa de banho em direcção à sala privada, a aguentar-se melhor em pé, mas a sentir-se ainda bastante zonzo e mal disposto. Procurou com o olhar Tom 2 atrás do bar, e não o viu. Quando entrou na sala privada, Bill ajudou-o a sentar-se no sofá ao lado de Bea e os seus amigos ao verem a figura debilitada de Tom foram ter com eles. Bill contou o que tinha acontecido e avisou que iam embora.

Bea já se sentia melhor graças ao efeito do comprimido para a dor de cabeça que tinha tomado no início da noite. Pediu a Tom para levantar o papel que segurava sobre o sobrolho e espreitou o golpe. Não parecia ser fundo, e parecia estar a começar a estancar. Não precisavam de ir para o hospital, tinham era de desinfectar aquilo bem e colocar um penso sobre a ferida. Já o lábio de Tom parecia agora começar a adoptar um tom arroxeado e a ficar inchado devido à pancada. Tom começava agora também a queixar-se do queixo, que tinha sofrido a pancada no lavatório e estava dorido.

Dreia sentou-se ao lado de Tom, do lado oposto de Bea, e olhava para Tom sem saber o que dizer ou fazer. Ainda há instantes tinha estado com ele e estava tudo bem….bem demais até, e agora estava ali, visivelmente drogado e aleijado. Apetecia-lhe chorar, mas ao mesmo tempo abraçá-lo e fazê-lo sentir-se melhor, beijá-lo, afagá-lo, protegê-lo no seu peito… Sentia uma dor imensa no seu interior por saber que nada do que fizesse podia levar a dor que Tom estava a sentir naquele momento, e por saber que por mais que quisesse fazer algo por ele, tinha de se conter e abafar aquele sentimento de pertença e de afeição que sentia, porque ele não merecia o seu amor. Mas como amiga podia sentir a preocupação.

- Vamos embora.... – disse Bill estendendo um braço a Tom para o ajudar a levantar do sofá.
- Não… - disse Tom enterrando-se mais no sofá.
- É melhor ir Tom… vocês têm coisas para desinfectar as feridas lá em casa? – perguntou Bea a Bill.
- Não faço ideia… - disse Bill
- Então vamos para minha casa, tenho lá um kit de primeiros socorros com tudo… – disse Bea

- Eu vou com vocês… – disse finalmente Dreia
- Não! Tu vais para casa, já tiveste problemas que cheguem com os teus pais esta semana, não vais chatear-te com eles por causa disto… - disse Bea

- Mas… - começou Dreia por dizer.
- Mas nada… ele está bem, é só uma ferida não é nada de mais… - disse Bea diminuindo o estado de Tom para que a amiga não se preocupasse.

- Anda lá… - disse Bill esticando novamente os braços para levantar Tom do sofá.
- Não…. Antes de ir tenho uma queixa para fazer… - disse Tom olhando para Dreia que transparecia uma expressão de preocupação nos seus olhos de tom amarelado e vidrados de lágrimas que estavam presas neles.
- Uma queixa? – perguntou Jost que como manager de Tom era sempre alvo de todas as queixas que ele tinha, e se preparava para ouvir a próxima – O que é que foi?
- Quero fazer uma queixa contra o Tom… -
disse Tom olhando para Dreia e vendo a cara de espanto dela.

- Contra o Tom? Porquê? – perguntou Dreia pasmada.
- Ele drogou-me… pôs-me uma cena qualquer na bebida… – disse Tom
- Porque é que estás a dizer isso? – perguntou Dreia exaltada a pensar que era maldade de Tom.
- Calma querida… - disse Bea olhando para a amiga.
- Estás a gozar? – perguntou Bill – Ele fez isso?
- Sim… por isso é que me estou a sentir mal….
– disse Tom
- Como é que sabes que foi o Tom? – perguntou Gustav perplexo.
- Ele fez questão de me dizer que tinha sido ele, e que esta era a minha lição… – disse Tom olhando para Dreia.

- Eu não acredito… – disse Dreia sentindo as gotas que estavam presas nos olhos caírem livremente pelo seu rosto.

Não conseguia acreditar que Tom 2 tivesse tido coragem de fazer aquilo. Ele tinha-lhe prometido que não ia fazer nada, que não ia atentar contra Tom Kaulitz. Olhava para Tom sentado naquele sofá, com uma postura debilitada como nunca o tinha visto adoptar e sentiu um peso imenso no coração ao perceber que a culpa era sua. Ela é que devia sentir aquela dor…

- Eu mato aquele gajo…. – disse Bill virando costas a Tom num acesso de raiva e dirigindo-se para a porta, sendo seguido por Nathalie que o impedia de sair e de cometer uma loucura.
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MensagemAssunto: Re: Wir Schließen Uns Ein   Wir Schließen Uns Ein - Página 4 EmptyTer Fev 03, 2009 5:02 pm

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- Eu mato aquele gajo…. – disse Bill virando costas a Tom num acesso de raiva e dirigindo-se para a porta, sendo seguido por Nathalie que o impedia de sair e de cometer uma loucura.


- Não faças queixa contra ele…. – pediu Dreia.
- Ele drogou-me… - disse Tom boquiaberto com aquele pedido de Dreia.
- Calma…. – disse Bea – Dreia… o que o Tom fez, não se faz…
- A culpa é minha… -
disse Dreia limpando as lágrimas.
- A culpa não é tua… tu não tens culpa que ele drogue ninguém… - disse Bea

- Eu vou fazer queixa dele… Ele não pode trabalhar num sitio destes, ele é maluco… - disse Tom
- Calma…Tom…pensa nisso… o que ele fez não tem justificação, mas o Tom precisa mesmo deste trabalho, é com o dinheiro deste trabalho que ele paga a faculdade e a casa onde mora… – disse Bea
- E? Tivesse pensado antes de fazer o que fez… - disse Tom

- Não faças queixa contra ele, por favor… - suplicou Dreia.
- Tu tens noção do que me estás a pedir? – perguntou Tom.
- Sim… - disse Dreia – Por favor Tom…
- Ele merece… -
disse Tom
- Eu sei que ele merece, mas ele agiu sem pensar. Eu vou falar com ele… mas não faças queixa. Se quiseres pede para que ele seja transferido para outro andar da Berghain, mas despedido não… por favor… ele precisa mesmo deste trabalho… – pediu Dreia.

Tom sentiu-se tocado por aquele pedido de Dreia. O que Tom 2 lhe tinha feito era realmente grave, e de certa forma 2 tinha tido sorte, porque Tobi não estava lá naquela noite. Tinham ido sair sem seguranças, porque caso eles estivessem, era certo que Tom 2 só sairia daquela discoteca numa ambulância. Tom não era uma pessoa vingativa por natureza, mas quando se metiam com ele ou com o irmão, não tolerava que saíssem a rir. Mas perante um pedido tão emocionado e sentido de Andreia, via-se forçado a aceder, por ela, pela sua amizade. Ia dar o braço a torcer quando tudo o que lhe apetecia era torcer o braço de 2 até partir. Sentia uma raiva imensa dentro de si, ao mesmo tempo que se sentia ainda adormecido e zonzo. Dreia devia gostar muito de 2, para interceder por ele perante a gravidade do que tinha acontecido.

- Por favor Tom… - pediu novamente Dreia.
- Ok… Mas vou pedir que o transfiram. Nunca mais volto cá enquanto ele trabalhar neste piso… - disse Tom
- Obrigada… - disse Dreia visivelmente emocionada com aquele gesto – Vou falar com ele…
- Cuidado Dreia… -
disse Bea ao vê-la levantar-se transtornada e sair da sala.

Enquanto observava Dreia sair da sala, deparou-se com uma cena que lhe causou um choque no seu interior. Ao pé da porta da sala estava Bill visivelmente possuído e enfurecido com o facto de ter descoberto que a culpa do irmão estar como estava era de Tom 2, via-o a barafustar e a gesticular de forma agressiva. Observava o seu namorado, a agir de forma viril e máscula. Nunca o tinha visto assim, ele era sempre tão sensível e meigo, a única vez que se lembrava de o ter visto mais agressivo tinha sido em casa de Gustav com Gonçalo, mas mesmo dessa vez não tinha visto o seu leãozinho, adoptar uma postura de verdadeiro rei da selva, de um verdadeiro leão. O Bill que via à sua frente estava notoriamente enraivecido, e Bea percebia que para ele devia ser impensável, uma pessoa que era de sua confiança, drogar o irmão e deixá-lo desmaiado na casa de banho. Tinha a certeza que Bill se, se cruzasse com Tom 2 o espancava, mesmo que isso significasse que o seu corpo alto e esguio ficasse desfeito. Com o seu irmão ninguém se metia, o sangue do seu sangue… Bea olhava para Bill com desejo. Nunca o tinha visto assim, e aquela postura mais agressiva e defensiva daquele que para Bill era tudo na vida fazia com que Bea sentisse uma onda de paixão percorrer-lhe o corpo. Bill estava apetecível e irresistível, gostava de o ver assumir o papel de leão que ela só conhecia na intimidade, para defender Tom. Mas detestava o facto de há sua frente estar Nathalie, e de ela procurar acalmá-lo tocando-lhe e abraçando-o. Nathalie passava a mão sobre a cara de Bill pedindo-lhe calma e contenção. Bea só se sentiu mais calma ao perceber que Bill estava tão embravecido que só pensava em ver-se livre dela e passar pela porta que dava acesso à pista da Berghain, não tendo qualquer interesse, nem manifestando qualquer prazer das demonstrações de carinho que Nathalie tinha para com ele. Mesmo assim, não o queria ali com ela…

- Bill… - chamou Bea.

Bill olhou para Bea e largou Nathalie onde estava para ir ao seu encontro. Sentou-se ao seu lado e olhou para o irmão.

- Eu juro-te que me vingo daquele gajo… - disse Bill delineando o maxilar com a força com que cerrava os dentes.
- Não vais fazer nada… - disse Bea olhando para ele com admiração – Vamos embora … o Tom precisa desinfectar as feridas…
- Eu juro que se o apanhar à frente posso ir parar ao hospital, mas ele também vai… -
disse Bill continuando a cerrar os dentes fazendo com que o seu maxilar se definisse mais e mostrasse as suas características masculinas de forma mais acentuada.

Bea achou-o tentadoramente sexy, e não resistiu em abraçar o pescoço dele e beijá-lo, dizendo:

- Amo-te…

Bill sorriu para Bea e abraçou o corpo dela respondendo:

- Amute – disse Bill numa tentativa de falar português – Sentes-te melhor?
- Muito melhor… -
disse Bea beijando Bill novamente.
- Vamos? – perguntou Bill a Tom – Ou queres fazer a queixa já?
- Ele não vai fazer a queixa… -
disse Bea

- Estás a gozar??? – disse Bill enraivecido olhando para Tom.
- Não… vou pedir para que ele seja transferido… - disse Tom
- Estás a gozar Tommi?? Olha para o teu estado… Olha o que ele te fez!!! E nós confiávamos nele… Aquele gajo tem de pagar… - disse Bill alterado.

- A Dreia pediu-lhe para não o despedir… - explicou Bea
- Estou-me a cagar para o que a Dreia pediu… Estou-me a cagar para tudo… ser transferido não é nada…ele merece ser despedido, e merece que dês queixa dele na policia… – disse Bill
- Não quero escândalos… - disse Tom – Vamos esperar que a Dreia volte e vamos embora…
- Tu podes ficar à espera que a Dreia volte, mas eu vou falar com o gerente desta merda e pedir-lhe que ele faça alguma coisa… –
disse Bill
- Eu sei que estás chateado, e que se fosse contigo eu ficava na mesma… – disse Tom ainda debilitado – Mas eu não quero que faças isso… deixa o Jost tratar de tudo…

Tom chamou Jost que estava ligeiramente afastado a conversar com os amigos sobre o que se tinha passado e pediu para ele falar com o gerente e pedir que Tom 2 fosse transferido para outro piso da Berghain por causa de distúrbios de ordem privada. Jost assentiu e saiu da sala para executar a sua função de manager, e tomar conta dos seus clientes da melhor forma que podia.

- Eu nunca mais volto cá… - disse Bill decepcionado com a atitude do irmão.
- Nunca digas nunca… - disse Tom
- Nunca! – repetiu Bill.

Bea abraçou-se a Bill à medida a que passava as suas mãos nas costas dele para o acalmar. Agora o mal estava feito e tinham era de tentar remediá-lo da melhor maneira possível, e a maneira de fazer isso era tratar de Tom. Bill abraçou Bea e beijou-lhe a testa. Bea sorriu, mesmo agressivo, Bill continuava a ser querido e meigo consigo, sabia que ele gostava mesmo de si. Deu consigo a olhar para a volta enquanto sentia a força dos braços de Bill ao seu redor e viu que Nathalie estava a poucos metros deles a olhá-los com uma expressão vazia.


Suspect Suspect Suspect Suspect Suspect Suspect Suspect Suspect Suspect Suspect Suspect Suspect Suspect Suspect Suspect Suspect Suspect Suspect


Limpou as lágrimas todas que tinha a escorrerem na sua cara, e respirou fundo tomando uma postura austera e determinada. Tom 2 tinha passado qualquer limite que alguma vez tinha pensado que pudesse existir. Tinha magoado uma das pessoas que ela mais amava, e indirectamente tinha-a magoado muitíssimo. Mais que ver a pessoa que amava do fundo do coração magoada fisicamente e debilitada, saber que 2 o tinha feito por sua causa, que ela era a razão pela qual Tom estava sentado num sofá a estancar um golpe na cabeça e cheio de dores no lábio e queixo, já para não falar de se sentir drogado, zonzo e enjoado, sem forças para se aguentar bem de pé, causava-lhe uma angústia incalculável. Avistou-o atrás do bar e foi ter com ele, Tom 2 sorriu ao vê-la e pediu para fazer uma pausa de cinco minutos. Foi ter com Dreia de sorriso na cara, como ia sempre. Mas Dreia estava inflexível na sua postura.

- Como é que foste capaz? – perguntou Dreia.

- Andreia… - disse Tom percebendo que ela já sabia de tudo – Ele merecia…ele merecia muito mais!
- E tu merecias o quê? Ir para a prisão… o que tu fizeste é crime Tom!!!
– disse Dreia quase a gritar com ele. Dreia não se lembrava da última vez na sua vida em que tinha gritado a alguém…

- Mas eu não lhe fiz nada…só o droguei! – disse Tom
- SÓ?? E é pouco? – perguntou Dreia
- Muito pouco…para o que ele te fez é mesmo muito pouco! – disse Tom 2.

- E o que tu me fizeste… – afirmou Dreia
- O que é que eu te fiz? – perguntou Tom 2 espantado.
- Meteste-me no meio desta confusão! O Tom é meu amigo….tu drogaste um amigo meu! Como é que achas que me sinto, por saber que se não fosse por minha causa não tinha um amigo a sofrer neste momento? – perguntou Dreia.
- Sofrer? Andreia, aquilo não faz mal a ninguém… só o deixa zonzo e mal disposto, ele não vai morrer… - disse Tom desdramatizando.

- Tirando a parte em que ele caiu e está a sangrar da cabeça e do lábio… – disse Dreia.
- A sangrar? – retorquiu Tom 2 sendo atingido pelas palavras de Dreia directamente no coração.
- Sim… tu deixaste o Tom desmaiado na casa de banho a precisar de socorro e viraste-lhe as costas de forma fria e calculista… – disse Dreia – Nunca pensei que fosses capaz…
- Eu não sabia disso… -
disse Tom 2 preocupado com as consequências dos seus actos – Ele estava a fazer-se a ti, e reparei que tu estavas a evitá-lo… Eu queria que ele parasse e sentisse aquilo que te fez sentir…

- Se estás a tentar fazer-me sentir pior, estás a conseguir… -
disse Dreia visivelmente tocada pelos acontecimentos daquela noite.
- Não… tu não tens culpa de nada… eu só o queria assustar, mas nunca pensei que ele se fosse aleijar com isso, eu não o queria magoar… quer dizer, eu queria, mas prometi-te que não o fazia e tencionava cumprir essa promessa – disse Tom 2.
- Que desculpa esfarrapada… - disse Dreia abanando a cabeça da esquerda para a direita.

- Desculpas-me? – perguntou Tom 2.
- Não é a mim que tens de pedir desculpa… - disse Dreia.
- Mas eu preciso de saber que não ficaste magoada comigo e decepcionada… - disse Tom 2.
- Claro que fiquei magoada contigo e decepcionada!!! – disse Dreia como sendo a coisa mais lógica à face da Terra.

- Espero que um dia me possas desculpar… - disse Tom 2.
- Não acho que vá conseguir Tom…sinceramente…. – disse Dreia – Peço-te por favor que te afastes de mim e dos meus amigos… por o menos por uns tempos. Como deves imaginar ninguém te quer ver à frente agora.
- Eu percebo… -
disse Tom com um ar triste a perceber que tinha estragado todas as possibilidades de alguma vez voltar a ter Andreia para si.

Nesse momento a porta da sala privada abria, e de lá de dentro saíam os irmão Kaulitz e os seus amigos. Tom ia apoiado em Andreas e Gustav. Bill ia abraçado a Bea e procuravam com os olhos Dreia. Quando a encontraram num canto do bar a falar com Tom 2 de forma fervorosa, Bea largou Bill e foi directa a ela para a avisar que iam embora, já estavam fartos de estar à espera e Tom precisava de ir para casa descansar. Georg já tinha ido buscar o Cadillac de Tom para o pôr à porta e evitar que muita gente os visse sair da Berghain com Tom naquele estado. Lançou um olhar de desdém a Tom 2, como que o a recriminá-lo pelo que ele tinha feito, e pegou no braço de Dreia para a puxar para casa. Bea virou costas a Tom 2 e viu Bill a vir lançado e directo a ele, levantou um punho cerrado e antes que Tom 2 tivesse a possibilidade de se defender, Bill espetou-lhe um murro na bochecha esquerda dizendo:

- Agora aprende tu a lição…

Bea largou Dreia e pegou no braço de Bill tirando-o dali à força, com a ajuda de Dreia que ia puxando Bill pelo outro braço, enquanto Bill fazia força para ficar ali e continuar aquilo que tinha começado.
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MensagemAssunto: Re: Wir Schließen Uns Ein   Wir Schließen Uns Ein - Página 4 EmptyTer Fev 03, 2009 5:03 pm

 80 



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Tom estava sentado no tampo da sanita de casa de Bea, enquanto ela pegava em algodão e água oxigenada para lhe desinfectar as feridas.

- Auuuuu… - disse Tom quando sentiu Bea aproximar o algodão do seu sobrolho.
- Ainda nem te toquei! – disse Bea ao ver que ele estava a fazer fita.
- Auuuu… - disse Tom quando Bea finalmente encostou o pedaço de algodão embebido em água oxigenada à sua cabeça.
- Não sejas mariquinhas, isto não arde! – disse Bea soprando para a ferida como se fazia às crianças.
- A ti não te arde de certeza… - disse Tom contorcendo a cara com dor.
- Queres que ponha álcool para veres o que é arder? – perguntou Bea.

Tom calou-se. Se água oxigenada não era bom, álcool numa ferida aberta era um pesadelo. Deixou-se ficar sentado e calado, enquanto Bea cuidava dele. Bill entrava pela porta da casa de banho com um saco com gelo envolvido num pano de cozinha, sobre a mão direita. Tinha ficado com os nós dos dedos doridos e ligeiramente inchados com o murro que tinha dado a Tom 2.

- O meu orgulho… - disse Tom sorrindo para Bill.

Bea olhou para a porta e viu Bill a entrar, largou Tom e verificou a mão de Bill, aquela mão perfeita, forte e esculpida, reparou que o nó dos dedos começava a adoptar uma cor arroxeada, e passou os seus lábios na zona em que Bill estava aleijado com suavidade, de maneira a permitir que ele se sentisse acarinhado e a não provocar-lhe dor. Bill sorriu com aquele gesto terno de Bea e com a mão esquerda, segurou-lhe na cara e levou os seus lábios até aos dela, acarinhando ao mesmo tempo a sua face com o polegar.

- E eu? Não tenho direito a beijinho? – perguntou Tom a meter-se com o casalinho apaixonado.
- Claro que tens…anda cá… - disse Bill indo ter com Tom.
- Não! – disse Tom desviando-se dos lábios de Bill mas sendo atingido por eles na bochecha esquerda – Eu queria um beijo da Bea…
- Estica-te… estica-te… - disse Bill ameaçando o irmão a rir.

Bea abraçou a cintura de Bill a sorrir. Adorava ver Bill assim, a sua postura firme e segura de si mesmo aliada à vontade de proteger aqueles que mais amava tornavam-no tão sensual e apetecível. Adorava ver a maneira como irracionalmente tinha defendido o irmão, de forma máscula e viril. Não podia esconder, estava bastante excitada com os acontecimentos daquela noite e Bill ia sair beneficiado uma vez que estivessem a sós.

Bill encostou-se no lavatório, enquanto punha gelo sobre a mão ferida e assistia a Bea tratar do irmão. Bea colocou um penso sobre o sobrolho de Tom, e olhou para o lábio dele a pensar o que podia fazer para que o inchaço e o tom arroxeado pudessem desaparecer, e só se lembrou de gelo. Foi até à cozinha e tirou gelo do congelador, colocou-o num saco de plástico e envolveu-o noutro pano de cozinha. Quando estava a regressar para a casa de banho, ouviu bater à porta. Estranhou… eram 5h da manhã… Espreitou na ocular e viu que era Dreia. Abriu a porta.

- Tu és teimosa… - disse Bea
- Falei com a minha mãe e disse-lhe que dormia aqui hoje…não te importas? – perguntou Dreia entrando.
- Tu foste acordar a tua mãe às 5h da manhã para lhe pedires para dormir cá? – perguntou Bea, e ao reparar que Dreia assentia acrescentou – Havias de ser minha filha…

Dreia riu com a afirmação de Bea. Bea fechou a porta e anunciou que os rapazes estavam na casa de banho. Seguiu caminho até eles, sendo seguida de perto por Dreia.

- Toma… põe gelo no lábio… – disse Bea estendendo o pano com o saco de gelo a Tom – Acho que é a única coisa que se pode fazer agora, o golpe já fechou…
- A minha médica… -
disse Tom sorrindo para Bea em forma de agradecimento, à medida que punha o gelo sobre o lábio.
- Tua? – perguntou Bill num tom inquiridor – Arranja outra que ela é minha… - disse Bill abraçando Bea pela cintura e puxando-a para si, encostando as costas dela ao seu tronco e passando a mão esquerda pelo seu pescoço para tirar os cabelos de Bea do caminho e poder beijar-lhe o pescoço, provocando nela um sorriso encantador e uma onda de cócegas que deixavam Bea ainda mais desperta para Bill.

- Queres ser minha médica Dreia? – perguntou Tom sorrindo e passando a língua sobre o piercing de forma a provocá-la.

Dreia ficou momentaneamente paralisada e sem saber o que dizer. Claro que queria, queria ser a médica dele, tanto fisicamente como sentimentalmente. Queria tratar dele o melhor que sabia e conseguia e varrer toda a dor que ele sentia para um sítio bem distante.

- Não. Mas posso ser a tua enfermeira se precisares… - disse Dreia sentindo-se corar com o que tinha acabado de dizer.
- Ahhh…adoro enfermeiras… – disse Tom com um ar guloso de quem pensava em fetiches – E o que é que eu devo fazer quanto ao meu queixo Senhora Enfermeira? É que está a doer-me…

- Nada! –
disse Bea a ver que Tom estava a esticar-se demais para cima de Dreia – Aguenta a dor como um homenzinho! Vocês querem ficar cá a dormir?
- É melhor… se não houver problema para ti… ainda me sinto um bocado zonzo… -
disse Tom.
- Na boa! – disse Bea que estava desejosa de poder estar a sós com Bill - Dreia ajudas-me a fazer a cama na sala?
- Claro!
– disse Dreia.

As raparigas saíram da casa de banho e foram ao quarto buscar lençóis e cobertores para fazer o sofá cama na sala. Quando começaram a tirar a cama para fora, Bea achou por bem tocar no assunto Toms…

- O que o 2 fez foi mesmo feio… - disse Bea.
- Eu sei… Nem acredito que ele foi capaz de fazer aquilo… - disse Dreia pondo-se do lado oposto de Bea e esperando que ela abrisse o lençol de baixo para a ajudar a fazer a cama.
- Ele merecia mesmo que dessem queixa dele na policia… - disse Bea estendendo o lençol e entalando-o no colchão.
- Eu sei… mas ao mesmo tempo tenho pena dele… - disse Dreia entalando o lençol.
- Pena? – retorquiu Bea – Querida, tu não tens nada a ver com o facto dele ser mentalmente afectado! Não é por tu teres acabado com ele, que ele tem direito de fazer seja o que for, a quem quer que seja! Isso não é resposta nem justificação para nada, muito menos para drogar uma pessoa! – disse Bea estendendo outro lençol e entalando-o na cama.

- Sim… mas sinto-me culpada… - disse Dreia ajudando com o lençol.
- Acredita que não tens culpa. Ele é que não sabe lidar com o que sente! Tu não tens culpa disso… - disse Bea estendendo o cobertor sobre a cama e entalando-o – Mas o Bill já o fez abrir os olhos… - disse Bea a sorrir, orgulhosa do seu leão.
- Podes crer… não estava nada a ver o Bill fazer uma coisa daquelas… só mesmo pelo Tom! Acho que nem se fosse por ele mesmo, ele reagia de forma tão violenta! – disse Dreia impressionada, à medida que entalava o cobertor.
- Não tinha pensado nisso, mas acho que tens razão… - disse Bea mordendo o lábio inferior ao rever as imagens daquela noite na cabeça, mas logo tirou o ar embevecido da cara ao lembrar-se de Nathalie… - Não sei porque, mas esta noite fiquei com a impressão que a Nathalie anda atrás do Bill…

- A Nathalie? Não anda nada… eles são amigos! – disse Dreia colocando a fronha numa almofada.
- Não sei… a maneira como ela olha para ele, como lhe toca e tenta estar sempre em todo o lado onde ele está! – disse Bea desconfiada de que algo não estava certo.
- Eles conhecem-se há anos! – disse Dreia – Ela viu-o crescer…
- E? Não ia ser a primeira pessoa a apaixonar-se por um rapaz mais novo… -
disse Bea – Ainda por cima pelo Bill, ele desenvolveu imenso e é um rapaz interessante e atraente.
- Não acredito… se ela gostasse dele já tinha tentado alguma coisa! –
disse Dreia – Geralmente as coisas têm um timing certo para acontecer…

- E porque é que esse timing não pode ser agora? O Bill apercebeu-se que gostava de mim quando me viu com o Gonçalo. Porque é que ela não se pode aperceber que gosta dele ao vê-lo comigo? –
raciocinou em voz alta Bea.
- Pois, até pode… - disse Dreia a ver que até fazia sentido - … Mas eu acho que não é nada! Não tens com que te preocupar!
- Espero que sim… porque saber que ele vai estar quatro meses a viver com ela, não me está a deixar nada contente neste momento… –
disse Bea.
- Acredito… - disse Dreia.

- Querida… importas-te que eu durma com o Bill? – perguntou Bea.
- Estás-me a pedir autorização para dormir com o Bill? – perguntou Dreia a rir.
- Não… – disse Bea a rir ao perceber o quão estúpida aquela pergunta tinha soado – Estou a pedir-te autorização para te deixar sozinha com o Tom…
- Ahhh… -
exclamou Dreia.
- Não te importas… eu sei que não é algo que uma boa amiga faça… - disse Bea.
- Por amor de Deus!!! Achas mesmo que ia ficar chateada contigo por ires tratar da mão do Bill? – perguntou Dreia sorrindo maliciosamente – Ele está a precisar que tu o mimes e trates dele…
- Pois… é só para isso… para lhe tratar da mão! –
disse Bea sorrindo.
- Eu cá me arranjo com a ovelha negra. Ele hoje está lesionado por isso não tem problema, não é um grande perigo para a minha integridade física, nem mental! – disse Dreia a rir.
- Tens a certeza? – perguntou Bea novamente.
- Absoluta! Vai ser a médica perfeita para o teu leão… - disse Dreia piscando-lhe o olho.

Bea e Dreia voltaram à casa de banho onde ainda estavam os gémeos a falar da noite atribulada que tinham vivido, e Bea propôs comer alguma coisa para depois irem descansar e esquecer os acontecimentos daquela noite, mas nenhum dos gémeos estava com vontade para tal. Tom ainda estava mal disposto e a ideia de comer ou beber alguma coisa era-lhe repudiável naquele momento, e Bill estava cansado e desejoso de encontrar uma cama onde dormir.

- Então querem ir já dormir? – perguntou Bea.
- Por mim… - disse Bill tirando o saco de gelo sobre a mão que já se encontrava congelada, e pousando-o no lavatório.
- Pode ser… quanto mais rápido adormecer, mais rápido isto passa… - disse Tom segurando o saco de gelo contra o lábio.

- Então como é que fazemos com as camas? – perguntou Bill a Bea.
- Nós podemos ficar no meu quarto e eles na sala… - disse Bea – Acho que já somos TODOS crescidinhos – frisou Bea olhando para Tom – e sabemos comportar-nos…
- Não percebi porque é que olhas-te para mim… - disse Tom a fazer-se de inocente.

Bill riu ao ver o irmão e a namorada a trocarem boquinhas e olhares ameaçadores.

- Precisas de ajuda para ir para a sala? – perguntou Bill a Tom.
- Não! Acho que já me aguento bem, e tenho a minha enfermeira para me ajudar… não te preocupes! – disse Tom piscando o olho a Bill e pondo-se de pé apoiando-se no autoclismo.
- Ok… então boa noite! – disse Bill para Dreia e Tom – Qualquer coisa é só gritar…
- Eu não posso dizer o mesmo de vocês… peço-vos para controlarem os gritos, porque eu quero dormir!
– disse Tom sorrindo maliciosamente.
- Ah Ah…que engraçadinho! – disse Bea ironicamente – Boa noite!
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MensagemAssunto: Re: Wir Schließen Uns Ein   Wir Schließen Uns Ein - Página 4 EmptySeg Fev 09, 2009 6:49 pm

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Wir Schließen Uns Ein - Página 4 Backstagepics26xa4




Tom estava deitado no sofá-cama de olhos fechados. Sentia-se zonzo e ligeiramente enjoado. Sentiu Dreia aproximar-se e abriu ligeiramente os olhos. Viu-a sentar-se do outro lado da cama, tirar os sapatos e as meias e esticar-se ao comprido, preparando-se para se tapar com os lençóis.

- Não te vais despir? – perguntou Tom interessado.

Dreia olhou para Tom com uma cara espantada que denotava através dos seus olhos de gata (que adoptavam uma tonalidade amarelada) indignação e revolta. Nem estando mal Tom era capaz de parar um segundo que fosse. Respirou fundo e puxou os lençóis sobre si, ignorando aquilo que Tom tinha dito.

- Não é por causa disso…. – disse Tom para disfarçar o seu interesse.
- Do quê? – perguntou Dreia olhando para ele com um ar altivo.
- Do que estás a pensar… - disse Tom
- Eu não estou a pensar em nada… - disse Dreia desconversando – Só em dormir!
- Eu também! –
disse Tom prontamente – É só para não sujares, nem amarrotares a tua roupa. Amanhã tens de a vestir de novo…
- Eu moro aqui em baixo! Se amarrotar ou sujar a roupa não me cruzo com ninguém até chegar a casa!
– disse Dreia sentando-se encostada às costas do sofá com as pernas esticadas sobre a cama.

- Mas eu posso-te emprestar uma das minhas t-shirts se quiseres… - disse Tom tentando ser prestável.
- Não é preciso… - disse Dreia – Obrigada.
- Por o menos tira as calças de ganga… não dão jeito nenhum para dormir… –
disse Tom sorrindo disfarçadamente.

Dreia sabia que Tom tinha razão. Dormir de calças de ganga era horrível, já tinha tido essa experiência e tinha jurado para nunca mais. Mas sabia que as intenções de Tom não eram o seu conforto e bem-estar, e não estava disposta a dar-lhe esse prazer, nem a colocar-se numa posição mais íntima com ele. Já iam partilhar a cama, já chegava de intimidades por um dia, até porque não queria sentir-se exposta ao seu lado, e sabia que se tirasse as calças o seu fio dental seria o centro das atenções daquela noite, e Tom não iria perdoar aquele pormenor.

- Não tem problema… - disse Dreia
- Fogo…andas muito envergonhada… - disse Tom – Acho que não tens nada que eu nunca tenha visto!

- Viste quando podias ver… -
disse Dreia
- Já não posso? – perguntou Tom.
- Não… somos amigos, e eu não tenho por hábito despir-me à frente dos meus amigos… – disse Dreia
- Tu é que sabes… - disse Tom fingindo-se de ofendido, mas não compreendendo o porquê dela se mostrar tão reticente.

Dreia deitou-se e virou-se de costas para Tom, mostrando o interesse de terminar a conversa por ali. Não se sentia confortável, mas não ia dar o braço a torcer. Sentiu Tom levantar-se com dificuldade da cama e ouviu-o mandar roupa para o chão. Sentiu o corpo estremecer com a ideia de ele se estar a despir para se enfiar na sua cama, na cama onde iriam passar uma noite juntos passados tantos meses separados. A ideia de o ter a escassos centímetros do seu corpo, de sentir o calor dele na sua pele, despertava todos os seus sentidos. Queria-o, desejava-o, mais do que alguma vez o tinha desejado. Sabia o poder que ele tinha sobre si, conhecia o estado insano em que as mãos dele a deixavam, reconhecia a força dos seus lábios e o poder que as suas rastas tinham em lhe provocar um sem fim de cócegas ao embaterem no seu corpo. Sentiu Tom sentar-se novamente na cama. Instaurou-se um silêncio. Dreia não sentiu mais nenhum movimento por parte de Tom, mas não queria virar-se para trás e dar-lhe importância, mas a verdade é que Tom não estava bem, e ela estava preocupada com ele. Sentia-se culpada por ele estar a sofrer as consequências dos seus erros. Se nunca se tivesse envolvido com Tom 2, Tom não estaria a sofrer naquele momento, provocando no seu interior uma angústia desmedida. Rodou ligeiramente a cabeça para trás de modo a ver Tom e reparou que ele estava sentado na cama com a cabeça enterrada nas mãos, e de cotovelos apoiados nos joelhos. Estava somente de boxers, deixando a descoberto as costas (sobre as quais pendiam as suas rastas soltas) e os braços que pareciam mais definidos e musculados do que se lembrava. Deixou-se ficar a observá-lo por breves instantes e ao perceber que ele não se mexia resolveu sentar-se na cama e perguntar:

- Estás-te a sentir bem?
- … Estou tonto! -
disse Tom não se mexendo para não piorar.
- Deita-te um bocadinho, pode ser que passe… - disse Dreia preocupada com ele.

Tom seguiu o concelho de Dreia e a muito custo acabou por se deitar sobre a cama de olhos fechados, deixando a descoberto os abdominais que deixavam Dreia louca. Lembrava-se tão nitidamente do dia em que pela primeira vez os tinha visto, sentido, tocado e beijado. Eram perfeitos. Tentou abstrair-se e viu Tom colocar o braço sobre os olhos e inspirar fundo, soltando o ar de forma sedutora. Os seus lábios pareciam ter parado de inchar, e o sobrolho começava agora a adoptar uma tonalidade arroxeada à volta da zona macerada. Dreia queria ser capaz de fazer alguma coisa por ele, nunca o tinha visto assim e estava-lhe realmente a custar, por mais forte que quisesse ser, ou parecer ser.

Sem aviso prévio, Tom levantou-se a correr do sofá-cama e foi directo à casa de banho. Dreia levantou-se e seguiu-o. Quando entrou viu-o sentado no chão, debruçado sobre a sanita, de olhos fechados e com o cotovelo direito apoiado na sanita segurando a cabeça com a mão. Dreia fechou a porta para não fazer barulho, nem incomodar Bill e Bea, e foi até ele. Ajoelhou-se do seu lado e pensou em como o podia ajudar. Deu consigo a passar a mão pelas rastas dele, para as tirar da frente da cara. Há muito tempo que não sentia aquela sensação de tocar nas rastas dele, aquela mistura de áspero com suave, aqueles canudos que a deixavam delirante e que constituíam no seu imaginário parte do charme dele. Percebeu que ele se estava mesmo a sentir bastante mal.

- É melhor vomitares… - disse Dreia numa voz suave de preocupação.
- Eu sei… - disse Tom abrindo vagarosamente os olhos – Estou tão enjoado…
- Mete os dedos à boca! –
disse Dreia que só o queria ver bem o mais rápido possível.
- ... Não consigo! – disse Tom inspirando fundo.
- Claro que consegues… eu ajudo-te! – disse Dreia numa voz terna.

Dreia tirou o elástico que tinha preso no pulso e colocando-se atrás de Tom pegou nas suas rastas e prendeu-as no cimo da cabeça dele, como o via habitualmente fazer. Abriu as pernas de modo a encaixar-se nas costas de Tom e pediu que ele colocasse os dedos na boca para incitar o vómito. Tom mostrou-se reticente.

- Vá lá…é para teu bem! Vais-te sentir melhor a seguir… - disse ela com uma voz doce.

Dreia estava colada ao corpo dele. Mesmo sabendo que ele estava a sentir-se mal, não conseguia evitar de sentir desejo ao colocar as suas mãos sobre aquele corpo que tanto prazer lhe dava só de estar na mesma sala que ela. Apercebeu-se que Tom começava a fazer um esforço por colocar os dedos na boca, e envergonhadamente chegou-se mais a ele, encaixando na perfeição com o seu corpo debilitado e abraçou o tronco nu de Tom, colocando ambas as mãos sobre a sua zona abdominal. Sentiu-o arrepiar-se ao sentir as mãos geladas de Dreia sobre a sua barriga. Lembrava-se perfeitamente daquela sensação, do toque macio da pele dele, do seu cheiro quando se aproximava da sua pele nua, de como as suas mãos gostavam de explorar e acariciar a sua pele suave. Tentou abstrair-se dos seus pensamentos. Queria apenas sentir-se útil e tentar ajudá-lo a atenuar a má disposição e a adormecer a dor que sentia no seu interior por o ver assim e saber que era a culpada. Começou a pressionar o estômago dele para dentro em movimentos compassados, como se fossem uma dança, e reparou que estava a fazer efeito. Tom começava a tossir e a tentar deitar para fora o veneno que lhe corrompia o corpo. Dreia insistiu e não parou até o ver finalmente começar a vomitar. Largou o estômago de Tom e colocou ambas as mãos sobre a testa dele, segurando-lhe a cabeça para evitar que ela caísse para a frente e embatesse contra algo. Sentiu o corpo de Tom contrair-se junto ao seu, e enrijecer da força que o seu corpo fazia para expelir o que tinha no seu interior. Dreia tinha vontade de o abraçar e não o largar nunca mais. Queria senti-lo, queria fazê-lo ficar bem. A dor dele, era a sua dor. Era incrível como nunca tinha pensado conseguir amar ninguém ao ponto de se sentir tão intensamente ligada a cada movimento do seu amado. Sentia a dor dele tão veemente que era capaz de jurar que sentia uma cratera formar-se na sua alma. Sentia o prazer que ele lhe dava de forma tão pura e as palavras dele ecoarem no seu interior como um grito de esperança. Sentia o seu olhar de forma provocante e tentadora. Sentia-o de uma forma como nunca tinha pensado poder sentir alguém. Era sua. 100% sua. Nunca seria de mais ninguém, não podia ser de mais ninguém. Tinha o seu nome cravado no coração e sabia, que viesse quem viesse, ia estar somente a ocupar um espaço na sua cama, um espaço na sua vida, um espaço temporal e temporário. Tom estaria para sempre dentro de si, como a força do amor que sentia por ele viveria da chama que ele acalentava no seu interior.

O corpo de Tom relaxou e deixou-se encostar ao de Dreia. De olhos fechados, pendeu a cabeça para trás, e apoiou-a no ombro dela. Dreia largou a testa de Tom e passou as mãos sobre a cara dele que começava a ganhar cor. Dreia não teve coragem para se mexer, sentia novamente o peso do corpo dele contra o seu e o cheiro da sua pele junto da sua. Tom abriu finalmente os olhos e endireitou-se. Chegou-se à frente e tirou um pedaço de papel higiénico do suporte e limpou a boca, deitando-o para a sanita de seguida e puxando o autoclismo. Dreia afastou-se do corpo de Tom sentindo os efeitos dele em si. Começava a tremer. Tom era como uma droga da qual o seu corpo necessitava.

- Sentes-te melhor? – perguntou Dreia docilmente.

Tom limitou-se a abanar a cabeça afirmativamente. Fechou o tampo da sanita e apoiou-se nela para se levantar, Dreia prontificou-se a levantar-se também e a segurá-lo por um braço e pela cintura para o ajudar a pôr-se de pé. Tom sorriu e agradeceu o gesto dela. Foi até ao lavatório e abriu a torneira para bocejar com água e retirar o hálito ácido que tinha ficado na sua boca. Dreia observava-o atentamente na esperança de ver melhorias. Tom passou a cara por água fria e limpou-a de seguida a uma toalha. Ao ver que Tom parecia estar a sentir-se melhor, Dreia disse-lhe que tinha pastilhas elásticas na mala, e que lhe ia buscar uma para ajudar a tirar o sabor amargo que aquela noite lhe tinha deixado na boca. Dreia foi até à sala, e procurou no interior da sua mala uma pastilha, mas o tremer das suas mãos e o nervosismo dificultavam a procura. Quando finalmente encontrou, preparava-se para ir ter com Tom à casa de banho, mas ele já estava a entrar na sala. Dreia estendeu-lhe a pastilha com um sorriso tímido e pediu para que ele se deitasse e não se mexesse mais. Tinha de descansar.

Olhou para a roupa de Tom que estava no chão, e pegou nela, enquanto Tom se deitava novamente na cama. Colocou a roupa de Tom sobre um banco da ilha, e sentiu na mão o tecido que diariamente vestia Tom, que andava junto ao seu corpo. Como ela desejava ser aquelas calças, e aquelas t-shirts. Invejava-as! Sem pensar no que fazia, mas com o único intuito de se sentir mais próxima dele, sem ultrapassar a barreira que tinha pré-estabelecido a si mesma à uns meses atrás, virou-se na direcção de Tom e perguntou:

- Não te importas que use uma t-shirt tua?

Tom colocava-se entre os lençóis quando foi travado por aquela pergunta, que despertou nele um sorriso tímido e contido. Olhou para Dreia e viu que ela pegava novamente nas t-shirts que tinha acabado de pousar no banco da ilha.

- Não… - disse Tom com a voz fraca.
- Obrigada… - disse Dreia sentindo o coração pulsar no seu interior a uma velocidade olímpica.

Separou as duas t-shirts que Tom tinha usado nesse dia. E guardou para si a que estava por baixo, a que tinha estado colada ao seu corpo, pousando a outra, novamente sobre o banco. Tom viu que Dreia ia começar a despir-se e colocou as mãos sobre os olhos, num acto de respeito pela vontade dela. Dreia reparou que Tom escondia os olhos e ficou sensibilizada com aquele gesto. Sem pudor e sem saber de onde vinham aquelas palavras, proferiu-as sentindo-se corar:
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MensagemAssunto: Re: Wir Schließen Uns Ein   Wir Schließen Uns Ein - Página 4 EmptySeg Fev 09, 2009 6:50 pm

- Não precisas de tapar os olhos…

Tom ficou espantado, mas na realidade ele não queria tapar os olhos, queria poder vê-la na totalidade. Tirou as mãos da frente dos olhos e humedeceu os lábios, olhando confiante para o corpo dela. Dreia começou por tirar o top em v, desapertando-o atrás do pescoço e deixando as alças penderem sobre os seus ombros, pegou na parte de baixo do top, que se situava na zona da barriga e sobre o olhar atento de Tom, que não fingia sequer disfarçar o olhar, puxou o top para cima fazendo-o passar pela cabeça e deixando a descoberto o soutien cor-de-rosa que tinha por baixo. Dreia olhou para Tom e viu que ele olhava fixamente para o seu corpo, mordendo o lábio inferior, num gesto que denotava o desejo que sentia. Dreia não se queria deixar levar nem pelo bater do seu coração acelerado, nem pela respiração que parecia ir falhar de tão rápida que estava, nem pela sua cabeça que racionalmente lhe pedia para agir, nem pelo desejo que sentia pulsar em cada célula do seu corpo. Respirou fundo e pegando na t-shirt de Tom vestiu-a sobre o soutien. Uma vez tapada, tirou o soutien por baixo da t-shirt (que mais parecia uma camisa de dormir, de tão grande que lhe ficava) e desapertou as calças, fazendo-as deslizar pelas pernas. Colocou-as sobre o banco da ilha onde estava a roupa de Tom e olhou para ele de soslaio, tomando consciência que Tom não tirava os olhos de si. Tom observava-a fixamente, sem tentar disfarçar. Não queria disfarçar, queria vê-la despir-se, e queria que ela soubesse que ele o queria, como queria que ela soubesse que se dependesse dele naquela noite, reviveriam o seu passado, bastava ela querer. Ele não iria dar um passo em falso pois tinha prometido não voltar a tocar-lhe, nem assediá-la, mas se ela lhe desse sequer um indicio, acreditava que ela seria a cura perfeita para o seu sentimento de ressaca. Estava irremediavelmente excitado por vê-la despir-se à sua frente e usar umas das suas t-shirts como camisa de dormir.

Dreia aproximou-se da cama e deitou-se. Sentiu os olhos de Tom em si, como se esperasse dela uma reacção, que ela não teria. Por mais desejo que sentisse, por maior que fosse o amor que sentia arder e consumir a sua existência, tinha prometido a si mesma dar-se mais valor e esquecer Tom Kaulitz. Aquele seria o seu exame final. Sobreviver aquela noite, seria uma questão de honra. Se conseguisse, seria capaz de tudo. Seria capaz de quebrar o feitiço. Olhou para Tom e viu-o admirar com atenção os seus lábios. Conhecia bem aquela táctica, e sabia que resistir-lhe era praticamente uma missão impossível.

- Estás-te a sentir melhor? – perguntou Dreia tentando evitar o seu olhar.
- Sim… - disse Tom quase de forma inaudível e tirando o elástico que Dreia tinha usado para prender-lhe o cabelo, esticando-o a ela – Obrigado por tudo…
- Não tens de agradecer… -
disse Dreia colocando o elástico de volta no seu pulso – Eu é que te devo um pedido de desculpas pelo Tom… Desculpa… a culpa é minha!

- Não… a culpa é minha… -
disse Tom olhando-a nos olhos de forma séria – Ele fez questão de o dizer…
- Não é…acredita! -
disse Dreia olhando demoradamente para a face de Tom, que parecia ainda mais perfeita que da última vez que se lembrava de a ter visto tão perto.

- Tu acabaste com ele por causa de mim? – perguntou Tom directamente lembrando-se das palavras que Tom 2 lhe tinha dito na casa de banho.
- … Mais ou menos! – disse Dreia.

Não era ele o problema, era o sentimento que nutria por ele. Porque se dependesse somente dele, ela não se apaixonaria por uma pessoa assim, ele não era de todo o ideal de rapaz perfeito, para si nem para ninguém. Mas o sentimento que a consumia não lhe permitia a escolha de outro amor. E o sentimento que nutria por 2, não era de todo igual ou semelhante ao que deveria sentir por um namorado. Não, Tom Kaulitz não era a razão da separação, os seus erros e precipitações é que eram.

- Ele disse-me que estavas a sofrer por minha causa… - disse Tom não descolando os seus olhos, dos olhos de Dreia que agora pareciam ligeiramente mais esverdeados.
- Isso faz parte do passado… - disse Dreia não querendo mexer naquele assunto – E o Tom é um capitulo encerrado na minha vida… Não vamos falar dele!
- E eu? Sou um capítulo encerrado na tua vida? É por isso que não queres falar sobre o que se passou entre nós? –
perguntou Tom curioso.
- Não. Tu és um capitulo em escrita… embora parte dele já seja passado, mas o que interessa é o que vamos escrever no futuro… - disse Dreia sentindo-se nervosa.

- E o que é que queres escrever no nosso futuro? – perguntou Tom humedecendo os lábios.
- Uma amizade forte e duradoura…. Para a vida! – disse Dreia sorrindo timidamente.

Tom sorriu em resposta a Dreia. Sim… era possível viver essa amizade do seu lado. Ela tinha provado uma vez mais que estava do seu lado para o que desse e viesse. Mesmo depois de a ter tratado mal naquela noite, ela estava do seu lado a ajudá-lo. Desejava-a? Sem dúvida, não o podia negar, mas era um desejo puramente físico. Não valia a pena estragar uma amizade que parecia ter raízes para crescer, pelos seus caprichos. Sabia que estava a fazer o melhor para si, a cultivar a amizade em vez de a estragar. Tom olhou uma última vez para a face de Dreia e num tom baixo, disse:

- Boa noite…
- Dorme bem. Espero que amanhã te sintas melhor… –
disse Dreia baixinho.
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MensagemAssunto: Re: Wir Schließen Uns Ein   Wir Schließen Uns Ein - Página 4 EmptySeg Fev 09, 2009 6:50 pm

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- Finalmente… - disse Bill mandando-se para cima da cama de Bea.
- … Finalmente - disse Bea olhando para o corpo de Bill estendido sobre a cama e tirando os sapatos.

Aproximou-se dele e deitou o seu corpo sobre o de Bill beijando o pescoço dele, provocando-lhe um conjunto de arrepios e um sorriso que parecia iluminado por uma força divina. Não queria perder tempo, desejava Bill há várias horas, e agora que o tinha ali, não fazia tenções de o largar 1 segundo que fosse. Fez as suas mãos deslizarem sobre a curva da cintura de Bill, queria mesmo senti-lo. A força e o amor que ele tinha demonstrado ter pelo irmão naquela noite tinham-no deixado com um ar agressivo e extremamente sensual. Bea queria poder soltar aquela fera no seu quarto, queria sentir o seu poder. Sentou-se sobre as coxas de Bill e sentiu-o debaixo de si virar-se ao contrário e ficar de barriga para cima. Bea olhou para ele e viu-o tomar o seu lábio inferior com os dentes, mordendo-o sedutoramente. Os olhos estavam cerrados, num olhar felino e intenso, Bea sentia-se tomada por ele. Pegou na mão direita de Bill e reparou que os nós dos dedos estavam arroxeados e ligeiramente inchados, levou-a à sua boca e beijou-a levemente para não o aleijar. Bill observava-a excitado, ela era perfeita. Conseguia ser melhor amiga, melhor amante e melhor médica do que qualquer pessoa que já tinha conhecido. Era uma honra poder estar ao seu lado, desejava partilhar a sua vida com ela. Bea pousou a mão de Bill cuidadosamente sobre a cama e começou a puxar-lhe a t-shirt para cima, fazendo aparecer a estrela dos seus sonhos, e os vincos que a provocavam de forma tentadora. Bill deixou que Bea lhe tirasse a t-shirt e ela debruçou-se sobre o peito dele começando por o beijar, sentindo o corpo dele estremecer com o toque dos seus lábios. Demorou-se na estrela de Bill, não conseguia tirá-la da cabeça, beijava-a e sugava-a do corpo dele como se a quisesse possuir. O sabor da pele de Bill estava a deixá-la cada vez mais irrequieta, as mãos de Bill que passeavam na sua nuca deixavam-na arrepiada e excitada. Levantou a cabeça do tronco de Bill e passou as mãos sobre os vincos dele, sentindo aquela curva desvanecer num caminho sinuoso que se perdia no interior das suas calças. Calças essas que Bea sabia esconderem aquilo pelo qual ela tinha desejado a noite inteira. Naquela noite, não queria o amor de Bill, queria o seu sexo. Queria senti-lo e satisfazer os seus prazeres e desejos carnais. Precisava de se deleitar, tinha fome e sede do corpo másculo e viril de Bill, tinha apetite e sofreguidão por ele. Assistiu a um humedecer sedutor dos lábios de Bill por parte da sua língua, deixando a descoberto um pouco do piercing que habitava nela. Bea sentiu um impulso vertiginoso e dobrou-se novamente sobre o corpo de Bill possuindo os lábios dele e procurando no seu interior o piercing que sabia poder matar a gula e a voracidade incalculável que sentia por ele naquela noite. Bill limitava-se a corresponder aos beijos ferozes de Bea, ela sabia sem dúvida dar-lhe prazer. Sentiu Bea enfiar ambas as mãos dentro das calças dele, e tocar-lhe, como se esperasse aquele toque há muito tempo, como se fosse aquele o toque da vida, que ia despertar os seus sentidos para a ter e deixar-se levar. Arqueou ligeiramente as costas com o prazer de sentir as mãos dela percorrerem o interior das suas calças e abriu os lábios, deixando de a beijar. Bea mordeu o lábio inferior de Bill com desejo e força, queria realmente consumir a sua existência naquela noite. Fez as suas mãos deslizarem para fora das calças de Bill e abriu o botão das calças dele. Puxou o fecho para baixo e atacou o pescoço de Bill beijando-o, à medida que fechava com força as suas pernas contra o corpo de Bill como se o quisesse prender a ela para sempre. Bill estava extasiado, tudo o que queria era dormir, tinha sido uma noite realmente cansativa e atribulada, mas Bea estava totalmente excitada e acelerada. Mais que o costume, e ele não era rapaz de recusar um convite tão explícito para uma noite repleta de prazer, em que ela parecia querer dominá-lo e, usar e abusar do seu corpo. Deixou-se ficar deitado entre arrepios e gemidos contidos. Já sentia a sua respiração acelerada e as calças pareciam ser um sítio demasiado apertado para todas as partes do seu corpo se sentirem à vontade. Estava desejoso de se ver livre delas e de ver Bea feliz e realizada. Sentiu Bea começar a lamber e soprar levemente contra a sua orelha e foi nesse momento que se sentiu a perder o controlo total, precisava realmente de se libertar das calças que trazia vestidas. Bea levantou a cabeça que estava enterrada no pescoço de Bill e olhou-o nos olhos com desejo, vendo que era correspondida. Levantou-se e foi até aos pés da cama, tirou os sapatos e as meia de Bill e segurando-lhe nas calças, puxou-as até si, mandando-as de seguida para o chão. Bill sorria, estava visivelmente feliz com as suas investidas, e Bea não podia sentir-se mais satisfeita. Tirou o top que trazia vestido e deixou-o cair no chão sem saber onde. Não interessava. Desde que não estivesse sobre o seu corpo estava bem. Desabotoo as calças de forma sedutora como se tivesse a fazer um strip para Bill (assistindo ao ar guloso que ele lhe lançava ao vê-la despir-se para ele) e puxou as calças para baixo, deixando-as no chão. Libertou-se do soutien, mandando-o para a cara de Bill, que fechou os olhos num acto instintivo ao ver um objecto voar para si, mas ao aperceber-se do que se tratava, pegou nele e prendeu-o entre os dentes. Bea sorriu, subiu para cima dele novamente, sentando-se sobre Bill, com uma perna de cada lado do seu corpo e levou a sua boca até ao seu soutien, batalhando contra Bill numa luta pela sua pose, Bill fazia força para não o soltar e Bea procurava com as mãos fazer-lhe cócegas para que ele cedesse, mas não estava a resultar, lembrou-se de procurar os seus vincos e estimular a zona onde anteriormente lhe tinha tocado, não precisou de muito, começou apenas a sentir aquela covas que se precipitavam para as partes mais intimas de Bill e Bill ficou imediatamente rendido a si. Bea tomou o soutien com os dentes e mandou-o para o lado, atacando furtivamente os lábios de Bill. Bill estava totalmente excitado e estimulado pelo toque dela já há muito. Queria esperar pelo que ela lhe tinha para dar, embora não estivesse com vontade de esperar muito mais, queria-a tanto, o seu corpo estava já mais que pronto para a receber. As suas formas masculinas demandavam pelo seu complemento, pelo corpo feminino que sobre si o levava à loucura.

Bill sentou-se e abraçou o corpo de Bea, percorrendo com as mãos as costas dela e procurando os lábios começou a soltar a fera que naquela noite estava à flor da sua pele. Beijou-a de forma agressiva, deixando os lábios de Bea a pulsar (após se afastar deles) com a força que ele tinha colocado naquele beijo. Bea sorriu, era aquele Bill que ela queria, o selvagem, o homem primitivo, indomesticável, e sem preconceitos. Tirou a perna de cima dele e colocou-se ao seu lado. Fez as suas cuecas deslizarem e desaparecerem do seu corpo e observou Bill desfazer-se dos seus boxers. Os braços de Bill puxaram-na contra ele, mas Bea sabia o que queria, estava decidida em tê-lo à sua maneira. Empurrou o corpo de Bill contra a cabeceira da cama, e Bill deixou-se levar, ficando totalmente encostado a ela. Bea voltou a colocar uma perna sobre o corpo de Bill e a ficar em cima dele. Olhou-o nos olhos e para o provocar esticou a sua língua para fora e lambeu-lhe os lábios. Bill soltou um gemido de espanto e prazer, e segurou em Bea pela cintura deixando-se entrar fundo nela, como se procurasse a sua essência em sítios recônditos. Ouviu-a gemer com o prazer de o sentir em si, e deixou-se dominar pelo corpo dela que sozinho, e segurando-se com ambas as mãos à cabeceira da cama, dispunha de si e ameaçava gastá-lo fisicamente. Bea sentia as mãos de Bill percorrerem o fim das suas costas e o seu rabo e sentia-se demasiadamente excitada com o seu toque, queria mais, queria ficar a noite toda com ele dentro de si. Queria sentir orgasmo atrás de orgasmo, e libertar a energia e a sensação que tinha no seu peito. Segurava-se à cabeceira da cama, cravando as unhas com tal força na madeira, que era capaz de jurar que ficariam lá marcadas para sempre. Sustentava o ritmo a que subia e descia sobre Bill, sentindo os lábios dele percorrerem entreabertos e sem controlo o pescoço e o peito dela. Bea tentava ir cada vez mais fundo, como se quisesse aproveitar cada minuto daquela experiência. Procurava satisfazer-se, mas queria vê-lo satisfeito também. Precisava de o ver gozar na plenitude das suas investidas, e sentir que ele a desejava tanto quanto ela. Continuava a um ritmo compassado que a começava a deixar sem forças, o seu corpo estava a entrar num estado de dormência e prazer absoluto, no qual se sentia sempre adquirir um descontrolo difícil de controlar. Bill cravava as unhas no seu corpo, arranhando-lhe as costas e provocando nela arrepios e gemidos de dor, que em pouco tempo se tornavam de prazer. Soltou-se da cabeceira da cama e virou-se de costas para Bill continuando sentada sobre ele e na sua missão de dar prazer aos dois. Bill abraçou o corpo dela, deixando as suas mãos massajarem livremente o peito de Bea à medida que ele começava a sentir-se cada vez mais excitado e com vontade de culminar o acto que os unia de forma tão íntima.

Bill começou a sentir as suas mãos escorregarem no corpo macio de Bea. O seu corpo estava a ficar coberto em suor. O suor do seu amor. As suas mãos pareciam deslizar na água que se formava e brotava do corpo dela, tornando as suas curvas num local escorregadio, mas macio e convidativo ao seu toque que se tornou mais agressivo com a crescente vontade de a ter e de a segurar a si. Começou também ele a fazer movimentos com a sua pélvis de encontro ao corpo de Bea, a uma velocidade que reconhecia o desejo exacerbado e assanhado que sentia pelo corpo dela. Ouviu nitidamente o som da sua pele embater contra a dela, vezes e vezes sem conta, e os gemidos controlados que ela emitia, tentando conter-se para que não fosse ouvida na sala. Bea arqueou as costas para trás, colocando a mão direita sobre a cabeça de Bill, segurando-se ao cabelo dele, à medida a que começava a perder a força com as investidas de Bill contra si, ele parecia querer mostrar-lhe que mesmo que ela controlasse a situação, ele era sempre um elemento activo daquele jogo. As costas dela, encostadas ao tronco de Bill permitiam que ele sentisse perfeitamente o odor da pele e dos cabelos dela, cheiro esse que o faziam querer perder-se nos seus braço para sempre. Lutando contra o corpo que parecia querer ceder à tentação, aumentou a força com que movimentava a sua pélvis e entrava em Bea sentindo a mão dela apertar com mais força os seus cabelos, provocando-lhe um misto de dor e prazer. Queria-a, de todas as maneiras possíveis, queria senti-la (fisicamente e emocionalmente), cheirá-la, ouvi-la, prová-la e vê-la. Queria sentir os seus 5 sentidos despertos para o prazer que ela lhe conferia. Lambeu o ombro esquerdo de Bea, e deixou a sua língua procurar o pescoço dela, mordendo-o e saboreando o suor que dela emanava, nele estava contido todo o amor que ele lhe infligia. Continuou a matar a sua fome, avançando sobre ela e sentindo o seu corpo enrijecer de tal forma que parecia querer dar de si a qualquer momento. Queria vê-la…. Tinha de olhar para ela no momento em que ela se viesse e eclodisse com o prazer que sentia. Parou momentaneamente, e rodou-a sobre a cintura. Bea virou-se frente a frente com Bill e beijou-o de forma débil e cansada, a sua respiração estava demasiadamente ofegante, o seu corpo demasiadamente fraco e a sua força tinha desvanecido à muito. Bill segurou na cara de Bea com ambas as mãos e iniciou novamente os movimentos da sua pélvis, vendo a cara de Bea contorcer-se e os seus lábios entreabrirem numa expressão de prazer que sozinha era capaz de levar Bill à loucura. Sentiu o corpo dela dar de si, e viu-a revirar os olhos, deixando o corpo cair para trás, Bill segurou no corpo inerte dela encostando-o ao seu e continuou a tocar com o seu corpo e as suas mãos no único corpo que tinha interesse em saber tocar na perfeição: o dela. Bea agarrou-se ao pescoço de Bill sentindo-o continuar a insistir sobre si e enterrou os lábios no pescoço dele sem perceber onde ele ia buscar toda aquela energia. Sem ter tempo de se aperceber daquilo que estava a acontecer deu consigo a atingir um segundo orgasmo, tão ou mais completo que o primeiro que tinha sentido apenas alguns segundos atrás. Aquele orgasmo era fruto do amor de Bill, e da acumulação de estímulos que o seu corpo sofria por parte dele. Desta vez também Bill tinha deixado o seu corpo ceder ao prazer.
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Abriu os olhos. Não se lembrava de ter adormecido numa cama que não a sua, mas ao vê-lo do seu lado, lembrou-se da noite anterior. Olhou para Tom. Estavam voltados um para o outro, a um mero palmo de distância. Quase que sentia a respiração dele passar ao de leve sobre si. Tom dormia de forma pacífica. Dreia não podia sentir-se mais feliz, em vê-lo descansar tão sossegado e tranquilo. A noite anterior tinha sido atribulada, e Dreia tinha ficado realmente preocupada com ele. Esperava que aquela noite de sono o fizesse ficar como novo. Queria vê-lo bem e saudável, como só ele.

Sentiu a t-shirt dele sobre o seu corpo e sorriu, estava sem dúvida quente. Não sabia se era o efeito da t-shirt, ou do calor de Tom, mas tinha uma ideia! O corpo dele sempre a tinha aquecido, por dentro e por fora. Por ele sentia aquela chama arder no seu interior. Tom era capaz de fazer um dia frio de inverno, parecer uma tarde solarenga de verão. Passou as mãos pela t-shirt dele, e reparando que ele estava a dormir, cheirou-a. Aquele cheiro era tão característico. Inspirou diversas vezes o odor da t-shirt, até sentir que a fragrância se esgotava. Voltou a olhar para Tom com um ar ternurento e apaixonado. Desejava poder acordar todas as manhãs com ele do seu lado. Como gostava de o poder abraçar e acarinhar. Acordá-lo com um beijo, e desejar-lhe bom dia com um sorriso rasgado. Viver o seu sonho, torná-lo realidade e pertencer a ele de alma e coração, sem ter de esconder os seus sentimentos.

Reparou que Tom tinha uma rasta a cair-lhe sobre os olhos. Como é que era possível ele ser tão bonito e ter um ar tão angelical? Os traços da sua cara, era perfeitos. Delicados, no entanto firmes. Não o podia ter… mas podia sonhar, podia imaginar que estava deitada ao lado do seu namorado, que eram felizes, que ele a respeitava e lhe era fiel, que tinham passado uma noite romântica e apaixonada. Dreia sorriu com os seus pensamentos. Lembrava-se de em tempos ter sido uma sonhadora, mas Tom tinha conseguido deitar todos os seus sonhos e esperanças por água abaixo. Agora estava ali, frente a frente com ele, a um palmo da sua cara e do seu corpo, e voltava a sonhar com um futuro a dois. Um futuro que sabia ser impossível, por o menos como o tinha imaginado. Mas não tinha importância, desde que se sentisse próxima dele seria feliz. Não totalmente… mas feliz. Com a mão esquerda pegou na rasta que pendia sobre os olhos de Tom, e colocou-a para trás da cara dele. Viu-o mexer o nariz, como se lhe tivessem feito cócegas sem nunca acordar. Dreia sorriu, não podia existir à face da Terra um ser humano que concentrasse nele tamanha perfeição. Até a dormir ele era perfeito. Ouviu Tom inspirar de forma mais profunda e abrir ligeiramente os lábios. O piercing dele estava escondido pela almofada que abrigava a sua cabeça.

Dreia estava derretida a olhar para a figura de Tom, a rezar mentalmente para que ele não acordasse e não se deparasse com ela a olhar para ele com um ar embevecido, quando sentiu por baixo do lençol uma mão alcançá-la precisamente sobre a zona do rabo, e essa mão não se limitou a ficar por cima da t-shirt que Dreia vestia, procurou caminho por baixo da t-shirt até ir ao encontro da pele de Dreia. Dreia não estava à espera daquele toque. Sentiu-se estremecer como varas verdes, e olhou de imediato para Tom. Reparou que ele continuava a dormir. Devia estar a sonhar. Não sentia as mãos dele sobre o seu corpo e a sua pele há tanto tempo, Dreia sentiu o coração acelerar desritmado. Sentia-o pulsar no seu interior como se fosse imenso, como se ocupasse todo o espaço dos outros órgãos que no seu interior batalhavam diariamente pela sua sobrevivência. Ao pé de Tom os outros órgãos eram supérfluos, só o coração precisava de bater. Deixou que Tom lhe tocasse, sentindo-se arrepiar de tal forma que soltou um ligeiro gemido. Sentiu a mão de Tom subir por dentro da t-shirt até às suas costas e puxá-la para si. Dreia deixou-se ir de encontro ao corpo dele, pensou mentalmente em ficar por ali e afastar-se, mas ao sentir o toque da pele dele, desistiu. Não tinha forças para tanto. Sentia a mão dele sobre as suas costas nuas, o tronco dele colado ao seu, a respiração dele sobre a sua cara. Os lábios de Tom estavam entreabertos de forma tão sensual. Dreia sentiu-se irremediavelmente excitada. A pele de Tom fervia, estava quente, tal como Dreia se sentia naquele momento. Tinha vontade de o ter, tinha ainda mais vontade que na noite anterior, onde julgava ter atingido o expoente máximo do desejo do seu corpo. Estava enganada, sentir o corpo dele contra o seu, conseguia despertar ainda mais desejo em si. Olhou bem para Tom para ter a certeza que ele continuava a dormir. Sentia o corpo descontrolar-se como na primeira noite que tinha passado nos seus braços, por mais que quisesse controlar-se o corpo parecia tomar conta de si e quanto mais pensava que tinha de se afastar dele e de se acalmar, mais sentia o coração pulsar, e a respiração ficar pesada. Quase que era capaz de jurar que o simples facto de se sentir assim tão perto dele poderia fazer com que o seu corpo atingisse picos de excitação tão elevados ao ponto de atingir um orgasmo. Estava descontrolada fisicamente, e emocionalmente danificada. Se soubesse que nunca ninguém iria descobrir o que se tinha passado (incluindo Tom), se não houvessem consequências para os seus actos, não hesitaria um segundo em beijar os lábios de Tom, em fazer as suas mãos percorrerem o corpo dele, em profanar o seu corpo sem dó, nem piedade. Desejava-o tanto, mas já tinha batalhado tanto pela amizade de Tom, não estava disposta a deitar tudo por água abaixo, por mais que soubesse que seria um dos momentos mais felizes da sua vida. O momento em que seria novamente dele, e em que ele seria seu!

Dreia sentia-se arder em febre, a respiração de Tom era quente e compassada. Não sabia o que fazer com as suas mãos, queria tocar-lhe, mas tinha medo que ele despertasse. As mãos de Tom tinham parado há algum tempo. Dreia estava a pensar que o sonho de Tom devia ter terminado, quando sentiu por baixo dos lençóis um novo elemento entrar em acção, algo parecia estar a despertar para aquilo que se passava no sonho que Tom estava a ter. Dreia sentiu Tom ficar excitado. Sentiu as partes íntimas dele crescerem e embaterem contra a sua pele, e arfou sem se aperceber daquilo que fazia. Conseguia imaginá-lo no seu interior, conseguiu sonhar acordada com aquilo que provavelmente se passava no sonho de Tom. Não aguentava estar tão perto dele e ao mesmo tempo ter de estar tão longe. Sentir-se tão estimulada e ter de se conter daquela forma. Começou a sentir a pélvis dele fazer movimentos ondulatórios fracos e lentos, e não aguentou mais. Era impossível, não podia estar tão perto dele, sentindo-o roçar-se em si. Afastou-se ligeiramente para trás e soltou-se da mão de Tom que pendia sobre o seu corpo. Reparou que Tom parava os movimentos com as suas ancas, devia tê-lo desperto do sonho ao ter-se afastado. Sentiu o seu corpo tremer em convulsões incontroláveis, tinha-o sentido novamente, não no seu interior, mas sobre si. Mesmo a dormir o toque de Tom era tudo o que desejava e muito mais, o seu corpo parecia ganhar uma energia e uma força fora do normal, sentia-se preparada para o que viesse. Desejou no seu intimo que o sonho de Tom fosse com ela, e que nos seus sonhos, ela tivesse coragem de se dar e de desfrutar do prazer dele. Estava sexualmente excitada, não conseguia permanecer mais tempo naquela cama. Levantou-se cuidadosamente e olhou para o corpo de Tom que se aninhava na cama. Sentia as pernas fraquejarem e tremerem de forma descontrolada enquanto se dirigia para a casa de banho.

Desejar, e não poder desejar, é algo penoso para quem ama!
Uma prisão para a alma…



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Acordou naquela que já considerava a sua segunda cama. Sentia a mão pulsar. Tirou-a de debaixo dos lençóis e viu que tinha os nós dos dedos realmente inchados. Abriu e fechou a mão diversas vezes para garantir que tinha toda a mobilidade possível, ao aperceber-se que estava tudo bem, olhou para ela. Bea estava deitada de lado, virada para si de olhos abertos a observá-lo exercitar a mão. Bill sorriu, sendo correspondido.

- Bom dia schatzi! – disse ele com uma voz ainda ensonada.
- Bom dia… Está-te a doer a mão? – perguntou Bea carinhosamente.
- Um bocadinho… - disse Bill abrindo e fechando a mão.
- Deixa-me ver… - disse Bea pegando na mão dele e olhando bem para ela – Está com mau aspecto! É melhor pores gelo de novo!
- O que a minha médica disser para fazer, eu faço… -
disse Bill beijando ao de leve os lábios de Bea.

Bea sorriu e aproximou-se de Bill abraçando a sua cintura e colocando a cabeça sobre o seu ombro. Bill abraçou o corpo dela, passando a sua mão esquerda sobre os cabelos loiros de Bea, fazendo-lhe pequenas carícias. Colocou a mão direita sobre a barriga e deixou-a ficar lá a descansar. Bea ia fazendo festinhas levemente, na mão aleijada de Bill. Sentia-se tão bem sobre o seu peito. Não tinha obrigações ao lado dele, e a sua única responsabilidade era na sua felicidade. Era capaz de ficar assim até ser forçada a regressar à sociedade.

- Que noite! – disse Bill assistindo à mão de Bea passar de forma gentil sobre a sua.
- Sim… - disse Bea a sorrir – Achas que o Tom e a Dreia ficaram bem?
- Muito bem….tão bem como nós! –
disse Bill sorrindo.

Bea levantou a cabeça do ombro de Bill e olhou-o nos olhos para ver um ar perverso espelhado no seu olhar. Ficou preocupada, talvez não tivesse sido a melhor ideia do mundo deixar Dreia sozinha com Tom. Tinha sido uma má amiga. Tinha colocado os seus desejos e prazer acima do bem-estar de Dreia. Tinha sido egoísta!

- Se o teu irmão fez alguma coisa contra ela, nem sei o que lhe faço! – disse Bea.
- Contra ela? – retorquiu Bill a rir – O Tommi não faria nada que ela não quisesse e desejasse à muito…

- Bill!!! –
disse Bea como se ele estivesse a dizer uma grande mentira.
- O que é que foi? É verdade…. – disse Bill a sorrir ao ver o ar picado de Bea – Sabes bem que ela anda desejosa de lhe por as mãos em cima…

- Bill!!! –
repetiu Bea na mesma entoação que anteriormente.
- Vais-me dizer que não? – perguntou Bill levantando a sobrancelha direita.
- As coisas não são assim tão simples… - disse Bea

- Eu se fosse a Dreia, voltava a “andar” com o Tom… - disse Bill muito decidido.
- Porquê? – perguntou Bea virando-se de barriga para baixo e colocando o braço apoiado sobre a barriga de Bill e a cabeça apoiada na mão, olhando para ele atentamente.
- Porque ela gosta dele. Mais vale tê-lo, nem que seja de vez em quando… - disse Bill
- Sim senhor…estamos muito liberais… - disse Bea espantada com a resposta de Bill.
– Sofrer, por sofrer… sofria do lado dele! Ele não se importava nada! – disse Bill sorrindo maliciosamente.

- Então é essa a tua visão das coisas? – pergunto Bea – Se gostares de alguém vais para a cama com ela só naquela de saciar a vontade de a ter, mesmo que isso te faça sofrer?
- Sim… -
disse Bill mantendo um ar sério que convencia Bea.

Bea saiu de cima de Bill e sentou-se na cama enrolando os lençóis à sua volta para se proteger.

- A sério? – perguntou Bea olhando para ele nos olhos.
- Achas? Estou a brincar… - disse Bill a rir, puxando-a pela cintura até si.

Bea fez força para resistir ao puxão de Bill e deixou-se ficar como estava: sentada na cama a olhar para ele com o lençol à sua volta.

- De certeza? – perguntou Bea – É melhor dizeres-me já, antes de ires em tour
- Oh Bea… Achas mesmo que eu te trocava por alguém? –
perguntou Bill a rir com a situação.
- Eu não estou a gozar Bill… - disse Bea com aquela cara de mau feitio que Bill tão bem conhecia – Prefiro saber já! Se encontrares uma rapariga toda gira, e quiseres ir para a cama com ela, vais?
- Não schatzi…. –
disse Bill a sorrir por a ver toda picada.

- Pára de te rir! Não estou a gozar! – disse Bea com um ar mais sério. Desde que tinha visto a intimidade de Nathalie para com ele que tinha ficado com um bichinho de desconfiança dentro de si.
- Não estou a perceber de onde é que isso vem…. – disse Bill sentando-se na cama encostado à cabeceira – Já me devias conhecer! Não vou para a cama com alguém só por ir! O meu desejo é por ti, não é por nenhuma rapariga gira que apareça à minha frente durante a tour

- Isso é bonito de se dizer, mas tu és um rapaz! Se ela se fizer a ti? Se te acariciar, beijar…? –
perguntou Bea.
- Afasto-me… - disse Bill a ficar ofendido com aquelas perguntas. Nunca lhe tinha dado razões para desconfiar dele, não estava a perceber de onde é que vinha aquela conversa.
- Não….não te afastas! – disse Bea confiante – A Nathalie ontem fez isso e tu deixaste!

Bill ficou espantado para Bea com aquela observação. Como é que ela tinha reparado em coisas que ele nem sequer tinha notado?

- Ela não fez nada disso… - disse Bill surpreso.
- Estás a dizer que eu não vi? Bill, eu estava à tua frente, a vê-la fazer-te festinhas, dar-te abraçinhos e a pôr-te a merda da mão em cima da perna, e tu ainda tentas negar? Deves achar que eu sou cega… - disse Bea de forma irónica.

Bea levantou-se da cama e foi até atrás da porta do seu quarto, onde guardava sempre o seu roupão e vestiu-o, protegendo-se do frio. Sentia-se uma verdadeira idiota. Tinha visto Nathalie a ter gestos demasiado íntimos para com Bill a noite toda e ele dignava-se a tentar negar tudo. Só conseguida imaginar o que não seria nas suas costas…
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MensagemAssunto: Re: Wir Schließen Uns Ein   Wir Schließen Uns Ein - Página 4 EmptyQua Fev 11, 2009 3:12 pm

- Eu juro que não dei por nada… - disse Bill impávido ao ver que ela estava mesmo confiante naquilo que dizia ao ponto de pela primeira vez falar com ele de forma alterada.
- Já é tão normal, não é? – disse Bea abanando a cabeça da direita para a esquerda de forma negativa.

- Tu estás insinuar que eu tenho alguma coisa com a Nathalie? – perguntou Bill directamente.
- Tens? – perguntou Bea – Porque se tiveres é bom que me digas já… poupas o trabalho de acabar comigo daqui a quatro meses! A não ser que te sintas excitado por me andares a enganar… Deve ser giro telefonares-me à noite com ela ao teu lado na cama…

- Estás-te a passar? –
disse Bill incrédulo com aquela cena – Eu não tenho nada com ela. Ela é minha amiga, trabalha connosco desde sempre! Temos intimidade, mas nada de especial. Eu nem reparei que ela me tinha posto a mão na perna. Isso passa-me ao lado! Acho que nunca te dei razões para duvidares de mim… Não quero acabar contigo , nem agora, nem nunca…

Bea sentou-se aos pés de Bill. Queria acreditar na palavra dele. O Bill que ela conhecia era assim, sincero e apaixonado. Tinha-a deixado numa lamechas do piorio. Não conseguia imaginar-se longe dos braços dele. Tinha-se tornado muito apegada a ele, e a ideia de o perder para outra revoltava-a! A ideia de o perder agora que tinha descoberto o que era ser realmente feliz nos braços de alguém aterrorizava-a.

Bill aproximou-se dela chegando-se à frente e abraçou o seu corpo. Bea deixou-se abraçar sem ter qualquer reacção.

- No dia em que deixares de gostar de mim, diz-me… - disse Bea emocionada – Não quero viver mais nenhuma mentira…

Bill sabia que Bea tinha ficado muito magoada com a maneira como as coisas tinham acabado entre ela e Gonçalo. E essa era uma das razões que faziam com que Bill detestasse Gonçalo tanto. Mas ele era diferente. Ele amava Bea como nunca tinha amado ninguém, e se dependesse de si nunca mais precisaria de procurar um corpo feminino, que não o dela. Ela era tudo o que ele tinha sonhado poder encontrar um dia, e agora que a tinha, não abria mão dela, por maior que fosse o impulso sexual e por mais bonita que fosse a mulher que lhe aparecesse à frente. Quando amava, entregava-se de alma e coração.
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MensagemAssunto: Re: Wir Schließen Uns Ein   Wir Schließen Uns Ein - Página 4 EmptyQua Fev 11, 2009 3:12 pm

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Notava que os sorrisos se abriam à sua passagem, que as pessoas a encaravam com outros olhos, se disponibilizavam a ajudá-la, convidam-na para se sentar na sua mesa, ofereciam-se para tudo e qualquer coisa, por mais ridícula que fosse. A princípio estranhou aquela amabilidade repentina por parte dos seus colegas, mas depois de se cruzar com um quarto grupo que a cumprimentava calorosamente como se fossem melhores amigos desde sempre, percebeu… Tudo começava a fazer sentido. Das duas, uma: ou tinham espalhado uma droga no ar, e os efeitos secundários eram um inesperado acesso de simpatia; ou já tinha chegado aos ouvidos dos seus colegas que era namorada de Bill Kaulitz. Algo lhe dizia que a droga fazia muita falta aos colegas, mas não era sobre o efeito dela que estavam.

Como é que as pessoas podiam ser tão cínicas? Estariam à espera que ela as acolhesse depois de meses a ser ignorada e maltratada por elas? O ser humano consegue ser tão mesquinho e falso. Bea estava chocada. Sentou-se no lugar do costume. Lugar esse que outrora era como uma ilha, circundado por cadeiras vazias. Era. Naquele dia os colegas tinham sentido uma onda de frio repentina, que os aproximava dela, e a recebiam com sorrisos e palavras amistosas. Falsos! Bea respondeu sempre cordialmente a todos, mantendo a sua distância. Nunca tinha sido antipática com nenhum deles, não era agora que ia começar a ser. Mas também não era burra, e sabia de onde vinha o súbito interesse.

Quando as aulas acabaram, Bea respirou de alívio, não queria estar mais um segundo que fosse naquela faculdade. Pôs os seus óculos de sol e num passo apressado saiu do grande edifício da Humboldt University of Berlin olhando atentamente para todos os lados. Agora que sabia que andava a ser seguida por paparazzis, parecia que sentia sempre uma sombra e um desconforto apoderar-se de si.


Cool Cool Cool Cool Cool Cool Cool Cool Cool Cool Cool Cool Cool Cool Cool Cool Cool Cool Cool Cool Cool Cool Cool Cool Cool Cool Cool Cool


Tinha acabado de entrar em casa e pousado os livros sobre a mesa de café, quando bateram à porta. Bea abriu a porta sem olhar para a ocular para ver quem era. À sua frente estava uma Andreia visivelmente nervosa. Bea achou-a esquisita. Convidou-a para entrar, fechando a porta de seguida.

- Desculpa não te ter avisado que vinha, mas estava à janela e vi-te chegar da faculdade e precisava mesmo de falar contigo… - disse Dreia indo directa a uma das grandes janelas do sótão.
- Não tem problema… – disse Bea deitando-se no sofá – O que é que se passa? Não te queres sentar?
- Não. Prefiro ficar em pé… –
disse Dreia esfregando as mãos uma na outra com o nervosismo – O 2 foi-me procurar…
- O quê? –
perguntou Bea endireitando-se no sofá – Conta…


[Flashback]

- Andreia… – chamou Tom 2.

Andreia tinha acabado de sair das aulas, e preparava-se para ir para casa quando ouviu o seu nome ser chamado. Reconhecia aquela voz. Era 2. Voltou-se para o seu lado esquerdo, e lá estava ele. Dreia abanou a cabeça em forma de negação, virou-lhe costas, fazendo de conta que não o tinha visto, e continuou a andar como se nada fosse. Tom 2 correu até ela e colocou-se à sua frente. Dreia parou, para não embater contra ele, e desviou-se, continuando a andar em frente.

- Andreia… - chamou novamente Tom 2.

Andreia respirou fundo e parou. Ele tinha ido ter com ela à porta da escola, o mínimo que podia fazer era ouvi-lo, se a conversa não lhe interessasse, não hesitaria em livra-se dele. Virou-se para trás, ficando de frente para Tom e disse.

- O que é que queres Tom?
- Queria falar contigo… -
disse 2
- Sobre o quê? Já te tinha pedido para me deixares em paz! – disse Dreia

- Vamos tomar café? – perguntou Tom 2 com um ar intimidado.
- Não gosto de café… - disse Dreia que não queria intimidades com ele.
- Um sumo de laranja? – perguntou Tom com um sorriso tímido.

- Diz lá o que tens a dizer… - disse Dreia sentindo-se nervosa.

- Eu sei que fiz tudo mal… - disse Tom parando para pensar. Dreia olhava para ele atentamente, com uma expressão triste que lhe partia o coração – Desculpa!
- Já falamos sobre isso… -
disse Dreia tentando fazer-se de forte.
- Volta para mim… - implorou Tom 2 – Eu amo-te tanto…
- Tom… não me faças isso! –
disse Dreia – Não faças isso a ti mesmo…

Tom esticou a mão em direcção ao braço de Dreia, mas Dreia desviou-o da trajectória da mão de 2. Não queria que ele lhe tocasse. Dava graças a Deus por ter terminado tudo com ele. Só queria ver-se livre dele de uma vez por todas.

- Tom… acabou! Não vale a pena. Nada do que digas me vai fazer mudar de ideias. Dá-te por contente por ter terminado tudo tão bem. Neste momento podias estar bem pior! – disse Dreia.

- Eu vou embora… - disse Tom 2 visivelmente emocionado.

Dreia olhou para 2 com uma expressão confusa.

- Vou voltar para Stuttgart, quando acabar a faculdade… tentar fazer a minha vida lá... – disse Tom 2.
- Fazes bem… - disse Dreia que sentia pena dele.

- Pensei que me pudesses desculpar e dizer que não querias que eu fosse… - disse Tom 2.
- Oh Tom… - disse Dreia sentindo o coração ficar pequeno no seu interior, detestava ver as pessoas a sofrer – Se isso te faz sentir melhor eu desculpo-te! Mas não te posso pedir que fiques, quando acho que fazes bem em ir.
- Achas? –
perguntou Tom que valorizava a opinião dela acima de qualquer outra, inclusive da sua.
- Acho… Vais ver que em breve encontras alguém que te ame tanto quanto tu me amavas.Vais ser muito feliz, tenho a certeza! – disse Dreia que desejava do fundo do seu coração que ele fosse feliz.
- Que me ame tanto quanto eu te amo… - corrigiu Tom.

Dreia deixou-se ficar em silêncio com os olhos fixos no chão. Não tinha coragem de o encarar.

- Obrigado por me teres deixado fazer parte da tua vida. Não podia ir embora sem me despedir de ti e dizer-te que foste, e és muito importante para mim. Espero que possamos ser amigos um dia destes… - disse Tom
- Um dia, quem sabe… – disse Dreia timidamente

- Posso dar-te um abraço? – pediu Tom sensibilizado com o momento da despedida.

Dreia abanou a cabeça de forma afirmativa. Tom aproximou-se dela e ladeou o seu corpo com os braços. Dreia sentiu-o realmente emocionado com aquela despedida. Também ela estava emocionada. Gostava muito de Tom 2, sempre a tinha tratado bem. Tinha-se revelado um grande apoio, ajudando-a a superar e adormecer um sentimento que estava demasiadamente desperto no seu coração. Considerava-o um amigo verdadeiro. Um amigo muito querido que tinha tido a infelicidade de cometer um erro e agir por impulso. Colocou os seus braços à volta do corpo dele e apertou-o contra si. Quando se soltaram dos braços um do outro. Tom pegou na cara de Andreia com carinho e depositou-lhe um beijo na testa, sorrindo-lhe de seguida.

- Amo-te! – disse Tom sorrindo de forma débil e exibindo os olhos cheios de lágrimas.

Dreia ficou sem reacção, queria dizer-lhe alguma coisa. Mas não era capaz. Estava a controlar-se para não chorar. Detestava despedidas. Só podia desejar que ele fosse realmente feliz, e que no futuro pudesse encontrar alguém que o merecesse. Tom afastou-se de Dreia.
Dreia ficou estática a observá-lo ir-se embora.
Tom não olhou para trás.


[Flashback]


- Ele vai embora de vez? – perguntou Bea.
- Acho que sim… - disse Dreia.
- Talvez seja mesmo o melhor… - disse Bea

- Tenho pena dele… - disse Dreia triste – Ele é boa pessoa!
- Eu sei querida! Mas ele estava a ficar obcecado por ti, faz-lhe bem voltar para casa e por a cabeça em dia
– disse Bea
- Eu sei… - disse Dreia

Dreia respirou fundo, era menos um problema com que se tinha de preocupar. Sentou-se no sofá agora que se sentia mais leve por ter contado tudo a Bea. Foi Bea quem quebrou o silêncio.

- A notícia de que eu namoro com o Bill já se espalhou na faculdade. Agora tenho uma quantidade incrível de amigos… - disse Bea ironicamente.
- A sério? – pergunto Dreia
- Seríssimo. De repente virei Miss Simpatia 2009. Toda a gente me fala e me ajuda. É ridículo… - disse Bea.
- Há gente que não tem mesmo olhos na cara! O que é que eles estão à espera? Que tu te tornes a melhor amiga deles e os leves às festas VIP do socialite? – perguntou Dreia.
- Só pode… São tão interesseiros… até faz impressão! Ainda bem que a faculdade está quase a acabar… – disse Bea suspirando de alívio.

- Por falar em faculdade a acabar… Já recebeste alguma notícia do pedido de transferência? – perguntou Dreia.
- Não. Eles só respondem no final de Julho, princípio de Agosto… – disse Bea – Vais a Portugal nestas férias?
- Sim… devo ir passar lá o Verão com os meus avós. Porquê? –
perguntou Dreia.

- Porque o concerto dos Tokio Hotel é dia 15 de Julho, por isso prepara-te para ires passar uma temporada a Lisboa. Tens casa, os teus pais já me conhecem, por isso nem se põe em hipótese eles não deixarem… - disse Bea fazendo olhinhos a Dreia.
- Dia 15 de Julho? Isso é no dia a seguir aos teus anos! Que fixe! Acho que é na boa… vou começar já a preparar os meus pais psicologicamente… - disse Dreia a rir – Quando é que vais para Portugal?
- Daqui a três semanas e meia… -
disse Bea com ar de enjoada – Vai ser óptimo rever os meus pais, mas… vai ser uma seca. Não vou ter nada para fazer… E tu?
- Ainda não sei. Os meus pais queriam-me mandar assim que acabassem as aulas, por isso deve ser mais ou menos na mesma altura que tu… –
disse Dreia – E estás preparada para a partida do Bill?
- Mesmo nada… -
disse Bea pensativa – Agora só o vejo nos meus anos… Mais um mês e meio sem ele… Vou dar em louca! Ainda por cima em Portugal…
- Acredito… mas ao menos ainda estás em Lisboa, tens imensas coisas que podes fazer. Eu em Coimbra não tenho nada para fazer… -
disse Dreia
- Mas tens os teus primos! O que é que me vale estar em Lisboa e ter imensas coisas para fazer, se não tenho amigos com quem fazê-las? – disse Bea triste.
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MensagemAssunto: Re: Wir Schließen Uns Ein   Wir Schließen Uns Ein - Página 4 EmptyQui Fev 12, 2009 5:18 pm

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“O que é bom tem uma capacidade incrível de acabar depressa!". Suspirava Bea sem conseguir pensar noutra coisa. Estava presa a este pensamento. Bill tinha partido naquela manhã rumo à capital da Rússia – Moscovo, onde iria ter inicio a nova tour dos Tokio Hotel. Bea estava sentada no sofá de sua casa, com livros espalhados à volta e uma vontade imensa de arranjar uma desculpa qualquer para não estudar. Os exames começavam na próxima semana e Bea tinha três semanas pela frente para provar o que valia. Estudar em alemão não era de todo fácil, as suas notas tinham baixado consideravelmente naquele ano, mas nada que fosse muito preocupante, e desde que passasse à vontade, não se ia preocupar com as médias. Deu consigo a olhar para as páginas de um livro a pensar na noite anterior…


[Flashback]

Bea tinha dormido em casa de Bill para aproveitar o máximo de tempo possível juntos. Estavam deitados no grande sofá em formato de L da sala dos gémeos. Bill estava deitado de barriga para cima e Bea estava deitada em cima dele a dormitar. Bill sentia o corpo dormente do peso que tinha sobre si, mas não a queria acordar. Preferia passar por aquela dormência a sentir o seu corpo separado do dela. Teria de passar por mais um mês e meio de solidão até se reencontrarem novamente. Tinha de aproveitar cada momento, mesmo que isso significasse aquele sacrifício.

Acordou sobressaltada. Bill sorriu. Rodeou o seu corpo com os braços e apertou-a contra si. Bea chegou-se um pouco para cima e deixou os seus lábios encontrarem os de Bill num toque suave. Pousou a sua testa encostada à testa de Bill e fechou os olhos. Bill seguiu o exemplo e fechou também os olhos. Sentia-se emocionalmente ligado a ela por um laço tão forte como nunca se lembrava de ter vivido ao lado de nenhuma outra rapariga. Bea encostou a cabeça ao ombro direito de Bill e espreguiçou-se sobre ele, sentindo as mãos firmes de Bill percorrerem as suas costas com as unhas de forma a provocar-lhe uma quantidade imensa de arrepios. Olhou para ele e sorriu. Era sem dúvida o seu complemento. Sem ele, sabia que não seria metade da pessoa que era. Um mês e meio sem ele ia ser difícil de aguentar. Ia contar os dias, as horas e os segundos até ao momento em que finalmente o veria uma vez mais. Afundou os seus lábios carnudos no pescoço de Bill beijando, sugando, mordendo e roçando-os sedutoramente. Ouviu Bill soltar pequenos sons que denotavam o prazer que estava a experimentar ao sentir os lábios de Bea percorrerem-lhe aquela parte tão sensível do seu corpo.


[Flashback]


Tinha passado um dia de sonho nos braços de Bill, só eles os dois. Adorava as tardes passadas nos seus braços, não precisava de fazer nada, desde que ele estivesse do seu lado. Ia sentir falta do seu riso, do seu toque, do seu olhar, das suas mãos perfeitas, do seu corpo estrelado, daqueles vincos que a deixavam fora de si, até do seu cabelo comprido sentiria falta. Pegou no telemóvel e olhou para as horas. Bill já devia ter chegado a Moscovo. Sentiu um friozinho na barriga e antes de esperar pelo telefonema dele optou por lhe ligar. O telemóvel estava a tocar. Ele já tinha chegado. Bea mordia o lábio inferior, desejosa de ouvir a voz dele.

- Estou… – atendeu uma voz feminina.

Bea retirou o telemóvel do ouvido e olhou para o visor, nele podia ler claramente Leão, o nome carinhoso que chamava a Bill. Tinha ligado de certeza para ele, não se tinha enganado. Mas de quem era aquela voz? Nunca ninguém lhe tinha atendido o telefone, a não ser o próprio. Se fosse Tom compreenderia… mas era uma voz feminina. Sentiu um peso no peito, mas procurou ficar calma, não ia pensar no pior.

- Estou, quem fala? – perguntou Bea.
- Com quem deseja falar? – perguntou a voz feminina.

- Com o dono do telemóvel… - disse Bea de forma ríspida.
- Ele de momento não pode atender… – respondeu a voz feminina, e perante o silêncio que se instaurou ao telefone acrescentou - Estou a gozar Bea… é a Nathalie! – disse ela a rir.

Bea sentiu uma raiva dentro de si colossal. Ainda agora Bill tinha partido, Nathalie já se tinha apoderado do telemóvel dele, e sabia-se lá mais do quê…

- O que é que estás a fazer com o telemóvel do Bill? – perguntou Bea directa ao assunto.
- Ele foi à casa de banho e fiquei a guardar-lhe a mala – disse Nathalie.
- E porque é que lhe atendeste o telefone? - perguntou Bea que queria ouvir a voz de Bill e esquecer sequer que Nathalie existia e era parte integrante da vida dele.
- Porque vi que eras tu… - disse Nathalie com uma simplicidade enorme.

- Passa o telemóvel ao Tom se faz favor… - pediu Bea cordialmente para não a mandar a um certo sitio.
- Ele também foi à casa de banho! - disse Nathalie
- Então diz ao Bill para me telefonar assim que puder… - disse Bea
- Ok… – disse Nathalie ouvindo o telefone ser desligado na sua cara.

“Que Raiva!!!” gritou Bea sentindo-se descontrolada. Porque é que ela tinha de estar sempre em todo o lado? Nathalie sempre lhe tinha passado ao lado, era uma amiga de Bill, normal, como qualquer outra, mas desde que eles tinham voltado da promoção do álbum que parecia ser mais que isso, parecia querer ser mais próxima de Bill. Não gostava dela, não suportava o facto dela viajar com ele, estar com ele todos os dias, tocar-lhe na cara, nos lábios, no cabelo, de olhar para os olhos de Bill com dedicação, de tratar das mãos dele, de fazer o seu dia a dia colada a ele. Apetecia-lhe mandar o telemóvel para longe. Quem é que ela pensava que era para atender o telemóvel de Bill? Estava a pensar nisso quando ouviu o telemóvel tocar. Era ele. Respirou fundo. Quase tinha perdido toda a vontade que tinha em falar com ele. Atendeu de forma fria.

- Estou... - disse Bea.
- Schatziiiiiiiii! Tudo bem? – perguntou Bill visivelmente feliz.
- Mais ou menos… – disse Bea – Como é que correu a viagem?
- Um pouco de turbulência… o Tom ia fazendo xixi nas calças… -
disse Bill a rir, sendo agredido pela mão de Tom que voava na sua direcção, à medida que ele gritava no fundo “Mentiraaaa, o Bill é que estava todo coisinho” Descobri que tenho uma irmã em vez de um irmão… – disse Bill a rir.
- Não é novidade nenhuma… - disse Bea de forma fria.

- Passa-se alguma coisa schatzi? Estás esquisita… - disse Bill ao reparar que Bea não se ria.
- Hás-de dizer à tua amiguinha, para não me voltar a atender o telefone. Não tenho qualquer interesse em gastar um cêntimo que seja para ouvir a voz dela! – disse Bea libertando parte da raiva que tinha dentro de si.
- Ela não fez por mal… - disse Bill a tentar justificar Nathalie.

- Não me interessa porque é que ela o fez… não quero sequer imaginar, só quero que não volte a acontecer. Prefiro ligar-te vinte vezes se for necessário, a ouvir a voz dela atender o TEU telemóvel… - disse Bea – Se quisesse falar com ela, tinha-lhe telefonado, mas como isso nunca vai acontecer, ela que poupe a voz!

- Ficaste chateada? –
perguntou Bill triste por ouvir Bea tão fria quando já sentia tantas saudades dela e ainda nem tinha começado a tour.
- Não Bill… Adorei! A sério, depois da conversa que tivemos a semana passada, em que te disse que detestava a intimidade que ela tinha contigo, adorei telefonar-te, desejosa de ouvir a tua voz, e ouvir ela a atender o teu telemóvel! – disse Bea sendo irónica.

- Eu vou falar com ela… Não volta a acontecer – disse Bill com uma voz triste – Eu só tinha ido à casa de banho e ela ficou a guardar a minha mala. Não foi nada de mais…
- Não me interessa Bill… Faz o que quiseres! Fico muito contente que tenhas chegado bem… -
disse Bea como se, se estivesse a despedir dele.

- Bea, estás com ciúmes? – perguntou Bill mordendo o lábio inferior, adorava sentir-se alvo dos ciúmes dela.
- O que é que achas? – perguntou Bea.
- Acho que sim… - disse Bill levantando a sobrancelha direita.
- Fogo Bill, eu confio em ti, mas não gosto nada da ideia de ela andar sempre à tua volta! E ter o descaramento de te atender o telefone! Quem é que ela pensa que é? – disse Bea chateada.

- Se tu estivesses agora ao meu lado, eu mostrava-te quem tu és… E aquilo que significas para mim… – disse Bill sentindo saudades dela e querendo compensar aquele momento menos agradável.
- Ai era? – perguntou Bea.
- Era era…. – disse Bill denotando desejo na voz.
- E eu ia precisar que me explicasses isso várias vezes, porque estou com certas dificuldades em estudar e em meter algumas coisas na cabeça… - disse Bea.
- E eu explicava-te as vezes que fossem necessárias, e quando já tivesses compreendido bem… ainda te fazia uma revisão na matéria! – disse Bill a rir.

Bea desatou-se a rir. Não conseguia ficar chateada com ele por mais que quisesse, não conseguia não confiar na sua alma gémea. Mas tinha tanto medo de o perder…

- Eu digo-te a revisão que te fazia… - disse Bea a rir.
- Agora schatzi? – perguntou Bill a brincar – Vamos esperar até eu chegar ao hotel, aqui no meio do aeroporto é chato!
- Brinca brinca… -
disse Bea a rir – Se estivesse aí ias ver o que era esperar até ao hotel…

- Mein Gott… arranjei uma namorada igual ao meu irmão… vou ser perseguido pelo Tom e pela versão feminina dele para o resto da vida! –
disse Bill a rir.
- Eu lá sou versão feminina de uma ovelha negra e ranhosa como o teu irmão! – disse Bea a rir com a comparação que Bill tinha feito – Eu sou muito melhor que ele…
- Uiiiiii…. Esse ego só confirma a minha teoria… -
disse Bill a rir.

- Estás-te a queixar? – perguntou Bea para o picar.
- Eu? Nunca… - disse Bill
- Acho bem Kaulitz… - disse Bea a rir.
- Uhhh fui promovido a Kaulitz…. Estamos a entrar naquele modo em que tu mandas? – perguntou Bill excitado com a conversa.
- Mas tens dúvidas? – perguntou Bea a rir.
- Tenho! – disse Bill para a provocar – Vou precisar que me expliques melhor!

- Estamos mesmo a precisar de muitas explicações, e ainda agora foste embora… -
disse Bea suspirando – Já sinto saudades tuas…
- Eu sei… Sinto a tua falta desde o momento em que te vi sair lá de casa ontem à noite -
disse Bill com uma voz triste – Dava tudo para te ter do meu lado…
- E eu dava tudo para estar ao teu lado… E hei-de estar…
- disse Bea optimista – Desculpa a cena de ciúmes, mas é mais forte que eu… Gostava de poder ser eu a segurar-te na mala…
- Eu sei… -
disse Bill – Mas eu nunca te deixaria segurar na minha mala. Eu raptava-te, levava-te para a casa de banho comigo e deixava a mala com a Nathalie à mesma.

Bea sorriu e suspirou, esse dia haveria de chegar, só tinha de ser paciente e acreditar no amor dele, e na confiança que tinham um no outro. Amava Bill mais que qualquer dia tinha amado ou pensado amar Gonçalo. E sabia que Bill sentia exactamente o mesmo por si.

- Vai…. – disse Bea que não aguentava mais ouvir a voz dele tão distante. Podia ser que agora, mais inspirada pelo seu leão, conseguisse estudar – Vai para o hotel… instala-te e prepara-te para o concerto de arromba que vão dar amanhã…

- Está tanto frio aqui…. –
disse Bill.
- Pensa em mim… eu aqueço-te! – disse Bea sorrindo.
- Se pensar em ti até tenho calor… O frio é psicológico… - disse Bill.
- Ao menos sirvo para alguma coisa! – disse Bea a rir.
- Schatzi tu não serves para alguma coisa, tu serves para tudo! – disse Bill mordendo o lábio inferior.

- O que tu me fazes… - disse Bea colocando uma mão na testa e abanando a cabeças de forma negativa da direita para a esquerda – Se alguma vez na vida eu ia pensar dizer coisas destas ao telefone… estás a arruinar a minha reputação Bill Kaulitz!
- Ainda bem… porque eu gosto de ti sem papas na língua para tudo… não é só para mandar vir! –
disse Bill
- Ao menos alguém que goste… - disse Bea achando-se ridícula – Vai lá… Beijos!
- Beijos enormes do tamanho do mundo, lamechas do meu coração… disse Bill a rir – Ich liebe dich, Amute, I love you, je t’aime e não sei mais…
- Amo-te! –
disse Bea a rir e prosseguiu em português – Com o que me fazes sentir, não precisas de me dizer que me amas em tantas línguas, eu sei que o que dizes é sincero…
- Uhhh… Português…. Sexy sexy… -
disse Bill mordendo o lábio inferior – Adeus schatzi, telefono-te mais logo!
- Até logo leão! –
respondeu Bea desligando o telefone.

Agora é que não ia mesmo conseguir estudar…
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MensagemAssunto: Re: Wir Schließen Uns Ein   Wir Schließen Uns Ein - Página 4 EmptyQui Fev 12, 2009 5:18 pm

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Segunda semana sem Bill. Acordava a pensar nele, não tinha concentração para estudar, pensava em como ele estaria e no que estaria a fazer, deitava-se a pensar nele e até a sonhar, sonhava com ele. Bea vivia uma vida de cão. A distância consumia-a de tal forma que a marcava fisicamente. Não tinha vontade de comer. Como é que o amor conseguia deixá-la tão diferente? Talvez nunca tivesse amado realmente Gonçalo. Nunca tinha sentido 1/3 daquilo que sentia por Bill.

Tinha aparecido mais uma vez nas revistas com novos dados sobre a sua vida privada, e fotografias recentes dela na faculdade. De alguma forma as revistas estavam bem informadas. Era impossível descobrirem dados como a sua idade, que era de Lisboa e que tinha um gato sem ter alguém que estivesse a dar informações sobre a sua vida. Tinha deixado de confiar nas pessoas, agora só confiava em Dreia, a sua melhor amiga seria incapaz de a deixar mal, os outros eram meros conhecidos que procuravam um espaço para brilharem às suas custas, ou melhor… às custas de Bill.


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Dreia olhou para os lábios dele. Os contornos eram demarcados de forma firme e consistente. Eram carnudos, do tamanho perfeito, pareciam ter sido desenhados e esculpidos ao mínimo detalhe. Sentia-se ser chamada por eles. Evitou olhar para os lábios de Tom e sorriu de forma sonhadora.

Dreia olhava atentamente para o poster que tinha pendurado na parede. Ia sentir a sua falta. Sentia-se vazia por dentro agora que ele tinha partido. Por mais que o quisesse esquecer, e seguir em frente com a sua vida, era difícil fazê-lo quando tinha ganho uma proximidade tão grande com ele nos últimos dias em que ele tinha estado em Berlin. Os eventos da noite em casa de Bea tinham tornado a relação que existia entre os dois muito mais próxima fisicamente, uma vez que tinha revivido o poder da chama que ardia no seu interior, mas ao mesmo tempo, emocionalmente, sendo que a amizade entre eles tinha saído fortalecida, e Tom mostrava-se visivelmente mais confortável ao seu lado, como se ela fosse realmente só e apenas sua amiga. Até as suas famosas bocas tinham abrandado.

Pensava naquilo que ele fazia a toda a hora. Nas raparigas com quem ele dormia. Se dormia acompanhado todas as noites. Se pensava nela. Tom não lhe tinha dito nada desde que partira. Mas ela também não lhe tinha dito nada a ele. Talvez um dia ganhasse coragem para lhe telefonar… Talvez nunca tivesse essa coragem. Talvez não quisesse ter essa coragem com medo da reacção dele, com medo da reacção do seu coração ao ouvir a voz dele. Talvez lhe ligasse antes de ir para Portugal… mas ia partir em breve. Conseguiria ganhar coragem até lá?


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- Não gostei nada da tua atitude ao jantar… - disse Bill directamente.
- E? – disse Tom como se não se importasse com a opinião dele.
- E aprende a ter juízo e a comportares-te decentemente… - disse Bill.

- Qual é o problema? – perguntou Tom relaxado.
- Sabes muito bem qual é o problema… - disse Bill
- Não… Qual é? – perguntou Tom.
- Tens mil olhos virados para ti … - disse Bill
- Eu faço o que quiser… - disse Tom.
- Aí é que te enganas! Tu não podes fazer o que quiseres, quando envolve o nome da banda. Tens de comportar-te decentemente. Na intimidade fazes o que quiseres, ninguém tem nada a ver com isso… – disse Bill

- Estás com inveja maninho? – perguntou Tom.
- Eu não preciso de ter inveja maninho! Eu tenho muito melhor… Quem te dera a ti ter o que tenho! – disse Bill.
- Se eu quisesse ter o que tu tens… Tinha! Mas não quero… Tu é que tatuaste no corpo Freiheit, mas eu é que dou significado a essa tatuagem… eu é que a vivo ao limite! – disse Tom orgulhoso de si.
- Eu sou livre estando preso. Queres melhor que isso? – perguntou Bill.

- Só tens coragem para tatuar o corpo, fazer piercings e saltar de aviões, de resto és uma menina! – disse Tom a picar o irmão.
- Estás-te a passar? – perguntou Bill franzindo a testa – Ter coragem é ir para a cama com 1000 gajas? Viver ao limite, é ver quando é que apanhas o vírus da sida ou uma merda dessas? – disse Bill chateado com o irmão.

- Ser livre é fazeres o que bem entenderes… - disse Tom esclarecendo o assunto.
- E eu entendo que estar ao lado da Bea é a melhor coisa que me podia ter acontecido. E sou livre para tomar a decisão de estar com ela! – disse Bill zangado.
- Sim… e eu sou livre de tomar a decisão de ir para a cama com 1000 gajas. 2000 se bem entender… - disse Tom irritado.

- Fazes o que quiseres Tom, mas quando estiveres sozinho! Não voltas a fazer a mesma merda que fizeste ao jantar! – disse Bill – Se aparecer alguma cena num jornal, mato-te!
- Não vai aparecer nada… não stresses! –
disse Tom – Olha tenho que ir…

- Porquê? Já acabou o expediente? –
perguntou Bill.
- Ainda nem começou maninho… - disse Tom a sorrir.
- Que nojo Tom…sinceramente… às vezes não sei como é que tu tens coragem… Se a mãe soubesse as cenas que tu fazes, tinha um ataque cardíaco! – disse Bill enojado.
- És capaz de não meter a mãe ao barulho? Estás a quebrar o momento… - disse Bill.

- Momento? Que momento? Tu consegues chamar momento a engatar uma puta no restaurante do hotel e levá-la para o quarto? – perguntou Bill que detestava algumas atitudes do irmão, principalmente quando metiam raparigas que iam lá somente para ir para a cama com um deles, qualquer que fosse, e se vestiam com saias que pareciam cintos, botas de salto alto à pega e decotes até ao umbigo. Tom caía sempre na mesma esparrela.

- Eu depois conto-te como foi… - disse Tom sorrindo maliciosamente.
- Dispenso… aproveita a tua “liberdade” e o teu “momento”… eu vou dormir… se conseguir… - disse Bill.
- Tu é que sabes… - disse Tom

- Quanto é que lhe vais pagar? – perguntou Bill por maldade.
- Pagar? Ela é que me vai ter de pagar a mim quando vir do que eu sou capaz… - disse Tom a rir.
- Já faltou mais para seres um gigolô a sério… - disse Bill abanado a cabeça de forma negativa em reprovação das acções do irmão.

- E maninho…. Ela diz que tem uma amiga que me adora e que não se importava nada de ter um menáge… - disse Tom levantando a sobrancelha direita, passando o língua sobre a zona do piercing.
- Bom para ti… vais ter dois “momentos”, em vez de um… - disse Bill gozando com o irmão.
- Adoro as italianas… - disse Tom humedecendo os lábios.

- E eu adoro uma portuguesa… - disse Bill lembrando-se da sua portuguesa preferida.
- Não fosse…. – disse Tom.
- Vai lá comer as italianas, que eu vou sonhar com a minha portuguesa… - disse Bill.
- Estamos muitos internacionais! Só estou à espera que a amiga chegue… - disse Tom a sorrir – Deve estar mesmo aí a aparecer…

- Podias ir aquecendo a outra enquanto esperam, em vez de estares ao telefone comigo… –
disse Bill – Tens muita prática, mas não sabes nada… é só quantidade… a qualidade ficou toda para mim!

- Tu é que me telefonas-te a mandar vir… -
disse Tom que estava deitado na cama enquanto a presa da noite estava enfiada na casa de banho.
- Se interrompi alguma coisa, desculpa! Mas não tenho pena nenhuma… – disse Bill andando de um lado para o outro, no seu quarto, até onde o telefone do quarto permitia.
- Ainda não interrompeste nada… - disse Tom humedecendo os lábios ao ouvir baterem à porta do quarto e a sua amiguinha sair da casa de banho para a ir abrir - Olha olha…. Ela acabou de chegar… e é uma bomba… - disse Tom olhando para a rapariga que entrava no seu quarto. Vestia-se como a amiga e vinha com uma gula desmesurada espelhada nos olhos.
- Tradução: Olha olha, ela acabou de chegar, e também é uma puta! – disse Bill a gozar com o irmão.

- Essa invejaaaaa…. – disse Tom a rir.
- Fuck you! – disse Bill irritado com o irmão.
- Com muito gosto… - disse Tom a rir – Vai dormir, que o teu mal é sono…
- Du kranke sau! – disse Bill
- Para ti também! – disse Tom desligando o telefone na cara do irmão.
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MensagemAssunto: Re: Wir Schließen Uns Ein   Wir Schließen Uns Ein - Página 4 EmptySáb Fev 14, 2009 2:25 pm

 87 



Wir Schließen Uns Ein - Página 4 13481405288c3c516adfhq0



Estava sozinha. Os exames tinham terminado e Dreia tinha partido há três dias para Coimbra. Agora era só ela e Bettler. Não tinha de ir à faculdade, não tinha amigos com quem fazer nada. Aproveitava os dias para ficar em casa no quentinho aconchegada a Bettler. Ele tinha crescido tanto, desde que o encontrara à porta do seu prédio. Tinha sido uma grande companhia durante a sua estadia na Alemanha. Graças a ele tinha conhecido Dreia e Bill. Parecia tão distante o momento em que acabada de chegar àquelas terras frias e nubladas tinha partido a cabeça. Bea passou a mão sobre o cimo da cabeça onde outrora tinha levado três pontos e sorriu. Nunca iria pensar que partir a cabeça ia alterar a sua vida tão radicalmente e de forma tão positiva.

Há dois dias que sentia que era perseguida. Literalmente perseguida. Como se tivesse uma sombra sobre si. Bea tinha passado a manhã a fazer as malas. Ia finalmente regressar à sua Lisboa, à sua prisão. Só estava feliz por saber que era sinal que ia reencontrar os seus pais, e que o tempo continuava a passar e a encurtar a distância a que estaria novamente nos braços de Bill. Desta vez Bettler ia consigo. Provavelmente nunca mais voltaria a viver naquele sótão, que já estava alugado para a época de Verão por outras pessoas. Provavelmente nunca mais voltaria a viver naquela cidade, nunca mais voltaria a ser tão feliz quanto tinha sido naquele espaço que parecia ter sido desenhado para si. Após fazer as malas, saiu de casa, tinha de se despedir da cidade. Carregava em si uma melancolia que se apoderava da sua alma. Sentou-se à beira-rio a pensar na vida. Sentia-se triste, preferia ter sido a primeira a partir. Preferia ter Dreia e Bill a despedirem-se de si. A cidade sem eles parecia tão mais sombria e triste, não tinha vontade de estar ali sozinha. Ainda bem que estava prestes a regressar a casa. Fechou os olhos e inspirou fundo, queria sentir aquele cheiro característico de Berlin e guardá-lo na sua memória até ao seu regresso. Sim. Porque não tinha dúvidas que independentemente daquele que fosse o seu destino e do que lhe estivesse reservado para o futuro, ia regressar aquela cidade que a fazia sorrir e sentir-se plena.

Sentiu uma sombra sobre si e abriu os olhos, não via nada com o reflexo do sol. Colocou uma mão a fazer sombra para os olhos e viu uma cara sorridente apontada para si. Bea sorriu em retorno. Era uma rapariga que não devia ter mais de 15 anos, com um estilo muito característico dos emo. Magrinha, cabelos compridos e muito loiros, pele muito clara, e olhos azuis como a água, demarcados a lápis e sombra preta. Vestia um casaco preto e cor-de-rosa choque, com uma mini-saia de roda preta, collants pretos rasgados e uns All Star pretos.

- Desculpa, tu não andas na Humboldt? – perguntou a rapariga sorrindo.
- Sim… - disse Bea retribuindo o sorriso.
- És a …? – perguntou a rapariga de forma simpática.
- …Bea – disse Bea com dificuldade em olhar para a rapariga por causa do sol.
- É isso… a portuguesa, não é? – perguntou ela.
- …. Sim. Porquê? – perguntou Bea a estranhar aquela conversa.

- Então tu é que és a namorada do Bill? – disse a rapariga sorrindo de forma estranha.
- Que Bill? – perguntou Bea a fazer-se de desentendida.
- Do meu Bill… - disse a rapariga mudando a expressão do seu rosto para algo mais agressivo.
- Desculpa, deves estar a confundir-me com alguém… - disse Bea sorrindo e olhando em frente para concluir a conversa.
- Não estou não… - disse a rapariga empurrando Bea pelo ombro fazendo-a cair de costas sobre o chão – Se pensas que mo vais roubar, estás muito enganada. Ele é meu! É bom que tires as mãozinhas de cima dele, ou para a próxima não te aviso… Bea! - disse a rapariga de forma agressiva esticando o dedo indicador sobre Bea.

Bea estava deitada sobre o chão surpresa com aquela ameaça. Não estava nada à espera daquilo. Porque é que alguém se daria ao trabalho de a ameaçar por estar com Bill? Não era suposto as fãs dele quererem vê-lo feliz? Não era suposto elas preocuparem-se com a música dos Tokio Hotel e não com a sua vida privada? Era… mas o mundo andava de cabeça para baixo. Bea não tencionava deixar-se ficar. A rapariga tinha-a apanhado desprevenida, mas ela não tinha medo de uma miudinha de 15 anos que se achava gente. Estava a preparar-se para se levantar, e dar uma resposta à altura à rapariga, quando apareceu um homem a correr na sua direcção. Devia ter cerca de 1.90m e era bastante entroncado. Pegou na rapariga, (que ao seu lado parecia uma criança) pelos ombros e arrastou-a dali para fora. Bea ainda conseguiu ouvir a rapariga gritar:

- Interesseira… só queres o dinheiro e a fama… tu não gostas dele… Ele é meuuuuuuuuuu…. Sua…

Bea imaginava o que a rapariga não devia ter dito a seguir, mas felizmente deixou de a ouvir. Colocou ambas as mãos na cabeça e reparou que à sua volta as pessoas ficavam estáticas a olhar para ela, mas ninguém se dignava a tentar ajudá-la. Deixou-se ficar sentada no chão a pensar no que tinha acabado de acontecer. Quem era aquela maluca? De onde tinha vindo aquele homem? A rapariga era claramente uma fã obcecada dos Tokio Hotel, daquelas que Bill tinha dito que a tornariam um alvo a abater, capazes de tudo para os verem separados. Agora percebia o que ele queria dizer com aquilo, mas e o homem? Preparava-se para se levantar quando viu o homem vir na sua direcção.

- Está bem menina? – perguntou o homem estendendo as mãos para ajudar Bea a levantar-se.
- Sim… - disse Bea aceitando aquelas mãos amigas – Obrigada!
- Não tem que agradecer, não fiz mais que a minha obrigação. Desculpe não ter chegado mais cedo, mas pensei que fosse sua amiga… -
disse o homem.

Bea ajeitava a roupa enquanto ouvia o homem falar. “Obrigação”?, “Pensava que era sua amiga”? Mas afinal quem era aquele homem? À quanto tempo a observava? Bea olhou para ele franzindo a testa numa expressão confusa. Ao ver Bea desnorteada, o homem apresentou-se.

- Lukas Mencken, segurança privado… – disse o homem deixando Bea com cara de espanto.
- Lukas… - repetiu Bea – Obrigada pela sua ajuda.
- Não precisa de agradecer. Se estivesse mais perto, tinha intervindo mais cedo. Precisa de mais alguma coisa?
– perguntou Lukas
- Não obrigada… - disse Bea confusa – Acho que vou regressar para casa…
- Com certeza… –
disse Lukas afastando-se dela.

Bea observou Lukas afastar-se. Agora já percebia de onde vinha aquela impressão de estar a ser perseguida. Estava realmente a ser seguida, e Bill só podia estar envolvido naquilo. Tinha-lhe dito tantas vezes que não precisava de sombras, mas ele era tão teimoso quanto ela. Era bem capaz de ter dado uma lição aquela rapariga sem a ajuda de um brutamontes. “Rica maneira de te despedires de mim Berlin!” pensou Bea. Começou a andar em direcção a casa e olhou para trás. Agora que sabia da existência de Lukas, apercebia-se facilmente da sua presença a três metros de distância de si. Parou e virou-se para trás. Lukas estancou no meio do passeio e olhou para todos os lados, para garantir a segurança de Bea. Bea sorriu, dirigiu-se até ele com um sorriso na cara.

- Não quer vir ao meu lado Lukas? – perguntou Bea
- Não posso… estou a controlar o perímetro… - disse Lukas
- O perímetro não precisa de ser controlado… – disse Bea a rir – Faço questão… – disse Bea fazendo sinal para avançarem os dois juntos.

Prosseguiram caminho até casa. Nenhum deles falou. Quando chegaram ao prédio, Lukas avisou que ficaria no carro, que estava estacionado praticamente à porta do prédio, à espera dela. Sabia que ela partia naquela tarde e fazia questão de a levar ao aeroporto e assegurar-se de que entrava nas portas de embarque em segurança. Bea agradeceu e avisou que iria demorar uma meia hora.

Entrou no sótão com um peso no peito. Era a última vez que entrava naquele local mágico. Era capaz de viver ali para sempre. Cada recanto daquela casa despertava-lhe recordações e emoções diversas. Tinha sido realmente feliz ali. Aquelas paredes teriam muitas histórias para contar, e ela tinha sido a personagem principal de muitas delas. Sorriu sentindo-se emocionada. Bettler estava deitado no sofá, sentou-se ao seu lado e pegou nele ao colo, acariciando a sua pequena cabeça. Afagou-o contra o peito e depositou-lhe um beijo sobre a sua cabecinha branca, fazendo-lhe uma festinha no corpo.

- Vamos ter saudades deste sótão, não vamos coisinha fofa? – disse Bea de forma ternurenta para Bettler – Havemos de ser felizes longe dele…

Largou Bettler em cima do sofá e pegou no telemóvel. Precisava de ouvir Bill, sentia-se triste, e só ele a conseguiria animar. Procurou o número dele e ligou-lhe.

- Estou sim, muito boa tarde… - respondeu Bill a brincar.
- Leão… - disse Bea numa voz que denotava a saudade imensa que tinha dele. Já não estava com ele há três semanas.
- Schatzi… - disse Bill – Vais embora?
- Como é que sabes? –
perguntou Bea espantada.
- Tens o avião daqui a duas horas… - disse Bill – Tudo o que tenha ver contigo interessa-me!

Bea sorriu. Era incrível. Ele era a pessoa mais ocupada que alguma vez tinha conhecido na sua vida, e no entanto encontrava sempre maneira de falar e estar com ela e de saber tudo o que se passava na sua vida. Mesmo estando distante, e tendo uma carga horária que não o permitia fazer quase nada, conseguia ser mais que perfeito.

- Tu não existes… - disse Bea emocionada com a despedida, com o som da voz de Bill e as palavras que ele dizia.
- Não? – perguntou Bill com uma voz de espanto a gozar com ela – Mein Gott, como é que vou explicar isso à minha mãe?

Bea começou a rir-se. Adorava a maneira como ele a fazia sorrir. Adorava imaginá-lo a sorrir.

- Ela sabe o filho que tem… - disse Bea de forma ternurenta, suspirando de seguida.
- Já estás com saudades de Berlin? – perguntou Bill que a conhecia tão bem.
- Muitas… - disse Bea entre suspiros – Fui tão feliz aqui…
- E ainda serás muito feliz aí… -
disse Bill – Não te despeças, porque se depender de mim vais estar em Berlin muitas vezes…
- Pois… mas não depende só de ti… -
disse Bea triste – Eu tenho a faculdade, os meus pais, o Bettler…
- Eu sei… -
disse Bill que ficava triste sempre que falavam da distância que ia passar a existir entre eles. Teriam de se habituar a viver separados – Mas nós vamos conseguir…
- Vamos! –
disse Bea optimista.

- Despede-te do sótão por mim e dá um beijinho ao Bettler… – disse Bill.
- Por acaso não nos despedimos como devíamos do sótão… - disse Bea a pensar nos momentos maravilhosos que tinha passado com Bill naquela casa.
- Pois não… - disse Bill levantando a sobrancelha direita.

- Ahh… é verdade – disse Bea a ver se Bill se descaia – Estive a pensar na tua proposta de arranjar um guarda-costas, e aceito!
- A sério? –
perguntou Bill todo contente. Mas logo, pensou no pior – Porquê? Aconteceu alguma coisa?
- Não. Mas acho que talvez possa vir a ser preciso… ultimamente ando-me a sentir muito observada e não estou a gostar… –
disse Bea à espera que ele dissesse alguma coisa sobre Lukas.
- Claro! Eu vou falar com o Tobi para ele arranjar alguém de confiança… - disse Bill prontamente.

Bea abriu a boca em forma de espanto. Não havia maneira de Bill se descoser, era realmente casmurro. Mas ela era pior…

- Ok… Há um segurança muito bom, acho que se chama Lukas Mencken… pergunta ao Tobi se esse serve! – disse Bea à espera de ouvir a reacção de Bill.
- Como é que sabes do Lukas? – perguntou Bill muito espantado.
- Porque é que não me disseste que tinhas contratado um guarda-costas para andar atrás de mim? – perguntou Bea.
- Schatzi, eu sabia que tu não querias, mas era perigoso, não queria que corresses nenhum risco, e o Tobi disse que era o melhor a fazer… - disse Bill justificando-se.

- Há quanto tempo é que ele anda atrás de mim? – perguntou Bea
- … Desde que assumi publicamente o nosso namoro! – respondeu Bill com medo da repreensão dela.
- Mas isso foi… - disse Bea fazendo contas mentalmente - … À uns dois meses e meio!!!
- Eu sei… -
disse Bill franzindo a testa com medo da repreensão.
- Mas tu falaste-me nisso quando regressaste da promoção do álbum! – disse Bea espantada com a quantidade de tempo a que Bill planeava aquilo nas suas costas.
- Eu sei… e tu disseste que ainda não querias… mas nós achámos melhor continuar! Tu não sabes como são as minhas fãs… Agora que começam a sair mais informações e fotografias tuas na imprensa, elas são bem capazes de tudo se te reconhecerem! – disse Bill preocupado.
- Sim, mas isso não é razão para me esconderes que andava a ser seguida! Eu ia compreender se tu quisesses mesmo pôr alguém atrás de mim… - disse Bea – Quando me perguntavas se queria, pensava que tinha uma opção!
- Eu sei, desculpa! Não fiques chateada comigo… eu só não quero que te aconteça nada! –
disse Bill – Se estar longe de ti já custa, imagina o que é estar longe de ti e saber que te aconteceu alguma coisa…. Tu não tens culpa da vida que levo…

- Se eu não gostasse tanto de ti… -
disse Bea abanando a cabeça da direita para a esquerda suspirando.
- E se eu não gostasse tanto de ti não fazia isto schatzi! – disse Bill
- Eu sei… - disse Bea – Obrigada!

- Mas como é que descobriste? -
perguntou Bill intrigado.
- Uma rapariga estúpida meteu-se comigo e ele ajudou-me a ver-me livre dela! – disse Bea não dando importância à situação.
- Mas está tudo bem? – perguntou Bill preocupado.
- Sim… Não te preocupes. Não devia ter mais que 15 anos, eu dava conta dela sozinha! – disse Bea
- Não duvido… – disse Bill a rir imaginando Bea ensinar a lição da vida à rapariga - Ainda bem que vais para Portugal… é o melhor neste momento! Lá estás em segurança!
- Suponho que sim… -
disse Bea triste por abandonar aquele pais.

- Schatzi, tenho que ir… - disse Bill – Temos sete entrevistas e o sound check para fazer…
- Não tem problema… eu também tenho de ir embora… o Lukas vai levar-me ao aeroporto… -
disse Bea.
- Ainda bem! Fico mais descansado! – disse Bill – Amo-te muito portuguesa!
- E eu amo-te muito alemão! –
disse Bea emocionando-se ao pensar que era a última vez que se despedia de Bill estando naquele sótão – Mando-te uma mensagem antes de descolar…
- E quando chegares… -
começou Bill a dizer.
- … Mando-te outra! – disse Bea sorrindo – Bom trabalho!
- Obrigado! Boa viagem… -
disse Bill.
- Obrigada leão… - disse Bea mandando um beijinho sonoro a Bill e desligando o telefone de seguida.
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MensagemAssunto: Re: Wir Schließen Uns Ein   Wir Schließen Uns Ein - Página 4 EmptySáb Fev 14, 2009 2:26 pm

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Wir Schließen Uns Ein - Página 4 Ohmybillcf2




Londres. A duas semanas dela. A duas semanas de ser feliz na totalidade.

Estava sensível. Mais do que o costume. Estava sensível a ela, à proximidade dela. Tinha acordado assim: mais sensível, mais ligado a ela que num dia normal. Precisava dela. Do corpo dela, da voz dela, das mãos dela, do cheiro dela, da vivacidade dela, do seu sorriso, dos seus lábios, da expressão doce dos seus olhos, da expressão excitada dos seus olhos… de tudo! As saudades corroíam e devoravam a sua alma. O seu coração enfraquecido pela distância insistia em bater pela esperança de a rever.

Tinha passado o dia entre sorrisos, autógrafos e entrevistas, mas no fundo só ele sabia o que se passava no seu interior. Aquele dia era diferente, de alguma forma, algo o tornava especial. Só ele sabia o que se passava. Ele e Tom. Tom tinha passado o dia a dizer piadas e a puxar por ele, mas nem isso o tirava do estado melancólico em que se sentia. Estava vazio. Mas porque é que estando vazio, sentia tanto? Porque é que a ausência dela parecia desgastá-lo de tal forma? Porquê naquele dia? Era um dia como qualquer outro – um dia em que a amava mais do que no dia anterior.

Estava sentado numa cadeira, em frente a um grande espelho. Nathalie debruçava-se sobre ele retocando a sua maquilhagem. Fechou os olhos e viu-a na sua cabeça, lembrava-se nitidamente de cada pormenor da sua cara. Sentiu o coração palpitar com maior instabilidade. Ela era inesquecível, nem por um segundo lhe saía da cabeça. Nunca ninguém tinha significado tanto para si. Nunca tinha tido a certeza de que esse significado perduraria para todo o sempre. Tinha tanta sorte em ser correspondido num amor tão forte, em saber que ela sentia o mesmo por si. Tinha sido sem dúvida abençoado por uma força divina. Mesmo não acreditando em Deus, acreditava que alguma força os tinha juntado, para serem um do outro para sempre. Não podia pedir mais. Estava completo. Tinha-a a ela, tinha amigos excepcionais, uma família incrível, o trabalho dos seus sonhos (com o sucesso que julgava só ser possível neles), vivia sem dificuldade… e tudo isto aos dezanove anos! Como é que era possível ter-se tanto em tão pouco tempo de existência? Queria poder chegar aos noventa e olhar para trás revendo uma vida vivida de sonhos e felicidade, com Bea do seu lado (para presenciar o que quer que lhe estivesse reservado). Abriu os olhos e viu Nathalie a sorrir para si.

- Estavas longe… - disse Nathalie a sorrir.
- Muito… - disse Bill sorrindo em retorno.
- Nervoso? – perguntou ela passando uma última vez um pincel com blush sobre as bochechas de Bill.
- Nem por isso… - disse Bill olhando-se no espelho.

- Tu não estás nervoso para um concerto? – perguntou Nathalie admirada.
- É estranho, não é? – perguntou Bill meio alienado.
- É muito estranho… só podes estar doente! – disse Nathalie espantada.
- Talvez seja isso… - disse Bill automaticamente.

- Estás pronto! – disse Nathalie olhando para ele com um sorriso na cara.

Bill levantou-se da cadeira, ajeitou a roupa uma última vez ao espelho, e foi ter com Tom e Georg que estavam sentados nuns sofás do outro lado da sala a reverem mentalmente todos os acordes da Break Away, a música de abertura do concerto que estava prestes a começar na Carling Brixton Academy. Gustav andava de um lado para o outro da sala a saltar e rodar os braços no ar, a aquecer os músculos das pernas e dos braços, para o que seriam as próximas duas horas de pura adrenalina e energia. Bill olhou para Tom. Tom estava visivelmente nervoso, tão nervoso como ele costumava estar, se aquele fosse um dia em que se sentisse normal.

Tobi entrou no camarim avisando que faltavam 10 minutos para subirem para o palco. Um técnico de som entrou na sala com os auriculares de cada um e o microfone de Bill. Bill pôs o auricular sozinho, não queria ser interrompido na sua linha de pensamento, tinha de se concentrar no concerto, ou correria mal. Num dia normal, a adrenalina e o nervosismo apoderavam-se de si de tal forma que tinha de respirar fundo vezes sem conta até se sentir preparado para soltar os primeiros acordes de forma firme, tentando evitar que o nervosismo transparece-se na voz. Naquele dia, estava seguro. Seguro demais. Mas a falta de nervosismo impedia-o de pensar noutra coisa que não fosse nela. Estava a leste, no seu paraíso, em Lisboa, mas o seu corpo permanecia naquela sala de espectáculos de Londres, numa das mais bonitas e mais antigas salas, que tinha acolhido todos os grandes nomes da história da música.

Juntaram-se no centro da sala. Colocaram os braços em cima dos ombros uns dos outros, em forma de abraço e desejaram boa sorte, dando de seguida o seu grito de guerra, cada qual de maneira diferente. Eles eram assim, diferentes de uma forma que se completava quando subiam a palco.

Tom olhou para Bill. Sabia que ele não estava bem, desde do momento em que lhe telefonara para o quarto de manhã e Bill tinha respondido com uma voz esquisita. Tinham andado tão ocupados de um lado para o outro que ainda não tinha parado um segundo para estar a sós com ele e perguntar-lhe o que se passava. De certa forma tinha esperança que aquela melancolia que assombrava Bill tivesse um fim próximo, mas estavam a 5 minutos de entrar em palco e Bill continuava na mesma. Pensou que se fosse algo importante que o procuraria, como o procurava sempre para desabafar, mas tal não tinha acontecido. Tom estava a ficar preocupado. Georg e Gustav começaram a seguir Tobi em direcção ao palco. Bill preparava-se para ir atrás de Georg quando sentiu o irmão segurar-lhe no braço e colocar-se ao seu lado. Virou-se para trás e olhou para os olhos de Tom. Não precisava que ele dissesse nada, sabia o que lhe ia na cabeça, sabia o que o perturbava e o porquê de ter de falar ali e naquele momento, a escassos minutos de entrarem em palco. Assentiu de forma positiva a Tom com a cabeça e disse:

- Estou bem…

Tom abanou a cabeça da direita para a esquerda de forma negativa. Sabia que ele não estava bem, sabia-o desde manhã. Estava esquisito, estava calmo, sem vontade de subir a palco e viver aquele êxtase que o deixava sempre eléctrico e cheio de energia, com adrenalina a ser respirada por todos os seus poros.

- Bea… - disse Bill suspirando, sabendo que não convencia o irmão e que ele estava a ficar preocupado com ele.
- Chatearam-se? – perguntou Tom muito sério.

- Kaulitzs não parem! – disse Tobi que já ia a cerca de 10metros deles com Gustav e Georg – Temos três minutos!

Tom e Bill continuaram a andar atrás dos outros, tentando apanhá-los nos longos corredores que davam acesso ao palco.

- Sinto saudades dela… – disse Bill olhando para os seus pés.
- Mas isso já é normal! Não se passou nada? – perguntou Tom olhando para Bill.
- Não… - disse Bill.
- Está-te mesmo a custar estar longe dela… - disse Tom vendo que o irmão sofria – Já passou um mês maninho… só faltam duas semanas… Não tarda muito estamos em Portugal… Mas agora tens de estar aqui a 100%, senão vai correr mal… Nós precisamos de ti!
- Eu sei… -
disse Bill olhando para o caminho como se olhasse para o vazio.
- Vá lá… tu consegues… - disse Tom dando-lhe uma pancadinha no ombro de incentivo.
- Quando subir a palco esqueço isto. Não te preocupes! – disse Bill sorrindo de forma debilitada.

Tom sorriu. Tinham chegado. O som era ensurdecedor. Milhares de fãs gritavam de forma histérica e descontrolada por eles, pelos seus nomes. O calor que estava naquela sala era sufocante, a energia que dentro daquelas paredes vibrava era intensa. Georg e Tom colocavam o baixo e a guitarra sobre os ombros. Gustav rodava uma última vez os braços e flectia as pernas, sentando-se de seguida no banco da bateria. Bill era o único que não começava o concerto em palco.

Ouviu-se o bater das baquetas de Gustav a marcar o ritmo para a entrada da Break Away. Tom iniciou a música ao som da sua guitarra, o pano que os tapava do grande público caiu. A gritaria era intensa, Tom, Gustav e Georg tocavam, mas quase não se faziam ouvir no meio daquele público sedento de os ouvir tocar e de os ver há muito. Bill respirou fundo antes de entrar, e acompanhado do seu microfone entrou a correr no palco com uma energia forçada. Cantou de forma mecânica, sem pensar no que fazia ou no que dizia. Olhou de soslaio para Tom e viu que ele o olhava de forma a encorajá-lo a ousar mais, a ser o Bill que todas as noites brindava as fãs com o poder da sua energia.

Não era capaz de se libertar do seu pensamento. Ela estava com ele naquela noite. Sentia uma dor no peito apertá-lo de forma angustiada. Dava tudo para saber que ela estava entre a plateia. Sentia-se assim porque não a podia ter. Não queria, nem desejava sexo, não necessitava sequer de lhe tocar (embora soubesse que seria incapaz de se manter afastado dela por muito tempo) só precisava de a ver, de a sentir no mesmo espaço em que estava. Ia já a meio do concerto ainda adormecido com o que se passava à sua volta. Comunicava com o público de forma mecânica, cantava de forma involuntária, como se aquelas palavras de tão entranhadas que estavam no seu corpo saíssem de si sem permissão.

- With every breath you take, you save me. I know that one day, we'll meet again… - cantava Bill.

Bill estacou. Tom e Georg olharam para ele admirados. Bill nunca fazia uma pausa naquela parte da Sacred. O público continuava a cantar a letra da música sem se aperceber do que se estava a passar. Bill estava emocionado. Sentia um peso no seu interior e lutava contra as lágrimas que pareciam querer arrebatar os seus olhos.

- Forever you. Forever sacred. Forever you. You will be sacred. In your eyes. I see the hope. I once knew. I'm sinking… I'm sinking… Away from youuuuu – retomou Bill.

Cantou com a alma. Cantou como se estivesse a cantar para ela, deixando a voz soar como um instrumento musical. Cantou como se a estivesse a ver à sua frente, dando significado a cada palavra, a cada gesto, e a cada pulsar do seu coração. Sentia-a ali, tão perto de si. A música parou. Bill virou-se de costas para o publico e foi até à zona da bateria onde tinha pousadas as suas garrafas de água. Gustav olhou para ele como se lhe perguntasse o que se passava. Bill assentiu com a cabeça respondendo que estava tudo bem. Não podia continuar assim, a energia estava ao rubro naquele auditório, tinha de aproveitar e saber gerir os seus sentimentos. Tinha de beneficiar da dor que sentia para a transformar em algo positivo.

Voltou para o centro do palco e começou a ouvir Georg dedilhar os primeiros acordes da Wir Schließen Uns Ein. O resto da banda já se tinha apercebido que ele não estava bem, e estavam a fazer os possíveis para que Bill não precisasse de comunicar e interagir muito com o público. Bill ficou espantado pela atitude deles, costumava fazer sempre uma introdução àquela música, mas o resto da banda parecia não querer que ele o fizesse. Começou então a cantar. O início era calmo, sentia cada palavra como se cantasse para Bea, mais do que em qualquer outra noite em que a imaginava e cantava para ela. Naquele dia, Bea existia e estava ali à sua frente. Cada palavra era-lhe dedicada, cada olhar procurava-a em traços das pessoas que no público tinham ido ver o concerto. O crescente da música começava, Bill começava a gerir melhor os seus sentimentos. Queria-a ali, mas não a podia ter. Começou a sentir a dor transformar-se em raiva, e sem se aperceber cantava com toda a garra de um leão. Cantava para ela e por ela, com uma energia renovada que parecia querer levar a Carling Brixton Academy ao chão naquela noite com o poder e intensidade que colocava na sua voz. Quando a música acabou o público gritava em êxtase. Bill olhou para Tom de esguelha, e viu-o sorrir abanando a cabeça de cima para baixo de forma positiva com um sorriso na cara. O Bill que conhecia estava de volta, e vinha com um poder e uma raiva no seu interior capaz de fazer aquela plateia esquecer a primeira hora de concerto e marcar aquela que se avizinhava como sendo absolutamente inesquecível.
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MensagemAssunto: Re: Wir Schließen Uns Ein   Wir Schließen Uns Ein - Página 4 EmptyDom Fev 15, 2009 5:31 pm

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Wir Schließen Uns Ein - Página 4 Dajv8




- Como é que está tudo entre ti e o Bill? – perguntou Gonçalo.

Bea tinha combinado ir tomar café com Gonçalo ao Linha d’Água, um café em pleno coração de Lisboa. Já não estava com ele há muito tempo. Tinha regressado à uma semana e meia e ainda não o tinha visto. Andava a evitá-lo, mas sabia que mais dia, menos dia teria de se cruzar com ele, afinal de contas eram vizinhos, e os pais eram amigos. Gonçalo estava diferente, parecia mais calmo, mais seguro daquilo que queria. Conhecia-o tão bem que era capaz de dizer que ele escondia alguma coisa na manga.

- Muitas saudades… – disse Bea que não gostava de falar no tema Bill com Gonçalo.
- E ele tem-te tratado bem? – perguntou Gonçalo.
- Muito bem… – disse Bea sorrindo.

- Tu não estás a mentir para o proteger, pois não? – perguntou Gonçalo olhando directamente para os grandes olhos castanhos de Bea que diziam sempre a verdade.
- Porque é que eu haveria de mentir? – perguntou Bea de forma agressiva, estava farta de ouvir aquelas acusações contra Bill – Tu achas que eu era capaz de estar ao lado de alguém que me tratasse mal? Achas que eu tenho feitio para ser submissa e maltratada?
- Não, mas eu tenho receio por ti… -
disse Gonçalo.
- Mas não tens de ter! Acredita… - disse Bea que estava farta das mesmas conversas de sempre – Sinceramente? – perguntou Bea – Eu acho que se tu continuares a tocar sempre no mesmo assunto, eu não vou conseguir conservar a nossa amizade. É que isso chateia Gonçalo… já tenho meio mundo contra mim por namorar com ele, se até os meus amigos se virarem contra mim eu não vou aguentar…

- Desculpa… - disse Gonçalo – Eu prometo não tocar mais no assunto se isso te chateia. Mas quero que saibas que se acontecer alguma coisa estou aqui para ti.
- Não vai acontecer nada… -
disse Bea de forma segura.
- Espero que sim… – disse Gonçalo.

- Olha, daqui a duas semanas faço anos e estava a pensar fazer um jantar e ir sair a seguir para o Lux ou para o Bairro Alto. Gostava que fosses… – disse Bea.
- Claro. Podes contar comigo! – disse Gonçalo sorrindo – Quem é que vai?
- Só os meus amigos mais próximos. A Dreia, o Bill e assim… –
disse Bea.

- E tu queres que eu vá? – perguntou Gonçalo espantado.
- Claro! Tu és meu amigo… - disse Bea – E a melhor maneira de esqueceres de uma vez por todas os macaquinhos que tens na cabeça é conheceres o Bill e veres com os teus próprios olhos que ele é espectacular e que não tens com que te preocupar.

- Ok… Conta comigo! -
disse Gonçalo – Posso levar companhia?
- Companhia? –
perguntou Bea a sorrir – Podes… mas tens de me contar tudo…
- Só começámos a sair há umas semanas… chama-se Íris… –
disse Gonçalo sorrindo.
- Hmmm … parece-me bem! – disse Bea piscando-lhe o olho. Agora percebia porque é que ele estava diferente. Gostava de o ver feliz. Talvez assim Gonçalo se preocupasse mais com a vida de Íris e deixasse a sua em paz – Quero conhecer essa Íris. Leva-a! Se ela não se importar de ir à festa de anos da tua ex-namorada… - disse Bea a rir.

Bea observou um sorriso tímido esboçar-se na cara de Gonçalo. Já não o via assim há muito tempo. Tempo demais. Como é que se tinham enganado tanto com o amor que sentiam um pelo outro? Como é que não tinham acordado mais cedo? A única coisa realmente boa que tinha nascido daquele relacionamento prolongado era o facto de ter ido para a Alemanha e ter conhecido Bill no seu escape. Talvez fosse mesmo esse o papel de Gonçalo na sua vida. Tinha sido a ponte que a tinha levado até Bill. Só podia estar feliz por ele ter aparecido na sua vida. Sorria para Gonçalo perdida nos seus pensamentos quando ouviu o telemóvel tocar. Tirou-o da mala e viu que era um número não identificado. Atendeu.

- Estou? – disse Bea.
- Guten Tag! Frau Betrrix Marrtins? – perguntou uma voz do outro lado.

Bea estranhou que lhe estivessem a telefonar da Alemanha, mas assumiu logo uma postura diferente com medo do que vinha por aí…

- Sim… - disse Bea falando em alemão sobre o olhar atento de Gonçalo que não percebia nada.
- Daqui fala Sophie Nimitz da Humboldt University of Berlin. Como está? – perguntou Sophie.
- Bem obrigada… – respondeu Bea sem perceber porque lhe ligavam.
- Beatriz peço desculpa estar a incomodá-la mas o seu pedido de transferência já foi recebido pela direcção e infelizmente tenho de lhe dizer que foi negado… – disse Sophie.

Bea sentiu um peso abater-se sobre si. As suas esperanças tinham sido desfeitas. Não estava de todo à espera daquele telefonema tão cedo. Tinham-lhe dito que só em finais de Julho, princípios de Agosto teria uma resposta para o pedido de transferência. Julho estava no início, e acabava de receber uma resposta definitiva. E agora? O que é que ia fazer? Como é que ia viver afastada de Bill e Dreia? Já tinha passado por uma relação à distância e as coisas não funcionavam. Ia ser torturada pela dor e pelo ciúme, ia deixar de se sentir viva para se sentir um zombie à mercê daquele amor despedaçado. Ficou sem reacção, queria perguntar se Sophie tinha a certeza que o seu pedido tinha sido negado, se não havia nada que ela pudesse fazer, mas não conseguia… Estava paralisada. Lembrou-se da sua despedida amarga de Berlin, parecia um sinal. Felizmente nunca tinha contado a Bill que tinha pedido a transferência, não queria criar-lhe esperanças. Bea já teria de sofrer com aquela rejeição, e no que dependesse de si, não iria arrastar Bill atrás, era preferível que ele não soubesse de nada, se tivesse sido aceite fazia-lhe aquela surpresa, mas tendo sido rejeitada, continuava tudo na mesma, como se a possibilidade de ela mudar-se para a sua cidade nunca tivessem sequer existido.

- Hmm… - murmurou Bea sem reacção.
- Para o ano abriremos mais três vagas para transferências, se ainda estiver interessada, teremos todo o gosto em receber a sua inscrição. E devo dizer-lhe que em casos de uma segunda tentativa, a probabilidade de ser aceite na universidade é maior… – disse Sophie.
- Obrigada – disse Bea meia adormecida com aquela notícia.
- O resto de uma boa tarde… – disse Sophie desligando o telefone.

Segunda tentativa? Sabia lá onde estaria dentro de um ano… Não sabia sequer se ainda estaria com Bill, não por não o amar, duvidava que algum dia aquilo que sentia por ele desaparecesse, tinha a certeza que se iria transformar como todos os sentimentos se transformam, mas desaparecer, nunca. Sentia-se triste, magoada por aquela notícia. Tinha-a acertado directamente no coração como uma flecha envenenada. Desligou o telemóvel e reparou que Gonçalo olhava para ela à espera que ela dissesse algo.

- Não fui aceite na Humboldt… - disse Bea desviando o olhar de Gonçalo.
- Ohhh Bi… - disse Gonçalo vendo que ela estava fragilizada – Não fiques triste, vais ver que corre tudo bem! Vais estar com ele muitas vezes…
- Nem é só isso… imagina o que é sentires que a tua vida é perfeita, que tens tudo o que precisas e queres… Imagina que de um momento para o outro o teu mundo é devastado e tu tens de te contentar em estar longe desse mundo, em viver miseravelmente num sitio onde não te sentes bem e onde estás sempre sozinha… onde tu não pertences… -
disse Bea emocionada.
- É isso que sentes quando estás em Portugal? – perguntou Gonçalo que não fazia ideia que ela se sentia tão mal.
- É pior ainda… tinhas de conseguir sentir aquilo que estou a sentir neste momento para perceberes… - disse Bea suspirando.

Gonçalo pegou na mão esquerda de Bea acariciando-a com o seu polegar, num gesto de carinho, que tantas vezes tinha para com ela quando namoravam. Bea olhou para ele com uma expressão triste e perdida. Sorriu debilmente, sabia que o tinha do seu lado para lhe dar força para superar o futuro que se avizinhava penoso em Lisboa, mas mesmo assim, precisava de mais. Gonçalo já não chegava para tornar os seus dias mais risonhos, precisava dos amigos, precisava de Bill e da sua energia e vivacidade. Precisava de se sentir absorvida no cheiro de Berlin.

- Vai correr tudo bem… - disse Gonçalo num tom de voz que sempre tinha conseguido acalmar Bea.


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Fechou a porta do quarto à chave. Queria estar realmente sozinha e absorvida no seu pensamento, na sua dor. Deitou-se sobre a cama a olhar para o tecto e a reflectir no peso daquela notícia que tinha recebido enquanto tomava café com Gonçalo. Sabia que só tinha duas hipóteses: ou vivia a sua vida com a maior normalidade possível em Lisboa, tentando estar com Bill sempre que pudesse e no ano a seguir tentava novamente a transferência para a Humboldt, ou, desistia da faculdade e mudava-se para Berlin. Por mais que a segunda hipótese parece-se tentadora e a curto prazo a melhor, sabia que nunca teria coragem para a seguir até ao fim. Tinha de ser realista, a sua vida não acabava ali, ainda tinha muito pela frente. Os estudos demorariam apenas mais dois anos, mas o amor que sentia por Bill perduraria o resto da vida. Eram dois anos de sacrifico (ou um, quem sabe) para depois ser realmente feliz do seu lado para sempre.

Ouviu o telemóvel tocar. Olhou para ele de lado, tinha sido a fonte de más noticias naquele dia, dispensava a interacção com ele. Esticou o braço até o telemóvel e viu que era Bill. Mordeu o lábio inferior para exteriorizar a dor que sentia no seu interior. Era 0h, Bill já devia estar no hotel, o concerto em Londres já devia ter acabado, e como sempre ele ligava-lhe para dar as boas noites e falarem um bocadinho sobre o seu dia. No dia a seguir Bill tinha de acordar cedo para apanhar um avião com destino a Paris. Devia estar cansadíssimo, ainda não tinha parado de um lado para o outro desde que a tour tinha começado.

- Leão… - disse Bea atendendo o telefone.
- Schatzi… - disse Bill numa voz sentida.
- Como correu o concerto? – perguntou Bea.
- Mais ou menos… - disse Bill.
- Então? – perguntou Bea.
- Sinto a tua falta… - disse Bill que estava deitado sobre a sua cama, já de pijama vestido, a olhar para imagens que passavam na televisão, sem as estar realmente a ver.
- Eu também sinto a tua falta… - disse Bea suspirando e pensando em como conseguiria viver assim durante um ano inteiro.
- Sinto falta de te ver, de te ouvir rir, de te tocar… sinto tanta falta do teu toque… - disse Bill sentindo-se só.
- Eu também… adorava sentir-te aqui comigo… adorava que houvesse uma maneira de estarmos juntos… - disse Bea do fundo do coração.
- Uma maneira de te sentir… - disse Bill completando aquilo que Bea dizia.
- Sim… - disse Bea sentindo um peso no coração.

- Descreve-me aquilo que sentes… - pediu Bill.
- Como? – perguntou Bea.
- Não sei… - disse Bill que só a queria sentir mais perto de si.
- Sinto-me… perdida, como se sem ti faltasse uma parte de mim… - disse Bea que não sabia o que lhe dizer para expressar a dor que sentia consumir o seu peito.

- Eu também… falta-me a parte que me completa como homem, que faz com que seja feliz e tenha forças para levar a vida com um sorriso na cara mesmo quando estou mais cansado ou chateado… – disse Bill que sempre tinha tido o dom da palavra e de expressar aquilo que sentia – Estou perdido em momentos nossos, de um beijo, de uma carícia, de uma noite de amor, de um riso... Já te disse que adoro a maneira como te ris? Que adoro a maneira como me fazes rir? Que adoro quando o nosso riso se une num só?
- … Não! –
disse Bea emocionada.
- Parece que a minha vida anda às voltas, que estou só a fazer tempo até te ver novamente… - disse Bill.
- Eu sei… - disse Bea que sentia o mesmo.

- Eu preciso de ti... Faz amor comigo… - disse Bill sentindo-se ligado a ela emocionalmente por um laço demasiado forte.
- Bill… - disse Bea num tom fraco e debilitado pelo que sentia no seu interior.
- Quero sentir-te… - disse Bill num tom fraco também.
- Eu também te quero… - disse Bea sentindo o coração acelerar no seu peito sensibilizado.
- Eu quero o teu corpo e a tua essência que me deixa aluado e preso a ti… - disse Bill tomando coragem e colocando a mão dentro das calças, imaginando que o toque que sentia era dela. Que o fogo que sentia agora começar a tomar conta do seu interior era fruto do seu toque.
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MensagemAssunto: Re: Wir Schließen Uns Ein   Wir Schließen Uns Ein - Página 4 EmptyDom Fev 15, 2009 5:31 pm

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Faltavam cinco minutos para o comboio de Dreia chegar à estação do Oriente. Bea estava sentada num banco na linha 1 à espera. Estava nervosa por rever Andreia, não estava com ela há um mês, falavam por telefone regularmente mas não era a mesma coisa, sentia falta das suas aventuras e conversas. O tempo parecia não querer passar. Bea abanava freneticamente a perna, quando ouviu uma voz anunciar a chegada do comboio Alfa Pendular com partida do Porto – Campanhã e destino em Lisboa – Santa Apolónia, na linha 3. Bea levantou-se num pulo. Estava na linha errada! Viu o comboio aproximar-se da estação e quando parou e as portas se abriram Dreia foi a primeira a sair da sua carruagem. Bea sorriu e acenou-lhe com a mão. Dreia começou-se a rir da amiga estar na linha errada. Desceram as escadas que davam acesso à zona das bilheteiras e encontraram-se. Bea foi ter com Dreia e abraçou-a. Tinha tantas saudades dela. Saudades de se sentir em casa. Era esse o poder de Dreia sobre si, tinha a capacidade de a fazer sentir mais humana, mais simples, mais natural, mais ela. Não precisava de se esconder, era como um regresso a casa.


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Estavam deitadas na cama de Bea a ver um filme escolhido por Dreia (Sweeney Todd) e a comer pipocas. Bea já conhecia o filme detrás para a frente. Adorava Tim Burton, cantava mentalmente as músicas, e vibrava com aquele amor tão forte, capaz de arrebatar o coração de um homem passados tantos anos. Faltava uma semana para estar nos braços e Bill. Uma semana! Parecia mentira… Sentia-se cada vez mais excitada e impaciente por esse momento. Os seus anos iriam ter um sabor muito diferente naquele ano. Os seus vinte anos… uma data especial, uma data a recordar para todo o sempre, pelas mais variadíssimas razões. Ansiava por aquele momento, não por serem os seus anos, nem pelas prendas, nem por nada que lhe pudessem dizer. Ansiava por aquele momento por ser o momento do reencontro com Bill, única e exclusivamente.

Quando o filme acabou já era tarde, passava da 1h da manhã. Bea começava a ficar com sono. Levantou-se para ir colocar o que sobrava das pipocas na cozinha, enquanto Dreia foi à casa de banho. Quando regressou ao quarto, Dreia ainda não tinha regressado. Deitou-se na cama e enviou uma mensagem a Bill de boa noite. Já tinha falado com ele antes de ver o filme, mas sentia necessidade de lhe dizer algo mais.

Para: Leão
Acabámos agora de ver o filme! Vou-me deitar e sonhar contigo, com aquilo que te vou fazer daqui a uma semana =p *Beijos na tua estrela, no teu pescoço, nas tuas mãos, nos teus lábios, no teu piercing, nos teus vincos…* Amo-te!

Bea estava a pousar o telemóvel em cima da mesa-de-cabeceira com um sorriso na cara quando Dreia entrou no quarto.

- Que sorriso… - disse Dreia sorrindo à amiga, fechando ao mesmo tempo a porta quarto de Bea.
- É o amor… - disse Bea suspirando de forma sonora propositadamente a gozar consigo mesma, rindo de seguida.
- Uhhhh … - disse Dreia rindo e deitando-se ao lado de Bea, puxando o lençol sobre si – Falta pouco… - disse Dreia excitada com o reencontro.
- Falta mesmo pouco… - disse Bea sorrindo e mordendo o lábio inferior - É verdade… como é que tens passado sem o Tom? Como é que vai ser quando o vires de novo?
- Como vai ser não faço ideia, mas tenho passado bem… Penso nele de vez em quando, mas tenho tentado manter-me ocupada para não pensar em demasia… –
disse Dreia - … Estive para lhe telefonar…
- Porque é que não lhe telefonaste? –
perguntou Bea olhando para Dreia.
- Ohhh… - exclamou Dreia.
- Ohhh nada! – disse Bea – Porque é que não lhe ligaste?
- Porque não é assim tão simples… -
disse Dreia.
- Claro que é! – disse Bea descomplexando as coisas.
- Para mim não é… fico logo nervosa só de pensar que vou ouvir a voz dele… - disse Dreia justificando-se.

- Telefona-lhe! – disse Bea levantando ambas as sobrancelhas sorrindo ao mesmo tempo como que a incentivá-la a fazê-lo.
- Agora? – disse Dreia muito espantada.
- Sim! – exclamou Bea confiante.
- Ele já deve estar a dormir… - disse Dreia tentando esquivar-se.
- O Tom? Achas mesmo que sim? – disse Bea que estava a perceber que a amiga estava a tentar tudo para não o ter de fazer – Ele nunca se deita antes das 3h da manhã no mínimo!

- Ele deve estar ocupado com uma amiguinha, não vou interrompê-lo! -
disse Dreia a tentar virar o jogo a favor de Tom.
- Eles estão no tourbus… não dá para ele levar amiguinhas! – disse Bea refutando todas as tentativas de Dreia de evitar aquele telefonema.
- Com o Tom dá sempre… - disse Dreia.

- Pára de tentar inventar desculpas… Telefona-lhe! – disse Bea entusiasmada.
- Para quê? Vou estar com ele daqui a uma semana! – disse Dreia.
- Para saber como é que ele está… para saber como está o Bill! – disse Bea a rir.
- Ohhh… isso é estúpido! Não lhe vou telefonar para isso… - disse Dreia
- Vais sim… - disse Bea feita casmurra.

- Porquê? – perguntou Dreia que não percebia porque é que Bea insistia tanto naquele assunto.
- Não queres ser amiga dele? Então… os amigos não têm problemas em telefonar uns aos outros para saber como estão… Já as pessoas que gostam umas das outras… - deixou Bea em aberto para provocar Dreia.

- Ele também não me ligou… - disse Dreia como último recurso para convencer Bea de que não estava realmente interessada em telefonar a Tom.
- Sabes como é o Tom! Ele só te telefonaria na véspera de vir a Lisboa para saber se querias ir para a cama com ele, só naquela de assegurar a queca de Portugal… - disse Bea de forma fria. Podia custar ouvir, mas era verdade!

- Então porque é que eu me haveria de preocupar com ele, se ele não se preocupa comigo a não ser para assegurar a queca? – perguntou Dreia.
- Porque tu és diferente dele, e porque enquanto não o fizeres perceber isso ele vai continuar a querer-te única e exclusivamente para sexo! – disse Bea tentando abrir os olhos de Dreia.

- E tudo vai mudar se eu fizer um telefonema esta noite? – perguntou Dreia sem perceber o porquê daquela insistência.
- Sim! – disse Bea a rir. Sabia que o que dizia não fazia sentido, claro que nada iria mudar por causa de um telefonema, mas podias ser um início… e um início era bom!
- Aiiiiii…. Que chata…. – disse Dreia – Não te vais calar enquanto eu não lhe telefonar, pois não?
- Noup! –
disse Bea sorrindo.
- Ok…. – disse Dreia rendendo-se e alcançando com o mão o telemóvel que tinha pousado junto da mesa-de-cabeceira de Bea – As coisas que tu me fazes fazer…

Bea sorriu. Queria que a amiga fosse feliz, que se deixasse levar de vez em quando pelos impulsos e não racionalizasse tanto as coisas. Acreditava que ela já tinha vontade de telefonar a Tom há muito tempo, e que o seu consciente a andava a impedir de o fazer. Porque não telefonar-lhe? Não estava a ir para a cama com ele, nem a fazer nada de mais, era só um telefonema de uma amiga. Se ela queria consolidar a amizade com ele tinha de trabalhar para isso e não deixar que os momentos em que estavam juntos se tornassem sempre carregados de carga afectiva e sexual.

Dreia procurou o nome de Tom na sua lista e colocou o telemóvel junto da orelha ouvindo-o tocar. Sentiu-se corar e adoptar a cor vermelha, as suas bochechas ferviam. Ia ouvir a voz dele passado um mês e uma semana… O coração parecia querer saltar-lhe pela boca com o ritmo acelerado a que batia dentro do seu peito. Bea olhava para ela expectante e ansiosa por que Tom atendesse. Quando Dreia se preparava para desistir e desligar o telefone, ele atendeu…

- Estou? – disse Tom.
- Estou Tom… tudo bem? – perguntou Dreia sentindo dificuldade em articular as palavras.
- Tudo! E contigo? – perguntou Tom com uma voz normal.
- Também… - disse Dreia sem saber o que lhe dizer.

- Já estás em Lisboa com a Bea? – perguntou Tom.
- Sim… cheguei hoje! – disse Dreia admirada com o facto dele saber que elas estavam juntas, embora Bill lhe devesse contar tudo.
- E como é que está tudo por aí? Portugal está preparado para nos receber? – perguntou Tom sorrindo.
- Mais que preparado, já começa a haver filas no Pavilhão Atlântico… - disse Dreia espantada com o facto de ele lhe estar a dar conversa.
- A sério? – perguntou Tom espantado – Que cena…
- A sério… -
disse Dreia sorrindo timidamente por estar a falar com ele e as coisas parecerem tão fáceis – Onde é que vocês estão agora?
- Algures a caminho de Madrid… Acho que já entrámos em Espanha, mas não tenho a certeza! –
disse Tom.

- Prepara-te que Madrid no Verão é muito quente… - disse Dreia.
- Não tão quente como eu! – disse Tom a rir.
- Claro… - disse Dreia a rir – Então, como é que está o Bill? – perguntou Dreia, vendo os olhinhos de Bea brilharem.
- Está bom. Está a ver um filme com o Gusti… – disse Tom.
- Nós acabámos de ver o Sweeney Todd… – disse Dreia.
- Acho que eles também estão a ver o Sweeney Todd! – disse Tom espantado pela coincidência – Deixa ver… - disse Tom à medida a que se encaminhava para a pequena sala no fundo do tourbus onde Bill e Gustav estavam sentado a ver um filme – Sim… é o Sweeney Todd!
- Ahhh não acredito… deixa-me contar à Bea! –
disse Dreia e tirando o telemóvel do ouvido disse a Bea – O Bill está a ver o Sweeney Todd com o Gusti!
- A sério??? –
perguntou Bea derretida com a noticia – Deixa-me falar com eleeeeee… – pediu Bea.

- Podias passar o telemóvel ao Bill, a Bea quer falar… – disse Dreia a rir.
- Espera um bocadinho… - disse Tom a Dreia e virando-se para Bill acrescentou estendendo-lhe o telefone – A tua schatzi quer falar contigo…

Bill pegou no telefone contente por ir ouvir a voz de Bea. Gustav colocou o filme em pausa.

- Schatzi? – disse Bill
- Leãoooo, estás a ver o Sweeney Todd? – perguntou Bea.
- Sim! Tu disseste que ias ver, deixaste-me com vontade de ver também… - disse Bill a sorrir – Assim sinto-me mais perto de ti… Tentaste-me telefonar?
- Não. Porquê? –
perguntou Bea.
- Para teres telefonado ao Tom… não é normal! – disse Bill sentindo uma pontinha de ciúmes por ela ter ligado ao seu irmão.
- Não fui eu que telefonei, nem era eu que estava a falar com o Tom… era a Dreia. Depois conto-te tudo… - disse Bea a rir vendo Dreia esconder a cara com as mãos – Mas enviei-te uma mensagem à bocado… quando o filme acabar vê!

- Não vou esperar até ao fim do filme… -
disse Bill entusiasmado.
- Espera! – Pediu Bea.
- Ok… também só faltam 10 minutos… - disse Bill – Mas vai ser difícil…
- O filme é lindo não é? –
disse Bea
- É… estou a adorar! – disse Bill – Eu vingava o meu amor por ti se soubesse que alguém te tentava fazer mal ou se nos tentassem separar!
- Eu também! –
disse Bea derretida com Bill – Beijos leão…
- Beijos schatzi! –
disse Bill despedindo-se dela e estendendo o telemóvel novamente a Tom.

Tom saiu de ao pé de Bill e Gustav e dirigiu-se novamente para a sala onde estava anteriormente a jogar playstation com Georg.

- E tu o que é que estavas a fazer? – perguntou Dreia interessada.
- Estava a dar uma abadinha daquelas ao Geo! – disse Tom a rir.
- És tão mau… - disse Dreia.
- Realista! – disse Tom rindo para Georg que abanava a cabeça da direita para a esquerda a rir com o comentário convencido de Tom.
- Tu é que sabes… - disse Dreia a rir – Bem… vou dormir que já se faz tarde!
- A noite ainda é uma criança… -
disse Tom a rir humedecendo de seguida os seus lábios.
- Só se for para ti, porque em casa da Bea já toda a gente está a dormir! – disse Dreia rindo.
- Pois… com pais por perto é diferente… - disse Tom – Então vá, boa noite para as meninas! Portem-se bem que não quero ver o meu maninho triste…
- Como se fosse possível nós não nos portarmos bem! –
disse Dreia sorrindo.
- É bem possível… mas também não é mau de todo… eu gostava quando tu te portavas mal… - disse Tom levantando uma sobrancelha.

Dreia fora apanhada desprevenida, o que dizer numa situação daquelas?

- Pois… - disse Dreia sem reacção – Então boa noite para todos, bom jogo e bom concerto em Madrid!
- Obrigado! Beijinhos para as duas! –
disse Tom.
- Beijinhos para vocês também… – disse Dreia desligando de seguida o telefone.

Dreia desligou o telefone e olhou para Bea. Estava feliz, muito mais feliz do que antes de ter iniciado aquela conversa com Tom. Ainda bem que Bea a tinha convencido a ligar a Tom, ele tinha-se revelado diferente daquilo que julgava. Suspirou e esboçou um sorriso sobre o olhar atento de Bea.

- Vês? – disse Bea – Foi na boa… se mantiveres esta distância e o fizeres ver que só queres a amizade dele é mais fácil que ficares a pensar no “e se…”!
- Sim… foi bom ter-lhe telefonado –
disse Andreia sorridente e admirada – Não estava à espera que ele falasse assim comigo…
- Ainda bem… agora já podes dormir mais descansada –
disse Bea – E eu também…
- Ai Bill, Bill… -
disse Dreia a gozar com a amiga, enquanto Bea desligava a luz da sua cabeceira.

Bea sorriu. Adorava falar com ele, não se importava que Dreia gozasse com ela. Agora que estava distante de Bill precisava mesmo destes momentos. Saber que ele tinha ido ver o Sweeney Todd por ela o estar a ver, tinha-a sensibilizado, era um gesto muito afectuoso, típico do seu Bill. Estava embrenhada nos seus pensamentos quando ouviu um toque de mensagem no seu telemóvel. Pediu desculpa a Dreia e tirou o som do telemóvel, procurando a mensagem que tinha recebido de seguida.

De: Leão
Acabei agora de ver o filme, adorei! Foi uma boa sugestão... Vou-me deitar mais cedo para te poder encontrar nos meus sonhos e receber esses beijos todos que me prometes-te… Sempre quero ver quem é que faz o quê a quem, daqui a uma semana…. *Beijos em cada centímetro do teu corpo com um suave roçar da minha língua e piercing* Amo-te!

Bea sorriu, também ela desejava encontrá-lo nos seus sonhos. Também ela cobiçava aqueles beijos que acompanhados da sua língua a deixavam sem chão. Pousou o telemóvel na mesa-de-cabeceira e suspirou… estava a uma semana dele….
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MensagemAssunto: Re: Wir Schließen Uns Ein   Wir Schließen Uns Ein - Página 4 EmptyTer Fev 17, 2009 4:34 pm

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Tinha marcado mesa no restaurante Lábios de Mosto no Bairro Alto para dezoito pessoas. O restaurante era pequenino, escondido, e tinha uma sala recatada onde podiam ficar à vontade sem serem importunados. Bea estava nervosa. Tinha passado o dia com os pais e Dreia, entre um almoço de família e uma tarde passada no Oceanário (a pedido especial dela). O dia tinha sido passado entre suspiros e sorrisos nervosos de quem sabia que estava a horas de se encontrar novamente com ele. Sentia o corpo estremecer e o coração palpitar descontroladamente no seu interior. Já tinha falado com Bill ao telefone diversas vezes e sabia que ele se encaminhava para aos seus braços no tourbus, tinha ficado de ir ter ao restaurante às 21h, hora para a qual tinha marcado a sala.

À hora marcada Bea chegou ao restaurante, fazendo-se acompanhar de Dreia. Entrou pela porta do Lábios de Mosto com a sensação de que no seu interior esvoaçavam milhares de borboletas exaltadas. Ia vê-lo. Ia sentir os seus braços a cercarem o seu corpo, os lábios dele a percorrerem os seus. Procurou com olhos o seu corpo estrelado, mas tudo o que viu foi uma mesa enorme cheia de lugares e ninguém a ocupá-los. Ele ainda não tinha chegado. Sentiu-se triste por não o ver, mas esperançosa por que esse momento chegasse. Foi para a porta do restaurante… não conseguia estar sentada à espera. Dreia acompanhou-a. Falava com ela para a tentar acalmar um pouco. Também Dreia estava nervosa. Ia reencontrar Tom passado tanto tempo, sentia um peso no peito. Estava desejosa de o ver e de poder falar com ele novamente, de olhar para os seus olhos amendoados e de tocar nas suas rastas. Bea andava de um lado para o outro com as mãos nos bolsos com o nervosismo. Ria por tudo e por nada, tal era a pressão que sentia no seu interior. Viu Gonçalo aparecer no fundo da rua. Vinha de mãos dadas com uma rapariga, era Íris. Sorriu-lhe. Gonçalo parecia um pouco tímido e envergonhado. Bea não imaginava vê-lo assim, ele era sempre tão seguro de si mesmo, Íris devia ser especial.

- Parabéns Bi! – disse Gonçalo sorrindo e largando a mão de Íris para abraçar Bea.
- Obrigada! – disse Bea sorrindo.
- Esta é a Íris… - disse Gonçalo apresentando-a a Bea e Dreia.
- Olá… – disse Bea com um sorriso na cara dando-lhe dois beijinhos.
- Parabéns! – disse Iris dando dois beijinhos a Bea.
- Obrigada! – disse Bea contente – Fico muito contente que tenham vindo!
- Tínhamos de vir… - disse Gonçalo pegando novamente na mão de Íris.

Íris parecia uma rapariga simpática e tímida. Parecia gostar mesmo de Gonçalo pelo brilho dos seus olhos. Era linda, a sua tez queimada pelo sol como os seus cabelos, combinavam com os olhos cor de avelã. Bea tinha quase a certeza que aquele romance tinha nascido do surf. Gonçalo praticava surf há muitos anos, e não lhe admirava nada que Íris também o fizesse.

- Disseste ao teu namorado que eu vinha? – perguntou Gonçalo.
- Não… - disse Bea que se tinha esquecido totalmente de avisar Bill, sempre que falava com ele queria absorver o momento ao máximo, nem se tinha lembrado de lhe contar que teriam companhia para o jantar – Esqueci-me!
- Espero que ele não comece com coisas… -
disse Gonçalo preocupado.
- Era o que faltava! A festa é minha, convido quem eu quiser! – disse Bea sendo interrompida pelo seu telemóvel que tocava. Abriu a mala, tirou-o e viu que quem lhe ligava era Bill. Sentiu o coração adoptar proporções minúsculas no seu interior de tão apertado que estava – Estou? – atendeu Bea o telefone em alemão.

- Schatzi… - disse Bill com uma voz triste – Perdemo-nos!

- Perderam-se? –
retorquiu Bea espantada – Onde é que estão?
- Não sei… mas ainda nem chegámos a Lisboa… –
disse Bill triste – O motorista quis fazer um atalho e agora não sabemos onde estamos. Acho que não conseguimos chegar a horas do jantar…. Desculpa schatzi!

- Tens a certeza? Nós podemos esperar um bocadinho! –
disse Bea que não queria passar mais um segundo sem ele.

- Tenho… o motorista ligou o GPS agora e ainda estamos a 50km de Lisboa, e ainda temos de passar primeiro no hotel para fazer o check in. Vão jantando… quando chegarmos e estivermos despachados eu telefono-te a perguntar onde estás e vamos ter convosco… – disse Bill sentindo um peso enorme no coração por estar tão longe dos braços dela – Desculpa schatzi… Dava tudo para jantar contigo num dia tão especial…
- Eu sei…
- disse Bea triste pela noticia – Mas não tem problema! Prefiro esperar o tempo que for necessário, desde que chegues ao pé de mim hoje, porque já não aguento muito mais!
- Vais ver que num fechar de olhos estou aí… vou obrigar o motorista a carregar a fundo no acelerador… –
disse Bill a rir, mas sentindo-se destroçado por estar ausente e saber que a magoava com isso.
- Obriga… mas com cuidado… prefiro esperar por ti mais um dia a perder-te! – disse Bea.

- Amute muito schatzi…. Desculpa! – repetiu Bill.
- E eu amo-te a ti leão! – disse Bea sentindo um peso ainda maior apoderar-se de si – Bill…. I’ll be with you soon… Just me and you… - cantou Bea visivelmente emocionada.
- We’ll be there soon… So soon… - cantou Bill emocionado desligando o telefone de seguida.

Bea suspirou. Sentia uma tristeza e decepção abaterem-se sobre si. Tinha esperado por aquele momento à mês e meio, tinha ansiado o reencontro, o momento em que o sentiria ao seu lado novamente. Agora sentia apenas um vazio em si, como se a sua alma chorasse aquela demora. No seu imaginário, aquele jantar só fazia sentido com ele, sem ele não valia a pena festejar. Avisou Dreia, Gonçalo e Íris que eles não iam jantar porque se tinham perdido e dirigiram-se para a sala que embora pequena e acolhedora, parecia gigante e despromovida de sentimentos. Bea sentou-se numa ponta com Dreia à sua esquerda e Gonçalo e Íris à sua frente.

- Estou cheio de fome! – disse Gonçalo atacando o pão e a manteiga.
- Tu estás sempre cheio de fome! – disse Íris a gozar com ele.

Dreia segurou na mão esquerda de Bea que estava pousada sobre a sua perna debaixo da mesa. Bea sentiu a amiga dar-lhe força e energia através daquele gesto carinhoso. Olhou para Gonçalo e Íris, pareciam tão apaixonados. Olhou para Dreia, viu nos seus olhos de gata uma expressão de pesar de a ver assim, mas Bea não conseguia evitar. Sentia-se triste, sem vontade de estar ali naquela sala vazia. Sem fome…


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Desligou o telefone e enterrou a cabeça entre as mãos abanando-a da direita para a esquerda de forma negativa. Sentia um peso enorme no seu coração por tê-la decepcionado tanto.

- Não acredito que acabei de fazer isto… - disse Bill.
- É por uma boa razão… - disse Tom colocando uma mão sobre o ombro do irmão.
- Boa razão? – perguntou Bill olhando para o irmão com uma expressão zangada – Não foste tu que ouviste a voz dela…

- Calma… já sabias que ias ter de lhe telefonar a avisar! –
disse Georg.
- Mas não pensei que custasse tanto… - disse Bill – Ela deve-me estar a odiar neste momento. Estraguei-lhe o jantar!

- Que drama! –
disse Tom soprando para o ar.
- Fogo Tom, quando é que te tornaste tão insensível? – perguntou Bill olhando para ele com os olhos semi-cerrados em raiva.

- Acalmem-se lá Kaulitz… – disse Gustav colocando os braços no meio dos dois para evitar brigas.

- Daqui a pouco já estás com ela… Já esperaste um mês e meio… - disse Tom para desdramatizar a situação.
- Não tem a ver com o tempo, insensível! Tem a ver com a decepção na voz dela, com o imaginário que eu acabei de desfazer… – disse Bill a gritar com Tom para que ele percebesse.
- Poupa a vozinha que amanhã tens concerto… - disse Tom que não estava a gostar de ser saco de batata para o stress de Bill.

- Eu percebo Bill… – disse Gustav em apoio ao amigo.
- Alguém! – disse Bill mandando as mãos para cima como se em prece.
- Eu também percebo… - disse Georg.
- Boa…. Agora sou o único insensível… - disse Tom fazendo-se de vitima.

- Não é seres insensível, é nunca teres gostado de ninguém a sério… – disse Georg que era o mais velho do grupo.
- Pois… - disse Bill assentindo com um ar recriminatório.
- Imagina que telefonas ao Bill e percebes que ele fica magoado e decepcionado com o que tu lhe dizes… Como é que te sentias? - disse Georg a titulo de exemplo por saber que se exemplificasse com uma rapariga Tom não iria perceber.

- Neste momento feliz! – disse Tom para picar o irmão.

Bill limitou-se a levantar a mão direita e mostrar-lhe o dedo do meio explicitamente em retorno da sua boquinha.

- Tudo pronto? – perguntou Tobi aos quatro rapazes.
- Sim… - respondeu Bill eléctrico e nervoso.
- Ok, vamos a isso… – disse Tobi abrindo a porta da carrinha.

Sentia-se nervoso e com uma energia arrebatadora dentro de si. O seu interior transformara-se em puro êxtase à umas horas atrás. Estava tão perto e no entanto tão longe dela. Tobi abriu a porta de correr da carrinha branca de nove lugares com vidros fumados que os transportava. Bill foi o primeiro a sair, ajeitando a sua roupa, seguiu-se Tom, Gustav, Georg e outro segurança que os acompanhava sempre para todo o lado. Da carrinha do lado saíam mais dois seguranças privados, Nathalie, Andreas, Heinz, Dunja, Jost e a sua noiva. Estavam no Parque de Estacionamento do Largo do Carmo, a uns escassos 300metros do restaurante onde decorria a festa de anos de Bea. Bill tinha-lhe mentido. Há uma semana que andava a planear uma maneira de lhe fazer uma surpresa, mas nunca tinha pensado que aquela ideia que lhe tinha parecido genial ao inicio, seria tão difícil de executar e traria tamanha infelicidade e desgosto para Bea, fazendo com que consequentemente, também ele se sentisse infeliz e má pessoa por lhe estar a mentir. Só esperava conseguir compensar a tristeza quando aparecesse no restaurante de surpresa. Só esperava que ela não ficasse chateada com ele… Sentia-a perto, como se o seu corpo tivesse um sensor que lhe avisava que estava perto daquela que o fazia ganhar vida.

Os seguranças espalharam-se pelo parque de estacionamento abrindo caminho para que eles passassem. Tobi seguia à frente acompanhado por Bill que não via a hora de chegar até ela. A rua estava deserta, era uma terça-feira à noite, numa zona do Bairro Alto onde muito pouca gente ia. O restaurante ficava bastante perto do Parque de Estacionamento. Tobi seguia seguro de si, olhando com atenção para todos os lados. Não tinha nada que enganar… era sempre em frente. Bill viu a placa - Lábios de Mosto. Sentiu o coração acelerar a um ritmo alucinante, as pernas começarem a estremecer, impedindo que ele andasse à velocidade que o seu coração lhe ditava. Chegou à porta, respirou fundo. Tobi ia entrar, mas Bill travou-o. Queria ser o primeiro a entrar no restaurante. Queria ser o primeiro a vê-la e queria que ela fosse a primeira a vê-lo. Entrou no restaurante e não a viu, a sala estava vazia. Baixou a cabeça. Não acreditava que ela tinha ido embora. Devia estar realmente triste e magoada consigo para ter desistido do jantar.

Uma senhora do restaurante vinha direita a Bill com um sorriso na cara para lhe falar, mas Tobi colocou-se à frente como uma parede impedindo-a de chegar até ele. A expressão dócil da senhora mudou radicalmente, apresentando sinais claros de medo da altura e largura dos ombros de Tobi.

- Boa noite… desejam mesa para quantos? – perguntou a senhora reticente.
- Hi, we’re here for a dinner party… - disse Tobi nunca perdendo a sua postura.
- Ohhh… yes, of course… - disse a senhora atrapalhada pelo seu inglês ser tão fraco – There…. There… - disse ela apontando para uma pequena porta que dava acesso a outra sala.

Bill sentiu-se encher de esperança novamente. Deu um passo em frente em direcção à pequena porta, baixou a cabeça para não bater na ombreira e quando entrou na outra sala, reparou que só havia quatro pessoas nela, e uma grande mesa vazia em seu redor. Bea estava de costas para a porta. Bill viu o seu cabelo loiro e comprido, solto sobre as suas costas e sentiu que o corpo cedia aquela visão como cederia se estivesse num deserto e avistasse um oásis. Sentia-se uma bomba relógio prestes a explodir com o despertar do toque dela. O seu peito parecia ter crescido significativamente de tamanho, pois o seu coração batia a uma velocidade tão acelerada que parecia querer abrir espaço para que o dela se pudesse juntar a ele no seu interior. Queria andar, ir ter com ela, mas estava estacado a meio do caminho, não deixando mais ninguém entrar pela porta. Ela estava linda, perfeita, mais do que em qualquer outro dia, mais do que nos seus sonhos. Radiava tudo aquilo que o deixava sem fôlego, no entanto parecia ter uma aura à sua volta que transparecia uma tristeza imensa. Bill sentiu o seu coração parar de bater momentaneamente por saber que era o culpado daquela dor. Desejava do fundo do coração que a sua chegada 15 minutos após ter telefonado a avisar que não ia conseguir chegar a tempo, compensasse toda essa dor e esse sofrimento. Só ele sabia como queria estar com ela, como ansiava por ela desde o momento em que a vira partir do seu quarto, da sua cama, da sua casa no dia da despedida…

- Bi… - disse Gonçalo que estava de frente para a porta e via Bill entrar na sala ficando paralisado à porta com uma expressão infeliz.

Bea olhou para Gonçalo, reparou que ele olhava para trás de si com uma expressão espantada e soube. Soube porque se sentiu na sua presença antes mesmo de o ver. Olhou para trás por cima do ombro esquerdo e teve a certeza de que era ele. Sentiu algo apertar o seu coração de tal maneira que pensou que pudesse morrer ali, naquele momento. Levou as mãos à cara, tapando a boca e o nariz e deixou que sem controlo duas lágrimas se formassem nos seus olhos e corrompessem a sua cara, escorrendo de forma segura e sentida. Era ele… um mês e meio depois, 15 minutos depois de lhe ter partido o coração com uma mentira…
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MensagemAssunto: Re: Wir Schließen Uns Ein   Wir Schließen Uns Ein - Página 4 EmptyTer Fev 17, 2009 4:40 pm

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Era ele… um mês e meio depois, 15 minutos depois de lhe ter partido o coração com uma mentira…

Porque é que não se conseguia mexer? Viu os olhos de Bea lacrimejarem, via a intensidade deles reflectir uma mistura de dor e felicidade. Sentiu um aperto no coração por ter contribuído para aquela expressão, desejou por breves instantes nunca lhe ter mentido nem adiado aquele momento. Não aguentava mais, precisava dela, precisava de a abraçar e fazer com que a dor desaparecesse de uma vez por todas. Deu um passo em direcção a Bea e assistiu a ela levantar-se da cadeira onde estava sentada visivelmente emocionada com as lágrimas a caírem-lhe pelo rosto. Bea foi directa a ele. Milésimos de segundo antes de sentir o seu corpo tocar nele sentiu-se uma vez mais feliz como há muito não se sentia. Só pedia com todas as forças do seu ser que não estivesse a sonhar. Abraçou-o, encostando a sua cabeça ao peito de Bill, deixando os seus olhos descarregarem o nervosismo e a ânsia daquele momento. Bill abraçou-a sentindo os seus olhos encherem-se de lágrimas pela emoção de a ter novamente nos braços, e num estado tão fragilizado e vulnerável. Passou a mão direita sobre o cabelo dela afagando a sua nuca, e depositou-lhe um beijo sentido no cimo da cabeça. Bea limpou as lágrimas que ainda rolavam sobre o seu rosto e olhou para Bill, também ele tinha uma expressão emocionada e triste. Porque é que ele lhe tinha feito aquilo?

- Ich hasse dich! (Detesto-te!) – disse Bea num tom de voz enraivecido, batendo ao mesmo tempo com a sua mão direita no peito de Bill.
- E eu amute… - disse Bill olhando para os lábios carnudos dela de forma ternurenta e sedenta de os beijar.

Sabia que ela estava zangada com ele. Também ele estava zangado consigo mesmo, compreendia perfeitamente que aquela tinha sido a pior surpresa que alguma vez tinha preparado na sua vida. Tomou a cara dela com as mãos e sentiu Bea colocar as suas mãos sobre as dele, acariciando-as com os polegares. Bill juntou os seus lábios à testa de Bea, demorando-se a dar-lhe um beijo sentido, desceu os seus lábios, roçando-os contra a pele de Bea, beijando-lhe o nariz, voltou a roçar os lábios até à sua bochecha esquerda. Viu Bea fechar os olhos com força, fazendo com que mais duas lágrimas jorrassem dos seus olhos. Beijou a bochecha direita dela de forma pesarosa e sonante e afastou-se olhando para a cara dela, observando aqueles lábios… os lábios que o faziam sonhar todas as noites por aquele reencontro. Fechou os olhos e deixou o seu corpo guiá-lo até eles, sentiu o doce entrelaçar dos lábios dela com os seus, o modo demorado e meticuloso como ela lhe introduzia a língua na boca e procurava tirar proveito de cada instante daquele beijo, de cada pedaço da sua língua, do seu piercing, da textura suave dos seus lábios. Bill colocou um braço à volta da cintura de Bea e sentiu-a envolvê-lo com os seus braços num abraço apertado que parecia querer anexá-lo ao seu corpo. Colocou a outra mão sobre a nuca dela massajando-a e tirando o maior partido dela. Sentiu-a estremecer nos seus braços e sorriu, soltando-se do seu beijo e abraçando-a com força. Parecia um sonho, mas tão real e intenso que se apoderava dele. Bea levou as mãos à cara, para limpar as últimas lágrimas que escorriam e Bill passou as mãos pelos cabelos dela, como se a estivesse a pentear. Sorriu-lhe e disse:

- Estás tão bonita…

Bea sorriu. Era um sorriso nervoso de quem ainda não tinha conseguido digerir aquilo que tinha acabado de acontecer. Bill não resistiu àquele sorriso tentador, nem à sua vontade de lhe assaltar os lábios e beijou-a novamente tomando o corpo dela nas suas mãos e levantando-a ligeiramente do chão.

Atrás de Bill tinha entrado Tobi que o seguia colado. Depois dele, Tom, Gustav, Georg e o resto dos convidados que procuraram entrar na sala, sem perturbar o jovem casal que se voltava a encontrar. Os olhos de Tom cruzaram-se imediatamente com Gonçalo. Tom soube imediatamente que a presença de Gonçalo naquele jantar não ia ser bem recebida por Bill e que provavelmente a noite haveria de acabar mal para um dos lados. Olhou para a rapariga que estava ao lado de Gonçalo e não conseguiu evitar de pensar “O sacana tem bom gosto!”, a rapariga era linda. Não se importava nada de passar uma noite agradável nos seus braços, tinha a certeza que seria bem melhor do que Gonçalo a todos os níveis. Viu Dreia. Sorriu ao ver que ela estava corada a olhar para Bill e Bea abraçados. Os seus olhos de gata adoptavam um tom amarelado, estava visivelmente emocionada, os seus olhos brilhavam intensamente com aquele momento. Aproximou-se dela e estendeu-lhe os braços. Dreia apercebeu-se que Tom vinha na sua direcção e sentiu-se estremecer. O sorriso rasgado dele, enchia-lhe o coração com uma felicidade desmesurada, sentia falta daquele sorriso… daquele tudo e todo, não conseguia enumerar o que lhe fazia mais falta. Abraçou-o com força, queria senti-lo mesmo perto de si, eliminar o espaço que há muito havia entre eles.

- Porque é que não me disseste que vinham? – perguntou Dreia ao ouvido de Tom não o soltando.
- Era surpresa… - disse Tom sorrindo.
- Acredita que foi… - disse Dreia passando uma mão sobre as rastas de Tom sentindo novamente aquela sensação única que o cabelo dele lhe proporcionava.
- Boa espero! – disse Tom afastando-se do corpo dela e olhando para Dreia nos seus olhos emocionados.
- Muito! – disse Dreia com um sorriso rasgado.

- O que é que aquele gajo está aqui a fazer? – perguntou Tom dando um toque com a cabeça para o lado onde Gonçalo estava sentado – Era escusado ter vindo estragar o jantar da Bea e do meu irmão!
- Ele é amigo dela… -
disse Dreia encantada com o modo como Tom falava com ela de forma natural e desprendida de segundas intenções. Gostava daquele Tom.
- Podia ser amigo dela ao longe… - disse Tom olhando de soslaio para Gonçalo – Ao menos trouxe uma amiga deslumbrante…
- Nem tentes Tom! –
disse Dreia afastando-se dele ao pensar que afinal ele não tinha mudado nada – Não vais arranjar confusão nos anos da Bea!
- Não vou fazer nada… mas que dava uma voltinha com ela, dava… –
disse Tom olhando para Íris de alto a baixo.

Dreia olhou para os olhos de Tom, enquanto ele olhava para Íris com uma nítida vontade de a provar. Ele continuava igual, o tempo não o mudava em nada. Mas a quem é que ela tentava enganar? Sempre tinha gostado dele assim. Por mais que detestasse a maneira como ele olhava para as outras, como ia para a cama com tudo o que mexesse e tivesse dois palmos de cara, gostava dele na mesma.

Bill pousou Bea no chão e voltou a abraçá-la contra o seu corpo suspirando de alívio. Estava ali, a dor tinha terminado, ela era finalmente sua. Tinham dois dias para matar a saudade que os corroía e devorava à muito.

- Desculpa! – disse Bill passando a mão direita, firme e terna como ela se lembrava de a mão de Bill ser, sobre a sua face.
- Porque é que me fizeste isto? – perguntou Bea colocando ambas as mãos sobre a cintura de Bill.
- Não sei…. Perdoa-me! – disse Bill colocando os seus braços sobre os ombros de Bea e entrelaçando as mãos na sua nuca, embrenhando os seus dedos no cabelo dela – Estive demasiado tempo afastado de ti… Acho que fiquei perturbado psicologicamente… – disse Bill a rir.
- Mesmo… - disse Bea abraçando-se ao corpo dele e encostando a cabeça no seu peito – Fizeste-me perder a fome…

Bill riu-se, ouvindo Bea rir sobre o seu peito. Adorava ouvi-la rir. Que saudades de a ouvir rir ao vivo, sem ter um telefone entre eles. Sem ter de imaginar aquele sorriso lindo. Beijou a cabeça de Bea e apertou-a com os seus braços. O seu coração ainda batia acelerado, mas começava agora a acalmar, estava finalmente com ela. Era um sonho... Ou seria um pesadelo? Tinha acabado de ver Gonçalo sentado na mesa. Estava sentado em frente ao lugar de Bea. Tomou uma postura direita e largou Bea. Bea percebeu que algo se passava e largou Bill olhando para ele, viu uma expressão agressiva nele, os olhos semi-cerrados e maxilares definidos. Bill adoptava uma posição defensiva e ao mesmo tempo ofensiva. Bea olhou para trás e reparou que Bill estava a olhar fixamente para Gonçalo. Respirou fundo e pegou na cara de Bill com as duas mãos, virou-a até si, de maneira a que ele a olhasse nos olhos e numa voz terna disse:

- Ele é meu amigo. Eu faço anos, quero partilhar este dia com ele também! Não arranjes confusão…
- Não me disseste que ele vinha! –
disse Bill com um ar muito sério.
- Esqueci-me… - disse Bea.
- Não é exactamente uma coisa que se esqueça assim… - disse Bill
- Ao teu lado? Claro que é… – disse Bea sorrindo para ele – Não consigo pensar em mais nada nem ninguém a não ser em ti! – Bea tocou ao de leve os seus lábios nos dele num beijo fugaz mas sentido – Ele está apaixonado, deixa-o em paz… Eu estou aqui… Tu estás aqui…Estamos juntos Bill… Juntos… Just me and you!

Bill olhou uma última vez para Gonçalo e voltou a olhar para Bea. Entre eles os dois escolheria em qualquer parte do mundo, sobre qualquer condição, mesmo que isso significasse a sua tortura ou morte, Bea. Por ela valia a pena o sacrifício. Era só uma noite. Ele não ia conseguir estragá-la, não quando era a noite pela qual ansiava à um mês e meio. Tomou Bea nos braços e beijou-a novamente.

- Já descolavas e deixavas os outros cumprimentarem a aniversariante… – disse Jost a rir.

Bill riu e largou Bea.

- Têm 1 minuto… - disse Bill levantando uma sobrancelha ao mesmo tempo que ria e afastava-se para cumprimentar Dreia.

Bill foi até Dreia, deu-lhe dois beijinhos e um abraço apertado. Tinha saudades dela. Era a melhor amiga de Bea, mas também era uma das suas melhores amigas. Gostava muito dela.

- Já viste o teu amiguinho? – perguntou Tom voltando a repetir o gesto que tinha feito anteriormente com a cabeça a apontar para Gonçalo.
- Sim… - disse Bill expirando uma grande quantidade de ar.
- Vocês não se ponham com coisas! – disse Dreia que já conhecia bem aqueles irmãos gémeos e os seus planos - Vamos jantar e fazer a Bea feliz…
- Sim… a Bea… tenho de pensar na Bea… –
disse Bill inspirando calmamente.
- Ao menos trouxe companhia… e boa … - disse Tom.
- Livra-te de te meteres com a namorada dele Tom! – disse Bill levantando as sobrancelhas a Tom com um tom de voz agressivo – Isso só vai arranjar confusão… - Bill sentiu um impulso dentro de si, e decidiu correr o risco de segui-lo, pela Bea valia a pena! – Vou cumprimentá-lo…

- Estás maluco? –
perguntou Tom colocando uma mão sobre o seu boné.
- Fazes bem… - disse Dreia ao mesmo tempo que Tom o desencorajava.

- Tu também? – perguntou Tom virando-se para Dreia.
- A melhor maneira de manter uma amizade é através do contacto… - disse Dreia que tinha chegado a esta conclusão recentemente graças a Bea – A Bea adorava que vocês se dessem bem. Não precisas de ser o melhor amigo dele, é só cumprimentá-lo, como farias se fosse outra pessoa qualquer... Ele está ali, quer queiras, quer não…
- Pois… -
disse Bill saindo de ao pé de Tom e Dreia em direcção a Gonçalo.

Chegou ao pé de Gonçalo e olhou-o nos olhos com frontalidade e de forma destemida. Não gostava dele, mas não ia fazer nada que estragasse aquela noite. Se dependesse dele ia ser um aniversário inesquecível e repleto de coisas boas. Amava-a e se ela respeitava Gonçalo, ele faria um esforço (não muito, mas algum) para tolerar a sua presença em paz.

- Gonçalo… - disse Bill estendendo-lhe a mão para o cumprimentar.
- Olá… - disse Gonçalo em inglês, estendendo a mão a Bill e cumprimentando-o espantado com aquela reacção dele.
- Tudo bem? – perguntou Bill a tentar ser cordial.
- Tudo. E contigo? – retorquiu Gonçalo.
- Melhor agora… - disse Bill mantendo uma postura de quem não dava confianças.

Gonçalo parecia diferente. Não sabia explicar porquê, nem como, uma vez que não o conhecia muito bem, mas pelo que Bea contava dele e pela postura arrogante que tinha visto dele em Berlin, ele parecia uma pessoa nova. Talvez tivesse amadurecido, talvez a nova namorada o tivesse mudado. Qualquer que fosse a razão, a maneira como Gonçalo tinha falado com ele procurando não o julgar, deu abertura a que ele se permitisse a fazer algo mais pela felicidade de Bea… Algo que à minutos atrás julgava ser absolutamente impossível de fazer.

- Desculpa aquela cena em Berlin… - disse Bill sentindo o seu orgulho a ser humilhado – Apercebi-me o quão importante a Bea era na minha vida no momento em que a vi contigo, e ver-te andar atrás dela…
- Nessa altura nós já não andávamos… -
disse Gonçalo.
- Sim mas tinham curtido na noite anterior e depois de tudo o que lhe tinhas feito, aquilo mexeu comigo… - disse Bill.

- Eu sei que não fui o melhor namorado do mundo. Sempre fomos mais amigos que namorados, foi um erro termos voltado a andar… – justificou-se Gonçalo – Mas olha para nós agora… Somos amigos, eu estou feliz… ela está feliz, e acredita que a Bea nunca me cumprimentou como acabei de a ver cumprimentar-te, nem nada sequer parecido… Ela gosta mesmo de ti…

Bill sentiu o seu ego ser tocado. Ou Gonçalo sabia muito e estava a tentar dar-lhe a volta, ou falava a verdade. No fundo queria acreditar que era verdade. Sabia que Bea o amava muito, que sentia por ele algo tão grandioso como o que ele sentia por ela. Gonçalo parecia estar em missão de paz, não tinha porque não dar o braço a torcer.
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MensagemAssunto: Re: Wir Schließen Uns Ein   Wir Schließen Uns Ein - Página 4 EmptyQua Fev 18, 2009 12:50 pm

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- Lembras-te do teu jantar o ano passado? – perguntou Gonçalo mexendo o café.
- Era impossível esquecer… - disse Bea entre risos cúmplices com Gonçalo.

O jantar estava no fim. A tensão podia ser alta mas o jantar tinha corrido relativamente bem. Gonçalo e Bill falavam de vez em quando, ao contrário de Bea e Nathalie que tinham sido propositadamente mantidas em pontas opostas da mesa. Bea não queria sequer convidar Nathalie para o seu aniversário, mas tinha acabado por convidá-la por ser amiga de Bill e estar sempre incluída nas saídas de grupo. Tinha-a cumprimentado com um sorriso no mínimo falso. Bea estava a começar a ganhar anti-corpos em relação a ela. Ignorar e passar-lhe ao lado era a sua missão.

Bill observava o modo animado como Bea conversava com Gonçalo e sentia no seu interior uma pontada de ciúmes. Porque é que não percebia português? Não fazia ideia do que eles falavam de forma tão entusiasmada, mas não gostava. Sentia-se à parte e às escuras, sem poder entrar na conversa, e ao mesmo tempo sem poder cortar as vazas a Gonçalo, pois não fazia ideia daquilo que ele dizia. Estava sentado ao lado de Bea, de mãos dadas a ela, não queria largá-la por um minuto. Tom estava na rua com Andreas, Heinz e Tobi a fumar. Bill gostava de ir fumar um cigarro, mas recusava-se a sair do lado de Bea, só ia se ela fosse consigo.

Dreia observava o modo como Bill olhava para Gonçalo e estava a sentir-se mal. Por mais que eles os dois tivessem dado tréguas, não valia a pena esticar a boa vontade deles, e Bill devia estar a sentir-se mesmo mal, a ver Bea e Gonçalo falaram de forma tão animada e sem perceber nada do que se estava a passar. Resolveu intervir.

- Queres a tua prenda agora ou mais logo? – perguntou Dreia com um sorriso e em inglês para que todos os que tivessem naquela mesa pudessem compreendê-la.
- Ohhhhh…. Eu disse que não queria nada! – respondeu Bea em inglês também.
- E achas que eu não te ia dar nada? – perguntou Dreia.

Bea olhou para Dreia com um ar feliz. O facto de Dreia ter vindo de Coimbra ter com ela era a melhor prenda que lhe podia ter dado, não precisava de mais nada, tal como ter Bill do seu lado a segurar-lhe na mão acarinhando-a com o seu polegar, a deixava imensamente feliz, não precisava realmente de mais nada.

- Deixa-me dar-te já a minha… - disse Gonçalo entregado a Bea um pequeno saco da fnac – Não é nada de especial, mas como sei que gostas…

Bea pegou no saco e agradeceu a Gonçalo. No seu interior estava um embrulho da fnac. Apalpou-o e percebeu que era um livro. Claro. Gonçalo sabia o quanto ela gostava de ler. Abriu-o curiosa por ver o que a esperava e deparou-se com um livro de Agatha Christie, a rainha dos policiais. Nunca tinha lido nada dela, mas com tantos livros editados e uma fama além fronteiras, devia ser sem dúvida bom. “As Aparências Iludem”. Bea sorriu, era um título sugestivo, identificava-se com a sua história de vida, tinha sem dúvida ficado curiosa com o seu conteúdo. Agradeceu novamente e viu Dreia estender-lhe um embrulho (também ele da fnac). Sorriu para a amiga e deu-lhe dois beijinhos agradecendo o presente. Apalpou-o e sorriu, tinha a certeza que era um dvd. Abriu o embrulho e espreitou lá para dentro. Olhou novamente para Dreia com a boca aberta em espanto. Dreia abanou a cabeça afirmativamente de cima para baixo como se a confirmar que era mesmo o que ela tinha visto. Bea olhou para Bill e colocou a mão direita sobre a face dele dando-lhe um beijo intenso. Bill sorriu, sem perceber o porquê daquele beijo. Lutou com Bea para espreitar para dentro do embrulho, mas Bea não deixou. Meteu a mão dentro do embrulho e dele tirou o dvd da tour Zimmer 483 dos Tokio Hotel. Bill começou-se a rir e olhou para Dreia vendo-a corar. Bea abraçou Dreia, só elas sabiam realmente o que aquele dvd significava para elas.

- Acho impossível que não tenhas um único dvd do teu namorado… - disse Dreia a rir – Eu já tinha acabado contigo!
- Ela não precisa de ter os dvds, eu tenho-os a todos, e o que é meu é dela… –
disse Bill abraçando-a e dando-lhe um beijo na bochecha esquerda – Aliás… tu nem precisas de me ver na televisão, podes-me ver ao vivo sempre que quiseres!

Bea sorriu e colocou as suas mãos à volta da cintura de Bill abraçando-o com força. Adorava tornar as palavras de Bill realidade, mas no fundo sabia que não o podia ter sempre que desejava, por causa da sua profissão, se assim fosse, nunca teria estado um mês e meio sem ele. Olhou para Bill e pestanejou várias vezes seguidas a fazer-lhe olhinhos, com um sorriso rasgado na cara, como se estivesse a pedir a sua prenda. Bill começou a rir e disse:

- Não percebo o que queres…
- …. Não? –
perguntou Bea fazendo-lhe olhinhos e dando-lhe um beijo no pescoço.
- Achas que eu te ia dar uma prenda nos anos? – perguntou Bill a rir.
- Sim! – disse Bea com um sorriso muito aberto e olhando fixamente para os olhos amendoados de Bill.

Bea soltou-se dos braços de Bill e olhou-o muito séria ao aperceber-se que Bill não cedia aos seus sorrisos e olhinhos.

- Estar aqui contigo já não é a melhor prenda que podias ter? – disse Bill adoptando um ar sério.
- É! – disse Bea voltando a sorrir. Não precisava de mais nada. Só o queria a ele.
- Não… não te vou dar uma prenda… – disse Bill sorrindo-lhe.
- Já percebi que não… - disse Bea a rir – Mas não importa… - acrescentou Bea abraçando-o com vontade de receber por o menos uma noite inesquecível nos seus braços.

- … Vou-te dar duas prendas! – disse Bill rindo e beijando os lábios carnudos de Bea que lhe faziam falta a cada segundo que estavam afastados dos seus.

Bea beijou Bill com vontade e afastou-se dele olhando-o entusiasmada com a notícia. Duas prendas? Não estava de todo à espera. Abraçou-o pelo pescoço e deu-lhe vários beijos seguidos, até Bill se desatar a rir e abraçá-la novamente com força. Bea estava diferente, mais carente que o costume. A separação devia ter-lhe custado horrores. Para Bill tinha sido uma verdadeira tortura, e agora percebia que para ela provavelmente tinha sido tão doloroso quanto para si. Nenhum dos dois conseguia estar muito tempo sem se tocar nem acarinhar. Precisavam de se sentir, de acreditar que não era um sonho.

- Mas só to dou no final da noite… SE… te portares bem! – frisou Bill.
- Prometo! – disse Bea sorrindo.


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O Lux estava praticamente vazio. Os rapazes estavam maravilhados com o ambiente alternativo e à vontade que se vivia lá dentro. As pessoas que frequentavam a discoteca pareciam não ligar a quem eles eram. Era um ambiente acolhedor, criativo e com uma faixa etária acima da sua, talvez por isso se sentissem tão à vontade naquele espaço. Bill estava na varanda a fumar. Bea estava com ele, entre ele e o parapeito, abraçada à sua cintura, a olhá-lo atentamente, à medida a que ele dava um bafo e expulsava o fumo do seu interior. Detestava que Bill fumasse, mas adorava vê-lo fumar. O modo como segurava no cigarro, o modo como os seus lábios entreabriam para deitar o fumo para fora, conseguiam ser tão sensuais que lhe provocavam uma vontade imensa de o ter, de se sentir aquele cigarro que tocava nos seus lábios e o consumia por dentro. Bill segurava com uma mão no cigarro e com outra a cintura de Bea, mantendo a sua pélvis encostada à dela. Apercebeu-se do modo como os olhos de Bea brilhavam e sorriu-lhe. Era linda. Mais perfeita do que da última vez que tinham estado juntos. Deitou o cigarro fora. Abraçou Bea e deixou que os seus lábios se apoderassem dos dela sedentos de a beijar e de a sentir. As suas mãos percorriam as costas de Bea, tais como as dela se aventuravam pelas dele.

- Esta noite… - disse Bill olhando Bea nos olhos e levantando uma sobrancelha ao mesmo tempo que mordia o lábio inferior deixando bem claro o seu desejo por ela.
- Esta noite… - repetiu Bea que queria ouvir o que ele tinha para dizer.
- … És minha! – disse Bill sorrindo

- Só esta noite? – perguntou Bea com cara de menina desprotegida – Pensei que já fosse tua à muito tempo…
- E és… mas esta noite é especial… é a tua noite… –
disse Bill passando a mão sobre os cabelos de Bea.
- Mal posso esperar… - disse Bea entusiasmada com a ideia de ser só ela e Bill novamente, num sitio privado – Mas há um problema…

- Que problema? –
perguntou Bill colocando a mão que antes passava no cabelo de Bea sobre o seu pescoço acariciando-o.
- A Dreia… - disse Bea arrepiando-se com as carícias de Bill.
- O que é que tem a Dreia? – perguntou Bill sorrindo ao vê-la arrepiar-se com o seu toque. Adorava vê-la arrepiada.
- Onde é que ela vai dormir? Ela está por minha conta… - disse Bea.

- Sabes onde é que eu a punha? – disse Bill sorrindo de forma sedutora e beijando os lábios de Bea com desejo de os sentir sobre os seus.
- Não… - disse Bea extasiada pelo beijo de Bill.
- … No quarto do Tom! – disse Bill num sussurro ao ouvido de Bea.

Bea afastou-se dele e olhou-o surpresa por aquela afirmação.

- Porquê? – perguntou Bea curiosa.
- Eles já dormiram juntos tantas vezes… – disse Bill.
- Não… com o Tom não! - disse Bea protegendo a amiga de Tom.
- Então aluga-se um quarto… - disse Bill puxando-a até si novamente e beijando-a introduzindo a sua língua no interior da boca de Bea, brincando de forma sedutora com o seu piercing – O que ela quiser fazer é na boa…desde que esta noite fiques por minha conta…


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Esticou-lhe um vodka Redbull e atingiu-a com um sorriso sincero. Dreia olhou para as mãos dele aceitando aquela bebida, que tinha começado a beber por ele, e que tinha deixado de beber por causa dele. Tom sentou-se ao seu lado e esticou o copo para brindarem. Dreia sorriu-lhe e esticou o copo, chocando-o contra o dele. Bebeu um gole e voltou a sorrir-lhe. Tom estava lindo, devia ter cortado o cabelo, as suas rastas estavam mais curtas, mas continuavam perfeitas, incrivelmente bem tratadas e com um aspecto saudável, os seus olhos rasgados tinham uma expressão feliz, os seus lábios carnudos continuavam a encher na perfeição aquele piercing que habitava nos seus lábios de forma discreta e tentadora. Deixou-se ficar a olhar um pouco para ele, à medida que o via perscrutar com os olhos a sala. Conhecia aquele olhar, sabia o que ele procurava. Olhou em frente e suspirou, bebendo mais um trago daquela bebida que lhe fazia pensar numa época da sua vida em que era feliz na ignorância dos braços de Tom.

- Porque é que me telefonaste? – perguntou Tom colocando os seus lábios perto do ouvido de Dreia para que ela ouvisse melhor.
- Porque já não falávamos à imenso tempo… - disse Dreia corando com a pergunta de Tom. Porque é que do nada ele tinha puxado aquele tema?
- Mas íamos estar juntos hoje… - disse Tom olhando-a fixamente no seus olhos de gata.
- Sim… mas apeteceu-me ligar-te… - disse Dreia sentindo-se envergonhada e arrependida por ter seguido o concelho de Bea.
- Àquela hora? – perguntou Tom bebendo um gole da sua bebida.

- Não te preocupes… Não te telefono mais… - disse Dreia a pensar que ele estava chateado.
- Não é nada disso… - disse Tom – Mas achei esquisito que do nada me telefonasses. Já não o fazias à meses…
- Eu sei… -
disse Dreia timidamente – Mas os amigos devem poder telefonar uns aos outros…
- Isso é coisa da Bea! –
disse Tom levantando as sobrancelhas.
- Não tem nada a ver com a Bea, tem a ver com o facto de tu seres meu amigo e de querer saber como estavas… - disse Dreia evitando olhar para os olhos de Tom que naquela noite a estavam a deixar particularmente hipnotizada.
-Ok… - disse Tom sorrindo – Vá… confessa lá que estavas cheia de saudades minhas e que já não conseguias viver sem mim…
- Sim Tom… era isso… -
disse Dreia sorrindo ao mesmo tempo que abanava a cabeça da direita para a esquerda. Ele não mudava.

- Eu sou assim… - disse Tom a rir.
- Assim como? – perguntou Dreia contagiada com o riso dele.
- … Irresistível! – disse Tom colocando uma mão sobre a pala do boné de maneira a ajeitá-lo e dar-lhe mais estilo.

Dreia riu-se. Tom estava diferente consigo, mas continuava o mesmo de sempre. Era tão bom tê-lo novamente ao pé de si. Ele era capaz de encher uma sala com a sua maneira de ser. Prendia-a a ele de uma forma tão particular. Sentia falta de o ver assim. Pensou nas palavras de Bea, em como os amigos tinham à vontade para falar, e estarem juntos, e colocou a sua mão sobre a pala do boné de Tom puxando-a para baixo e tapando os olhos de Tom. Tom ficou espantado mas levou a provocação como uma brincadeira e riu-se ajeitando o boné e olhando para ela mordendo o lábio inferior como quem não estava à espera daquela reacção por parte dela que sempre o afastava.


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MensagemAssunto: Re: Wir Schließen Uns Ein   Wir Schließen Uns Ein - Página 4 EmptyQua Fev 18, 2009 12:51 pm

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Entrou na casa de banho com um sorriso parvo. Estava novamente nos braços dele e parecia um sonho. Sentia falta daqueles traços finos e firmes de Bill. Ele concentrava nele tamanha perfeição que a deixava extasiada de amor, com o coração apertado e diminuto, mas com uma capacidade tão grande de amar, como nunca antes tinha sentido. Desejava-o cada vez mais, e pelos mais diversos motivos.

Puxou o autoclismo e saiu. Lavou as mãos e olhou-se ao espelho pensando em como era possível ele gostar de si. Era uma rapariga normalíssima, e ele vivia rodeado de modelos e estrelas do mundo da música e Hollywood. Como é que tinha olhado para si duas vezes? Ouviu um autoclismo ser puxado e reconheceu a voz que se dirigia a si.

- Isto é lindo! – disse Nathalie lavando as mãos.
- Ainda bem que estás a gostar! – disse Bea de forma fria. Não queria intimidades com ela.

- O Bill tem andado tão triste… - disse Nathalie lavando as mãos – Tenho tentado de tudo para o animar…
- A sério? –
perguntou Bea colocando uma cara séria, sentindo-se consumida por uma raiva no seu interior.
- Sim. Mas acho que hoje à noite ele vai ficar feliz… – disse Nathalie piscando o olho a Bea.

- Achas? – perguntou Bea.
- Acho que sim… - disse Nathalie sorrindo.
- Não achas que ele já está feliz? – perguntou Bea.
- Está… mas logo à noite vai estar com certeza melhor! – disse Nathalie sorrindo, à medida que secava as mãos em papel.
- Porquê? Por causa de sexo? Achas que a nossa relação se baseia nisso? – perguntou Bea ofendida com o modo como Nathalie encarava a relação deles.
- Não tenho nada a ver com a vossa relação, mas acho que uma noite juntos pode fazer-lhe maravilhas! Pode ser que deixe Portugal mais animado. Ainda temos mais dois meses e meio em tour… - disse Nathalie
- Pode ser que sim… - disse Bea – Mas ainda bem que reconheces que não tens nada a ver com a nossa relação…

- Bem!!! Não precisas de ficar chateada… –
disse Nathalie levantando as sobrancelhas em espanto pela reacção de Bea.
- Não estou chateada, mas não gosto que se metam na minha vida, nem que façam suposições sobre as minhas relações! – disse Bea de forma altiva.
- Então estás com a pessoa errada! – disse Nathalie sorrindo de forma irónica – Vais ter de te habituar a ouvir muitas coisas sobre a tua vida e muitas delas vão ser mentiras cruéis…

- Mas não da tua boca… –
disse Bea virando costas a Nathalie e saindo da casa de banho com uma vontade imensa que ela desaparecesse da sua vida e da vida de Bill como por milagre.
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