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 Wir Schließen Uns Ein

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dikas

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MensagemAssunto: Wir Schließen Uns Ein   Wir Schließen Uns Ein EmptySáb Dez 20, 2008 8:14 pm

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Summary - Cada pessoa tranca-se no seu mundo. Uns por embaraço, outros por desgosto, vergonha, cansaço, para encobrir mentiras, por conformismo, para se esconder….
Toda a gente tem um segredo e todos lidam com ele numa batalha interior. Por mais que o consigam admitir, serão verdadeiramente capazes de o ultrapassar?

Bea pensa que sim.

Wir Schließen Uns Ein retrata os sonhos, aspirações e desejos daqueles que vivem a vida à procura da felicidade.



Pairing - Relação Amorosa e SexuaL em iminência...os protagonistas? Os irmãos KauLitz/OC (claro )

Warning - Altamente viciante
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MensagemAssunto: Re: Wir Schließen Uns Ein   Wir Schließen Uns Ein EmptyDom Dez 21, 2008 6:44 pm

 1 


Wir Schließen Uns Ein Beashousets7




O escape perfeito. Um ano inteiro, sem se chatear, sem obrigações, sem ter de ouvir sermões ou pessoas a dizerem-lhe o que fazer. Era mesmo o refúgio de que estava a precisar.

Saiu da porta do aeroporto e sentiu o cheiro daquela terra. Ia ter de se habituar aquele cheiro. Tinha um ano pela frente a viver dele. Sorriu. Finalmente podia começar do zero, viver a vida que sempre desejara. Estava livre. Sem família, sem amigos, sem namorado, sem ninguém que a conhecesse, podia ser quem quisesse: a deprimida, a extrovertida, a intelectual, a baldas, a alternativa… e podia ser ela! Não precisava de se esconder, nem encarnar uma personagem que a sociedade esperava que ela fosse.

Não conhecia nada daquela cidade, país e cultura. Só conhecia a sua língua. Tinha tirado um curso de alemão, e tinha sido a melhor aluna. Aprendeu a gostar daquela língua tão diferente da sua, por isso a escolha de fazer Erasmus em Berlim não tinha sido complicada. Queria ir para um sítio onde não conhecesse ninguém, e onde pudesse construir o seu cantinho. Agora tinha um ano pela frente, para ser feliz naquela cidade desconhecida, queria ir à descoberta e à aventura.

Apanhou um táxi até ao apartamento que tinha alugado pela internet. A rua tinha um nome estranhíssimo. Optou por passar ao taxista um papel com a indicação da rua. Encostou-se no banco de trás do táxi e deixou-se levar. Observava atentamente as ruas, as pessoas, os cafés, a vida da cidade. Era tão diferente da sua Lisboa. Sabia que aquela cidade lhe ia proporcionar momentos inesquecíveis, tinha a certeza disso. Era a primeira vez que se aventurava desta maneira, mas a noticia de que tinha conseguido entrar em Erasmus na Humboldt University of Berlin tinha-a deixado tão feliz, era mesmo aquilo que precisava, gente nova, caras novas, um estilo de vida novo. Precisava de se afastar um pouco da sua vida monótona e rotineira de Lisboa. Adorava a sua cidade mas… desde que terminara com o seu namorado à pouco menos de 3 semanas, precisava de expandir horizontes.

Tinha andado 7 anos com o Gonçalo. 7 Anos! Era quase a sua vida inteira. O Gonçalo era seu vizinho, e andavam na mesma escola, conheciam-se desde miúdos, eram os melhores amigos. Foi com ele que deu o seu primeiro beijo aos 12 anos, e que perdeu a sua virgindade aos 16 anos. Eram inseparáveis, talvez por causa disso nunca tivesse tido muitas amigas. Vivia para ele. As amigas que tinha tido eram as namoradas dos amigos de Gonçalo. Tinha amizades que podiam durar semanas, meses e houve uma que até durou 2 anos, mas sempre que as suas “amigas” acabavam com os namorados, “acabavam” também a amizade com ela. Até chegar um dia em que ele (sobre pressão dos amigos) acabou tudo com ela. Queria “viver e experimentar coisas novas” segundo ele. Claro que gostava imenso dela, mas a relação deles tinha-se tornado monótona, uma rotina, já não sentia amor, nem paixão, apenas cultivavam a amizade que havia entre eles. E com o acordo de ambos resolveram dar um tempo…que é como quem diz: acabar tudo mas de maneira simpática. Mas tinha sido melhor assim. Gonçalo tinha permanecido o seu melhor amigo, mas já não passava os dias com ele. Passava-os sozinha, no seu quarto, no computador, a ler, a ver televisão, a inventar coisas para fazer. Beatriz tinha agora 19 anos e não tinha amigas a quem recorrer.

O táxi parou. Pagou ao condutor e saiu observando a fachada da sua nova casa. Era um prédio com 3 andares e um sótão, de fachada vermelha e janelas brancas. Olhou em redor e reparou que estava numa rua calma, que tinha uns cafezinhos que pareciam simpáticos e as pessoas que por ali passavam vestiam-se bem e eram bonitas, muitas delas passeavam-se perto do rio Spree, que ficava a poucos metros da sua nova casa.

Respirou aquele ar novamente. Cheirava-lhe a casa. Cheirava-lhe a uma oportunidade de ser feliz. Cheirava-lhe a uma vida nova.

Colocou a chave à porta do prédio arrastando atrás de si as duas malas que trazia. A entrada do prédio era simpática, muito limpa e com umas flores amareladas num vaso. Sentiu-se imediatamente acolhida. Apanhou o elevador e parou no 3º e último andar, olhou à volta e viu umas escadinhas que iam dar ao seu sótão, à sua nova casa. Subiu as escadas levando as malas com muita dificuldade lá para cima e enfiou a chave na porta. Abriu-a devagarinho como se estivesse a invadir a casa de outra pessoa. Pôs a cabeça no interior e sorriu.
Abriu a porta à vontade e puxou as malas para dentro, fechando-a atrás de si. Pousou tudo o que trazia, e foi directa à janela. Ficou admirada com a vista, tinha duas janelas amplas que lhe conferiam uma vista desimpedida sobre o rio e a margem oposta do mesmo, não podia pedir melhor. Virou-se de costas e viu a pequena sala com kitchnet, reconhecia aqueles moveis do IKEA, a casa estava simples, mas muito bem decorada, a cozinha podia ser parte integrante da sala, mas também ela tinha sido decorada com muito bom gosto, tinha uma pequena ilha que servia de bancada e mesa. Abriu os armários e conferiu que tinha o essencial, reparou que tinha máquina de lavar loiça e roupa (essencial para uma rapariga nos dias que correm).
Foi até ao pequeno corredor, que não devia ter mais de 2metros, e de um lado tinha uma casa de banho com duche, também ela com uma decoração jovem e muito à IKEA, e do outro lado aquele que iria ser o seu quarto no próximo ano. Era lindo. Pequenino, com espaço apenas para uma cama de casal, 2 mesinhas de cabeceira, um armário, e um espelho de corpo inteiro. O tecto era inclinado e forrado a madeira escura, e em cima da cama tinha uma clarabóia que deixava entrar luz no quarto.

O sótão era perfeito para ela, não precisava de mais, só queria ter o seu espacinho próprio, e aquele sótão tinha sido um achado, era barato, central e perto da sua universidade.

Foi até à entrada e arrastou as malas até ao quarto. Tirou o telemóvel e deitou-se na cama. Foi até aos contactos e procurou pelo número de telefone da sua mãe. Premiu a tecla verde, e ouviu o telefone começar a tocar.

- Estou, filha? – disse a mãe de Beatriz
- Mutter! – disse Beatriz
- Estou a ver que já nem sabes a língua que te ensinei… – disse a mãe de Beatriz
- Tenho de praticar o meu alemão! – disse ela – Estava só a ligar para dizer que já cheguei, a viagem correu bem, o sótão é exactamente aquilo que vimos na internet. Estou neste momento deitada na minha nova cama, a olhar para uma clarabóia linda.
- Ai que bom que está tudo bem filha! E já viste se tens aí perto um supermercado?
– perguntou a mãe
- Não. Cheguei mesmo agora – disse Beatriz
- Tu alimenta-te Bea, não fiques sem comer filha – disse a mãe dela preocupada
- Claro mãe! E respiro, e vou à casa de banho. Não te preocupes! – disse Bia a gozar – Olha manda beijinhos ao pai. Depois quando tiver internet mando-vos um e-mail e umas fotos da casa e da vista, que é linda!
- Ok filha… Toma conta de ti!
– disse a mãe de Beatriz
- Eu tomo. Não te preocupes. Beijinhos mãe – despediu-se ela
- Beijinhos

Deixou-se ficar deitada na cama a ver a clarabóia… lembrou-se dele. Tinha de lhe mandar uma mensagem, afinal de contas para além dos seus pais era a única pessoa que se preocupava com ela.

Para: Gonçalo
Cheguei! O sótão é brutal! Tens de me vir visitar um dia destes = ) *Beijos*
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MensagemAssunto: Re: Wir Schließen Uns Ein   Wir Schließen Uns Ein EmptyDom Dez 21, 2008 6:45 pm

 2 


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Tinha 1 semana para se ambientar à cidade e conhecer o máximo possível. Dentro de uma semana ia começar a tortura – as aulas. E se em português já lhe custava, em alemão deviam ser ainda piores, mas tinha esperança que não fosse assim tão mau.

Num impulso de energia, levantou-se da cama e colocou as suas duas malas em cima da mesma. Abriu-as e começou a arrumar a roupa que trazia, queria ter a sua casa arranjadinha o mais rápido possível para se poder sentir em casa.
Acabou de arrumar a roupa e foi até à cozinha. Pôs tudo o que tinha de loiças na máquina de lavar loiça e pô-la a lavar. Sentou-se no sofá e ligou a televisão, só canais alemães claro…não tinha tv cabo. Ia ter de levar com alemão dia e noite. Foi buscar o computador portátil e colocou-o em cima da mesa de café que estava entre o sofá e a televisão. Ligou-o e procurou rede wireless, seria fantástico encontrar uma ligação sem protecção à qual se pudesse ligar….”Bingo!" pensou ela. Adorava aqueles vizinhos que gostavam de partilhar internet com os que os rodeiam.

Levantou-se e espreitou novamente por uma janela da sua pequena sala. A vista era incrível. Estava desejosa de poder sair e ver aquela cidade pela primeira vez.
Foi buscar a mala, colocou dentro dela o essencial (carteira, telemóvel, chaves de casa e pouco mais) e saiu. Quando chegou à rua sentia-se meia perdida. Não sabia para onde ir, não conhecia nada. Resolveu ir até um café próximo da sua nova casa e perguntar por um supermarkt, logo lhe indicaram um numa rua perpendicular à sua.

Andava na rua como qualquer turista, olhava para tudo maravilhada. Até as placas com indicações lhe encantavam, tinha a certeza que naquele momento os seus olhos espelhavam a felicidade que sentia no seu interior.

Chegou ao supermercado e riu-se sozinha. Ia ter de aprender a fazer compras novamente, reconhecia alguns produtos, mas poucos. Era tudo alemão (claro!). Não tinha paciência para ler a embalagem para saber exactamente aquilo que estava a comprar, mas optou por seguir os desenhos que figuravam nas embalagens, e encheu um cesto com o essencial para iniciar esta nova aventura. Pagou e carregou os 5 sacos de compras até ao seu sótão.

Arrumou a comida e sentou-se no sofá. Já eram 7 da tarde. Estava cansada da viagem e das arrumações. Queria descansar. Estava desejosa de percorrer a pé a cidade de uma ponta a outra. Há muito tempo que não se sentia tão feliz e entusiasmada com algo. Preparou uma lasanha congelada que tinha acabado de comprar no supermercado e estreou a sua kitchnet e a loiça acabadinha de lavar. Enquanto comia sentada na ilha, via um programa de televisão que estava a dar na RTL. Ia ter de se habituar à televisão alemã.
Acabou de comer e voltou a colocar a loiça na máquina de lavar e a guardar o resto da lasanha que tinha sobrado no frigorífico, ainda lhe dava para outra refeição. Desligou a televisão e foi até ao quarto. Vestiu o pijama, lavou os dentes e tirou de cima da mesinha de cabeceira o livro que estava a ler no momento “Gente Feliz com Lágrimas” de João de Melo. Deitou-se na cama e fez tenções de ler um pouco, mas o cansaço apoderou-se do seu corpo e não foi capaz. Pousou o livro e aconchegou-se na sua nova e apetitosa cama. Fechou os olhos e foi transportada para o mundo dos sonhos, onde vivia exactamente ali, e era feliz.

Acordou na manhã seguinte com a luz a entrar na clarabóia. Espreguiçou-se, sorrindo ao mesmo tempo. Não era um sonho, era mesmo realidade, estava mesmo ali, e a felicidade parecia tangível, a um passo de ser alcançada.

Tomou banho, vestiu-se e foi ao café, onde no dia anterior tinha perguntado pelo supermercado, tomar o pequeno-almoço. Tirou da mala o seu mapa da cidade de Berlin e começou a planear os sítios que ia visitar naquele dia.

Quando saiu do café, colocou os seus óculos de sol e fez-se ao caminho. Tinha muito que visitar. O seu primeiro destino era Humboldt University of Berlin, onde ia passar o próximo ano, a tirar o seu curso de Economics and Business Administration. Beatriz era uma rapariga das matemáticas certas, muito racional, calculista e determinada. Sabia o que queria e tudo tinha uma explicação lógica. Talvez por causa disso, soubesse que tinha de se afastar do seu país. Nada a prendia lá, só os seus pais e Gonçalo. Sabia que nunca iria encontrar ninguém como ele, que a conhecesse tão bem. Não acreditava na boa fé dos homens, sabia que hoje em dia os rapazes eram interesseiros e não acreditavam em paixão e amor, só queriam sexo e diversão. O último da sua espécie tinha-lhe escapado das mãos. Mas Bea tinha esperança de que deixando mais um tempo passar, ele ia sentir a sua falta e acabaria por a querer de volta. Era o homem da sua vida, e o destino não poderia deixá-los afastados.

A universidade era incrível. Enorme, tinha 11 cursos ao todo. Passeou no jardim da entrada da universidade e sentou-se num banco, queria observar aquele edifício histórico sem stress. Sim. Porque sabia que uma vez que as aulas começassem, nunca mais poderia simplesmente ficar a olhar para aquele edifício majestoso.

Quando se sentiu preparada, seguiu caminho e continuou a sua viagem à descoberta de Berlin. Só regressou a casa quando já estava a anoitecer. Ia exausta, era capaz de ter andado cerca de 10km. Mas tinha ficado com uma impressão muito boa da cidade, agora tinha a certeza que acontecesse o que acontecesse estava no sítio certo para ser realmente livre pela primeira vez na vida.

Estava a chegar à porta do seu prédio quando ouviu um miar abafado. Olhou à sua volta e não viu nada. Preparava-se para meter a chave à porta quando voltou a ouvir o mesmo miar. Virou-se para trás e foi seguindo o som… foi dar com um gatinho pequenino, todo branco, de olhos verdes, ao pé de um contentor do lixo. O gato não devia ter mais que três semanas, mal abria os olhos. Bea baixou-se e derreteu-se ao olhar para aquele focinho assustado e carenciado. Tinha de fazer alguma coisa, não podia deixar o gatinho a morrer ali à fome. Pegou nele, aconchegando-o contra o seu peito e fazendo-lhe festinhas à medida que o gato ia miando com menos regularidade.

Chegou ao sótão e preparou uma tacinha com leite, mas ele não bebeu. “Deve estar assustado!” pensou Bea. Colocou a taça e o gato no chão e ficou a olhar para ele, enquanto cheirava e conhecia os cantos à casa. Achou-lhe tanta piada, não seria capaz de se desfazer dele, nem dá-lo a ninguém. Sempre tinha dito que queria ter uma casa só dela, não queria companheiros de casa, queria ter a sua privacidade, mas agora mudava de ideias, talvez um companheiro de quatro patas fosse bem-vindo.

Ligou o computador que permanecia na mesa de café entre a televisão e o sofá e foi à internet do vizinho… abriu o seu e-mail e começou por escrever:

Querida mutter,

Afinal, um companheiro de casa vinha mesmo a calhar. Mas só se tiver olhos verdes. Não, não enlouqueci de vez… encontrei um gatinho lindo à porta do prédio. Vou ficar com ele. Amanhã vou ao veterinário ver se está tudo bem… (…)
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MensagemAssunto: Re: Wir Schließen Uns Ein   Wir Schließen Uns Ein EmptySeg Dez 22, 2008 7:26 pm

 3 

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Palavra da ordem do dia – veterinário.

Arranjar um veterinário para ir com o gato. Tinha de ver se estava tudo bem com ele, saber se era necessário alguma coisa: vacinas, tratamentos, comida especial.... Nunca tinha tido nenhum animal de estimação, os pais nunca a tinham deixado. Que infância infeliz…. Sem irmãos e sem animais de estimação. Era só ela….e Gonçalo.

Pegou no gatinho ao colo e saiu de casa.

À entrada do prédio encontrou uma rapariga com um ar simpático, se a visse em Portugal era capaz de jurar que era portuguesa, tinha mais ou menos a sua altura (1.74m), cabelos castanhos, um pouco encaracolados e longos, olhos com uma expressão muito doce e com um olhar felino, Bea não percebeu bem de que cor eram aqueles olhos, pareciam verdes, mas ao mesmo tempo castanhos claros e amarelados, e tinha um sorriso simpático e amistoso. Resolveu perguntar-lhe onde podia encontrar um veterinário ali perto. A rapariga olhou para ela com um olhar um pouco perdido e retorquiu:

- Sorry?
- Oh, sorry! I thought you were German!
- No problem. You’re new in the building, right?
-Yes! I live in the attic
– disse Bea à medida que acarinhava o gatinho no seu colo
- I’m from the 2º floor. My name is Andreia – disse Andreia apresentando-se
- Andreia? Are you portuguese? – perguntou Bea estranhando a aparência tão portuguesa e aquele nome.
- Yes! – disse Andreia com um sorriso
- Eu também! – disse Bea contente por ter encontrado uma portuguesa a viver no seu prédio. Sempre era verdade aquilo que diziam. Há um português em cada canto do mundo.
- A sério? – disse Andreia entusiasmada – Que bom! Já ando farta de tentar perceber o alemão!
- Não sabes falar alemão?
– perguntou Bea
- Sei o básico… – disse Andreia rindo – Já estou cá à meio ano e tenho aprendido umas coisinhas. Antes de vir para cá não sabia nada…
- És de onde?
– perguntou Bea esquecendo-se daquilo que a tinha levado a meter conversa com Andreia
- Coimbra. Mas vivi a minha vida quase toda em Newark, nos Estados Unidos. O ano passado os meus pais meteram na cabeça que queriam vir para a Alemanha e cá estamos. E tu és de aonde? – perguntou Andreia
- Lisboa – disse Bea orgulhosa de estar a falar o seu português em plena Berlin
- Que giro, encontrarmo-nos assim aqui. Como é que te chamas? – perguntou Andreia
- Beatriz. Mas podes tratar-me por Bea
- Prazer em conhecer-te Bea. Também me podes tratar por Dreia se quiseres
– disse Andreia – E estou a ver que trouxeste um amiguinho contigo – disse Dreia ao olhar para o gatinho no colo de Bea.
- Encontrei-o ontem aqui à porta! Sabes de algum veterinário por aqui? – perguntou Bea, voltando ao inicio da conversa.
- Sim. Atravessas a ponte e segues sempre em frente. Viras na segunda rua à esquerda e tens um veterinário logo aí – disse Dreia à medida que apontava na direcção que Bea devia seguir.
- Obrigada. Tenho de ir lá ver se está tudo bem com ele – disse Bea acarinhando o gatinho - Gostei de te conhecer – disse Bea enquanto se dirigia para a porta de entrada do prédio para sair - Amanhã vou visitar a cidade, se quiseres fazer-me companhia, passa lá no sotão, assim podias mostrar-me um pouco da cidade
- Ok – disse Dreia sorrindo – Boa Sorte com o pequenino!
- Obrigada


Bea saiu do prédio e afagando o gatinho no seu peito foi seguindo as instruções de Dreia até ao veterinário. No caminho pensava na sorte que tinha em conhecer uma portuguesa no 3º dia em que estava em Berlin, ainda por cima parecia bastante simpática. Estava desejosa de poder fazer uma amizade. A sua primeira amizade a sério, sem segundas intenções… sem terem nada a ver com o Gonçalo ou os seus amigos.

Chegou à porta do veterinário e ficou abismada. Era enorme, moderno, não tinha nada a ver com os veterinários de Lisboa. Era nestes pequenos, grandes pormenores que se reparava que não estava mesmo no seu Portugal. Entrou no veterinário e dirigiu-se à recepção.

- Bom dia. Queria marcar uma consulta – disse Bea
- Nós não marcamos consultas, a não ser que seja de urgência – respondeu a senhora
- Não. Era só para ver se está tudo bem com este gatinho que encontrei na rua - explicou Bea
- Então é uma consulta normal. É só sentar-se e esperar pela sua vez. O doutor já a chama – disse a senhora – Preencha a ficha do animal se faz favor – disse a senhora esticando uma ficha e caneta a Bea

Bea demorou-se a olhar para os dados que lhe pediam, nome? Raça? Data de Nascimento? Peso? Não sabia nada sobre o seu pequeno amigo de quatro patas.

- Desculpe, eu não sei nenhum destes dados, encontrei-o na rua ontem… – disse Bea
- Preencha só o nome do animal, depois o doutor vê o resto! – disse a senhora

Nome? Não tinha sequer pensado nisso…nunca tinha dado nenhum nome a um animal. Mas não gostava daqueles nomes tipo pantufa, bolinha, floquinho de neve e que tais. Olhou para ele, tinha um ar tão doce… era o seu pequeno Bettler (mendigo em alemão), tinha estado à sua porta a pedir atenção e carinho, precisava de alguém que cuidasse dele…era isso…Bettler!

Entregou a ficha com o nome do gatinho à recepcionista e foi-se sentar na sala de espera. Estava cheia. Bea já estava a imaginar a sua manhã perdida no veterinário. Pousou Bettler no colo e olhou à sua volta, havia cães, gatos, pássaros, hamsters e até um esquilo. Sempre tinha gostado imenso de animais. Sentia-se mais acompanhada agora que tinha Bettler do seu lado.
As pessoas continuavam a chegar, “Este veterinário deve ser bom!” pensou Bea, já tinha tanta gente à sua frente, como atrás de si na fila para a consulta.

O tempo foi passando e a sua vez estava quase a chegar, mas já tinha passado quase 1 horas desde que ali tinha chegado. Começava a ficar impaciente e chateada com a espera, mas pelo Bettler valia a pena o sacrifício.

A espera parecia cada vez mais longa… até chegar finalmente a sua vez de ser atendida. O veterinário foi até à sala de espera e gritou pelo nome “Bettler”. A princípio Bea não respondeu, não estava habituada aquele nome, mas ao ouvir uma segunda vez “Bettler, Betrrix Marrtins” reconheceu o nome que tinha dado ao seu gatinho e a tentativa de pronunciar o seu próprio nome por parte do veterinário. Levantou-se levando Bettler consigo e foi ter com o médico, que lhe disse:

- Importa-se que eu veja o Bettler enquanto o cliente que está a ser atendido espera pelo resultado das análises do cão? Demora só 7 minutos até saírem os resultados e assim ia já vendo o Bettler, para ver se está tudo bem com ele, e ficava já despachada
- Não, por mim não há problema
– disse Bea contente por se despachar o mais rapidamente possível daquele veterinário que parecia pior que o Rossio na hora de ponta.

Entrou no consultório e viu um cão de porte médio de pelo preto, com a cauda a abanar muito, parecia eufórico, e numa cadeira ao fundo do consultório a sua dona que devia ser uma pessoa que sofria de violência doméstica ou então era extremamente mal educada para estar de óculos de sol e boné enfiado na cabeça dentro do consultório do veterinário.

Bea pousou Bettler na marquesa e olhou para o veterinário que auscultava e apalpava Bettler de uma ponta à outra para ver se estava tudo bem com ele.
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MensagemAssunto: Re: Wir Schließen Uns Ein   Wir Schließen Uns Ein EmptySeg Dez 22, 2008 7:27 pm

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Bea pousou Bettler na marquesa e olhou para o veterinário que auscultava e apalpava Bettler de uma ponta à outra para ver se estava tudo bem com ele.

O cão preto insistia em cheirar as pernas de Bea e abanar a caudinha. Bea baixou-se e fez-lhe festinhas na cabeça e debaixo do queixo, sendo recebida com uma lambidela na cara. Bea riu-se. Nunca tinha tido um animal de estimação, mas gostava imenso de um dia ter um cão… Mas não agora. Agora era 100% do Bettler.

- Parece estar tudo bem com ele… – disse o veterinário que media agora a temperatura do gato.

Bea levantou-se, mas o cão continuava de volta de si a colocar as patinhas nas pernas dela para que ela lhe desse atenção e festinhas. Bea sorriu e colocou a sua mão sobre a cabeça do cãozinho e fazia festinhas à medida que esclarecia as suas dúvidas com o veterinário em relação a Bettler.

- Que idade é que ele tem?
- Não deve ter mais que duas semanas. Foi uma sorte tê-lo encontrado,. Mais uns diazinhos e era capaz de morrer de fome
– disse o veterinário olhando para o termómetro – Está tudo bem com o pequenote – disse enquanto afagava a sua cabecinha pequenina – Agora tem de lhe dar leite nos próximos dias, porque ele ainda é muito pequenino e não tem dentes para comer.
- Eu tentei dar-lhe uma tacinha de leite ontem mas ele não bebeu nada
– disse Bea.
- Ele ainda não sabe beber, só mamar! Vou-lhe dar uma seringa para que possa dar-lhe o leite com maior facilidade – disse o médico enquanto procurava uma seringa para oferecer a Bea – Quer levar também um pacotinho de leite especial para recém nascidos? – perguntou
- Sim, se tiver era óptimo, ficava com tudo tratado! – disse Bea

O veterinário saiu da sala e foi buscar o leite a uma sala ao lado.

O cão continuava de volta dela. Bea virou-se para o cão e continuando a fazer-lhe festinhas a brincar com ele, disse-lhe em português:

- Tu és muito fofo, sabias? Ao contrário da tua dona que mais parece uma codorniz, enfiada debaixo daquele chapéu e óculos – Bea adorava poder falar português e dizer o que bem lhe viesse à cabeça sabendo que ninguém à sua volta a compreenderia.

Bea riu, e olhou pelo canto do olho para a rapariga, agora que olhava bem não sabia o que estava por baixo daquela quantidade monstruosa de acessórios, parecia que estava a olhar para ela, mas não abria a boca só esboçava um sorriso leve. Ao distrair-se deixou que o cão salta-se para cima dela empurrando-a contra a marquesa. Bea bateu com bastante força com a cabeça num dos cantos da marquesa soltando um grito agudo de dor. E pela primeira a rapariga levantou-se e veio a correr até junto dela, ajudá-la a levantar-se.

- Saí Scotty! – disse ela numa voz de ordem – Já chega! – e estendendo-lhe a mão para a ajudar a levantar perguntou – Estás bem?
- Sim! Foi mais o susto!
– disse ela colocando a mão na cabeça e massajando.
- Tens a certeza? – perguntou ela para se assegurar
- Sim. Obrigada – disse ela sorrindo.

Tirou a mão da cabeça e viu a rapariga ficar de boca aberta a olhar para ela.

- O que é que foi? – perguntou sem perceber
- Estás a deitar sangue – disse ela
- Estou? – disse ela que não se apercebera de nada, e olhou para a mão que estava manchada do seu próprio sangue. E começou a sentir a dor a aparecer e a apoderar-se dela.
- Deixa-me ver! – disse ela pondo-se atrás de Bia e afastando os seus cabelos loiros compridos com as mãos – A não ser que tenhas uma madeixa ruiva, estás a sangrar – disse ela fazendo uma piada para que Bea não ficasse assustada.
- Ohhh que porcaria! – disse Bea

O veterinário voltou a entrar na sala, já acompanhado do leite e da seringa para Bettler e deparou-se com uma cena que não estava à espera. Bea de mão na cabeça e uma pessoa atrás dela a espreitar a sua cabeça.

- O que é que aconteceu? – perguntou
- O Scotty saltou para cima dela e ela bateu com a cabeça na marquesa e está a sangrar… – resumiu o rapariga
- Deixe-me ver! – disse o médico aproximando-se de Bea e tirando-lhe a mão da cabeça – Hmm…isto parece estar feio! É melhor ir ao hospital. Vai precisar de levar uns 3 pontinhos aqui.

Afastou-se dela e foi buscar uma compressa, que deu a Bea e pediu para que ela pressionasse na zona do ferimento para tentar estancar o fluxo sanguíneo que insistia em sair.

- Qual é o hospital mais perto daqui doutor? – perguntou o rapariga preocupada
- Bem, mesmo aqui ao pé está o Dominikus Krankenhaus. Sabe qual é?
- Sim, sim. Então eu levo-te lá
– disse ela olhando para Bea
- Não é preciso, isto não tarda nada passa! – disse Bea não querendo acreditar que tinha acabado de chegar a Berlin e já tinha um gato nos braços e a cabeça partida
- É preciso sim Betrrix – disse o veterinário – tem de levar uns pontos aí ou então isso não pára de sangrar.

Era o que lhe faltava.

- Doutor pode ficar com o Scotty e o Bettler um bocadinho, eu já volto para os vir buscar – disse a rapariga
- Claro. Vão lá, eu ponho-os lá dentro no pátio! – disse o Veterinário

Bea reparou nas unhas impecavelmente tratadas, muito mais bonitas que as suas. Era uma rapariga muito simpática! A primeira impressão tinha-a mesmo enganado. Parecia uma pessoa amarga e mal encarada, mas não. Muita gente não faria o mesmo que ela, via-se que estava mesmo preocupada e queria mesmo ajudar a resolver este problema.
Que sorte, no mesmo dia conhecer duas raparigas tão simpáticas e prestáveis. Para quem estava habituada a não ter ninguém, tinha-lhe saído a sorte grande.
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MensagemAssunto: Re: Wir Schließen Uns Ein   Wir Schließen Uns Ein EmptyTer Dez 23, 2008 6:16 pm

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“Que pressa!” pensou Bea.
A rapariga quase que a empurrava a correr até ao seu carro. Ela é que estava com dores e com a cabeça partida e a outra é que estava com a pressa toda para chegar ao hospital. Era capaz de jurar que ela a queria raptar, com tanta pressa e segurança naquilo que fazia, era o que parecia.

Entrou no lugar do passageiro e continuou a pressionar a compressa contra a ferida que tinha na cabeça.
A rapariga entrou no carro, pôs o sinto e olhou para ela por entre os seus óculos de sol, no que parecia ser um ar de preocupação.

- Sentes-te bem? – perguntou
- Sim! Mas agora está a começar a doer-me um bocadinho… - disse Bea
- O hospital é aqui perto, estamos lá num instantinho – disse a rapariga olhando para a frente e pondo o carro a funcionar

Bea começava agora a sentir-se um pouco zonza, e começava a ficar com medo, sabia que as pancadas na cabeça eram sempre perigosas. Esperava que não fosse mais que uma cabeça partida. Encostou a cabeça ao vidro e fechou os olhos para controlar a dor que cada vez insistia em ser mais forte e as pulsações do seu coração que pareciam correr a um ritmo acelerado no sítio da pancada.

A rapariga olhou para ela e vendo-a de olhos fechados, começou a meter conversa para evitar que ela adormecesse.

- Que língua era aquela que estavas a falar à bocado? – perguntou
- …Português – disse Bea mantendo-se na mesma posição e a pressionar a cabeça
- És portuguesa? De aonde? – perguntou ela
- Lisboa – disse Bea abrindo os olhos e fitando-os na estrada
- Adoro Lisboa! – disse ela – É a primeira vez que vens a Berlin?
- Sim! Mas tenho um ano pela frente para me ambientar…
– disse Bea
- A sério? O que é que vieste cá fazer – disse ela, e acrescentou – Se não te importares que pergunte…
- Estou em Erasmus!
– disse Bea tentando esquecer a dor da cabeça
- Fixe! Espero que gostes de viver cá! – disse ela olhando para Bea que parecia estar prestes a desmaiar ou adormecer. A sua pele estava cada vez mais branca, o que era difícil, porque ela tinha uma pele muito branquinha – Chamas-te Betrrix não é? – disse ela para fazer com que Bea não parasse o raciocinio.
- Beatriz – disse ela entre dentes
- Betrriz – repetiu ela
- Bea – disse Bea para ser mais fácil
- Ahhh…Bea é mais fácil – disse ela – Eu chamo-me Bill – disse, mantendo os olhos na estrada – Estamos mesmo a chegar!

Finalmente o grande edifício do Dominikus Krankenhaus erguia-se à sua frente. Bea já estava a ficar demasiadamente zonza e precisava mesmo de sair do carro.

- Olha, eu não vou poder entrar contigo no hospital, mas quero que fiques com o meu número de telemóvel para me telefonares assim que estiveres despachada e eu venho cá buscar-te, está bem? – disse Bill
- Não é preciso a sério! Eu estou bem – disse Bea com um ar de morta-viva
- Sim… mas mesmo assim, preferia deixar-te em casa – disse Bill – e faço questão de pagar qualquer despesa que tenhas no hospital – acrescentou
- Oh, não é preciso! Já estás a fazer mais do que qualquer outra pessoa faria. Só deixares-me aqui já é bom… – disse Bea à medida que Bill parava o carro à porta do hospital
- Faço questão. A culpa foi do Scotty! – disse Bill enquanto tirava de dentro da sua mala um papel e uma caneta e anotava o seu número – Toma! – disse ela estendendo-lhe o papel para as mãos – Telefona-me! Desculpa esta confusão toda, espero que não seja nada grave!
- Obrigada
– disse Bea enquanto saia do carro.

Bea dirigiu-se até às urgências meia a cambalear, e foi imediatamente assistida por uma enfermeira que por ali passava e a levou para dentro do hospital para limpar a ferida da cabeça e ser cozida por um médico. Levou 3 pontos tal como o veterinário tinha previsto, e uma receita com uma prescrição de uns analgésicos para a dor que iria sentir nos próximos dias, medicamento esse que pôde comprar imediatamente na farmácia do hospital. Ainda foi direccionada à zona dos raio-x para ver se não tinha fracturado nada, mas ao que parece estava tudo bem, era mesmo só um golpe, sem danos internos.

Saiu de lá dentro meia zonza ainda, sentou-se num banquinho que encontrou à porta do hospital. Estava num jardim, à sombra, só lhe apetecia fechar os olhos e adormecer, mas não podia. Tinha de ir para casa, só lá, conseguiria descansar à vontade. Recuperou as forças e levantou-se. Não fazia a mínima ideia de onde estava e não gostava de gastar dinheiro futilmente, mas uma cabeça partida não se podia chamar de uma razão fútil para pagar um táxi até casa. Não ia telefonar a Bill para a ir buscar, já tinha feito muito por ela e não tinha essa obrigação. Telefonar-lhe-ia no dia a seguir a agradecer a atenção que tinha tido com ela.

Apanhou um táxi e pouco depois estava à porta de casa. Nem tinha saído caro, provavelmente o hospital era mais perto de sua casa do que julgava.

Entrou em casa e foi direita até à cama. Deitou-se e assim se deixou ficar um bocadinho. Via tudo a andar à roda.

Foi até à cozinha e fez um esforço para comer o resto da lasanha que tinha sobrado do dia da sua chegada e tomou um comprimido para as dores de cabeça. Estendeu-se no sofá a pensar em como ia dizer à sua mãe que em três dias tinha arranjado um gato e uma cabeça partida! Era melhor não dizer nada, só ia deixar os pais preocupados sem razão aparente, já que o médico a tinha assegurado que estava tudo bem, era só um pequeno golpe na cabeça. Deixou-se levar pelos pensamentos e passado pouco tempo adormeceu.
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MensagemAssunto: Re: Wir Schließen Uns Ein   Wir Schließen Uns Ein EmptyTer Dez 23, 2008 6:16 pm

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Acordou com o soar da campainha. Nunca a tinha ouvido. Era esquisita, parecia mais aguda do que aquela que tinha na sua casa em Lisboa. Estava a irritá-la e a perturbar o seu sono. Levantou-se a muito custo e foi a cambalear até à porta. Espreitou pela ocular e viu Dreia com um enorme sorriso. Já nem se lembrava que tinha combinado ir dar uma volta à cidade com ela. Abriu a porta.

- Bom dia! – disse Andreia energicamente
- …Bom dia – disse Bea
- Acordei-te? – disse Andreia ao ver o ar despenteado de Bea
- Sim. Mas não te preocupes! – disse Bea convidando Dreia a entrar no seu humilde sótão com um gesto cordial.
- O que é que te aconteceu? – perguntou Dreia ao ver um penso na cabeça de Bea
- Parti a cabeça! – disse Bea esboçando um sorriso
- Como? – perguntou Dreia espantada
- No veterinário! Estava a fazer festas a um cão e fui com a cabeça contra a marquesa e olha… 3 pontos – disse Bea
- Que azar! Ainda agora chegaste e já partiste a cabeça! – disse Dreia – Mas estás bem? Dói-te?
- Por acaso está-me a doer…tenho de ver se vou tomar os comprimidos – disse Bea dirigindo-se para a cozinha para arranjar um copo de água – Queres beber ou comer alguma coisa?
- Não, obrigada. Acabei de tomar o pequeno-almoço! – disse Dreia – Queres marcar o passeio para outro dia quando te sentires melhor?
- Não. Vamos hoje. Eu daqui a um bocadinho já não sinto nada. Esta coisa é mesmo forte! – disse Bea olhando e apontando para os medicamentos.

- Então e o gatinho? Está tudo bem com ele? – perguntou Dreia
- Aiiiiiiiiiiiiii!!!!! O Bettler!!!!! – disse Bea abrindo muito os olhos
- Bettler? – disse Dreia
- Esqueci-me dele no veterinário! – disse Bea colocando ambas as mãos sobre a boca – nunca mais me lembrei dele!
- Se ficou no veterinário está bem entregue, não te preocupes
– disse Dreia
- Tenho de ir buscá-lo – disse Bea horrorizada por se ter esquecido do seu companheiro de casa. Não estava habituada a ter um animal de estimação, nem nunca mais se tinha lembrado dele – Importas-te que passemos lá primeiro para o ir buscar?
- Claro que não!
- Ok! Está à vontade, vou só tomar um banho rapidinho e vestir qualquer coisa
– disse Bea encaminhando-se para a casa-de-banho.

Bea tomou um duche rápido, não podia molhar a cabeça por causa do penso. Lavou só o corpo e vestiu umas calças e um top. Estava submersa nos seus pensamentos. Como é que podia ter-se esquecido do Bettler? Isto era um prenúncio de quão má dona ela podia ser. A partir de agora tinha de ter mais cuidado com ele, não o podia nem queria perder.


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A caminho do veterinário, Bea contou o que se tinha passado no dia anterior, como Bill a tinha levado ao hospital e tinha sido super prestável.
Chegaram ao veterinário e Bea dirigiu-se a recepção como tinha feito no dia anterior com Bettler ao colo, mas desta vez com o seu colo vazio. Andreia ficou à porta do veterinário à espera.

- Bom dia – disse Bea – Eu vinha cá pagar a consulta de ontem e buscar o meu gato.
- O senhor que estava consigo já tratou das contas que tinha pendentes
– disse a recepcionista
- Desculpe? Eu não estava com nenhum senhor! – disse Bea a sorrir – Eu sou a rapariga que ontem partiu a cabeça e teve de ir ao hospital… – disse ela numa tentativa de explicar quem era
- Sim… Senhora Betrrix Marrtins – disse a recepcionista olhando para os dados que tinha da ficha que Bea tinha preenchido no dia anterior
- Exacto… - disse Bea
- Pois. O Sr que a levou ao hospital depois voltou, e pagou a sua conta e levou o Bettler com ele – disse a recepcionista
- O quê??? – disse Bea estupefacta – Vocês deram o meu gato a um homem que eu não conheço de lado nenhum???

Nesse preciso instante o veterinário acabava uma consulta e preparava-se para chamar o próximo cliente, mas ao vê-la na recepção foi ter com ela.

- Betrrix! Como está? – disse o veterinário olhando para a cabeça dela
- Mal doutor! – disse ela com um ar ameaçador
- Então? – perguntou ele a pensar que lhe tinha acontecido algo como um traumatismo craniano e que agora queria uma indemnização da clínica veterinária.
- Vocês deram o Bettler a um homem que eu não conheço de lado nenhum? – perguntou Bea incrédula
- O Sr. Kaulitz disse que depois lho entregava quando fosse ter consigo a seguir à consulta do hospital - disse o veterinário tentando-se explicar
- O Sr. Kaulitz? – disse ela confusa
- O Bill – disse o médico rindo entre dentes
- A Bill é um Bill? – perguntou Bea
- Sim. Ele não foi ter consigo depois da consulta? – perguntou o veterinário
- Desencontramo-nos. Mas eu sei como entrar em contacto com ele… obrigada de qualquer maneira – disse Bea preparando-se para virar costas
- Desculpe a confusão! Mas pensei que fosse estar com ele… – disse o veterinário
- E vou! – disse Bea saindo do veterinário

Só podiam estar a gozar. Entregarem o gato dela a um gajo que ela não conhecia de lado nenhum, só porque ele tinha dito que ia estar com ela!

E que cena era aquela de ela ser um ele? O cabelo comprido, o gloss, as unhas perfeitamente arranjadas… Até a voz dele parecera-lhe afeminada! Tinha pensado que tinha ganho uma amiga nova, afinal tinha ganho um raptor de gatos com queda para travesti… era o que lhe faltava! De facto já não haviam homens como o Gonçalo. Alto, moreno de olhos verdes, com ar másculo. Duro por fora, mas sensível por dentro.

E agora tinha de se encontrar com a personagem de novo para ir salvar o seu Bettler… 4º dia em Berlin e já tinhas mais histórias para contar do que nos últimos meses.
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MensagemAssunto: Re: Wir Schließen Uns Ein   Wir Schließen Uns Ein EmptyDom Dez 28, 2008 6:35 am

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Saiu do veterinário com uma cara de enterro, que mesmo Andreia que não a conhecia bem, percebeu que algo estava errado.

- Então? Onde é que está o Bettler? – disse Dreia
- Tu achas normal que o tenham dado ao gajo que me levou ao hospital! …… Não é normal! – disse Bea irritada
- Então mas não disseste que era uma rapariga? – disse Dreia confundida
- Pensei que sim… mas pelos vistos não era! – disse Bea – Ainda bem que o gajo me deu o número dele!
- Que cena…
- disse Dreia espantada
- Olha queres sentar-te um bocadinho naquela esplanada? Tenho de ver se como qualquer coisa por causa dos comprimidos e queria ver se lhe telefonava para ir buscar o Bettler – disse Bea
- Pode ser – disse Dreia dirigindo-se para a esplanada – Então mas deram-no assim do nada?
- Sim! Não é normal! O gajo chegou aqui, pagou as contas e disse que ia ter comigo ao hospital e eles deram-lhe o gato pás mãos!
– disse Bea ainda irritada
- E pagou as contas? – disse Dreia surpreendida – Tu achas que ele te roubou o gato?
- Era o que me faltava…
- disse Bea com ar chateado

Sentaram-se na esplanada e Bea pediu algo para comer e beber.

- É que tu não tens noção do ar dele…parecia mesmo uma rapariga. Cabelo comprido, unhas pintadas e arranjadas, gloss nos lábios. Como é que era suposto eu adivinhar que era um rapaz? – disse Bea incrédula de não ter reconhecido o género de alguém
- Esquisito… como é que disseste que ele se chamava? – perguntou Dreia
- Bill – disse Bea distraída enquanto agradecia ao empregado o seu pequeno-almoço que era acabado de ser servido.
- Não era o Kaulitz, pois não? – disse Dreia a rir e a gozar
- Conhece-lo? – perguntou Bea espantada
- Estás a gozar? O gajo que tu conheces-te no veterinário, que te levou ao hospital e que tem o Bettler é o Bill Kaulitz? – disse Dreia olhando para ela com ar de quem tinha acabado de ver a Madonna passar atrás de Bea.
- Sim! – disse Bea espantada pela reacção de Dreia – Conheces?
- Claro que conheço. Toda a gente conhece! Até tu conheces! – disse Dreia espantada
- Naaaa…garanto-te que não o conheço de lado nenhum! – disse ela com ar de desdém.
- Tokio Hotel?!?! – disse Dreia abrindo muito os olhos como se fosse a coisa mais óbvia do mundo
- O quê? Aquela libelinha era o vocalista dos Tokio Hotel? – perguntou Bea incrédula mas juntando as peças todas na sua cabeça
- Sim! – disse Dreia com os olhos a brilhar – Tu conheceste o Bill? Oh Meu Deus! O cão era preto e chamava-se Scotty?
- Sim…estás-me a assustar! Não me digas que gostas deles?
– perguntou Bea a pensar que era mau demais para ser verdade
- Adoro-os! Sou apaixonada pelo irmão gémeo dele, o guitarrista… – disse Dreia suspirando
- O das rastas? – disse Bea incrédula pelo mau gosto da nova amiga
- Simmm… - disse Dreia com um sorriso e brilho nos olhos
- Ohhh Dreia! Não vou dizer que a música deles é má, porque até gosto do que conheço, mas é impossível vê-los à frente! Aquilo não são homens não são nada… cabelo comprido, maquilhagem, unhas pintadas, gloss, calças justinhas… - disse Bea
- Mas o Tom não é assim! Esse é o Bill – disse Dreia salvando o seu amor daquelas acusações
- Estou a ver que gostas mesmo deles… - disse Bea começando a comer
- E eu estou a ver que tens preconceitos em relação a eles! – disse Dreia
- Pá… faz-me confusão! Eu gosto de homens a sério. E ele parece uma menina. Cortava-lhe aquele cabelo, tirava-lhe os anéis, colares, pulseiras e a maquilhagem e talvez passasse… - disse Bea
- Oh Gott! Não tens noção da quantidade de raparigas que dava tudo para estar no teu lugar neste momento – disse Dreia com os olhos a brilhar – tens noção que ele te deu o número de telefone dele! Sabes o que isso quer dizer?
- Que tenho uma ínfima possibilidade de recuperar o Bettler? – disse Bea
- Também…Mas quer dizer que ele se preocupou mesmo a sério contigo e que te quer ver de novo…
- Calma com os filmes Dreia! Ele vai-me ver de novo mesmo que não queira, porque eu vou aos concertos todos dele e faço um escândalo para as revistas cor-de-rosa, se ele não me devolver o Bettler! – disse Bea dando um gole no seu sumo
- Claro que ele te vai devolver o Bettler. Ele é super simpático e boa pessoa. Não te tens de preocupar. O Bettler está em boas mãos – disse Dreia….e acrescentou – Será que o Tom conheceu o Bettler?
- Infelizmente! – disse Bea com ar chateado – Está lá barricado em casa deles!

Era o que lhe faltava, ter de negociar o regresso do seu Bettler com uma diva da música. Na verdade ele tinha-a tratado exemplarmente bem, como um verdadeiro cavalheiro, mas dissessem o que dissessem aquilo não era aspecto para um rapaz ter, precisava de um Extreme Makeover a sério. Chamem-lhe preconceito, ou qualquer outra coisa…

Tirou o telemóvel da mala e o papel que Bill lhe tinha dado no dia anterior à porta do hospital e ligou para ele sobre o olhar atento e entusiasmado de Andreia.

- Estou? – disse Bill
- Estou Bill! É a Bea, do veterinário… – disse ela numa tentativa de se identificar facilmente.
- Bea! Como é que estás? Porque é que não me telefonaste ontem? – perguntou ele
- Eu disse que não era preciso estares a voltar lá de propósito para me ires buscar. Está tudo bem comigo – disse ela sem grandes conversas – Olha, passei no veterinário e eles disseram-me que tu tinhas ido buscar o Bettler… - disse ela
- Sim! Tenho-o comigo. Pensei que me telefonavas quando saísses do hospital e fui lá buscá-lo – disse Bill
- Então e agora como é que queres combinar para mo dares? – perguntou ela
- Se não te importares que vá ter contigo, podia entregar-to mais logo. É que agora não estou em casa… – disse Bill
- Pode ser – disse Bea

E sobre o olhar emocionado de Dreia, Bea explicou a Bill onde morava e despediu-se dele, desligando de seguida o telefone.
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MensagemAssunto: Re: Wir Schließen Uns Ein   Wir Schließen Uns Ein EmptyDom Dez 28, 2008 6:36 am

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Tinha combinado a seguir à hora do jantar, Bill ir lá entregar-lhe o Bettler. Já estava cheia de saudades dele. Como é que um gatinho tão pequenino tinha despertado nela tamanho carinho e afecto?! Tinha a certeza que algures no 2º andar estava uma rapariga colada à janela para ver chegar Bill Kaulitz ao seu prédio.

Dreia era linda! Conhecia-a à pouco tempo, mas sentia-se tão ligada a ela, talvez por serem ambas portuguesas a viver no estrangeiro, ou por terem praticamente a mesma idade, ou simplesmente porque ela era uma rapariga genuinamente boa e pura de coração, tinha a certeza que tinha encontrado uma amiga nela. A sua primeira amiga!

Já eram cerca das 10 da noite e Bea estava sentada no sofá com os pés em cima da mesa de café e computador no colo a falar no MSN com Gonçalo. Ouviu tocar à campainha e foi ver quem era (como se já não soubesse, só duas pessoas a conheciam e sabiam onde morava) viu no ecrã que era Bill e abriu a porta lá em baixo. Voltou ao computador e despediu-se de Gonçalo.

Saiu de casa e desceu as escadas até ao 3º andar, de certa forma calculava que ele não iria dar com o sótão à primeira, mas enganou-se, quando estava a descer as escadas viu-o à sua frente a subi-las com o pequeno Bettler ao colo. Voltou a subir as escadas para cima e a abrir a porta fazendo-lhe um gesto em convite para ele entrar.

- Olá coisinha fofa! – disse Bea em português para Bettler à medida que o tirava do colo de Bill e lhe dava um beijinho – Olá Bill – disse ela finalmente olhando para ele e dando-lhe também dois beijinhos

Vinha com o cabelo molhado, devia ter acabado de tomar banho.
Só agora que o via tirar o boné, é que o conseguia ver bem pela primeira vez. Tinha o cabelo preto escorrido até um pouco abaixo da altura dos ombros, olhos castanhos expressivos, e mais uma vez os seus lábios brilhavam do gloss que usava e as suas unhas estavam impecavelmente bem tratadas. Era bastante alto, era capaz de ter cerca de 10 a 15 cm a mais que Bea. Ostentava uma quantidade imensa de acessórios, desde anéis, a colares e pulseiras, coisas a mais para o gosto de Bea. Os rapazes que eram verdadeiramente rapazes, não eram assim. Também reparou no facto dele ser extremamente magro, mesmo, mesmo muito magro. Não tinha nada a ver com os rapazes portugueses, nem percebia qual a piada que Dreia e milhares de fãs lhe achavam. Sim era bonito, mas tanto para rapariga como para rapaz, estava ali no meio-termo, tinha os traços da cara finos e demasiadamente perfeitos para parecer um rapaz a 100%. Ao menos ficava contente por não lhe aparecer lá em casa de cabelo espetado e todo maquilhado, aí sim, ia –se assustar…

- Senta-te um bocadinho. Queres beber ou comer alguma coisa? – disse Bea
- Não obrigado – disse ele enquanto se sentava no sofá
- Eu vou fazer um chá para mim, não me custa nada fazer um bocadinho mais – disse ela, sabendo que geralmente as pessoas recusavam por educação aquele tipo de ofertas
- Se não te der muito trabalho aceito – disse Bill

Bea foi até à cozinha (que é como quem diz, deu 10 passos) e pôs água ao lume. E entreteve-se a escolher um chá para eles.

- Como é que está a tua cabeça? – perguntou Bill
- Melhor. Com os comprimidos que me receitaram não sinto nada – disse Bea
- Sempre levaste pontos? – perguntou ele
- 3! – disse ela

Voltou para junto de Bill que brincava com Bettler.

- Então ele portou-se bem? – perguntou ela olhando para Bettler deliciada
- Sim! Antes de sair de casa dei-lhe de comer, ele parecia estar com fome – disse Bill passando Bettler para as mãos de Bea.
- Obrigada! …Obrigada também por teres pago as contas do veterinário, não era preciso. Faço questão de te pagar tudo – disse Bea
- Não te preocupes com isso… – disse Bill
- Não, não me faças isso! Deixa-me pagar – disse ela
- Só se me deixares pagar a conta do hospital – disse ele sorrindo e levantando a sobrancelha direita
- Não me parece – disse ela abanando a cabeça da esquerda para a direita
- Então temos as contas feitas. E ainda sais a perder! Porque o hospital é bem mais caro que a conta do veterinário – disse ele – Deves ter apanhado um susto quando chegaste ao veterinário e ele não estava lá.
- Mesmo! Ainda por cima a senhora da recepção só me dizia que o tinha dado a um homem
– disse Bea – Fiquei em pânico!
- Acredito! Desculpa o susto, foi sem intenção! Mas pensei que me ligasses a seguir e assim escusavas de passar no veterinário de propósito
– disse Bill
- Obrigada – disse ela levantando-se e indo até à kitchnet espreitar a água para o chá que já fervia.

Bill levantou-se e foi até à janela.

- Bem, a vista é incrível – disse ele
- Pois é! Tive imensa sorte. E o sótão é pequenino mas é mesmo perfeitinho para mim – disse ela enquanto servia duas canecas de chá.

- Estás a estudar o quê? – perguntou ele virando-se para ela
- Economics and Business Administration – disse ela
- … isso parece ser complicado – disse Bill
- Não é lá muito fácil, mas é mesmo aquilo que gosto – disse ela estendendo-lhe uma das canecas – e tu, estás a estudar o quê? – perguntou ela pensando que ele conciliava a escola com a carreira musical
- Eu não estudo – disse ele a sorrir – Sou cantor. Dedico-me à música a tempo inteiro.
- Que sorte! Há imensa gente que gostava de poder fazer isso. Lá em Portugal são poucas as bandas que conseguem viver só da música
– disse Bea bebendo o seu chá e sentando-se no sofá.
- Não conheço nada de música portuguesa. O que é que me aconselhas a ouvir? – perguntou Bill sentando-se ao lado de Bea no sofá.
- Hmmm… tens de ouvir David Fonseca, Fingertips, The Gift, Mariza e devias ouvir Blasted Mechanism que é um som totalmente novo e tribal, é diferente de tudo o que já ouviste, é muito bom! – disse ela entusiasmada
- Estou a ver que tenho muito para ouvir – disse ele a rir
- E isto é só para começares… - disse ela a brincar, sentindo-se mais à vontade perto dele.

- Bem… tenho que ir indo – disse ele levantando-se – Adeus Bettler – disse Bill fazendo-lhe uma festinha – Obrigado pelo chá.
- Não tens de quê
– disse Bea levantando-se e levando-o até à porta – Obrigada por teres ficado com o Bettler e teres pago a consulta do veterinário. A sério que não era preciso…
- Não vamos começar de novo pois não? Senão vou ter de começar a exigir a conta do hospital também
– disse ele levantando as sobrancelhas
- Está bem…está bem! – disse ela rindo-se da expressão e teimosia dele
- Se precisares de alguma coisa tens o meu número. Também me mudei recentemente para aqui, mas conheço os cantos à cidade – disse ele dando-lhe dois beijinhos
- Ok. Obrigada Bill – disse Bea enquanto o via descer as escadas para o 3º andar onde ia apanhar o elevador – Adeus.
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MensagemAssunto: Re: Wir Schließen Uns Ein   Wir Schließen Uns Ein EmptySeg Dez 29, 2008 7:51 am

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Wir Schließen Uns Ein Botanischergartenue2



Finalmente ia poder dar uma volta à cidade de Berlin com Andreia como sua guia. Já tinham visitado parte do trajecto que tinham definido para aquele dia e Andreia tinha-se revelado uma companhia incrível, muito querida e simpática.

Tinha contado a Andreia os acontecimentos da noite passada. A figura em que Bill tinha aparecido em sua casa. Claro que Andreia já sabia, pois tinha ficado a observá-lo entrar e sair do prédio da janela de sua casa, tal como Bea tinha previsto. Já podia concordar com Dreia numa coisa, ele de facto era muito simpático e atencioso, tinha tratado Bettler muito bem. Mas continuava a bater o pé no chão em como ele não era homem, não era nada. Parecia uma rapariga. Provavelmente era gay e seria um óptimo amigo para ter do seu lado, mas como rapaz não era minimamente atraente, não tinha sex appeal. Não chegava aos pés de Gonçalo.

- Mas ele não é gay… – disse Dreia quando estavam sentadas num banco de jardim do Botanischer Garten a descansar.
- Mas parece… – disse Bea
- Mas não é! Ele já foi à televisão dizer que não era, porque o estão sempre a chatear com isso – disse Dreia
- Mas pode ser só para disfarçar… – disse Bea
- Duvido! – disse Dreia – … Mas ao menos disseste que ele era simpático
- Sim. Ele é muito simpático, gostei imenso de o conhecer, mas não é um rapaz pelo qual eu me pudesse interessar, não tem nada que me desperte atenção. Devias ver o meu namorado… aliás o meu ex-namorado, o Gonçalo, alto, moreno de olhos verdes, forte. O oposto dele. Não sei como é que consegues gostar do irmão gémeo do Bill…
– disse Bea espantada
- O Tom é diferente. Eles são muito parecidos fisicamente, mas não têm nada a ver um com o outro. O Tom é especial… – disse Dreia com os olhos a brilhar
- Aiiiii…o amor! – disse Bea piscando os olhos incessantemente a gozar com Dreia
- Goza, goza…- disse Dreia corando – Sabes o que é que podias fazer?
- Noup!
– disse Bea
- Podias apresentar-me o Tom… – disse ela olhando-a timidamente por entre as faces rosadas
- Mas eu não conheço o Tom! – disse Bea
- Mas podias conhecer e apresentar-mo… – disse Dreia na esperança que Bea alinhasse.
- Oh Meu Deus – retorquiu Bea – Ficavas assim tão contente? – acrescentou ao ver Andreia com os olhos a brilharem
- Era tudo para mim! O meu sonho é conhecê-lo – disse Dreia
- E o que é que e digo ao Bill? Olha, queres ir tomar café? Sim… óptimo então trás o teu irmão! – disse Bea
- Não! Ele não te disse que se precisasses de alguma coisa para lhe telefonar? – disse Dreia que já tinha pensado num plano perfeito.
- Sim…
- Então! Telefonas-lhe a dizer que querias ir sair e perguntas por um sítio fixe, e vai na conversa perguntas se ele não quer ir contigo
– disse Dreia
- Sim…e qual é a parte em que digo para levar o Tom atrás? – perguntou Bea
- Se o Bill for o Tom vai! – disse Dreia
- O Bill foi lá ontem a casa e não levou o Tom – disse Bea
- Sim, mas para sair é diferente. Até é capaz de te perguntar se pode levar mais amigos… – disse ela
- …Isso era fixe. Sempre era da maneira que conhecia mais gente aqui - disse Bea
- Sim…e para a semana começam as aulas… assim era aproveitar agora que estamos à vontade! – disse Dreia que já conhecia os seus pais e não a iriam deixar sair facilmente quando estivesse em tempo de aulas.
- Ok… ganhaste! Eu telefono ao Bill! – disse Bea tirando o telemóvel da mala e procurando o número de Bill.

Dreia virou-se de lado, ficando sentada com os pés em cima do banco do jardim a observar atentamente Beatriz que mantinha o telemóvel encostado ao ouvido, até finalmente Bill atender…

- Estou Bill? – disse Bea
- Olá Bea! – respondeu Bill – Tudo bem?
- Tudo! E contigo?
– perguntou ela
- Também – disse ele num tom simpático
- Estou-te a incomodar? – perguntou ela
- Não. Estás à vontade… – disse ele
- Estava a pensar ir sair para conhecer a noite de Berlin, mas não conheço nada aqui. Sabes de algum sítio fixe para se ir sair? – perguntou Bea sentindo-se incrivelmente estúpida com a desculpa que estava a arranjar para lhe telefonar, tudo para que a sua nova amiga conhecesse aquele que ela dizia ser o homem dos seus sonhos.
- Sei de um sítio muito fixe, vou lá amanhã e tudo, se quiseres podias ir lá ter. Estavas a pensar ir sair quando? – perguntou ele
- …Amanhã! – disse ela sentindo-se estúpida em tornar as coisas tão simples, mas tinha de fazer o possível para que Dreia por o menos conhecesse Tom.
- Então é perfeito! Mais logo quando combinar as horas a que vou, mando-te uma mensagem a explicar onde é – perguntou ele
- Ok, obrigada – disse Bea
- Não precisas de agradecer! Então até amanhã… – disse ele
- Tchau! Beijinhos – disse Bea
- Beijinhos – respondeu ele

- Então? – perguntou Dreia entusiasmada
- Parece que amanhã vais conhecer o homem dos teus sonhos! – disse Bea a sorrir
- A sério??? – perguntou Dreia
- Hm Hm... – murmurou Bea com um sorriso nos lábios ao ver a amiga tão feliz
- Adoro-te Beaaaaaaaaaaa – disse Dreia atacando o pescoço de Bea e dando-lhe beijos atrás de beijos nas bochechas.
- Aiiiiii… olha a minha cabeça! – disse Bea no meio de um ataque de riso


Tinha valido a pena aquele telefonema, Dreia estava nas nuvens, o seu sorriso parecia irradiar mil sóis. Sempre tinha curiosidade para ver esse Tom, será que era mais giro ao vivo que nas fotografias? Duvidava! Aquele cabelos comprido, as rastas sujas, as roupas largas, o ar de playboy… mais uma vez, nada que lhe interessasse num rapaz, mas se a sua amiga estava tão feliz, fazia o sacrifício.

Voltaram para casa exaustas. Tinham passado o dia todo a passear pela cidade. Bea tinha de ir às compras de supermercado novamente no dia seguinte, a comida já começava a escassear. Arranjou-se para se enfiar na sua cama patrocinada pelo IKEA e sentiu o telemóvel vibrar em cima da mesinha de cabeceira. Alcançou-o com a mão e reparou que tinha uma mensagem. Era de Bill com as indicações para ir ter à discoteca.

Pousou a cabeça na sua almofada, aconchegou-se na cama e esqueceu-se do seu passado, agora só valia a pena pensar no futuro…
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MensagemAssunto: Re: Wir Schließen Uns Ein   Wir Schließen Uns Ein EmptySeg Dez 29, 2008 7:51 am

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Eram 11h da noite quando Dreia lhe bateu à porta. Bea estava a acabar de se maquilhar. Foi-lhe abrir a porta para que ela entrasse um bocadinho, até ela acabar de se arranjar e ficou surpresa com a Dreia que viu à frente. Estava uma autêntica bomba! Um top decotado em V vermelho, uma saia preta e uns sapatos de salto alto que lhe davam a altura de uma super modelo. A destacar os acessórios lindíssimos que trazia em si e a maquilhagem perfeita, em tons de preto, que fazia com que os seus olhos adoptassem a cor amarelada e sobressaírem ainda mais que o normal.

- Bemmmm! Se o Tom não se apaixonar por ti é um totó! – disse Bea olhando para a amiga

Dreia corou, ficando da cor do top.

- Achas que exagerei? – perguntou ela envergonhada
- Não! Acho que estás pronta para arrasar o coração dele – disse Bea – Olha vou só acabar de me arranjar, se quiseres podes vir comigo…

Dreia seguiu Bea até ao quarto, e encontrou um quarto demasiadamente arrumado em comparação com o seu que tinha neste momento uma revolução de roupa por todo o lado. Bea era uma pessoa muito decidida, via-se que tinha escolhido exactamente a roupa que queria levar, sem andar às voltas.
Vestia um vestido comprido até aos pés com um padrão que lhe fazia lembrar as cores da Grécia, aquela mescla de brancos e azuis de várias tonalidades, vestido esse que atava ao pescoço. Bea entretia-se agora a acabar de colocar um pouco de blush para dar um pouco de cor às bochechas brancas. Apanhou o cabelo loiro num rabo-de-cavalo e penteou a sua franja para a frente deixando-a caída sobre os seus grandes olhos castanhos.

- Estou pronta! – disse Bea com um grande sorriso


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Só podiam estar a gozar!

Berghain só tinha 5 pisos. Como é que era suposto encontrar fosse quem fosse em 5 pisos de discoteca? E como é que haveriam de entrar com uma fila do tamanho do mundo? Bea sentia-se uma verdadeira campónia junto do edifício que se apresentava à sua frente. Parecia uma bola gigante de vidro, daquelas que estão no topo das pistas de dança. Vindo de lá de dentro, luzes psicadélicas que marcavam o ritmo da música de cada piso. De facto, não se ouvia um único som vindo do interior, o sistema isolador devia ser mesmo bom para que não se ouvisse os diferentes estilos musicais nos diferentes pisos da discoteca.
Só tinha uma coisa a fazer se queria encontrar Bill no meio daquela gente toda. Telefonar-lhe. Tirou o telemóvel da mala e para seu espanto tinha uma mensagem dele.

De: Bill
Quando chegares manda-me um toque que vão buscar-te à porta!

“Que alívio!” pensou Bea que já se imaginava a ficar 1hora na fila para entrar na discoteca.

- Anda – disse Bea puxando Dreia pelo braço até a porta de entrada da Berghain e dando um toque a Bill ao mesmo tempo – Vêm buscar-nos à porta!

Não esperaram mais que 5 minutos até aparecer um rapaz alto, cabelo castanho claro e olhos azuis a chamar por Betrrix, Bea percebeu logo que devia ser ela. Achava graça à forma como os alemães tentavam pronunciar o seu nome. Chegou-se à frente com Dreia.

- Betrrix? – perguntou ele apontando para ela
- Sim – respondeu Bea assentindo com a cabeça
- Anda comigo – disse ele fazendo um olhar ao porteiro de quem o mandava deixá-las passar

O porteiro abriu passagem.
Dreia e Bea limitaram-se a seguir o rapaz que num passo apressado se dirigia para o elevador e carregava no 5º e último andar da discoteca. Quando as portas do elevador se abriram deparou-se com um ambiente totalmente diferente daquele que tinha visto anteriormente lá fora. A música estava alta, as pessoas espalhadas pela sala com espaço suficiente para poderem dançar e conviver nas mesas junto das janelas. Percebeu que aquele piso era diferente dos outros. Não devia ter acesso fácil a qualquer pessoa já que mesmo à saída da porta do elevador estavam dois porteiros gigantes, que ao olharem para o rapaz os deixaram passar.

O rapaz continuava com passo apressado a dirigir-se para uma sala. Bateu à porta, pôs a cabeça lá dentro e disse algo que Bea não percebeu. Voltou a tirar a cabeça de dentro da sala e fez-lhe sinal para que entrassem.

Bea entrou na sala, e viu um Bill sem maquilhagem a levantar-se do sofá onde estava sentado e a vir ter com ela para a cumprimentar.

Atrás de si Dreia entrava a medo. Era o momento da verdade, ia finalmente estar lado a lado com o homem dos seus sonhos, ia finalmente poder vê-lo de perto, conhecê-lo. Sentia o coração a palpitar a uma velocidade assustadora e as suas faces a corarem como nunca antes tinha corado. E viu-o. “Gott!” pensou Dreia, era tão mais bonito ao vivo, como é que era possível concentrar tamanha perfeição num só ser?
Tom parou para olhar para Bill que se tinha levantado para ir ter com a amiga que acabava de chegar e foi nesse momento que olhou para Bea e para Dreia.
O Tom tinha olhado para si… sentiu o coração explodir, já tinha ganho o dia. Era o dia mais feliz da sua vida!

- Bea – disse Bill à medida que lhe dava dois beijinhos – Como é que sentes?
- Estou bem! Já tirei o penso e tudo! Daqui a uns dias já posso ir tirar os pontos
– disse ela sorrindo – Olha, trouxe uma amiga minha, espero que não te importes! É que não queria vir sozinha…
- Não tem problema
– disse Bill sorrindo
- Dreia este é o Bill. Bill é a Dreia… – disse ela puxando a amiga e apresentando-a a Bill

Dreia estava da cor do seu top. Nem acreditava que estava a cumprimentar Bill Kaulitz, e que a poucos metros de distância estava o seu irmão e homem dos seus sonhos. Sentia-se a tremer incontrolavelmente.

- Prazer! – disse Bill educadamente – Estejam à vontade. O que é que querem beber?
- Coca-cola
– disse Bea que não podia beber álcool por causa dos comprimidos
- Vodka Redbull – disse Dreia sabendo que era a bebida de eleição de Tom

Bill foi buscar uma bebida para elas. Dreia estava a sentir-se nervosa e assustada consigo mesma, como é que não conseguia controlar-se? Estava mesmo inquieta e tinha plena noção de que o corpo mandava nela, por mais que pensasse em se manter calma e normal não conseguia.

Bea passeava os olhos pela sala para ver o famoso Tom. Era igual às fotografias, sem tirar nem pôr. Não gostava daquele estilo hip hop, nem das rastas, mas tirando isso ao menos notava-se que era um rapaz e parecia-se com um.


- Deixem-me apresentar-vos ao resto das pessoas – disse Bill virando-se para trás e dizendo em voz alta de maneira a chamar a atenção dos outros – Leute…leute… esta é a Bea e a Dreia.

Receberam um olá colectivo dos amigos de Bill que olhavam para elas com atenção. Não era normal Bill ter amigos novos, muito menos amigas, e levá-las a sair com eles então… era milagre!

- Estes são o Heinz, Andreas, Jost, Nathalie, Herman e aquela coisa feia é o Tom – disse Bill a rir e aproveitando a oportunidade para gozar com o irmão.
- Isso tem um nome, sabias? …. É inveja! – disse Tom aproximando-se de Bill

E aproximando-se consequentemente de Dreia que sentia cada vez mais o seu coração contra a espada e a parede. Era ele…

- Sim, o que eu mais tenho é inveja tua! – disse Bill revirando os olhos
- Eu sei! Ele é assim desde criança – disse Tom deitando um pouco do seu charme às meninas – sente-se um patinho feio ao meu lado

As raparigas riam

- Sim Tom tu és lindo, e maravilhoso e ninguém te resiste. Vai buscar mais uma bebida e não me chateies – disse Bill a ver se despachava o irmão
- Se ele vos estiver a chatear muito venham ter comigo… – disse Tom a ser expulso da conversa por Bill que o empurrava na direcção do bar

Dreia estava oficialmente paralisada. Tom era tudo aquilo que ela imaginava e muito mais, era bonito, divertido e tinha um sorriso que a deixava sem fôlego. Só estava naquela sala à escassos 5 minutos e ele já a tinha conquistado. Queria ir ter com ele, mas não tinha coragem, era tímida demais para isso.

- Como é que está o Bettler? – perguntou Bill a Bea
- Está bom, parece uma pulga eléctrica a correr de um lado para o outro. É lindo – disse Bea – e o Scotty?
- Também está bem! As análises não revelaram nenhum problema
– disse Bill contente

Bill levou Bea até ao sofá onde estava anteriormente sentado e ali ficaram a conversar um pouco sobre eles e a conviver com os amigos mais próximos de Bill e Tom, enquanto Dreia saía da sala privada em que se encontravam e procurava uma casa de banho.

Circulou na sala principal à procura de uma casa de banho. Pouco tempo depois viu Tom a sair da sala privada e pensou que era a sua chance de meter conversa com ele, mesmo que por um motivo estúpido, qualquer oportunidade que tivesse para falar com ele, era boa. Foi ter com Tom, à medida que sentia as suas faces darem de si novamente e a corarem. Pôs o seu melhor sorriso e perguntou-lhe.

- Sabes onde fica a casa de banho?
- É lá ao fundo
– disse Tom apontando para o outro lado da pista de dança
- Já fui lá, mas não vi nada… – disse ela num tom de menina perdida
- Não tem luzes – disse ele levantando a sobrancelha
- A casa de banho não tem luzes? – perguntou ela espantada
- Não! A entrada é ali onde se vê aquela seta de néon – disse ele apontando uma vez mais na direcção oposta
- A dos homens também é assim? – perguntou ela para meter um bocadinho de conversa com ele, queria tanto ouvir a sua voz e ver aqueles olhos dirigirem-se para si.
- A casa de banho é única… Uni sexo – disse ele por detrás de um sorriso maroto.
- A sério? – perguntou ela verdadeiramente espantada
- Hm Hm… - assentiu ele com a cabeça à medida que humedecia os seus lábios
- Ok…obrigada – disse ela exibindo o seu melhor sorriso e concentrando-se em fazer um andar sexy até à porta da casa de banho (não fosse ele ter ficado a olhar para si).

Dreia foi até à casa de banho e de facto nunca tinha visto nada assim. Não havia uma única luz lá dentro, estava tudo às escuras, e ouvia barulhos e gemidos vindos das cabines. Começou a ficar sem vontade de estar ali muito tempo. Entrou dentro de uma cabine e fez o que tinha a fazer às escuras e foi-se embora lavando as mãos a correr. Que raio de sitio era aquele? Mais parecia uma casa de alterne para as pessoas irem lá para dentro satisfazerem-se.

Voltou para a sala e viu que Bill e Bea estavam a conviver animadamente e a rir como se, se conhecessem desde sempre, sentou-se ao lado de Bea, mas por pouco tempo…

- Não querem vir dançar? – perguntou um Tom já tocado pelo álcool que tinha consumido
- A mim não me apetece, mas vai tu Dreia… – disse Bea praticamente empurrando a amiga para Tom. Era agora ou nunca.
- Pode ser… – disse Dreia voltando a corar e a sentir o coração saltar pela boca por ir dançar com o seu Tom… que sonho!

Tom e Dreia afastaram-se e saíram da sala para ir para a pista de dança aproveitar o som.

- Desculpa que te diga mas o teu irmão é o pior – disse Bea a Bill
- Não me dás nenhuma novidade – disse Bill levantando as sobrancelhas
- Vocês são tão diferentes – disse Bea constatando aquilo que Dreia lhe tinha dito anteriormente.
- Um bocadinho… mas também somos muito parecidos em muita coisa – disse Bill sorrindo.

Dreia estava a viver um sonho, tinha Tom ali só para ela. Sempre se tinha imaginado assim com ele, mas nunca tinha verdadeiramente pensado que algum dia teria aquela oportunidade. Ele dançava de olhos fechados ao ritmo da música à medida que ia cantando as músicas que conhecia. Ela não conseguia deixar de sorrir embevecida a olhar para ele… era tão perfeitinho, a sua cara lembrava-lhe a de um anjo.

Tom abriu os olhos e viu-a olhar para si sorridente, retribuiu o sorriso e aproximou-se dela, encurtando o espaço que os separava. Dreia sentiu-se prestes a explodir de felicidade, era uma autêntica bomba relógio à espera do toque dele para rebentar.

Aproximou os seus lábios do ouvido de Dreia e disse….
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MensagemAssunto: Re: Wir Schließen Uns Ein   Wir Schließen Uns Ein EmptyTer Dez 30, 2008 8:01 am

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Já não aguentava mais. Precisava de sair daquela casa Aqueles gritos e gemidos descontrolados estavam a deixá-lo maluco e tudo o que queria fazer era poder dormir em paz.

Bill levantou-se, tomou banho, vestiu qualquer coisa e escreveu um bilhete ao irmão, que foi deixar dentro do frigorífico (de certeza que iria à procura de comida quando acabasse a sua exibição). Saiu de casa colocando o seu boné e óculos de sol.

Não sabia para onde ir… não podia exactamente passear-se na rua como uma pessoa normal, tinha de ir a algum sítio. Pensou em almoçar algures, mas também não queria almoçar sozinho… decidiu desafiar Bea. Porque não? Ela parecia ser de confiança e era simpática, além disso também vivia sozinha, não se iria importar de ter companhia para almoçar.


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Tinha acabado de sair do supermercado quando recebera a mensagem de Bill a convidá-la para almoçar. Adorou a ideia. Há uma semana que não tinha a companhia de ninguém para almoçar, já sentia a falta de uma companhia humana. Sim, porque Bettler era um amor mas ainda não tinha aprendido a falar. Enviou mensagem de resposta a Bill convidando-o a ir almoçar lá a casa, sempre estavam mais à vontade que num restaurante com o olhar indiscreto de todos a recaírem sobre eles.

Bea estava entretida na cozinha a fritar batatas fritas e rissóis de carne, quando Bill chegou. Viver sozinha tinha destas coisas… raramente cozinhava algo que desse muito trabalho, vivia à base de fritos e congelados.

Bill estava sentado na ilha a olhar para Bea cozinhar. Adorava batatas fritas e comida de plástico. E com a fome que estava podia ter comido qualquer coisa que ela lhe pusesse à frente. Desde que não estivesse em casa a ouvir a gritaria que saía do quarto de Tom, estava tudo bem.

- Gostas-te da discoteca ontem? – perguntou Bill para meter conversa
- Sim! Nunca tinha visto nada assim… lá em Portugal não há nada deste género – disse ela enquanto virava os rissóis
- A Dreia também é portuguesa? – perguntou ele curioso
- Sim. Ela mora aqui no 2º andar! – disse Bea a rir da coincidência
- Que giro! – disse ele fazendo uma pausa de seguida - Posso-te perguntar porque é que escolheste Berlin para fazer Erasmus?
- Claro. Apetecia-me ir para um sítio onde não conhecesse ninguém, e onde nunca tivesse estado. Além disso aqui há uma das melhores faculdades de economia e sei falar alemão…
– disse ela

- Estás a fugir de alguma coisa? – perguntou Bill
- Talvez…nota-se assim tanto? Acho que ia ser difícil estar em Lisboa agora. Faz-me bem estar aqui e conhecer outras pessoas – disse Bea colocando um ar triste
- Por causa de um rapaz? – perguntou Bill
- Em parte… é assim tão óbvio? – perguntou ela sorrindo entristecida
- Geralmente é essa a razão porque se foge. Pais ou sexo oposto! – disse Bill
- Pois… os meus pais são muito fixes! Tenho imensa sorte com eles, mas… já andava com o meu namorado à 7 anos e ele acabou tudo à umas semanas – disse Bea
- 7 anos?? Que idade é que tens? – perguntou Bill espantado
- 19. Andávamos desde os 12! Mas ficámos bons amigos - disse ela sorrindo – E tu? Tens namorada?
- Não. Há 3 anos que não tenho ninguém… - disse ele como se respondesse a uma qualquer jornalista que vezes sem conta lhe faziam a mesma pergunta
- 3 anos? – ficou Bea espantada – E não sentes falta de estar com alguém? – perguntou ela que sentia tanta falta de ter Gonçalo do seu lado e só estavam separados à 3 semanas.
- Sinto… – disse ele evitando olhar para Bea

- É a primeira vez que estou sozinha e é tão esquisito… é uma sensação de liberdade… que nunca tinha sentido antes… – disse Bea
- Sim… tens uma liberdade que não queres ter. É assustador por vezes. Sentes-te só e desamparado em momentos fulcrais da tua vida. E o pior é que com o tempo acabas por te fechar dentro de uma concha e não permitir que ninguém se chegue perto de ti... Não podes deixar que isso te aconteça… – disse ele com um olhar triste
- Não me tenciono fechar numa concha, mas também não quero sair por aí à procura de ninguém. Ainda gosto muito do Gonçalo, e tenho a certeza que ainda vamos ficar juntos… é o destino – disse ela sorrindo para Bill
- O que tiver de acontecer, acontece! – disse ele assentindo


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Mantinha o ritmo acelerado à medida que sentia que o climax estava cada vez mais perto, cada vez mais próximo de ser atingido. Contraía o seu corpo num esforço para não cessar o prazer que estava a sentir subir-lhe pela espinha, enquanto sentia as mãos dela subirem-lhe através das costas suadas e arranharem-no com uma força selvagem. Ela gemia descontroladamente, estava a retirar prazer de todas as investidas dele, sentia-a também a ela cada vez mais perto do fim.

Ela soltou um grito que carregava o prazer e orgulho que ele sentia em tê-la feito vir. Mas ele ainda não tinha acabado, queria continuar e acabar aquilo que tinha iniciado. Agora era a sua vez de sentir o prazer que tinha procurado e encontrado toda a noite. Mas ela estava já cansada e não queria que ele insistisse e investisse mais sobre o seu corpo. Afastou-o de cima de si com as mãos…

Tom queria mais, não podia ficar a meio, não quando se sentia já pronto a concretizar o seu desejo. Sentiu uma mão puxá-lo, e virou-se para trás. Ela olhava-o com desejo enquanto mordia o seu lábio inferior. Queria-o a ele, só a ele dentro dela. Tom ficou contente por naquela noite ter trazido mais que uma companhia para casa, satisfazia as suas fantasias e tinha sempre alguém sedenta de o ter, se a outra já estava farta, esta parecia estar pronta para tudo… colocou-se entre as pernas dela e sem hesitar penetrou fundo naquele corpo que já conhecia bem da noite anterior, e investiu sobre ele com uma força renovada de quem não queria perder nem mais um segundo, ela era mais silenciosa que a outra, mas mais atrevida, gostava de explorar o corpo dele com as suas mãos e gostava de o estimular.

Estava já empenhado e concentrado em satisfazer-se quando viu os lábios delas tocarem-se, e as mãos da que dizia estar cansada percorrerem o corpo da que debaixo de si controlava os gemidos de prazer. Tom estava no céu… não podia pedir mais, nem melhor! Era sem dúvida uma experiência a repetir.

Cedeu ao cansaço do seu corpo após satisfazer a sua luxúria e foi com espanto e admiração que deitado de barriga para cima a tentar recuperar o fôlego assistia a um acto lésbico mesmo ao seu lado, mesmo na sua cama, e sorria deliciando-se a olhar para elas a comerem-se à força toda ao seu lado, sentia-se excitado novamente, mas o corpo pedia descanso…

Levantou-se, vestiu uns boxers e foi até à cozinha, enquanto as deixava concretizarem os seus prazeres íntimos sozinhas entre gritos e perversidades de prazer. Chegado à cozinha foi directo ao frigorífico, precisava de restabelecer as forças do seu corpo…tinha de estar à altura para mais um round. Ao abrir o frigorífico, deparou-se com um bilhete do seu irmão, e não conseguiu evitar de rir, era tão típico do Bill…

Querido Thomas,

Para a próxima arranja um motel para passares a noite!
Não consegui dormir nada com a gritaria da tua amiga!
Quando puder voltar para casa telefona-me!
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MensagemAssunto: Re: Wir Schließen Uns Ein   Wir Schließen Uns Ein EmptyTer Dez 30, 2008 8:02 am

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Decepção? Sim… podia ser…
Estava desapontada e iludida pela imagem que tinha dele. Mas era lindo, simpático e divertido. E o seu ser continuava a desejá-lo como o seu corpo precisava de água para viver. Talvez ainda mais agora, depois de o conhecer pessoalmente.

Tinha de desabafar com Bea.

Dreia levantou-se, vestiu a primeira coisa que encontrou à frente e foi até ao sótão, onde encontrou Bea e Bill a almoçarem. Não estranhou ver Bill à frente, parecia que o conhecia desde sempre… que sensação esquisita, depois de anos a sonhar com ele, nem sequer pestanejar por vê-lo à sua frente. Devia estar mesmo anestesiada pela dor que sentia.

Bea recebeu-a como uma boa portuguesa. Colocando mais um prato na mesa e adicionando-a à conversa… e que rica conversa… falavam de amor e solidão! Logo naquele dia em que tudo o que ela queria era sentir-se amada e ter companhia.
Mas se a recepção portuguesa tinha sido acolhedora, a recepção alemã tinha sido catastrófica.

- Dreia…Olá – disse Bill espantado por a ver ali.
- Olá Bill – disse ela sentando-se na ilha onde eles conversavam e almoçavam
- Pensava que estavas com o Tom… – disse ele espantado
- Porque é que haveria de estar com o Tom? – perguntou ela, achando esquisito
- Porque ontem estavas a dançar com ele e ele esta manhã estava entretido… – disse Bill pondo o seu ar de nojo
- …Queres dizer que ele estava acompanhado? – perguntou ela a sentir o seu coração estremecer
- Sim! – disse Bill, e virando-se para Bea acrescentou – por isso é que tive de sair de casa, parecia que ia mandar a casa a baixo, e a miúda gritava tanto que quase parecia que ele a estava a violar! Não sei como é que ele consegue ser assim…

- Importaste que vá à casa de banho Bea? – perguntou Dreia a sentir o olhos encherem-se de lágrimas
- Claro que não… – disse Bea olhando para o estado em que a amiga estava e lembrando-se das palavras de Bill, não devia ser fácil ouvir aquilo… principalmente depois da noite passada…


[Flashback]

Ele abriu os olhos e viu-a olhar para si sorridente, retribuiu o sorriso e aproximou-se de Dreia, encurtando o espaço que os separava. Dreia sentiu-se prestes a explodir de felicidade, era uma autêntica bomba relógio à espera do toque dele para rebentar.

Aproximou os seus lábios do ouvido de Dreia e disse….

- Venho já!

E Dreia ficou na pista a dançar e a imaginar o que ele tinha ido fazer. Será que tinha ido buscar uma bebida para eles?

Passados 20 minutos a sentir-se ridicularizada de estar a dançar sozinha, foi até à sala privada onde se encontravam Bea e Bill, e no caminho deparou-se com Tom rodeado de raparigas, de copo na mão e a dar um ar da sua graça e charme às meninas. Eram muito mais bonitas que ela, muito mais atrevidas, muito mais magras que ela, muito mais tudo…
Foi ter com Bea e disse que tinha de voltar para casa porque já se fazia tarde e os pais ficavam preocupados. Despediram-se de Bill e foram embora. No caminho para casa abriu o seu coração e deixou as lágrimas escorrerem-lhe no rosto enquanto contava o que se tinha passado à amiga.
Sentia-se um ser pequeno e insignificante, e uma parva por pensar que ele algum dia iria olhar para ela com desejo.


[Flashback]


Dreia estava mais uma vez a chorar. Sentia-se estúpida! Já sabia que ele era assim, sabia-o há muito tempo, ele tinha a imagem de playboy e sabia cultivá-la bem. No entanto gostava imenso dele, mesmo muito, ainda mais agora que o conhecia pessoalmente. Agora tinha esperança… a pior coisa que uma mulher apaixonada pode ter quando se cruza com um rapaz como o Tom é esperança, porque ele derruba-a à primeira oportunidade… mas mesmo assim ela ainda sentia uma réstia de esperança dentro de si. Ela ter-lhe-ia dado tudo o que ele precisava naquela noite e mais. Tinha-lhe dado amor, coisa que a outra não lhe tinha dado de certeza…

Lavou a cara e voltou para a sala como se nada se passasse.

Bea viu Dreia voltar a entrar na sala e observava-a com uma vontade enorme de a abraçar. Sabia que a amiga não estava bem, que precisava dela. Só lhe apetecia que Bill saísse para poder falar à vontade, mas claro que não o podia expulsar se o tinha convidado para ir lá almoçar.

- Quando é que vais tirar os pontos? – perguntou Bill
- Quarta- feira! – disse ela
- Depois diz alguma coisa. Eu levo-te lá! – disse ele
- Nem penses…já te dei muito trabalho – disse ela não querendo que ele gastasse o seu tempo com aquilo. Ela podia muito bem tratar de si sozinha.
- Ai, não vais começar de novo, pois não? Levei-te lá para te coserem, levo-te lá para te descoserem – disse ele a rir

As raparigas riram. Era bom ver Dreia a sorrir, e Bill era uma pessoa que conseguia sem dúvida por toda a gente bem disposta. Bea tinha de lhe dar desconto. Podia não ser um modelo de rapaz convencional, mas era sem dúvida um grande amigo para ter por perto.

- Já sabes é que não posso entrar contigo. Mas desta vez vou ficar escondido no parque de estacionamento à tua espera para não fugires – disse Bill
- Está bem! – disse Bea a rir – Fica combinado.

- Ouvi dizer que vocês estão a gravar um álbum novo? – perguntou Dreia interessada em saber em primeira mão o que se passava no mundo dos seus ídolos
- Sim. Para a semana vamos para Hamburg começar as gravações – disse Bill
- Que fixe! Quanto tempo vão ficar lá? – perguntou Dreia interessada
- Em principio 1 mês, se tudo correr bem! – respondeu Bill – Vocês também devem estar a começar as aulas, não?
- Sim
– disse Dreia com ar de quem não queria nada ter de estudar
- Também estás na Humboldt? – perguntou ele curioso
- Não. Infelizmente ainda estou no 12º. É uma seca – disse Dreia
- Pensei que tivessem a mesma idade… – disse Bill
- Não. A Dreia tem 17! – disse Bea sentindo-se velha.

Para espanto de Dreia que estava sem qualquer tipo de vontade de comer ou ver gente à frente, o almoço tinha corrido bastante bem e tinha sido bastante animado, com Bill a contar peripécias que tinham acontecido com ele quando estava em tour.

Mais tarde quando ele foi embora, já não tinha vontade de chorar, agora tinha uma mágoa, e uma tristeza enorme que teria de enfrentar e lutar para que abandonasse o seu coração. Não ia desistir de Tom, era o homem da sua vida. Sabia que ele era mulherengo e que iria sempre ter quem lhe satisfizesse os caprichos e desejos. Tinha de saber viver com isso. Mas o peso de ter sido tão severamente trocada e ridicularizada pesava-lhe na alma como chumbo. Logo ela que não se tinha dado a ninguém, e que se fechava no seu mundo, à espera de um dia ser dele…
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MensagemAssunto: Re: Wir Schließen Uns Ein   Wir Schließen Uns Ein EmptyQua Dez 31, 2008 7:30 am

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Não tinha conseguido dormir mais que 3 míseras horas. Era sempre assim… Desde pequenina que na noite anterior ao primeiro dia de aulas sentia um nervosismo irracional que não a deixava dormir, mesmo quando já conhecia todos os colegas e os professores, mesmo sabendo que Gonçalo ia estar do seu lado. Era um nervosismo que não controlava, acontecia, e nada do que fizesse a ia ajudar a superá-lo. Mas desta vez era pior… estava num pais novo, língua nova, gente nova, modo de ensinar novo, e ninguém do seu lado para lhe segurar a mão.

Acordou como se tivesse dormido as 8 / 9 horas recomendadas de que o seu corpo precisava. As 3 horas de sono tinham deixado o seu corpo cansado, mas ao mesmo tempo a excitação de começar as aulas conferiam-lhe uma espertina invulgar.

Tomou um banho, vestiu-se normalmente. Sabia que a primeira impressão contava (e muito) não queria parecer muito fechada em si, mas também não queria que pensassem que ela era atiradiça ou fácil. Precisava de ir estrategicamente normal para que não despertasse julgamentos prévios e preconceitos da sua pessoa.

Saiu de casa e foi a pé até à faculdade. Ficava a 20 minutos a pé. Era da maneira que fazia exercício e poupava dinheiro em transportes e ginásio.

Chegada à faculdade deparou-se uma vez mais com aquele edifício histórico monumental. Era uma honra e privilégio poder estudar ali, onde nomes como Hegel, Einstein, Planck e Karl Marx tinham outrora estudado e ocupado aquele espaço e aquelas cadeiras. A universidade contava com 29 Prémios Nobel espalhados pelos seus antigos alunos. Não que Bea pensasse seguir investigação, mas era sem dúvida um motivo de orgulho para si poder estudar naquela universidade tão prestigiada.

A faculdade estava cheia, ao contrário do que tinha visto da primeira vez que ali tinha entrado. Dirigiu-se até à sala onde ia ter a sua primeira aula, e ficou boquiaberta com a dimensão dos auditórios, pareciam saídos de um filme. Para além de serem enormes, estavam cobertos de estantes com livros, dois quadros pretos gigantescos e tudo o que era mais moderno em áudio visuais. Fazia-lhe lembrar a sua Universidade Nova de Lisboa…. Ou não!

Sentou-se numa cadeira e reparou que ninguém se sentava ao seu lado… formavam grupinhos à sua volta. As pessoas olhavam para ela como uma qualquer estrangeira que ia para lá roubar o lugar deles. Bea sentiu-se mal, parecia que não era bem-vinda naquele meio. Passou a manhã inteira em aulas e ninguém fez sequer menções de se aproximar dela. Sentiu-se triste e sozinha… geralmente em Portugal, sempre que chegava um Erasmus novo saltava-lhe tudo em cima com curiosidade para saber de onde era, conhecer um pouco da sua cultura e partilhar os cantinhos preferidos de todos os Lisboetas, mas ali não. Tratavam-na como um bicho ou como um simples objecto que estava na sala a fazer de decoração. Sentiu falta de Gonçalo, era naquele momento que ele lhe dava a mão e dizia que tudo ia ficar bem… e ela acreditava. Acreditava sempre no que ele lhe dizia, sabia que do seu lado acontecesse o que acontecesse ia ficar bem.

Acabou o primeiro dia de aulas sem vontade de lá voltar. Ia ter de se habituar a sentir-se à margem. Agora era um estrangeira, uma imigrante aos olhos dele, não uma estudante que os elegia por serem os melhores. Mas quem sabe… talvez o dia seguinte lhe revela-se mais sorte. Talvez… com o tempo as pessoas se aproximassem. Sempre tinha estado sozinha sem amigos, mas tinha Gonçalo para a amparar, agora não tinha ali o seu porto seguro. Tinha de se virar sozinha desse por onde desse.

A caminho de casa deteve-se a pensar. Também ela tinha dito mal e sido preconceituosa em relação a Bill por causa do seu aspecto, quando no fundo ele se tinha revelado ser nada menos que exemplar em todas as suas atitudes. Acontecia sem pensar. Julgava as pessoas pelo seu aspecto e criava um estereótipo ao qual se prendia, e a não ser que as pessoas se aproximassem dela, ela mantinha-se fechada em si mesma e não dava oportunidade de conhecer as pessoas e pode-las julgar com fundamento. Mas estava contente por ter conhecido Bill, tinha-se revelado um amigo incrível, e para quem estava habituada a não ter nenhum, não podia ter pedido melhor!

Ao menos já não estava sozinha….tinha amigos. Tinha Andreia, Bill e Bettler.

Chegou a casa sentindo-se um pouco triste.
Telefonou a Gonçalo. Queria ouvi-lo dizer que tudo ia ficar bem…

- Bi – disse Gonçalo – como é que estás?
- Mais ou menos…
- disse ela
- Então? O que é que aconteceu? Não começavas hoje as aulas? – perguntou ele
- Sim… acreditas que ninguém falou comigo? – disse ela
- A sério? – perguntou ele
- Sim… fiquei sem vontade nenhuma de lá voltar amanhã – disse ela
- Não penses assim. Vais ver que foi por não te conhecerem, amanhã já se vão aproximando e em breve vais estar ambientada… – disse ele tentando animá-la
- Espero que sim… – disse Bea
- Vais ver que vai correr tudo bem… – disse ele numa voz meiga
- Adoro quando dizes isso… faz-me sentir mesmo melhor – disse ela com um sorriso na cara
- Eu sei… já te conheço bem! – disse ele sorrindo

- Bem… tenho de desligar para não gastar muito dinheiro! Obrigada! – disse ela com um sorriso na cara
- Não precisas de agradecer, não fiz nada! Vais ver que corre tudo bem Bi…não fiques triste! Beijinhos – disse ele
- Beijinhos – despediu-se ela

Sim… tinha Gonçalo também. Sempre do seu lado, sempre fiel, o seu amigo e amor.
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MensagemAssunto: Re: Wir Schließen Uns Ein   Wir Schließen Uns Ein EmptyQua Dez 31, 2008 7:30 am

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3 dias de aulas, 3 dias a sentir-se marginalizada, 3 dias em solidão total. Que tristeza! Não tinha visto, nem falado com Dreia nem Bill… era só ela e Bettler, dia e noite.

Estava deitada no sofá da sala a ver o Dr. House com tradução em alemão. Era absolutamente horrível e odioso, a voz dos actores não tinha nada a ver com a original, quase parecia que estava a ver uma telenovela mexicana. Nunca julgou ser possível o Dr House não ter interesse, mas os alemães tinham conseguido essa proeza.

O seu telemóvel tocou, o que lhe pareceu a desculpa perfeita para abandonar o seu posto em frente à televisão. Olhou para o visor e sorriu.

- Estou? – disse ela sorrindo
- Bea, não me esqueci que era hoje! – disse Bill a rir
- Era hoje o quê? – disse ela sem saber do que ele falava
-… Que vais tirar os pontos! – disse ele
- Pois é… já nem me lembrava – disse ela a rir
- Então quando é que queres que passe aí? – perguntou Bill
- Não é preciso Bill, dou lá um saltinho depois… – disse ela
- Nada disso! Já tínhamos combinado! Vou sair daqui a um bocadinho e passo aí. Quando mandar toque desce – disse ele
- Ok teimoso! Até já – disse ela
- Até já… - disse Bill

Não tinha vontade nenhuma de estar com ninguém, queria fechar-se no seu mundo e curtir a solidão sozinha, mas talvez não fosse essa a atitude mais inteligente a tomar, e de qualquer maneira tinha de ir tirar os pontos… Levantou-se do sofá e foi arranjar-se, não queria que ninguém a visse naquele estado.
Pouco depois recebeu o toque de Bill. Desceu e viu o seu carro parado em frente à porta, entrou no carro e cumprimentou Bill com dois beijinhos.

- Então? Preparada para tirar os pontos? – perguntou ele à medida que punha o carro em andamento
- Que remédio! – disse ela
- O que é que foi? Passa-se alguma coisa? Estás com uma cara esquisita! – disse Bill que a olhava pelo canto do olho.
- Ohhh…. A faculdade é uma porcaria, as pessoas tratam-me como se tivesse uma doença contagiosa, ninguém fala comigo… - disse Bea
- Sei bem o que isso é! Eu e o Tom passamos pelo mesmo quando andávamos na escola, mas em vez de nos ignorarem passavam a vida a gozar connosco por nos vestirmos de maneira diferente – disse Bill recordando aqueles que tinham sido os piores anos da sua vida
- Sim, mas depois ficaram famosos e devia andar tudo atrás de vocês – disse Bea
- Achas? Ainda foi pior, fotógrafos à porta da escola todos os dias, raparigas interesseiras atrás de nós, e as pessoas que nos gozavam começaram a fazer ainda pior! – disse Bill
- E o que é que vocês faziam? – perguntou Bea curiosa
- Refugiávamo-nos na nossa música – disse Bill – sem ela tínhamos dado em malucos
- Mas eu não tenho nenhum refúgio…
– disse Bea
- Não há nada que gostes muito de fazer? – perguntou Bill
- Sim… adoro ler – disse Bea
- Então! Tens aí o teu refúgio. Lê, ao menos assim enquanto lês estás no teu mundo onde ninguém te pode chatear e onde tudo é possível, só depende de ti – disse Bill

Bill tinha razão, talvez ela precisasse mesmo de um refúgio, algo que a transportasse para outro mundo, algo que a fizesse sentir integrada, e a leitura podia ser o refúgio perfeito. Sempre que lia um livro que lhe despertava a curiosidade via-se viciada nele, não conseguia pousá-lo por um segundo sequer. Comia e ia à casa-de-banho com o livro atrás, qualquer minuto ou segundo passado na companhia do livro e a descobrir os seus mistérios deixavam-na feliz.

Chegavam finalmente ao hospital. Bill não podia entrar, mas desta vez fazia questão de esperar no parque de estacionamento por Bea.
Bea voltou a entrar pela segunda vez na sua vida no Dominikus Krankenhaus. Não teve de esperar praticamente tempo nenhum até ser atendida por uma enfermeira que lhe ia retirar os pontos. Nunca tinha partido nada, era a primeira vez que tinha de tirar pontos, pensou que ia doer, mas surpreendeu-se ao sentir apenas uma leve impressão na cabeça à medida que a enfermeira puxava a linha.

Em pouco mais de meia hora estava novamente às portas do hospital, desta vez sem pontos a enfeitarem a sua cabeça. Dirigiu-se ao parque de estacionamento e procurou o carro de Bill.

- Já está! – disse Bea virando o sítio onde anteriormente tinha os pontos para Bill, para que ele pudesse ver a sua cabeça sem pontos.
- Correu bem? – perguntou ele
- Sim… foi rápido e não doeu nada – disse Bea aliviada
- Ainda bem! – disse Bill - Tens alguma coisa para fazer agora?
- Não. Porquê?
– retorquiu Bea
- Gostava de te mostrar uma coisa – disse Bill
- Que coisa? – perguntou Bea curiosa
- Já vais ver…. – disse Bill sorrindo à medida que ligava o carro e se fazia à estrada.

Bea olhava pela janela do carro, passava por sítios na cidade de Berlin onde nunca tinha estado. Identificou a rua do veterinário mas perdeu-se com a quantidade de voltas por ruas e ruinhas que tinham dado a seguir. Bill pediu que ela se baixasse, Bea olhou para ele com um ar de espanto mas assentiu ao seu pedido e chegou o banco o mais atrás possível e contorceu-se ao máximo para caber no espaço onde anteriormente tinha os seus pés.
Bill acabava de entrar na garagem de um prédio.

- Podes sair – disse ele

Bea voltou a sentar-se normalmente no banco.

- Desculpa, mas geralmente à sempre paparazzis aqui à porta e nunca se sabe… - disse Bill saindo do carro
- Onde estamos? – perguntou Bea
- Na minha casa…quer dizer…agora estamos só na garagem – disse ele sorrindo

Bea seguiu Bill até ao elevador, e juntos subiram até ao 6º e último andar do prédio. Ao chegarem ao patamar do 6º andar, Bea apercebeu-se de que só existia uma casa. Bill tinha o piso todo para ele…. No fundo era como ela… só que em vez de ser um simples sótão era um piso inteiro….a diferença era pouca (ou não)!
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MensagemAssunto: Re: Wir Schließen Uns Ein   Wir Schließen Uns Ein EmptyQui Jan 01, 2009 7:48 am

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Bill pôs a chave à porta e assim que a abriu, Scotty saltou para cima dele, eléctrico e de cauda a abanar. Bill baixou-se e fez-lhe festinhas, sendo recebido com grandes lambidelas na cara.
Bea sorria ao ver aquela cena ternurenta entre dono e cão, nunca tinha tido uma recepção daquelas ao chegar a casa, mas devia ser muito bom. O que Bea não sabia é que estava prestes a descobrir qual era a sensação. Após cumprimentar o seu dono, Scotty correu na direcção de Bea e saltou-lhe para cima lambendo as suas mãos que tentavam fazer-lhe festinhas.

- Scotty… – disse Bill
- Deixa estar – disse Bea a Bill e dirigindo-se a Scotty acrescentou – Mas vai com calma que acabei de tirar os pontos, e não me apetece voltar para o hospital!

Bill entrou em casa e chamou Scotty para dentro fazendo sinal a Bea para entrar também.

- Anda, vou mostrar-te a casa… - disse Bill

Bill virou à direita e seguiu por um corredor que dava acesso a uma cozinha enorme, com janelas de vidro que iam do chão ao tecto, na cozinha tinha de um lado uma porta que dava para a sala e de outro uma porta com ligação a uma sala que era uma mistura de escritório e sala de música, onde se viam diversas guitarras e amplificadores, bem como umas estantes cheias de cds e dvds, paredes repletas de discos de platina e ouro e uma secretária com um computador e uma pilha de papéis. Saíram pela porta principal do escritório que dava acesso novamente ao corredor, e encontravam-se agora numa espécie de hall com o formato quadrangular, onde se viam 3 portas. Bill abriu a primeira à sua direita e era um quarto de hóspedes impecavelmente mobilado, onde a parede por trás da cama estava pintada de vermelho escuro, conferindo ao quarto um ar jovem e moderno, o quarto tinha casa de banho privativa dando aos hospedes privacidade. Voltaram ao hall e Bill abriu a porta do meio, e mostrou a Bea o seu quarto, também ele com casa de banho privada, o quarto dele era capaz de ser do tamanho da sala de Bea, que ficou espantada com a simplicidade do quarto de Bill, tinha uma mobília discreta e minimalista, e a parede atrás da sua cama estava pintada de preto e apresentava um quadro abstracto rectangular que ia quase de uma ponta a outra da cabeceira da cama, conferindo ao quarto um ar misterioso com os seus tons de preto, branco e vermelho. Voltaram ao hall e Bill bateu na porta da esquerda. Ao não obter resposta, abriu a porta e apresentou a Bea a última suite, o quarto de Tom, era igual ao de Bill, mas a parede atrás de sua cama tinha a cor verde e pendurada nela estava uma guitarra em tons de branco e creme.

Bill voltou ao hall e levou-a pelo corredor onde outrora tinha entrado na cozinha e do lado oposto do da cozinha tinha outra porta que dava para uma sala de jogos, com uma mesa de matraquilhos e outra de ping pong e ao lado da sala de jogos estava uma outra porta que dava para uma casa de banho comum.

Bea ficou boquiaberta ao entrar no último compartimento da casa que lhe faltava ver… a sala, nunca tinha visto nada assim, era como se tivesse voltado à discoteca Berghain. A sala era totalmente rodeada por vidros, era incrivelmente majestosa, e a vista para a cidade era incrível. Sentiu-se um ser miserável ao lembrar-se que Bill tinha elogiado a sua vista do seu pequeno e modesto sótão…

No sofá encontraram Tom deitado a fazer zapping com Scotty deitado aos seus pés.

- Não sabia que estavas em casa – disse Bill – Não era suposto teres saído?
- Ya, mas acabei por ficar
– disse Tom olhando para Bill e vendo Bea ao seu lado acrescentou – Desculpa… não sabia que vinhas acompanhado, mas eu prometo não interromper nada… – disse Tom sorrindo maliciosamente.
- Não sejas estúpido. Lembraste da Bea? – disse Bill
- Ya. Tudo bem Bea? – perguntou Tom
- Tudo - disse Bea relutantemente, não tinha gostado daquela indirecta de Tom, não sabia exactamente quem ele pensava que ela era, mas quem quer que fosse devia estar muito enganado.
- A Bea foi hoje tirar os pontos – disse Bill
- Uhhh…correu bem? – perguntou Tom
- Ya – respondeu Bea

- Anda, quero-te mostrar uma coisa… – disse Bill a Bea

Bea voltou a seguir Bill até ao seu quarto. Bill dirigiu-se até à sua mesinha de cabeceira e tirou de lá um livro. Estendeu-o a Bea e disse:

- Toma! Quero que fiques com ele.

Bea olhou para o livro, “Veronika Decide Morrer” de Paulo Coelho.

- Não vou ficar com o livro… - disse Bea estendendo-o de volta a Bill
- Não sejas teimosa. Já o li e adorei, quero que fiques com ele… talvez nele encontres o teu refúgio… – insistiu Bill
- Obrigada... Eu levo-o emprestado. Para a semana devolvo-te… – disse Bea
- Para a semana não devolves de certeza porque nós amanhã vamos para Hamburgo gravar – disse Bill
- Então quando chegares, devolvo-te – disse Bea
- Então, depois empresto-te outro… - disse Bill sorrindo

Bea sorriu. Bill era um bom amigo. Devia ter uma vida mais atarefada e complicada do que ela sequer poderia imaginar e no entanto arranjava uma maneira de a levar ao hospital e de se preocupar com o que se passava na sua vida… como o tinha julgado mal através da sua aparência!
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MensagemAssunto: Re: Wir Schließen Uns Ein   Wir Schließen Uns Ein EmptyQui Jan 01, 2009 7:48 am

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Tinham passado duas semanas desde o dia em que Bill lhe tinha dado o livro para as mãos, tinha-o devorado em 3 dias. O livro era incrível, Bea tinha entrado na história de tal maneira que sentira a dor e desespero que a personagem principal vivia. Tinha finalmente encontrado o seu porto seguro, o seu refúgio, a leitura transportava-a para outra dimensão, como se a vida dela ficasse em stand by e nada mais importasse. Quando lia os problemas da faculdade desapareciam, a solidão era apagada e a sua alma enchia-se daquele conto que a reavivava a cada palavra que lia.

Bea estava sentada no sofá com o computador ao colo a enviar mails com fotografias que tinha tirado recentemente para os seus pais e Gonçalo, quando Dreia bateu à porta. Tinham combinado passar o dia juntas.
Bea sentia-se cada vez mais sozinha por estar afastada de casa, e por se sentir marginalizada na faculdade. Agora a última era o drama de fazer grupos para os trabalhos de grupo, toda a gente tinha um grupo, menos ela, que tinha sido excluída, e tinha sido promovida a fardo para aqueles grupos que tinham menos elementos e tinham de acolhe-la obrigatoriamente. Embora fizessem questão de se mostrar aborrecidos e incomodados, na hora de fazerem o trabalho de grupo ela era sempre bem-vinda mas quando chegava a altura de irem para o café conviver… a intrusa ia para casa.

Dreia entrou e pegou no pequeno Bettler afagando-lhe a cabecinha com festinhas. Sentaram-se as duas no sofá enquanto decidiam o que iam fazer naquela tarde encoberta.

- Podíamos ir ao cinema… – sugeriu Dreia
- Não me apetece... – disse Bea
- Hmmm….então podíamos ir dar uma volta ao centro comercial, fazer umas compras… - disse Dreia
- Não me apetece muito ir às compras… - disse Bea
- Então podíamos ir lanchar a algum sítio perto do rio – sugeriu Dreia entusiasmada
- Deve estar frio. Acho que vai chover hoje à tarde – disse Bea
- Então Bea, não podes trancar-te em casa todos os dias! Tens de fazer alguma coisa – disse Dreia
- Eu sei. E acredita que me apetece imenso sair e fazer qualquer coisa… mas hoje não… o tempo está esquisito – disse Bea justificando-se
- Então e se eu for lá abaixo buscar um dvd para vermos no computador? Assim ficávamos em casa e sempre fazíamos alguma coisa – sugeriu Dreia
- Pode ser… - disse Bea

Dreia saiu, deixando a porta de casa de Bea encostada, foi até sua casa e escolheu um dvd para ver naquela tarde…algo que animasse a amiga. Já estava a sair de casa quando se deteve e voltou atrás para trocar o dvd….sabia de um dvd ainda melhor que iria deixar Bea com um sorriso na cara…voltou atrás e trocou-o.
Entrou em casa de Bea para a ver na mesma posição em que a tinha deixado, e exibindo um sorriso de orelha a orelha mostrou-lhe o dvd que tinha escolhido para animar aquela tarde. Bea sorriu…

- Deixa ver isso! – pediu Bea esticando o braço na direcção de Dreia
- Nunca viste? – perguntou Dreia
- Não! Sabes que não sou exactamente a maior fã deles para andar a comprar os dvds – disse Bea enquanto segurava nas suas mãos o dvd da tour Zimmer 483 dos Tokio Hotel.
- É lindo, tem um documentário com o backstage da tour. Vais adorar… - disse Dreia
- Ok… pode ser – disse Bea abrindo a caixa e tirando o dvd de lá de dentro

- Tens falado com o Bill? – perguntou Bea corando
- Não. Ele está em Hamburgo a gravar o novo álbum – disse Bea enquanto enfiava o dvd no computador
- Então não sabes nada? – perguntou Dreia
- Não. Porquê aconteceu alguma coisa? – perguntou Bea ao ver Dreia com cara de caso e corada.
- Não… estava só curiosa para saber se tinhas novidades – disse Dreia
- Do Tom? – sorriu Bea
- Sim…e de como estavam a correr as gravações – disse Dreia
- Eu não acredito que tu ainda gostas do Tom depois do que ele te fez naquela noite – disse Bea espantada
- O que é que queres… não se manda no coração – disse Dreia
- Sim, mas podes tentar domesticá-lo – disse Bea abrindo os olhos
- Olha que tu podes falar muito! Sempre a falar do Gonçalo – disse Dreia
- Mas o Gonçalo foi meu namorado durante 7 anos, conheço-o melhor que ninguém e sei perfeitamente que mais dia, menos dia vamos voltar a estar juntos – disse Bea – Tu viste o Tom uma vez e ficaste assim…
- O que é que queres? … aquele rapaz mexe comigo, não te sei explicar – disse Dreia
- E acho que mesmo que explicasses eu não ia compreender – disse Bea
- Depois de veres o dvd vais começar a perceber… – disse Dreia sorrindo

Bea e Dreia entreteram-se a ver o dvd e Bea sentiu-se bastante mais animada e divertida no final, o dvd estava muito bem feito, as cenas do backstage eram incríveis, tinha até ficado com vontade de ver o dvd com o concerto. Agora percebia um bocadinho melhor a vida atarefada de Bill, e percebia ainda mais o sacrifício que ele devia ter feito em tentar acompanhá-la ao hospital e passar o dia com ela na véspera de ir embora para Hamburgo. Bill era muito boa pessoa e extremamente divertido, de facto ele e Tom eram muito parecidos, mas também muito diferentes, Tom tinha a mania de que era engraçadinho, já para não falar nas meninas…o Sex Gott…tinha de ter (e tinha) as meninas todas aos seus pés… playboy. Como é que Andreia gostava dele? Uma rapariga tão simpática e querida, imaginava-a com um rapaz decente que a tratasse como uma rainha e não com um playboy que brincava com o coração das pessoas… mas o coração era dela e como ela mesma tinha dito “não se manda no coração”.

Tinham terminado de ver o dvd, e preparavam-se para ver o concerto quando o telefone de Bea começou a tocar. Bea não hesitou em atendê-lo.

- Estou…
- Estou Bea, tudo bem?
– disse a voz Bill no meio de uma confusão de vozes
- Bill… não estou a ouvir nada! – disse Bea fazendo um esforço para perceber Bill
- Está toda a gente a falar ao mesmo tempo, espera….deixa-me sair daqui – disse Bill afastando-se dos outros – Estás a ouvir melhor?
- Sim
– disse Bea
- Olha, nós vamos a Berlin no próximo fim-de-semana, e estava a pensar se não querias fazer alguma coisa – perguntou Bill
- Claro. Podíamos combinar alguma coisa – disse Bea
- Então podias ir ter lá a casa sábado a seguir ao jantar, e depois logo vemos o que nos apetece fazer – disse Bill
- Ok. Olha… importas-te que leve a Dreia para não ir sozinha? – perguntou Bea
- Não, é na boa! Então vá…tenho de ir! Até sábado – disse Bill
- Tchau, até sábado… - disse Bea desligando o telefone

- Onde é que vamos sábado? – perguntou Dreia curiosa
- A casa dos Kaulitz – disse Bea sorrindo
- Estás a gozar? – perguntou Dreia incrédula
- Noup…
- Eu não acredito!!!
– disse Dreia sentindo-se a pessoa mais feliz do mundo – E se os meus pais não me deixarem ir? – disse Dreia apercebendo-se que podia perder aquela oportunidade única
- Dizes-lhes que vens dormir a minha casa. Eles não precisam de saber que vamos para casa dos Kaulitz – disse Bea
- Não sei… eu não consigo mentir aos meus pais. Sou péssima a mentir! – disse Dreia
- Mas quem disse que lhes estás a mentir? Tu vens dormir cá a casa, só que antes de dormir fazemos uma paragem pelos Kaulitz – disse Bea sorrindo
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MensagemAssunto: Re: Wir Schließen Uns Ein   Wir Schließen Uns Ein EmptyQui Jan 01, 2009 7:57 pm

 17 



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Sentia o coração palpitar, tinha sonhado com aquele momento vezes sem conta. Ansiava e desejava poder entrar no mundo dele. Só tinha estado com ele uma vez, e o turbilhão de emoções que tinha sentido confirmavam aquilo que o seu coração sentia há muito tempo, desde que tinha visto Tom pela primeira vez numa imagem. Não sabia como ia reagir a estar com ele de novo, mas quanto mais pensava isso, mais nervosa ficava e mais ansiava por aquele momento.
A porta abriu-se e à sua frente Bill exibia um sorriso sincero e acolhedor. Sentiu as suas faces corarem descontroladamente, não por causa de Bill, mas pela voz que ouvia vir de dentro do apartamento dos Kaulitz. Era ele. Era capaz de reconhecer aquela voz em qualquer parte do mundo, uma voz profunda e sensual… Tom estava a poucos metros de si, sentia-o agora melhor que nunca, o seu corpo começava novamente a render-se à falta de controlo e a ceder aos tremores que lhe assaltavam o coração.

- Olá! – disse Bill fazendo um gesto para que elas entrassem e dando dois beijinhos a cada uma – Entrem.
- Onde é que está o Scotty?
- perguntou Bea sentindo falta da recepção calorosa do cão dos gémeos.
- Ficou em Hamburgo. Não valia a pena trazê-lo só por 2 dias – disse Bill dirigindo-se para a sala e sendo seguido pelas raparigas.

- Vocês ainda não conhecem o Gustav e o Georg pois não? – perguntou Bill
- Não! – disse Andreia boquiaberta por se deparar com Gustav e Georg à sua frente…. Os Tokio Hotel, ali… no mesmo espaço que ela….na sala da casa de Tom Kaulitz! Só podia ser um sonho…
- Olá – disseram os G’s em uníssono à medida que se aproximavam de Andreia e Bea para se apresentarem.

- Os outros vocês já conhecem… Andreas, David, Heinz, Nathalie, Herman e … a coisa feia – disse Bill sorrindo e apontando para Tom

Tom sorriu na direcção de Bea e Dreia e levantou a mão cumprimentando-as à distância. Dreia ficou triste de não ter a oportunidade de o cumprimentar com um beijo, mas só o facto de estar ali no mesmo espaço que ele privando com os seus amigos deixava-a feliz.

- Então o que é que querem fazer? – perguntou Bill
- Nós estávamos aqui a falar, e o tempo está um bocado mau, parece que vai chover, podíamos aproveitar e fazer qualquer coisa cá por casa – disse Tom
- Por mim… - disse Bill olhando para Bea e Dreia à espera que elas dessem a sua opinião
- Pode ser – disse Bea
- Sim! – disse Dreia tentando soar o mais natural possível , embora no seu interior soubesse que as faces rosadas e a tremura que sentia nas mãos, não a poderiam deixar soar de todo a uma pessoa normal.

- Eu acho que temos uma disputa pendente Thomas…- disse Geo
- Ainda achas que me consegues ganhar? – perguntou Tom a rir
- Claro! – disse Geo sorrindo
- Há quanto tempo é que andas a tentar ganhar um jogo Geo? – perguntou Gustav
- Isso não interessa… - disse Geo a rir
- Deixa estar… ele gosta de sofrer – disse Tom – Anda lá…

Tom e Georg foram até à sala de jogos, onde iriam disputar mais um torneio de ping pong. David, Heinz, Herman e Gustav seguiram-nos e apoderaram-se da mesa de matraquilhos, deixando Bill, Bea, Dreia, Andreas e Nathalie na sala.
O grupo que permanecia na sala optou por ver um filme, e depois de muito discutirem acerca do filme que iam ver, optaram por Paris Je T’aime, um filme que Bill e Andreas andavam à muito para ver e que ainda não tinham tido oportunidade. Sentaram-se nos sofás da sala. Andreas e Nathalie num sofá de apenas 2 lugares, e Bill, Bea e Dreia num sofá em formato de L mais espaçoso.


Bea & Bill


O ambiente criado na sala tinha-a deixado sonolenta, adorava ver filmes, mas sempre que desligavam as luzes, e a noite já ia longa, era certo e sabido que acabava por lutar contra o sono. Uma batalha injusta pois acabava sempre por ceder e deixar-se adormecer nem que fosse por breves instantes. E desta vez não foi diferente, o cansaço e sono abateu-se sobre o seu corpo sem que Bea pudesse resistir. Sentia-se estranhamente confortável e à vontade, e acabou por deixar-se estar.

- Bea….acorda – disse uma voz ao longe – Bea…. O filme já acabou!
- Ãhhh…
- disse Bea abrindo debilmente os olhos
- O filme já acabou – disse Bill sorrindo
- Oh...adormeci! – disse Bea sentando-se direita no sofá e percebendo que não estava ninguém à sua volta a não ser Bill – Que vergonha!
- Não precisas de ter vergonha! – disse Bill sorrindo
- Queria imenso ter visto o filme… - disse Bea ajeitando o cabelo e a roupa
- É muito bom, tens mesmo de ver! – disse Bill levantando-se do sofá e dirigindo-se até ao leitor de dvds para tirar o dvd de lá de dentro.
- Onde é que está toda a gente? – perguntou Bea
- Já foram embora. Deixaram-te um beijinho – disse Bill
- Que vergonha!!! – disse Bea enterrando a cabeça numa almofada

Bill riu perante a reacção de Bea. Não a conhecia muito bem, mas não a julgava-a tão envergonhada.

- A sério que não tem problema! – disse Bill – Queres que te leve a casa?
- Não é preciso, obrigada. Eu vou a pé!
– disse Bea
- Já é um bocadinho tarde para ires a pé. Não me custa nada deixar-te em casa, 10 minutinhos estamos lá – disse Bill
- Não vais estar a sair de casa de propósito para me ires levar – disse Bea levantando-se do sofá
- Não me custa nada…vá não sejas casmurra! – disse Bill já conhecendo a casmurrice de Bea
- Ok… - disse Bea rendendo-se perante a palavra casmurra, ela sabia que o era, mas gostava de pensar que não, e gostava de pensar que os outros também não a viam como tal.
- Deixa-me só ir buscar as chaves do carro – disse Bill

Bea estava agora sozinha na sala. Foi buscar a mala, que tinha deixado numa cadeira e pensou que se estava a esquecer de algo… mas não sabia ao certo do quê! Percorreu a sala com os olhos à procura de algo que lhe pudesse estar a fazer falta, mas só quando viu Bill regressar novamente à sala é que se deu conta daquilo que faltava….

- A Dreia? – perguntou a Bea
- Está com o Tom… – disse Bill evitando o olhar de Bea
- A sério? – disse Bea sorrindo e sentindo-se feliz pela amiga – Então ela já não deve querer ir dormir lá a casa…
- Pois… se quiseres posso ir lá ver se está tudo bem e se ela quer vir connosco!
– disse Bill
- Se calhar é melhor… Só para ter a certeza – disse Bea
- Ok… espera um bocadinho! – disse Bill

Bea ficou novamente sozinha naquela sala imensa, foi até à janela e espreitou a cidade a seus pés… Andreia devia estar verdadeiramente feliz. Mesmo que Tom não fosse um ideal de rapaz, sabia que a amiga gostava mesmo dele. Não conseguia evitar de sorrir à medida que mordia o seu lábio inferior ao pensar na felicidade que a amiga devia estar a sentir naquele momento, e em como se calhar a ideia de Bill ir ao quarto de Tom não tinha sido a melhor....

- Ela vai ficar! – disse Bill à medida que voltava a entrar na sala – Vamos?
- Sim…
- disse Bea sorrindo e confirmando que Andreia estava bem entregue…mas talvez não em boas mãos!

Foram até à garagem, e entraram no carro de Bill. Bea baixou-se automaticamente assim que Bill pôs o carro a andar ainda dentro da garagem. Já sabia que mais valia prevenir… Após se afastarem da zona de residência dos Kaulitz, sentou-se no banco e puxou-o à frente. A viagem até sua casa fez-se com tranquilidade, nenhum dos dois abriu a boca, iam ambos concentrados no caminho e na música que tocava. Bill tinha bom gosto para música, o novo cd de Coldplay era excepcional.

Chegados à frente do prédio de Bea, Bill parou o carro. A rua estava deserta.

- Obrigada Bill – disse Bea dando-lhe dois beijinhos
- Não precisas de agradecer! – retorquiu Bill

Bea ia sair do carro quando se lembrou que tinha algo em seu poder que pertencia a Bill.

- Ahhh Bill – disse Bea rebuscando algo no interior da sua mala – Obrigada! – disse Bea estendendo-lhe o livro que Bill lhe emprestara.
- Fica com ele! – disse Bill
- Eu disse que devolvia… Adorei o livro! – disse Bea
- E encontraste nele o que precisavas? – perguntou Bill à medida que pegava no livro
- …Sim
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MensagemAssunto: Re: Wir Schließen Uns Ein   Wir Schließen Uns Ein EmptyQui Jan 01, 2009 7:57 pm

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Dreia & Tom



Tom tinha aceite o desafio de Georg. A melhor de 3. Claro que tinha ganho os 3 jogos, embora no primeiro a pontuação tivesse ficado muito próxima 11 a 9 … mas o que interessava era o resultado final, e Tom mostrava-se notavelmente superior, como aliás era seu costume.

- Já estás convencido, ou queres jogar de novo? – perguntou Tom rodando a raqueta na mão direita
- Thomas, Thomas, tu tens é muita sorte… – disse Georg
- Não seja por isso, podemos jogar outro! – disse Tom sorrindo – E quem ganhar este jogo fica com o titulo de campeão!
- Aceito…
- disse Georg sorrindo e pondo-se em posição para receber a primeira bola.

O jogo decorreu com tranquilidade, Tom apoderou-se do jogo de tal forma que não deu qualquer hipótese a Georg de jogar. No fim do jogo, o resultado dava Tom como vitorioso 11 a 1.

- Queres mais? Ou já chega? - perguntou Tom sorrindo maliciosamente
- Sim Tom, já percebi! – disse Georg
- O que é que me chamas-te? – perguntou Tom como se tivesse ouvido mal
- ….Tom – repetiu Georg, mas vendo o ar de Tom percebeu o que o amigo queria ouvir da sua boca – … campeão!
- Ahhhh… Demorou mas chegas-te lá! – disse Tom a rir ao mesmo tempo que fugia de uma bola de ping pong que voava directamente das mãos de Georg na sua direcção.

Georg deu-se como vencido. Tom ergueu os braços num gesto à campeão e foi até à mesa de matraquilhos declarar que tinha ganho 4 vezes a Georg. Os amigos pararam o jogo para gozar com Georg.

- Tu não nasceste mesmo para o ping pong – disse Gustav
- Que abada Geo! – disse Jost por entre risos – 4 a 0 contra o Tom!
- Oh não gozem com ele… ele esforçou-se tanto! Coitadinho!
– disse Tom rindo e fugindo da mão de Georg que já pairava no ar pronta para lhe dar um safanão, e aproveitando o balanço acrescentou – Vou ver o que se passa na sala.

Tom entrou na sala para encontrar tudo em silêncio. Aproximou-se devagarinho dos sofás e viu um lugar vazio ao lado de Dreia e sentou-se a ver um bocadinho do filme. Olhou para o lado e viu Bea encostada ao ombro de Bill, olhou para o irmão e trocou uns olhares com ele, que foram recebidos com um desviar de olhar por parte de Bill que sabia exactamente aquilo que lhe ia na cabeça, e não gostou. Colocou o braço por cima do sofá, acabando por envolver Dreia num abraço.

Dreia não acreditava no que estava a acontecer, estar em casa dele era já um sonho, tê-lo sentado ao seu lado com o braço por cima de si era impensável para uma fã realista como ela era. Sentiu as faces corarem e procurou controlar os tremores que voltava a sentir. Sentiu Tom olhar para si, olhou para o lado e viu os seus olhos amendoados focarem-se nos seus, não conseguiu deixar de esboçar um sorriso tímido, que foi correspondido por Tom. Era capaz de explodir com a emoção de estar do seu lado e tê-lo ali, a olhar para si e a sorrir-lhe. Não pedia mais do que aquilo, um momento com ele. Não precisava de o beijar, nem de o sentir, a sua amizade deixá-la-ia feliz.
Tom retirou o braço de cima do sofá e colocou-a sobre a sua perna que batia freneticamente no chão tocando um ritmo compassado. Voltou a olhar para o lado e Bea continuava aconchegada em Bill, Andreas e Nathalie estavam concentrados no filme e Dreia parecia estar a tremer e levemente corada. Sorriu. Adorava quando sentia que tinha efeito sobre uma rapariga, e naquele momento sabia que estava a ter algum efeito sobre Dreia, o que o deixou impressionado e contente, adorava ver uma rapariga corar na sua presença, era tão natural e incontrolável, achava querido e sensual.

Dreia sentia-se nervosa, estava novamente a perder controlo sobre o seu corpo, e detestava sentir-se assim. Tinha de fazer alguma coisa. Levantou-se e foi até à casa de banho, mas esta estava ocupada, encostou-se na parede oposta de braços cruzados à medida que pensava na proximidade que tinha acabado de ter com Tom e no que aquela intimidade podia ter originado se ele a desejasse como ela o desejava naquele momento.

Tom levantou-se do sofá após Dreia ter saído da sala e dirigia-se novamente à sala de jogos quando encontrou Dreia à porta da casa de banho à espera.

- Está ocupada? – perguntou
- Sim! – disse Dreia
- Podes ir à minha. Anda… – disse Tom fazendo um gesto para que ela o seguisse

Dreia seguiu Tom e ao chegar à sua suite não acreditava naquilo que os seus olhos viam… estava no quarto de Tom. No quarto de Tom! Já tinha sonhado com aquele quarto noites sem fio, mas nunca imaginara que algum dia o ia ver. Era diferente do quarto dos seus sonhos, mas muito melhor, principalmente porque era real, e por saber que o Tom que tinha à sua frente era de carne e osso.
Entrou na casa de banho e fez o que tinha a fazer. Lavou as mãos e arranjou a roupa e o cabelo, queria estar no seu melhor. Ao sair, deparou-se com Tom ainda no quarto, e aproveitou a oportunidade para meter conversa. Não era todos os dias que se estava no quarto de Tom Kaulitz, sozinha, com ele.

- Adoro a guitarra! – disse Dreia apontando para a guitarra que estava pendurada na parede em cima da cabeceira de Tom.
- Foi a minha prenda de anos do Bill – disse Tom orgulhoso a olhar para a sua menina.
- Adorava saber tocar! – disse Dreia olhando embevecida para Tom que tinha uma expressão enternecedora a olhar para a guitarra.
- Não é difícil, se quiseres posso-te ensinar uns acordes! – disse Tom humedecendo sedutoramente os seus lábios
- Adorava aprender… – disse Dreia sentindo-se corar cada vez mais, mesmo quando imaginava que não era possível.

Tom pegou numa guitarra acústica que tinha pousada em cima de um cadeirão e sentou-se na cama mostrando a Dreia os acordes mais fáceis para quem queria começar a aprender.

Dreia olhava para as rastas de Tom que pendiam sobre a guitarra com vontade de tocar nelas, saber qual era a sensação de as ter entre os dedos. Olhou para os lábios de Tom e imaginou-se a beijá-los, a sentir a consistência do seu piercing, e o sabor dos seus lábios. Olhou para as mãos de Tom e imaginou-as a segurarem a sua cara, as suas mãos, a sua cintura...

Tom olhou para Dreia e reparou que ela não estava a prestar atenção ao que ele fazia. Viu-a percorrer o seu corpo com um olhar envergonhado mas ao mesmo tempo um olhar de quem o contemplava, e pelas suas faces rosadas e mãos trémulas percebeu que tinha realmente um efeito forte sobre aquela rapariga.

- Agora tenta tu – disse Tom passando-lhe a guitarra para as mãos

Dreia pegou na guitarra e deixou que Tom lhe segurasse nos dedos e os colocasse sobre as cordas. Sentiu o coração acelerar com o seu toque. Era um sonho. Levantou o olhar até encontrar os olhos de Tom que estava incrivelmente perto de si e viu-os direccionarem-se para a sua boca. Soube naquele momento que Tom a desejava.

Tom aproximou-se dela um pouco mais, à medida que olhava para os seus lábios carnudos, e soube que Dreia queria sentir o toque dos seus lábios tanto quanto ele. Aproximou-se ainda mais e não vendo nenhuma reacção que o procurasse afastar, fechou os olhos e tocou ao de leve nos lábios de Dreia sentindo-a estremecer. Pegou na guitarra que estava entre os dois e colocou-a no centro da cama. Aproximou-se do corpo de Dreia e envolveu-a com as suas mãos fortes procurando os seus lábios carnudos e beijando-os avidamente com sede de os possuir.
Dreia deixou-se levar no seu sonho, procurou o corpo de Tom com as suas mãos e abraçou-o, procurando controlar os tremores que sentia, não queria que Tom a sentisse assim tão nervosa. O piercing de Tom pressionava os seus lábios com força, macerando-os, mas deixando-a com uma sensação de prazer incrível. Passou as suas mãos pelo cabelos de Tom, sentindo finalmente aquelas rastas loiras que lhe caíam pelos ombros. Eram ásperas, mas ao mesmo tempo macias. Começou a sentir uma mão de Tom por baixo do seu top. Sabia aquilo que ele queria. Também ela o queria e o desejava, mas não queria ser mais uma presa fácil nas suas mãos. Pegou na mão de Tom e tirou-a de debaixo do seu top. Ouviu Tom dizer por entre dentes “Desculpa” à medida que lhe beijava o pescoço e a fazia arrepiar-se vezes sem conta perdendo totalmente controlo do seu corpo. Sentia dentro de si um calor incontrolável que a estava a deixar louca de prazer por Tom, mais do que alguma vez tinha sentido por qualquer outra pessoa.
Tom segurou-a pela cintura e sentou-a no seu colo, com uma perna de cada lado do seu tronco, e beijou-a veloz e selvaticamente introduzindo as suas mãos novamente por baixo do top de Dreia e percorrendo as suas costas com a ponta dos dedos, provocando em Dreia um misto de emoções que foram ouvidas num gemido contido. Dreia parou e voltou a tirar as mãos de Tom de dentro do teu top.

- Não! – disse ela olhando-o nos olhos, sem saber onde arranjava coragem para tal.

Tom sorriu maliciosamente e passou a língua no seu piercing, provocando uma onda de desejo ainda maior a Dreia, que lhe assaltou os lábios num beijo apaixonado, até um tossir forte vindo do hall os interromper.

- Sim… – disse Tom, enquanto Dreia saía de cima do seu colo e ajeitava a sua roupa e cabelo.
- Posso? – perguntou Bill colocando a mão na maçaneta à espera de luz verde para abrir a porta
- Sim, entra! – disse Tom
- Vou levar a Bea a casa, queres boleia Dreia? – perguntou Bill
- Sim, pode ser – disse Dreia meia atrapalhada
- Não vás! – disse Tom olhando-a suplicante
- Tenho de ir! Vou dormir a casa da Bea hoje – disse Dreia contra a sua vontade, tudo o que desejava era ficar ali ao lado de Tom…
- Podes ficar cá, temos um quarto a mais, ou então se preferires eu depois levo-te a casa – disse Tom humedecendo os lábios e passando a língua mais demoradamente pelo piercing – Vá lá… não vás agora!
- …Está bem
– disse Dreia não conseguindo ceder a um convite daquele que era sem dúvida o homem dos seus sonhos.
- Ok. Então vou só levar a Bea e já volto… – disse Bill

Tom ouviu a porta fechar e olhou para Dreia com um ar desafiador de quem queria retomar aquilo que Bill tinha interrompido.
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MensagemAssunto: Re: Wir Schließen Uns Ein   Wir Schließen Uns Ein EmptySáb Jan 03, 2009 3:09 pm

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Tom ouviu a porta fechar e olhou para Dreia com um ar desafiador de quem queria retomar aquilo que Bill tinha interrompido.

Esticou uma mão a Dreia e ao receber a dela puxou-a novamente contra si e o seu corpo, voltando a sentir peso sobre o seu colo e os lábios dela nos seus. Se ela tinha ficado era porque o queria e desejava tanto quanto ele. Com uma mão percorreu a nuca de Dreia provocando-lhe arrepios e com a outra afastou a guitarra que tinha colocado em cima da sua cama, para terem espaço.

Dreia envolveu Tom nos seus braços e percorreu o interior da sua boca, demorando-se no piercing que habitava os seus lábios, com a sua língua. Tom era tudo aquilo que ela tinha imaginado e muito mais, o seu toque era mais firme e poderoso do que nos seus sonhos, o seu cheiro era mais frutado, o seu sabor mais adocicado.

Tom deitou-se para trás e levou Dreia consigo à medida que lhe segurava nas faces rosadas com as mãos e insistia em beijar os seus lábios. Dreia colocou as suas mãos sobre o peito de Tom e foi percorrendo-o devagarinho sentindo a barriga definida de Tom. Dreia assistiu a Tom tirar a sua t-shirt com uma expressão de espanto e deleite, já tinha visto fotografias de Tom na praia e era capaz de jurar que conhecia o seu corpo, mas agora apercebia-se de que não o conhecia de todo. O corpo de Tom era infindavelmente mais bonito e definido ao vivo e debaixo de si, do que numa fotografia. Não conseguiu evitar em passar a ponta dos seus dedos pelos abdominais definidos de Tom, e beijá-los avidamente provocando nele uma onda de arrepios e um morder do lábio inferior, que deixava Dreia extasiada.

Tom assaltou a cintura de Dreia com as mãos e lentamente retirou o top dela, percorrendo e sentindo as suas curvas femininas e sensuais. Atirou o top dela para longe e voltou a assaltar-lhe a cintura, mas desta vez para se apoderar dela e empurrá-la para o lado, colocando-se ele por cima dela e entre as suas pernas. Atacou-lhe o pescoço com uma vontade de o devorar e provocar nela descontrolo, e conseguiu. Conseguia sempre. Dreia colocou a sua mão na boca e mordiscava-a à medida que se sentia assolada por aqueles beijos precisos e estonteantes. As rastas de Tom caíam sobre si. Dreia colocou a mão sobre o boné de Tom e tirou-o, queria ver as suas rastas soltas, senti-las sobre si. Tirou-lhe o lenço preto que usava debaixo do boné e colocou ambas as mãos na cabeça de Tom, queria senti-las, vê-las e cheirá-las. Lentamente tirou-lhe o elástico que prendia as rastas e elas caíram sobre o seu corpo provocando-lhe uma quantidade infindável de cócegas que fez com que despontasse num ataque de riso. Tom olhou para ela entretido, gostava de saber que tinha efeito sobre ela, gostava de a ver a retirar prazer daquilo que fazia, sorriu-lhe e voltou a assaltar os seus lábios à medida que as suas mãos se passeavam nas coxas de Andreia até se prolongarem no botão e braguilha das suas calças… desapertou-as com uma rapidez de quem não podia esperar mais um segundo sequer e puxou-as para baixo.

Dreia não queria acreditar… estava nos braços dele, era dele. Corpo e mente. Era sua e não havia ninguém no mundo inteiro que a fizesse desistir de estar ali naquele momento com ele. Estava a viver o seu sonho. Mas não queria ser apenas mais uma na lista de Tom Kaulitz, queria ter um significado para ele, queria que ele se recordasse daquele momento e desejasse estar com ela. Colocou ambas as mãos no peito de Tom que investia sobre o seu corpo e olhou-o nos olhos, via nele uma expressão que não conhecia, era pura luxúria, desejo, êxtase, ânsia e fome, e por mais que lhe custasse pediu para ele parar.

- O que é que foi? – perguntou Tom desaustinado
- É melhor não… - disse Dreia ofegante e com o coração acelerado
- Porquê? – perguntou Tom confuso
- É melhor… - disse Dreia sem saber o que dizer

- Queres que te leve a casa? – perguntou Tom desiludido
- Não – disse Dreia. Não queria sair dali, nem dos braços dele.
- Então? – perguntou Tom humedecendo os lábios e olhando fixamente para os lábios carnudos de Dreia.

Dreia não resistia… ele tinha um efeito sobre si que não conseguia explicar, era tudo o que ela desejava e mais… Segurou a cara de Tom entre as mãos e passou os dedos sobre os lábios dele, levando-os de seguida até à sua boca e beijou-o com a vontade e desejo que sentia dentro de si. Tom continuou aquilo que tinha iniciado anteriormente. Desapertou o cinto e puxou as suas calças largas para baixo.

Dreia continuava a debater-se com a sua consciência. Sabia que o queria e desejava mais do que alguma vez na vida tinha desejado alguém, sabia que estava a viver o seu sonho, mas ao mesmo tempo tinha noção que gostava de ser especial na vida de Tom e não a queca do dia. Voltou a colocar as mãos sobre o tronco de Tom e suspirando voltou a travá-lo.

Tom voltou a olhar para Andreia não percebendo o que se estava a passar. Porque é que as raparigas pensavam tanto? Saiu de cima de Dreia e deitou-se ao seu lado olhando para o tecto… Já não tinha vontade de prosseguir. Assim não!

Dreia manteve-se deitada na cama, sem saber o que dizer ou fazer. Não queria dar-lhe esperanças, mas também não queria sair de ao pé dele, queria-o assim, do seu lado. Porque é que os rapazes tinham de querer sempre mais? Se fosse qualquer outra pessoa no mundo teria facilidade em dizer-lhe que não, levantar-se e ir-se embora, mas com o Tom era diferente, sentia-se rendida a ele e aquele corpo que momentos antes ofegava e ansiava pelo dela. Deixou-se estar um pouco quieta a pensar no que fazer, e quando deu por si, tinha Tom aninhado numa almofada prestes a adormecer. Debateu-se contra os seus anjos e demónios e tomou uma decisão… sabia que podia não ser a melhor escolha, mas ela queria-o, desejava-o mesmo de alma e coração. Amava aquele rapaz desde o momento que o tinha visto a primeira vez, e por mais que não quisesse ser mais uma na sua lista, queria estar com ele e pertencer-lhe, nem que fosse por uma noite, nem que fosse por um segundo. Sabia que se podia arrepender amargamente desta decisão, mas para quê remar contra a maré e os preconceitos da sociedade quando o que ela sentia ali e naquele momento era mais forte que tudo o que já tinha vivenciado?

Colocou gentilmente os seus lábios no ombro desnudado de Tom e sentiu-o estremecer com a surpresa e um arrepio. Tom virou-se para Dreia e percebeu que algo tinha mudado, não era a menina envergonhada e tímida que tinha à sua frente, era a mulher decidida e sedenta dele. Sorriu e pôs-se em cima dela novamente, pegando na cara de Dreia com as mãos e beijando-a furtivamente e ávido de satisfazer os seus desejos. Dreia percorria o corpo de Tom com as mãos sentindo-o ficar excitado. Teve um momento de hesitação, mas por fim acabou por colocar as suas mãos nos boxers de Tom e puxou-os para baixo à medida que sentia os lábios de Tom presos aos seus esboçarem um sorriso guloso.

Tom saiu de cima de Dreia e abriu a primeira gaveta da sua mesinha de cabeceira tirando lá de dentro um preservativo. Abriu a embalagem com os dentes e colocou o preservativo, à medida que olhava excitado para o corpo de Andreia que estava deitado à sua frente. Tirou-lhe as cuecas e soutien que ainda vestia e posicionou-se novamente entre as suas pernas, enterrando os lábios no seu peito e deixando o seu corpo penetrar no dela, agora já não era ele que comandava, eram os seus instintos animais, era a vontade que tinha de se satisfazer. Era sempre assim… um ritual. Mantinha a sua frustração e vontade intactas, e investia sobre o corpo de Andreia vez e vez sem conta e sem findar o seu prazer. Aumentava o ritmo a que invadia o corpo dela conforme o prazer que retirava e os gemidos e contracções que sentia no corpo que estava intimamente ligado ao seu. Manteve-se empenhado em provar a Dreia que tinha feito a escolha acertada e só cedeu ao sentir que o corpo dela estava prestes a ceder ao prazer que o dele lhe conferia. Sentiu o culminar do acto apoderar-se de si e deixou-se cair sobre o corpo de Dreia suado.

Andreia colocou as suas mãos à volta do corpo de Tom, abraçando-o. Nunca tinha sentido nada assim…. Tinha a certeza que tinha tomado a decisão mais acertada.
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MensagemAssunto: Re: Wir Schließen Uns Ein   Wir Schließen Uns Ein EmptySáb Jan 03, 2009 3:09 pm

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Abriu os olhos para encontrar a escuridão de um quarto desconhecido. Ao seu lado estava aquele que lhe tinha proporcionado a noite mais feliz da sua vida. O homem dos seus sonhos. Dormia descansado após a noite mágica que lhe tinha proporcionado. Sorriu ao vê-lo assim tão pacificamente ao seu lado. Que sonho! Tinha realmente dormido com Tom e estava na sua cama, enrolada nos seus lençóis.

Olhou para o pequeno relógio que Tom tinha na mesinha de cabeceira e viu que já eram 11h30 da manhã. Não podia ficar muito mais tempo ali, embora se dependesse dela teria ficado deitada naquela cama com ele para o resto da vida. Tinha combinado ir almoçar a casa com os pais e queria chegar cedo para não quebrar a confiança que os pais tinham depositado em si.

Levantou-se, apanhou a sua roupa do chão e vestiu-se apressadamente. Contornou a cama e debruçou-se sobre a figura de Tom que continuava adormecido. Encostou os seus lábios aos deles com suavidade e passou uma última vez a sua mão sobre a cabeça dele, sentindo a aspereza das suas rastas. Tom abriu os olhos lentamente e Dreia sorriu-lhe.

- Vou-me embora! – disse Dreia esboçando um sorriso de felicidade e contentamento à medida que se despedia do seu amor.
- Já? – perguntou Tom segurando numa mão de Dreia
- Tem de ser, tenho meia hora para estar em casa – disse ela
- Queres que te leve? – perguntou Tom ensonado
- Não, deixa estar! Chego mais rápido se sair já – disse Dreia voltando a passar-lhe a mão pela cabeça
- Ok! – disse Tom ainda meio a dormir
- Tchau… – disse Dreia depositando um beijo suave na bochecha de Tom

Saiu do quarto de Tom com os sapatos na mão, mas não sem antes voltar a olhar para trás e ver Tom deitado na cama. Naquela cama em que se tinha dado a ele, em que tinha sido tão feliz. Percorreu o corredor que dava acesso ao hall de entrada em biquinhos dos pés. Não queria fazer barulho. Ao sair da casa, fechou a porta com delicadeza, não queria acordar Bill, nem fazer-se notar.

Percorreu o caminho para casa com o sorriso mais rasgado que alguma vez tinha visto ou sentido. Queria evitar sorrir, para que as pessoas que com ela se cruzavam na rua não pensarem que era maluquinha, mas estava tão feliz que não conseguia deixar de irradiar a sua felicidade num sorriso sincero e sentido e numa expressão de contentamento e plenitude dos seus olhos. Era feliz. Verdadeiramente feliz.

Entrou em casa, e ouviu a mãe dizer que o almoço estaria na mesa em 20 minutos. Dreia pôs a cabeça na cozinha e anunciou que ia só tomar um banho rápido. Foi directa à casa de banho e pôs a água a correr. Na sua cabeça passavam-lhe imagens da noite anterior, expressões de contentamento que vira na cara de Tom, gemidos e sons de prazer que ele tinha feito. Entrou para debaixo de água e cada gota que lhe tocava parecia ser uma mensageira de Tom, provocando-lhe arrepios ao longo da espinha. Parecia que o sentia ali com ela, o seu cheiro, o seu toque firme e consistente…

Vestiu-se e foi directa para a mesa. Não era capaz de esconder a sua felicidade, era demasiadamente óbvia. Os pais olhavam para ela intrigados. Dreia não conseguia encará-los. Era incapaz de os olhar olhos nos olhos, a mentira que tinha dito aos seus pais faziam-na sentir-se mal consigo mesma, mesmo sabendo que era por causa daquela mentira que naquele preciso momento se sentia a rapariga mais sortuda à face da Terra. Passou o almoço inteiro a ignorar os pais. Falava com eles à medida que olhava para a televisão que estava ligada, e contava o relato de uma noite que por muito divertida que parecesse ser, nunca tinha acontecido. Mentia cada vez mais. Sabia que era muito má a mentir, e que os pais já deviam estar a perceber que algo estava errado, mas mantinha as suas mentiras coesas e lógicas para disfarçar o melhor possível. No final do almoço, ajudou a levantar as coisas da mesa e anunciou que ia até casa da Bea.

- De novo? Ainda agora voltas-te de lá! – disse o pai de Andreia
- Esqueci-me do telemóvel! – disse Dreia, mentindo uma vez mais e evitando o olhar atento de seu pai. Não o conseguia encarar.

Saiu de casa com uma rapidez incomum e foi até ao sótão subindo as escadas numa euforia e espertina invulgar. Bateu à porta e esperou que Bea atendesse. Quando a porta que estava à sua frente se abriu, Dreia não conseguiu evitar de saltar para os braços da amiga dando-lhe um longo e sentido abraço. Bea percebeu tudo…

Dreia entrou, sentou-se na ilha a fazer companhia a Bea que ainda almoçava e contou-lhe tudo o que se tinha passado na noite anterior. Como num conto de fadas ela tinha tido o seu príncipe encantado nos seus braços a noite toda. Estava feliz e eufórica, sonhava com ele acordada e só o queria ver de novo.

- Posso fazer-te uma pergunta? – disse Bea esboçando um sorriso tímido
- Claro! – disse Dreia irradiando felicidade

- Foi bom? – perguntou Bea
- ……. Sim! – disse Dreia por detrás de um sorriso tímido e umas faces rosadas
- Porquê a hesitação? – perguntou Bea
- Não tenho grande base para comparação – disse Dreia timidamente
- Tu nunca… - começou Bea a perguntar
- Nunca! – disse Dreia timidamente
- Eras virgem? – perguntou Bea um pouco espantada
- Sim – disse Dreia
- Tu perdeste a tua virgindade com o Tom? – perguntou Bea incrédula
- Sim! – disse Dreia rindo-se
- Wow! Logo com o Sex Gott… sim senhora – disse Bea a rir e dando uma leve pancadinha no ombro de Dreia – E disseste-lhe?
- Achas? Não queria que ele pensasse que eu não sabia o que ele estava a fazer…. Deixei-me levar!
– disse Dreia corando ainda mais
- E achas que ele reparou? – perguntou Bea
- Ele não disse nada… - disse Dreia pensando no assunto
- Que cena! Fico mesmo feliz por ti! – disse Bea sorrindo
- Foi um sonho tornado realidade. Nunca pensei que fosse possível ele interessar-se por mim – disse Dreia maravilhada com a noite que tinha passado – Mas… doeu um bocadinho! – revelou Andreia
- É normal querida. Das primeiras vezes dói sempre um bocadinho, mas acredita que com a prática desaparece tudo e depois não queres outra coisa – disse Bea sorrindo - principalmente quando estás com a pessoa que amas…
- Mas ele foi tão carinhoso comigo. Foi mesmo especial…
– disse Dreia como se ainda estivesse a sonhar e não acreditasse naquilo que tinha realmente acontecido.

Bea aproximou-se de Dreia e abraçou-a, carregando naquele abraço toda a felicidade que sentia por ver a amiga tão feliz. Era sem dúvida um momento muito especial na vida de Andreia, e sentia-se feliz por ter o privilégio de poder estar do seu lado a partilhá-lo e em ser sua confidente. O sorriso de Andreia compensava todas as noites em que na sua vida se tinha debatido com interrogações sobre o que seria uma amizade verdadeira.
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MensagemAssunto: Re: Wir Schließen Uns Ein   Wir Schließen Uns Ein EmptyDom Jan 04, 2009 9:14 pm

 21 



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Não tinham passado mais que 2 semanas. Dreia e Bea estavam na pequena kitchnet do sótão de Bea a encomendar uma quantidade infindável de pizzas. O espaço podia não ser muito, mas Bea fazia questão de dar um jantar de boas vindas aos rapazes pela conclusão do novo álbum.
Agora teriam cerca de 3 meses de edição, produção e distribuição até os cds estarem nas lojas à venda e os rapazes voltarem a fazer a promoção do álbum e organizar as tour pelos 4 cantos do mundo. Entretanto teriam tempo para descansar e dedicarem-se aquilo que quisessem.

Bea tinha pedido a Bill para convidar os seus amigos mais próximos, para se juntarem à festa. E com a falta de espaço para tanta gente, pedira também para ele trazer a playstation para que as pessoas se pudessem entreter.

Há 2 semanas que Dreia não via nem falava com Tom. Sabia que ele não era o tipo romântico, nem amoroso que se iria apaixonar por ela por terem passado a noite juntos, mas no fundo tinha uma réstia de esperança que aquela noite pudesse ter significado mais que muitas outras. Para ela tinha sido um momento especial e mágico. No entanto ele tinha estado estas 2 semanas em Hamburgo e não tinha tido possibilidade sequer de o ver, ia agora vê-lo pela primeira vez desde aquela manhã em que acordara no seu leito.

A comitiva começou a chegar. Georg, Gustav, Jost (e as suas 7 garrafas de champagne), Nathalie, e por último Andreas e os gémeos.
Bill vinha carregado com a playstation e uma quantidade infindável de jogos, disse um olá a correr a toda a gente e entrou apressadamente para pousar as coisas em cima da mesa de café da sala. Tom seguia-o ainda com uns jogos na mão. Cumprimentou toda a gente com um sorriso na cara, incluindo Dreia e Bea, sem fazer qualquer distinção entre elas.

Dreia ficou espantada, mas retribuiu os dois beijos que Tom lhe deu, sentindo o seu coração acelerar. Era normal que ele não quisesse grandes intimidades com ela em frente a toda a gente, mas no fundo tinha esperança que ele sentisse a sua falta e que a sua recepção fosse diferente da das outras pessoas.

O jantar correu numa animação sem igual. As pizzas tinham sobrado, e o champagne que Jost tinha levado era sem duvida um abuso, mas Bea não se espantava, sabia que os alemães adoravam beber, e tinha a certeza que no final da noite não deveria sobrar uma gota para contar a história. Após o jantar Nathalie teve de ir embora, já tinha coisas combinadas. Jost, Gustav, Dreia e Bill jogavam Buzz na playstation sobre o olhar atento dos restantes, que esperavam a sua vez para jogar.

Tom saiu de casa e foi para as escadas do prédio que davam acesso ao sótão fumar um cigarro, já que a confusão junto das janelas por causa do jogo era mais que muita. Sentou-se nas escadas e acendeu o seu cigarro. Passado pouco tempo apareceu Bea com um cinzeiro improvisado, feito de um pedaço de cartão da caixa das pizzas.

- Toma! Para pores a cinza… – disse Bea estendendo o pedaço de cartão a Tom
- Obrigado. Fazes-me companhia? – perguntou Tom
- Eu não fumo! – disse Bea
- Sim, mas não me queres fazer um bocadinho de companhia enquanto eu fumo este cigarro? – perguntou Tom
- Ahh… claro! – disse Bea que não tinha percebido o que Tom queria dizer

Bea sentou-se ao lado de Tom, encostando as costas à parede do prédio e ficando de frente para Tom.

- Estás a gostar de Berlin? – perguntou Tom puxando um trago do cigarro e lançando o fumo devagarinho para a sua frente
- Sim! – disse Bea – Queria ver se aproveitava para ver também as cidades aqui à volta!
- Fazes bem…
- disse Tom deitando a cinza do cigarro para a caixa de cartão – E estás a gostar dos alemães? – perguntou Tom esboçando um leve sorriso
- Mais ou menos. Vocês são muito diferentes de nós. São mais frios… – disse ela
- Olha que há alguns bastante “quentes” – disse Tom sorrindo e humedecendo os lábios que se preparavam para receber o cigarro.
- Pois…acredito, mas ainda não tive o prazer de me cruzar com eles – disse Bea lembrando-se dos dias infernais que passava na faculdade.
- Talvez já te tenhas cruzado com eles e não os tenhas visto como devias… – disse Tom aproximando-se de Bea, fazendo com que ela se encostasse o máximo possível contra a parede.

- Tom! – disse Bea numa voz de espanto – O que é que estás a fazer?
- A mostrar-te o quão calorosos os alemães podem ser…
– disse ele dirigindo os seus lábios ao pescoço de Bea.

Bea levantou-se agilmente, conseguindo impedir que os lábios de Tom lhe tocassem.

- Eu não acredito que fizeste isto… - disse Bea começando a subir as escadas até à porta.

Bill abriu a porta e chamou-os para irem jogar.
Bea entrou porta adentro e evitou olhar para Dreia. Sentia-se tão mal, quase como se tivesse traído a sua amiga. Como é que Tom era capaz de se fazer a ela quando à 2 semanas atrás tinha ido para a cama com a sua melhor amiga? Que playboy! Assim se via o verdadeiro Tom, a maneira como ele usava as raparigas como objecto de desejo e sem sentimentos.

Tom deu um último bafo no cigarro e apagou-o no cartão. Levantou-se e tomou o seu lugar na sala com um comando de Buzz na mão.

Bea tinha desistido de jogar. Não lhe apetecia estar sentada no mesmo sofá que Tom e ter de o encarar. Estava confusa, não sabia se havia de lhe dizer mais alguma coisa ou não. Tinha deixado bem claro a sua indignação quanto à atitude que Tom tinha acabado de ter… e com Andreia? O que é que lhe iria dizer? Devia dizer alguma coisa ou não? Como é que a ia encarar normalmente, e ouvi-la falar sobre Tom sabendo que ele era um cabrãozinho miserável que só pensava em sexo e nele mesmo?

Saiu sorrateiramente da sala e foi até ao seu quarto. Na sua cabeça passavam um turbilhão de emoções, um misto de raiva e angústia pelo que tinha acabado de acontecer. Porque é que tinha de ser logo com ela?
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MensagemAssunto: Re: Wir Schließen Uns Ein   Wir Schließen Uns Ein EmptyDom Jan 04, 2009 9:15 pm

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Saiu sorrateiramente da sala e foi até ao seu quarto. A sua cabeça parecia um turbilhão de emoções, um misto de raiva e angústia pelo que tinha acabado de acontecer. Porque é que tinha de ser logo com ela?

Ouviu bater à porta.

- Sim? – perguntou Bea
- Posso? – perguntou Bill
- Claro – disse Bea sentando-se na sua cama
- Está tudo bem? – perguntou Bill
- Sim! Vim só procurar uma coisa… – disse Bea disfarçando

- Tenho uma coisa para ti – disse Bill estendendo a Bea um pequeno pacote embrulhado
- Ohhh – disse Bea que não contava com aquele gesto
- Espero que gostes – disse Bill com um sorriso meigo e ansioso para que ela abrisse o presente.

Bea abriu cuidadosamente o grande embrulho que tinha à sua frente, e descobriu um livro de 582 páginas de seu nome “Anjos e Demónios” de Dan Brown. Olhou para Bill sem saber o que dizer… parecia que lhe lia a mente naquele preciso momento em que se debatia numa luta com os seus Anjos e Demónios…

- Obrigada! – disse Bea visivelmente emocionada e tocada por aquele gesto
- Não sou grande entendido em matéria de livros, mas disseram-me que este valia mesmo a pena ler – disse Bill contente com a felicidade de Bea
- Não era preciso… - disse Bea folheando o livro
- Não tenho muitos livros para te emprestar, e gostava mesmo que ficasses com ele e que te ajudasse a ultrapassar esta fase pior – disse Bill
- Nem sei o que dizer…. Obrigada! Mesmo! – disse Bea levantando-se e dando um abraço sentido a Bill.

Se Tom a decepcionava, Bill surpreendia-a cada vez mais… que gémeos diferentes. Porque é que Andreia não podia gostar de Bill? Adorava vê-los juntos. Eles sim seriam um par perfeito. Ele era atencioso, amigo, honesto e fiel, e ela uma amiga tão querida, meiga e boa pessoa. Mas o mundo não é perfeito... e ela gostava do irmão errado.

Quando Bea e Bill saíram do quarto, as garrafas de champagne já estavam mesmo no fim, o ambiente que se vivia naquela casa era descontraído, informal e bastante alterado. Bea aproximou-se do sofá e sentou-se ao lado de Gustav que permanecia mais sóbrio que os restantes.
Após encostar-se ao sofá apercebeu-se que Tom e Dreia estavam sozinhos sentados na ilha a conversarem. Viu Tom olhar para si e desviou o olhar, não queria sequer sentir o olhar dele sobre si, na sua cabeça qualquer coisa podia desencadear um mal entendido e levá-lo a pensar em coisas que não devia.

Ia enterrá-lo. Não valia a pena magoar Dreia, ele tinha percebido a mensagem e não ia voltar a armar-se em estúpido. Até porque se dependesse dela, Bea não ia sequer dar hipótese de alguma coisa acontecer. A partir de agora não passava mais tempo a sós com Tom, afinal de contas ela era amiga de Bill, não tinha de ser obrigatoriamente amiga do seu irmão gémeo.


Suspect Suspect Suspect Suspect Suspect Suspect Suspect Suspect Suspect Suspect Suspect Suspect Suspect Suspect


O jogo de Buzz tinha acabado. A próxima rodada já estava pronta para atacar novamente o jogo, sobre risos e apostas de shots para quem ficasse em último lugar. Dreia achou por bem deixar o jogo, e ir ter com Tom que estava sentado na ilha a beber um copo de água. Sentou-se na cadeira ao seu lado e não viu qualquer tipo de reacção nele. Depois do que tinham vivido juntos, ele continuava a olhá-la como a amiga do irmão. Resolveu meter conversa, como aliás era seu costume. Queria ouvir a voz dele, ver aqueles olhos dirigirem-se uma vez mais para si.

- Como é que correram as gravações do álbum?
- Bem! Vêm aí umas surpresas… decidimos arriscar com o próximo álbum
– disse Tom bebendo um gole de água
- Estou cheia de curiosidade para ouvir – disse Dreia
- Depois quando lá fores a casa mostramos-te umas demos – disse Tom sorrindo para Dreia

- Tom… - disse Dreia sentindo as suas faces adoptarem uma cor avermelhada – No outro dia…
- Não te preocupes com isso, até foi melhor assim…
– disse Tom
- O quê? – disse Andreia sem perceber nada
- Teres ido embora a correr. É melhor assim. Ambos sabíamos que nenhum de nós ia telefonar no dia a seguir, não é? – disse ele sorrindo

- …. Sim – disse Andreia sentindo o seu coração a ser destroçado – Até porque eu não tenho o teu número, nem tu tens o meu…. – disse ela ironicamente fingindo-se de rapariga independente que não ligava ao que se tinha passado entre eles.
- Pois… – disse Tom sorrindo.

Tom olhou para o sofá e viu Bea olhá-lo de modo desconfiado. Não gostava daquele olhar, principalmente depois do que se tinha passado nas escadas. Talvez tivesse apostado cedo demais nela, se tivesse continuado a conversa talvez ela tivesse cedido…

– Mas foi uma noite muito boa Dreia – acrescentou Tom. Tinha realmente gostado da rapariga de olhos de gata e faces rosadas. Gostava quando elas lhe davam luta, e Dreia tinha-lha dado. Quando pensava que estava tudo perdido, deu-lhe uma agradável surpresa – Adorei estar contigo!
- Eu também Tom…
- disse Andreia sem saber se devia estar contente ou triste com aquela reacção de Tom. Por um lado mostrava que ela tinha sido apenas mais uma e que não tinha tido importância, mas por outro viu nos olhos dele que ele tinha realmente gostado daquele momento que tinham partilhado juntos. Talvez nem tudo estivesse perdido, talvez fosse uma questão de tempo até ele se aperceber que eles os dois ainda tinham uma história pela frente… ou assim queria acreditar.

A esperança é sempre a última a morrer…
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MensagemAssunto: Re: Wir Schließen Uns Ein   Wir Schließen Uns Ein EmptySeg Jan 05, 2009 8:06 pm

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A conversa ia animada. Bill, Bea e Dreia estavam sentados num bar novo que tinha aberto perto do rio, felizmente tinha uma zona privada, que Bill tinha reservado para aquela noite poderem sair de casa e ir a algum sítio como pessoas normais da sua idade.

Tom estava entretido no bar a falar com Andreas. Gostava de sair e sentir-se integrado no meio de outras pessoas, não que ele não gostasse da vida de sonho que levava (longe disso) mas gostava de vez em quando de descer do pedestal em que as pessoas o colocavam e sentir-se apenas uma pessoa normal, como qualquer outra. Andreas era seu amigo desde os tempos de escola, com ele nunca tinha havido problemas de “estrelato” quando era para dizer mal dizia, quando era para o elogiar também o fazia. Ele e Bill eram sem dúvida as pessoas mais importantes da sua vida e nada nem ninguém os substituía.

O bar era incrível, o nome dizia tudo Veranstaltung (acontecimento em português) por todo o lado viam-se caras conhecidas e mediáticas da sociedade alemã, desde o jet set à classe alta. Pessoas que não tratavam Tom como alguém diferente, pois alguns deles eram famosos e tinham tanto ou mais dinheiro que ele. Ali podia estar à vontade.

Encontrou um posto perto da pista de dança e ali estava a conversar animadamente com Andreas de copo na mão e a ver os corpos femininos desfilarem à sua frente e dançarem ao ritmo da música. O seu olhar prendeu-se numa cara desconhecida, mas bastante agradável. O seu mini vestido branco e justo ao corpo condiziam com o seu tom de pele muito clara, olhos de um azul muito claro e cabelo tão loiro que quase parecia adoptar uma tonalidade branca. Movia-se sedutoramente dentro do seu minúsculo vestido, e dançava sem pudores, provocando todos os homens naquela sala. Meteu o copo à boca e deu um gole no seu Vodka Redbull, começava a sentir desejo de sair daquele bar acompanhado daquela princesa do gelo. Mas ao contrário do que as pessoas pensavam ele não era o playboy que atacava às cegas tudo o que se mexia à sua frente. Tinha um critério de escolha, não aceitava ir para a cama com qualquer uma, a rapariga tinha de ter alguma coisa que o atraísse, e aquela parecia corresponder aos seus desejos, já a imaginava a dançar sobre o seu corpo, numa dança sem impar, dois corpos a fundirem-se num só noite fora. Manteve-se focado naquele corpo que se sentiu especial pela forma como Tom olhava para si. A rapariga foi-se aproximando aos poucos do local onde Tom e Andreas estavam deixando o ritmo da música comandá-la. Sorriu para Tom e ao ser correspondida achou por bem dar o primeiro passo.

- A minha amiga acha-te muito giro – disse ela a Andreas – Acho que se deviam conhecer melhor, tenho a certeza que também vais gostar muito dela… – disse ela apontando para a pista de dança na direcção onde a amiga dançava.
- E quem te disse que eu ando à procura de companhia? – perguntou Andreas
- Às vezes quando não se procura é quando se encontra a melhor companhia – disse ela a Andreas mas olhando para Tom sedutoramente.

- Não perdes nada – disse Tom a Andreas à medida que olhava uma vez mais de alto a baixo para a loira.
- …. Já percebi tudo! – disse Andreas sentindo-se a mais e preparando-se para ir ter com a rapariga.

- Olha… mas antes de ires, podias-me apresentar o teu amigo, não? – disse a loira
- Ele não precisa de apresentações. Podes saltar já essa parte… – disse Andreas a rir-se e virando as costas a Tom e à rapariga


Twisted Evil Twisted Evil Twisted Evil Twisted Evil Twisted Evil Twisted Evil Twisted Evil Twisted Evil Twisted Evil


Bill estava sentado num dos sofás da sala privada da Veranstaltung e ao contrário do seu irmão, preferia estar recatado e entre amigos do que exposto no meio da pista de dança, mesmo que ali estivesse relativamente à vontade com o tipo de pessoas que frequentavam o bar. Tinha ido para ali conviver um pouco com as amigas e sentia-se bem assim, não precisava de mais nada, além disso a conversa mantinha-se animada sobre a aventura que tinha sido para Gustav levar toda a gente à respectiva casa depois da noite em casa de Bea, visto que ele era o único que estava relativamente sóbrio, tinha sobrado para ele aturar os bêbados todos, e pelo que Bill contava tinha sido uma aventura e tanto.

Tom entrou na sala visivelmente contente com a noite que estava a ter e dirigiu-se até aos sofás onde eles estavam sentados, e dando um beijinho às meninas anunciou:

- Vou-me embora
- Já?
– perguntou Dreia com pena de ele não ter estado um bocadinho com eles na sala.
- Tem de ser… – disse Tom sorrindo
- Olha, vai para um motel. Quero dormir descansado hoje – disse Bill
- Não te preocupes, não vou dormir a casa… – disse Tom piscando o olho a Bill
- Ao menos isso… - disse Bill acenando ao seu irmão à medida que ele ia embora

Dreia sentiu cada palavra que saía da boca de Tom como uma lâmina afiada que se preparava para lhe atacar o coração ainda em ferida. Já se tinha mentalizado que Tom não queria nada com ela, mas daí a esfregar-lhe na cara que não ia dormir em casa… não estava preparada para aquelas coisas, talvez preferisse não saber, agora ia-se martirizar o resto da noite a imaginar quem estaria com ele, o que ele estaria a fazer, se gostava mais dela que de si, se era mais gira. Mas também sabia que nunca tinha assumido os seus sentimentos a Tom, pelo contrário, tinha-se feito de rapariga independente que tinha gostado da noite com ele como se fosse uma coisa normal. Sabia também que ele não tinha qualquer obrigação para com ela, e ela sabia disso desde o primeiro dia. Tinha feito uma escolha consciente em ir para a cama com ele e não se arrependia nem por um momento, só gostava de ser sua amiga, de o poder ter ao pé de si. Não pedia mais. A noite que tinha vivido com ele tinha sido inesquecível e especial, acontecesse o que acontecesse era assim que ia recordar a noite em que tinha perdido a sua virgindade com o homem dos seus sonhos. Agora queria tê-lo ao pé de si, mas não sabia como… Sem conseguir conter os pensamentos que corriam à velocidade da luz na sua cabeça começou a sentir uma lágrima escorrer-lhe pela cara… Não era mágoa, era tristeza, somente tristeza pura, daquela impossível de controlar e que nos consome por dentro fazendo-nos sentir inúteis e sem rumo.

- O que é que foi? – disse Bill apercebendo-se que Dreia chorava.
- Não é nada… – disse Bea limpando a lágrima que caía no rosto da amiga para disfarçar.

Ao sentir o toque da amiga, sentiu-se mais vulnerável e permitiu-se chorar livremente, descarregar toda a tristeza que o seu coração sentia naquele momento, e abraçou Bea com força chorando ao seu ombro.

Bea sentia-se irritada. Já sabia que Tom era assim… Dreia não devia ter esperanças. Tom não era o rapaz que tinha amigas, como Bill. Era como os amigos de Gonçalo, as raparigas que conhecia e com as quais mantinha um relacionamento tinham sempre uma segunda intenção por trás, e sabia disso bem, em primeira-mão. Detestava ver a amiga a sofrer por causa daquele anormal, se dependesse dela apagava do coração de Andreia todo o amor que sentia por Tom e varria a dor que ela sentia para um sítio bem longínquo.

Bill não estava a perceber o que se passava, mas reparando que Dreia precisava de algum espaço para chorar e deitar tudo cá para fora deixou-se estar calado e quieto no seu canto, até finalmente Dreia desenterrar a cara do ombro de Bea e ouvir Bea dizer algo em português para a amiga.

- Não fiques assim querida… ele não te merece, nem merece a dor que sentes neste momento!
- Eu só queria poder estar com ele, percebes?
– disse Dreia emocionada
- Eu sei… - disse Bea limpando as últimas lágrimas que caiam do rosto de Dreia
- Não preciso que ele me ame, mas quero ser amiga dele, quero ser alguém na sua vida, dar-lhe um ombro para chorar quando ele precisar, rir-me das suas piadas. A felicidade dele deixa-me feliz… mas ele não quer estar ao pé de mim sequer… - disse Dreia
- Não leves isto tão a peito querida! Ele é mesmo assim, é a personalidade dele. Não é nada pessoal nem contra ti – disse Bea
- É difícil pensar assim… - disse Dreia
- Mas é verdade. Tu já sabias que ele era mulherengo. Talvez devesses tentar esquecê-lo… – disse Bea
- Eu não consigo…já tentei… logo naquela noite da discoteca, pensei que nunca mais fosse capaz de sentir algo tão forte como sentia por ele, mas não sei porque cada vez gosto mais dele. Maldito sejas Tom Kaulitz! – disse Dreia num acesso de raiva

Bill podia não perceber português, mas sabia reconhecer o nome do seu irmão no meio da frase que tinha acabado de ouvir, e ele não era estúpido, bastou juntar um mais um para perceber que Dreia estava assim por causa de Tom, afinal de contas eles tinham dormido juntos, e agora que ele anunciava a sua retirada acompanhado,ela começava a chorar e a falar com a melhor amiga sobre ele… sentiu-se na obrigação de lhe dizer algo.

- Sabes que ele não merece essas lágrimas – disse Bill
- Não é nada, a sério… – disse Dreia
- Alguma coisa é, porque nunca te tinha visto a chorar – disse Bill
- Mas já passou, não é Dreia? – disse Bea sorrindo como se nada se tivesse passado.
- Sim! – disse Dreia sorrindo debilmente.
- Não me convences…. É por causa do Tom, não é? – perguntou Bill – Tu gostas dele…

Dreia olhou para Bill sem saber o que lhe dizer… era como se ele lhe tivesse lido a alma naquele preciso momento, e mesmo sem dizer uma única palavra de resposta, o seu olhar disse tudo, e Bill percebeu que a resposta era afirmativa.

- Não fiques triste, ela não significa nada para ele, provavelmente nem sabe o nome dela! – disse Bill
- Isso não ajuda muito Bill – disse Bea abrindo os olhos para ele
- Não… o que quero dizer é que ele é mesmo assim – disse Bill
- Pois, foi o que eu lhe disse – disse Bea
- Ele não é uma pessoa de amores. Gosta de viver a vida sem se sentir preso a nada nem a ninguém, por isso…talvez não seja muito bom sofreres assim por ele – disse Bill
- Sim… porque ele não vai sofrer assim por ti – completou Bea
- Eu sei, mas eu não consigo deixar de gostar dele, é mais forte do que eu! – disse Andreia
- Eu sei, o Tom é uma pessoa incrível, mas se não souberes viver com esta parte da personalidade dele, nunca vais conseguir estar de bem com ele… porque ele é assim mesmo! - disse Bill passando a mão pelo rosto de Dreia

Dreia percebia a mensagem que Bill e Bea lhe estavam a transmitir. Ou aceitas a vida que ele leva e sofres desnecessariamente, ou afastas os teus sentimento dele e procuras a felicidade noutro poiso.

- Não contes nada ao Tom, por favor! – suplicou Dreia
- Não te preocupes! Ele não precisa de saber… – disse Bill
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MensagemAssunto: Re: Wir Schließen Uns Ein   Wir Schließen Uns Ein EmptySeg Jan 05, 2009 8:06 pm

 24 



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O Natal estava a aproximar-se, e este Natal ia sem dúvida ser muito especial para Bea. Não só ia poder voltar para casa e estar com a sua família, como ia poder ter férias da faculdade. Mas uma questão assaltava-lhe a cabeça… uma questão de quatro patas. O que fazer com Bettler enquanto estava em Lisboa? Não o queria levar consigo. Se para ela já lhe custava fazer a viagem de avião, quanto mais para um gato tão pequenino. Preferia deixá-lo por cá, mas em último caso, claro que o levaria para apresentar à família e a Gonçalo.
Estava a chegar a casa vinda da faculdade quando encontrou Andreia a sair do prédio, ia em missão ao supermercado buscar mais leite, para que a mãe pudesse acabar de fazer um leite de creme. Bea também precisava de ir ao supermercado e aproveitou para acompanhar Dreia e fazer também umas comprinhas.

- O que é que vais fazer este Natal? – perguntou Bea
- Vou para Portugal – disse Dreia – E tu?
- Também… mas não queria levar o Bettler, ainda pensei que pudesses ficar com ele
– disse Bea
- Desculpa! Gostava de poder ajudar-te mas também não vou estar cá – disse Dreia.
- Acho que vou mesmo ter de levá-lo comigo – disse Bea com pena do pobre Bettler
- Ou podias ir ao veterinário, eles devem saber de alguém que faça petsitting e que possa ir a tua casa dar-lhe de comer e mudar-lhe a areia – disse Dreia
- Mas assim não fico descansada, porque ele vai passar o tempo todo sozinho. Eu não quero que o Bettler passe o seu primeiro Natal sozinho! – disse Bea
- Pois… então não sei... – disse Dreia – A não ser que peças ao Bill!
- Não sei se o Scotty ia achar muita graça
– disse Bea
- Eles já estiveram juntos uma vez e não houve problema – disse Andreia

Dreia tinha razão, Bettler e Scotty já tinham convivido e não tinha havido qualquer problema. Bea ficava descansada se Bettler ficasse entregue a Bill, sabia que ia ser bem tratado. Mas Bill tinha já tantas obrigações às suas costas, não queria levar-lhe mais uma. Mas também não custava tentar. Depois de sair do supermercado e preparar o seu almoço, instalou-se no sofá a ver mais um maravilhoso episódio do Dr. House versão alemã e a brincar com o pequeno Bettler no seu colo e lembrou-se de telefonar a Bill para saber que destino teria este Natal o seu pequeno amigo de quatro patas.
Procurou o número de Bill e ouviu-o atender o telefone pouco tempo depois.

- Estou? – disse Bill
- Olá Bill! Tudo bem? – disse ela
- Tudo, e contigo? – retorquiu Bill
- Também. Olha… o que é que vais fazer este Natal? – perguntou Bea
- O mesmo de sempre… Vou para Magdeburg passar o Natal com a minha mãe – perguntou Bill
- E o Scotty? – perguntou Bea
- Também vai! Porquê? – perguntou Bill
- Porque não sei o que fazer com o Bettler… não queria levá-lo no avião e andar com ele para trás e para a frente, ele ainda é tão pequenino! – disse Bea – Tinha pensado que talvez pudesses ficar um bocadinho com ele. Mas se também não vais ficar por cá…
- Por mim é na boa! Eu levo-o com o Scotty. A minha mãe também tem lá um gato, é da maneira que faz um amigo
– disse Bill a rir
- Oh mas é chato teres de levá-lo… só dá trabalho! – disse Bea
- Achas? Não tem problema nenhum, a minha mãe adora animais, vai ficar derretida quando vir o Bettler. Ainda to rouba! – disse Bill a rir
- Não digas isso nem a brincar…já tive a minha dose de raptores de gatos – disse Bea a rir
- Não tenho nada a ver com isso – disse Bill a rir – A sério é na boa.
- Ok…então amanhã passo aí para o deixar. Obrigada Billllllll!

- Ok! Até amanhã… - disse Bill

“Ufff…que alivio!” pensou Bea, assim estava mais descansada!


cat cat cat cat cat cat cat cat cat cat cat cat


Certificou-se que levava a comida, as tacinhas, o caixote e a areia e saiu de casa com um saco enorme numa mão e o pequeno Bettler, enroscado na sua mantinha, na outra. Entre o peso do saco e as tentativas de fuga de Bettler, Bea teve uma caminhada até casa dos Kaulitz muito cansativa. O que se fazia em 20 minutos tinha sido feito em 30 minutos com umas quantas paragens pelo caminho para trocar o saco e Bettler de mão.

Chegada a casa de Bill parecia um sonho, poder ver-se livre daqueles pesos. Pediu licença a Bill e pousou as coisas na cozinha, colocando logo comida e água nas tacinhas de Bettler e enchendo o caixote com um pouco de areia. Bettler já se passeava de um lado para o outro a fazer o reconhecimento do local. Acabada a sua missão pediu permissão a Bill para se sentar um bocadinho porque estava de rastos, e assim fez, foi até à sala e sentou-se no sofá enquanto Bill lhe ia buscar água para beber.

- Toma! – disse Bill estendendo-lhe uma garrafa de água
- Obrigada! – disse Bea

- Quando é que vais embora? – perguntou Bill
- Amanhã de manhã! Tenho de estar no aeroporto às 6h – disse Bea entre dois goles de água – E tu quando é que vais para Magdeburg?
- Para a semana
– disse Bill – Mas depois volto para passar cá a passagem de ano!
- Fixe! Então depois quando voltar telefono-te para vir buscar o Bettler
– disse ela
- Eu depois levo-to a casa, não vale a pena andares este caminho todo pesada com os sacos e ele. Até podia tê-lo ido buscar hoje, foi falta de lembrança – disse Bill
- É na boa…faz-me bem andar! Mas sim… depois podes lá ir levá-lo – disse Bea a rir, estava mesmo cansada

Bill riu-se da expressão de cansada de Bea, devia ter tido uma aventura e tanto até sua casa. Automaticamente sentou-se no sofá e pegou no comando para ligar a televisão e começar a fazer zapping… Bea que estava ainda cansada e noutro mundo, acordou de um transe e olhou para Bill esperançosa!

- Tu tens tv cabo? – perguntou Bea
- Sim – disse Bill sorrindo ao ver o ar dela
- Ohhhh…tens algum canal português? – perguntou
- Não sei. Vê… – e dito isto passou o comando para as mãos de Bea

Bea começou a fazer um zapping profissional à procura de um canal que falasse a sua língua. Há sensivelmente 3 meses que não ouvia televisão que não fosse alemã, e estava a começar a ficar traumatizada a sério. Bill olhava para Bea e ria-se com as caras que ela fazia a passar canal após canal, até finalmente ver na sua cara um sorriso enorme, que queria com certeza dizer que a Sic Internacional era um canal português.

- A Sic!!! – exclamou Bea toda contente – Importas-te que deixe aqui um bocadinho?
- Não
– disse Bill a rir ao olhar a expressão de Bea que parecia uma criança a quem lhe tinha sido dado um doce.

Deixou-se ficar em casa dos Kaulitzs o resto da tarde a desfrutar da Sic. Tom telefonou a avisar que levava McDonalds para o jantar e Bill disse para trazer comida para 3 porque Bea ia jantar com eles. Quando Tom chegou com a comida e fez tenção de mudar de canal, sendo atacado por um olhar mortal de Bea.

- É melhor não mudar… - disse Bill rindo
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